Hank Pym rolou para o lado e se virou de barriga para cima. Fitava o teto daquela quinjet da I.M.A. enquanto pensava nas outras pessoas ali com ele, Erik Selvig e Reed Richards. Com esforço, Pym rolou até uma mesa repleta de tubos de ensaio. Assim que encostou nela, alguns tubos caíram. Droga. Aproveitou os tubos e prendeu a mordaça em um, afrouxando-a. Dessa forma, conseguiu falar:

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– Doutores... Selvig, Richards... Se eu rolar até um de vocês, acham que podem me soltar?

Reed Richards murmurou algo que soou como uma afirmação. Torcendo para ter ouvido direito, Pym rolou na direção dele. Quando encostou em Reed, o dedo dele se esticou, caindo para baixo diversas vezes, como se algo o puxasse, e, lentamente, desamarrou as cordas de Pym.

Quando estava livre, Hank Pym desatou os nós das cordas de Richards e Selvig. Tanto Pym quanto Selvig se voltaram para Richards, perguntando sobre aquele "dedo de borracha".

– Aconteceu há alguns meses – explicou. – Eu, minha esposa, o irmão dela e um amigo nosso estávamos a serviço de um amigo meu, Victor Von Doom, em um laboratório em uma nação europeia chamada Latvéria, e sofremos um acidente. Eu ganhei a habilidade de me esticar. Sue, minha esposa, pode ficar invisível e tem telecinése. Johnny, irmão dela, pode incendiar seu corpo e voar. Mas Ben, nosso amigo... Ele ficou feito de pedra. Ficou mais forte e resistente, mas as pessoas, preconceituosas como são, foram cruéis com ele.

– E por que não usou seu poder antes? – perguntou Selvig.

– Acontece que o Gravitonium que Heinrich Zemo usou não só em mim, mas também em vocês, fez com que a gravidade se tornasse uma inimiga que modifica minhas habilidades.

– Fazendo sua pele cair no chão como borracha. Faz sentido – disse Pym.

Os três estavam prestes a abrir a porta, quando alguém fez isso por eles. As portas da quinjet da I.M.A. caíram, revelando Maria Hill, Natasha Romanoff, Clint Barton e uma mulher que Pym conhecia muito bem: Janet Van Dyle.

– Hank? – chamou Janet – Trouxe isso para você.

Ela lhe entregou um capacete. Ele tirou seu chaleco de laboratório, revelando uma roupa vermelha e preta, e colocou o capacete. Apertou algumas coisas na lateral do capacete e suspirou, aliviado.

– Homem-Formiga, é uma honra conhecê-lo – disse Maria Hill. – Fury falou muito bem de você. Dos senhores também, Erik Selvig e Reed Richards. É uma pena que, no momento, não possamos colocar o papo em dia, mas vocês podem falar o que sabem para a senhorita Van Dyle e para o agente Barton enquanto eles acompanham vocês para suas residências.

– Certo, muito obrigado – disse Reed Richards.

Barton e Janet levaram os três cientista para fora da quinjet e deixaram Hill e Romanoff para trás. Clint e Janet conversaram, e Barton então levou Richards e Selvig consigo.

– Hank – disse a Vespa para o Homem-Formiga – Tenho tantas coisas para contar...

– Por que não começa a explicar por que se envolveu com a S.H.I.E.L.D.?

– Está bem. Foi o seguinte: eu estava desesperada, tentando encontrar você, quando encontrei Maria Hill no hospital em que faço um estágio. Ela me contou que Fury estava com você, e nos tornamos amigas. Quando soubemos sobre essa quinjet, eu torci para encontrar você, enquanto ela torceu para encontrar Fury. Felizmente, ela foi informada que Fury foi resgatado por uma outra agente, uma tal de Jessica Jones. Na China.

– Ah, claro. Foi onde nos separamos.

– Hank, adoraria conversar mais, mas temos que atender um dos pedidos de Fury. Nós vamos para o Aeroporta-Aviões da S.H.I.E.L.D., construir uma nova prisão.

– Como vamos fazer isso?

– É simples. Só precisamos usar as Partículas Pym para construir uma pequena prisão onde vamos manter os prisioneiros, também encolhidos.

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– Ah, claro. Já sei até como chamá-la: Casa Grande.

– É um bom nome.

Os dois riram. Em seguida, ela decolou voo e ele, encolhido, pulou no ombro dela.

Lutando ao lado do Homem-Aranha, Peter Parker, Pepper Potts – ou Resgate, como pareciam chamá-la agora – mirou o enorme dragão no topo da Torre Stark. Peter atacava o homem que o comandava, o Mestre Mental.

Resgate acertou um míssil em uma das enormes narinas do dragão. O monstro se contorceu e rugiu, cuspindo fogo logo em seguida. Ela desviou das chamas e mirou seu raio laser nas asas do dragão. O monstro praticamente gritou, sofrendo.

Ironicamente, foi essa dor que o libertou do controle do Mestre Mental. Fin Fang Foom começou a diminuir, retornando à forma de homem escamoso. Enquanto Parker, que pulava de teia em teia em volta do Mestre Mental, aproveitava a oportunidade de vencer, Resgate aproximou-se de Foom e segurou-o pelos braços.

– Próximo passo: salvar os homens no elevador.

Pepper voou até a ponta visível da corda do elevador. Ela estava presa em meio a blocos de pedra. Seguindo a corda, chegou até a beirada e olhou para baixo. Então, viu o elevador suspenso com dois homens dentro. Desceu voando até eles e "abriu" a porta do elevador com um míssil. Um dos homens pulou na parede e subiu, na direção de Stark e Rogers. Pepper pegou o outro pela gola do terno e levou-o, inconsciente, até Stark.

Nick Fury observava o Oceano Pacífico através da janela do quinjet da A.K.A., que o levava para os Estados Unidos. Aquelas águas calmas desviavam a atenção de Fury, fazendo-o esquecer dos problemas por uma fração de segundo. Foi por causa disso que demorou para reparar que a quinjet havia parado.

– Jessica? Por que paramos? – perguntou Happy Hogan.

– Fomos interceptados! – gritou Philip Cho, assustado.

– Como assim? – Jessica se aproximou do monitor dele.

– Há uma quinjet da Hidra se aproximando. Está utilizando Gravitonium para nos prender no lugar!

De repente, as portas da quinjet se abriram. Havia uma outra quinjet, só queda Hidra, visível perto deles. As portas da outra também se abriram. A outra nave se aproximou até as portas abaixadas se juntarem, formando uma ponte. Soldados da Hidra vieram e prenderam as pontas das portas das quinjets, formando uma ponte sólida.

O Barão Von Strucker apareceu, caminhando na direção deles. Atrás dele vinham o Caveira Vermelha e um robô roxo e laranja, o corpo artificial de Arnim Zola. De um dos ombros de Strucker, aquele que tivera o braço decepado na guerra, brotava um braço de pedra com ranhuras vermelhas. Ele se aproximava, e aquele braço trazia uma aura sombria junto.

Strucker agora corria. Fury e Helen Cho foram na direção do Caveira Vermelha, enquanto Jessica Jones seguia rumo ao robô Arnim Zola e Philip Cho e Happy Hogan lutavam contra o Barão Von Strucker.

O Caveira Vermelha, Johan Schidmit, esperava, sorridente, por Fury e Helen. A doutora Cho, que não era lá uma mestra dos combates manuais, foi derrubada facilmente. Ela tentou chutar o Caveira Vermelha, mas teve suas pernas seguradas. Fury atirou em Schidmit, tentando salvar Helen, mas o homem de crânio escarlate monopolizou as pernas da doutora com uma mão enquanto atirava de volta no diretor da S.H.I.E.L.D. com a outra.

Os tiros de Schidmit não eram de balas normais. Era algo diferente, pois, quando acertaram no ombro de Fury, ele apenas foi jogado no ar, rodopiando acima do piso até cair para fora do ar. Aproveitando o momento de distração de Happy e Philip, o Barão Von Strucker ergueu Philip no ar com sua mão especial pelo rosto. Pasmo, Happy Hogan chutou Strucker enquanto, involuntariamente, observava a vida se esvair dos olhos do amigo.



Nick Fury atirou no ar abaixo de si enquanto caía, pensando ter visto um vulto se movimentando. Quando percebeu, não estava descendo, mas subindo, e uma voz robótica sussurrava.

É preciso subir para poder descer, diretor Fury.

Sentiu aqueles braços pequenos o segurarem. Quando olhou para o lado, se deparou com o rosto enorme de M.O.D.O.K., olhando diretamente para ele. Pensou em falar algo, mas aquele era um momento de agir, não de falar. Apenas levantou sua arma e atirou no Reator Arc na testa de M.O.D.O.K., que se despedaçou e caiu na imensidão abaixo deles.

Por um momento, Fury pensou que tinha matado M.O.D.O.K. com aquele tiro. Então, os olhos normalmente enormes de M.O.D.O.K. começaram a retornar ao tamanho normal. Por um momento, M.O.D.O.K. morreu e George Tarleton viveu.

– Perdoe-me por tudo – a voz de Tarleton disse, humana novamente, quando M.O.D.O.K. se esforçou e se jogou de sua cadeira flutuante, deixando-a para Fury. Tentando se controlar, Nick apenas sentou-se nela e apertou alguns botões, conseguindo descer novamente até a quinjet da A.K.A., onde derrubou os três generais da Hidra ao aterrizar.

Jessica Jones ajudou-o a amarrá-los, enquanto Happy Hogan desprendia as quinjets e Helen Cho tentava reanimar seu marido. A cadeira de M.O.D.O.K. continuava intacta, pairando centímetros acima do chão dentro da quinjet.

Chegando no Aeroporta-Aviões da S.H.I.E.L.D., Janet Van Dyle e Hank Pym foram acompanhados por Phil Coulson e Victoria Hand até uma sala onde, em uma mesa cinza, estavam todos os materiais necessários que haviam solicitado para a construção da "Casa Grande". Como toda prisão, iriam dividi-la em celas, mas Pym queria decorá-la como a uma mansão vitoriana.

Com auxílio de uma equipe de mais cinco agentes além de Coulson e Hand, trabalharam por horas seguidas na construção da prisão, até que os agentes foram, misteriosamente, convocados para uma reunião de emergência. Janet e Pym decidiram sair para a parte aberta do lugar. Foi nesse exato momento que aquele helicóptero com um logotipo conhecido aterrizou na pista de pouso.

Quando as portas do veículo marcado pelo polvo com cabeça de esqueleto da Hidra se abriram, os Mestres do Terror desceram um por um, sorrindo. O Barão Zemo, vestindo a máscara e a coroa do falecido pai e uma jaqueta e uma calça pretas da Hidra, cumprimentou os heróis, gentil.

Liebe, liebe. Olá. Creio que saibam quem sou e quem somos. Mas sabem o que queremos?

A Víbora, Ophelia Sarkissian, com sua tradicional roupa verde-escura e seu cinto de armas onde estava seu chicote verde enrolado, se adiantou e começou a falar.

– É claro que não viemos atrás de algo, e sim de alguém.

– Alguém que foi trazido para cá contra sua vontade – disse Georges Batroc, o Saltador, em seus trajes de cores opostas, rosa e amarelo, que destacavam sua cabeça raspada.

– Começa com A... – quem deu a dica foi o Cavaleiro Negro, que usava uma armadura preta com o símbolo da Hidra e portava um cetro dourado. Não usava capacete, o que deixava os cabelos castanhos e o rosto jovial de Matthew Garrett aparecerem.

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– Vocês já deram dicas demais – repreendeu Brock Rumlow, ou Ossos Cruzados, que usava um capacete preto com uma caveira branca estampada e uma armadura preta, meio acinzentada, com a representação de dois ossos brancos cruzados.

– A... de Arthur Parks? – perguntou Janet.

– Bingo! – exclamou o Barão Zemo, enquanto avançava para cima de Janet e Hank junto com o resto de sua equipe.

Hank Pym colocou seu capacete, e Janet sua tiara, e ambos encolheram enquanto corriam, ou voavam, na direção dos Mestres do Terror.

Arthur Parks, ou Laser Vivo, levantou-se em sua cela ao ouvir a voz do Barão Zemo lá fora. Caminhou até a fechadura eletrônica e, usando suas habilidades, sugou a energia dela e amplificou-a, sobrecarregando o sistema da porta. Saiu e correu até o armário onde estavam as roupas dos prisioneiros, ou na verdade só a dele, já que apenas ele estava preso ali.

Pegou seu uniforme preto e sua máscara da mesma cor, ambos decorados com faixas amarelas, e abriu com um chute a saída para um corredor. Já neste, caminhou até um gancho preso na parede, onde estavam seus dois chicotes (um preto e um amarelo) pendurados. Pegou-os e transferiu um pouco de energia para eles. Então, com um acesso de risos altos e maliciosos, chicoteou a saída para o exterior.

A porta simplesmente explodiu. A fumaça que foi liberada ocultou o homem que passava por ela, facilitando um ataque surpresa por trás do Homem-Formiga. nunca fora tão fácil antes derrotar dois super-heróis.

O Demolidor subiu silenciosamente a parede da destruída Torre Stark até o então topo (na verdade uma pilha enorme de escombros) da Torre. Quando conseguiu visualizar os heróis e vilões ali em cima, analisou rapidamente onde estava quem: de um lado, o corpo escamoso humanoide de Fin Fang Foom descansava ao lado de um inconsciente Mestre Mental; do outro, o Homem-Aranha ameaçava jogar um cubo azul-claro para fora da Torre frente a frente com um homem sem camisa que parecia estar em chamas. Não haviam vestígios da presença do Capitão América nem do Mandarim.

Rastejou até os dois vilões inconscientes em um canto, desejando que eles não acordassem. Levantou-se lentamente e...

... e foi erguido no ar por uma armadura de ferro vermelha e dourada. O Homem de Ferro. Virou o rosto para a armadura, cujo capacete se levantara revelando o rosto de Tony Stark.

– Quem é você, mascarado? – perguntou o filantropo.

O Demolidor lembrou-se das palavras de Ben Urich no telefone: Conte a Tony quem você é, Matt. Ele é um homem em quem você pode confiar. Graças a Deus, o jornalista estava vivo, porém internado na UTI do hospital. O que você diz que eu não faço, Ben?, pensou.

– Meu nome é Matt Murdock. Sou advogado. Acho que deve me conhecer como Justiceiro de Hell's Kitchen ou... Demolidor.

A comandante Nova Primordial da Tropa Nova de Xandar observava estupefata o vídeo de segurança que mostrava o ataque à Prisão 42 da Tropa Nova. Pegou uma das pontas de seus cabelos brancos e colocou para trás da orelha, nervosa. Thanos está vindo atrás de mim, concluiu.

O conquistador espacial Thanos era vítima de opiniões muito diferentes a seu respeito. Alguns o viam como um terrorista ditador, e outros como um conquistador como aquele chamado Kang. A opinião mais divergente, porém, era aquela que via ele como um Eterno apaixonado que vagava pelo Universo em busca de seu desaparecido amor.

Para Nova Primordial, ele era só mais um opressor, como Kang, Ronan ou aquele chamado de Outro. Virou-se, pronta para sair da sala, quando Rhoman Dey, um soldado da Tropa Nova guardião de um segredo milenar chamado Arma Universal, entrou, desesperado na sala.

–Senhora, eu pedi que esperassem, mas há um visitante para a senhora.

As portas atrás de Dey se abriram, revelando a enorme figura de Thanos. Ao lado dele vinham o Outro e Ronan, o Acusador. A voz grossa, porém cortês, de Thanos falou:

– Comandante, se me permite, gostaria de lhe fazer uma pergunta. É de extrema importância que você coopere comigo. Onde está?

– Você sabe que não posso dizer, Thanos. Só posso garantir que não está com a Tropa Nova.

– Sugiro que responda a pergunta – disse o Outro, com sua voz seca, sempre frio e calculista.

– Com quem está? – perguntou Thanos novamente.

– Está com... Kang, o Conquistador.

– Ela está mentindo – afirmou Ronan.

Thanos caminhou lentamente até ela e, com um simples gesto, virou-a de costas contra a parede. Rhoman Dey tentou defendê-la, mas foi jogado para longe por Thanos.

– Responda a pergunta! – Thanos repetiu, agora ordenando.

– Está bem! Está com os Guardiões da Galáxia! A Joia da Realidade está com os Guardiões da Galáxia!

– Agora ela está falando a verdade, mas anda falta algo – contou Ronan.

– Termine – ordenou Thanos, bem alto.

– Eles a enviaram para um sistema planetário chamado de Sistema Solar junto com... – ela parou de falar.

– JUNTO COM?! – Thanos questionou, gritando.

– Junto com a Joia do Tempo.

Thanos jogou-a na direção de Rhoman Dey, satisfeito. Seguido por Ronan e pelo Outro, se retirou da sala. Nova Primordial sussurrou para Rhoman, gemendo:

– Vá. Transfira seus conhecimentos para um habitante de outro planeta... para alguém da Terra. É lá onde estão as Joias. Avise os Guardiões da Galáxia de que eles precisam ir atrás do novo portador desse conhecimento.

– Senhora, não posso...

– Não pode deixar-me? – ela pegou uma arma – Eu sei me virar, Rhoman. Agora vá!

Com essas ordens, Rhoman Dey se retirou da sala.