Marotos no Futuro

Let Me Love You


Say go through the darkest of days
Heaven's a heartbreak away
Never let you go, never let me down
Oh, it's been a hell of a ride
Driving the edge of a knife
Never let you go, never let me down

Digamos que seguimos pelos dias mais escuros
O paraíso está a uma decepção de distância
Nunca te deixarei, nunca me decepcione
Oh, tem sido uma baita de uma jornada
Dirigindo pelo desconhecido
Nunca te deixarei, nunca me decepcione

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Let Me Love You — DJ Snake

O grupo havia combinado de se encontrar na hora do jantar, no Salão Principal. Quando Liz e Sirius chegaram — com enormes sorrisos, não tentando esconder de ninguém o que passaram a tarde fazendo —, apenas Dulce e Remus ainda não estavam lá.

— Pelo visto, a tarde foi boa — provocou James assim que se sentaram.

— Foi ótima, você deveria experimentar as vezes — retrucou a irmã, ignorando a provocação. James apenas revirou os olhos. Tinha dúvidas sobre aquele “relacionamento” dos dois, mas preferia não se meter e eles sabiam disso, e apoiavam aquela decisão.

— Cadê o Ren e a cerejinha? — perguntou Sirius, dando por falta dos dois.

— Me falaram que iriam à biblioteca — respondeu Alice despreocupadamente.

— Na biblioteca eles não estão — informou Lily. — Passei por lá um pouco antes de vir para cá e fiquei um tempinho, não encontrei sinal deles.

Então todos se olharam preocupados. Onde será que estavam aqueles dois? Já deveriam estar ali.

Não precisaram ser perguntar por muito tempo. Logo Remus chegou ligeiramente ofegante e com o rosto vermelho.

— O que foi que lhe aconteceu? — perguntou Frank, sinceramente preocupado. Sirius e James se entreolharam, o amigo precisaria dar algumas explicações depois.

— Nada demais. Apenas... ér, perdi a hora, estava no dormitório lendo e acabei cochilando — Remus explicou ligeiramente e começou a comer, não dando abertura para mais perguntas.

Dulce chegou um pouco depois, com os cabelos vermelhos vivos bagunçados, mas o rosto menos vermelho.

— Oi — saudou, sentando-se e começando também a comer.

— Onde você estava? — perguntou Liz.

— E nem fale biblioteca porque eu não te vi lá — acrescentou Lily.

— Não ia falar — Dul disse em meio as gafadas. — Resolvi andar pelo castelo, ver se houve alguma grande mudança. Não houve — falou.

Havia algo de muito estranho naqueles dois, os outros seis notaram. E eles iriam descobrir o que era.

Depois do jantar, Liz e Sirius informaram a ideia que o menino tivera. Haviam ido para o dormitório masculino, para poder armar em paz.

— Por que toda vez que vocês arrumam um plano, eu que me ferro? — perguntou Dulce fazendo cara de emburrada. Todos tiveram que segurar a vontade de apertar aquelas bochechas. Era incrível como aquela menina conseguia ser fofa.

— Porque você é a mais fofa de nós. E é mais difícil para alguém conseguir ficar brava com você — explicou Alice calmamente.

— Eu acho isso extremamente injusto! — exclamou a menina.

— Por favor, Dul. Faça isso por nós — pediu Remus e ela não teve escolha a não ser concordar.

— Mas se isso der merda, a culpa é única e exclusiva de vocês! — apontou para os sete.

— Não vai dar merda, docinho. Confie no Sirius aqui. Meu plano será espetacular.

— Só por favor, se descobrir algo ruim, não saia correndo de novo — mandou Liz, resolvendo ignorar o comentário do amigo. — Para o seu próprio bem.

— Ok então, recapitulando, tenho que encontrar a amiga da Destiny; puxar assunto com ela sobre o castelo e esse tipo de coisa; de algum jeito conquistar a confiança dela o suficiente para que ela me fale sobreo passado da melhor amiga... é, nem uma chance de dar errado — disse Dulce irônica.

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...

Então mesmo contra a sua vontade e reclamando muito, Dulce se viu procurando Charlotte pelo castelo — haviam decidido por ela, pois além de Harry e os amigos andarem sempre grudados, eles pareciam mais desconfiados —, em vez de estar dormindo naquela manhã de sábado, fingia andar sem direção, como se estivesse perdida. A encontrou saindo do banheiro e esbarrou na menina “sem querer”.

— Oh, desculpe. Estava completamente distraída tentando me lembrar para onde devo ir. Ainda não me acostumei com esse castelo — mentiu Dulce, Charlie a olhou com pena.

— Se quiser, posso lhe ajudar — ofereceu gentilmente. Dulce abriu um enorme sorriso e assentiu, pelo menos essa parte fora fácil. — Sou Charlotte, mas pode me chamar de Charlie.

— Dulcy, mas só Dul, por favor.

As duas então começaram a andar e Dulce fingia não saber quase de nada sobre Hogwarts e via a outra se animar enquanto contava as mais diversas histórias sobre o castelo e seus moradores, tanto atuais quanto os antigos. Enquanto isso, Dulce inventava algumas histórias sobre seu tempo em IIvermorny, a escola de magia e bruxaria americana, de onde ela e seus amigos teoricamente haviam vindo.

Tinha que se lembrar de contar o que havia inventado para eles depois, para não correr o risco deles a desmentirem.

— É tão bom falar com alguém que provavelmente não terá um surto de raiva — comentou Charlie sem querer, pensando na melhor amiga. Mas se arrependeu quase que instantaneamente daquelas palavras. — Desculpa, não deveria ter dito isso.

— Tudo bem! Se quiser conversar comigo, estou à disposição. De amigas sem controle da raiva, eu entendo. Você deveria ver como as minhas são... ou melhor, não. Você provavelmente precisaria de um psicólogo depois — brincou Dulce, tentando quebrar o clima e fazer a garota gostar dela. — Você sabe o que é um psicólogo, né? — perguntou rapidamente, dando-se conta que isso era uma coisa que apenas os que tinham algum contato com o mundo trouxa poderia entender.

Charlotte sorriu. — Sei sim. Minha mãe é mestiça, sendo que a meu avô é completamente trouxa. Então tenho algum contato com esse mundo. Minha mãe nunca esqueceu as raízes, mesmo vivendo boa parte da vida no mundo bruxo — informou a menina, pensando com alegria nos avós, que viviam em outro pais, longe de toda aquela confusão.

— Ah, que bom para ela! Também sou mestiça, e meu pai também é trouxa. Espero que quando eu for mais velha, seja igual a sua mãe e não esqueça minhas origens trouxas. Até porque, existem muitas coisas legais no mundo trouxa — Dulce falou sorrindo, lembrando-se da Espanha, o pais natal de seu pai e das coisas que amavam lá, como dormir um pouco após o almoço.

Elas trocaram um sorriso e chegaram a cozinha, o lugar que Dulce havia dito que gostaria de ir.

— Acho que também iriei pegar algo para lanchar — falou Charlie e as duas entraram ainda conversando sobre banalidades.

— Se posso perguntar, porque sua amiga está tão irritada? Pelo jeito que você falou, isso não é algo normal dela... — Dulce arriscou, vendo uma oportunidade se saber um pouco mais de Destiny. Haviam se sentado no chão e comiam um pouco de bolo, servindo gentilmente pelos elfos domésticos.

— Você não soube? — Charlie perguntou chocada. Após a negativa da outra, continuou. — O pai dela, Sirius Black, — com isso, Dulce abriu ligeiramente a boca, surpresa. Porém, o que veio a seguir, a deixou sem o chão. — morreu.

— O que?! — ela gritou, fazendo Charlie derrubar o pedaço de bolo que segurava. — Como ele morreu?

— Você não soube disso? — Charlie questionou um pouco desconfiada. — Saiu em tudo que é lugar.

— Não presto muita atenção em jornais e essas coisas. Você pode me contar, por favor? — pediu Dulce.

Charlotte então começou a contar. — Houve uma invasão no Ministério da Magia. Você-Sabe-Quem fez Harry Potter pensar que havia pego o padrinho dele, Sirius — Dul sorriu internamente, pelo menos isso ele havia acertado — mas era uma mentira. Porém Harry foi para o Ministério mesmo assim. Então Sirius foi atrás dele e acabou sendo morto por Bellatriz Lestrange — Charlie explicou por cima, sem entrar em maiores detalhes.

Dulce teve que segurar fortemente as lagrimas, lembrando-se que aquele Sirius Black que havia morrido era um completo desconhecido para ela. O Sirius seu amigo estava perfeitamente seguro, por agora. Isso era apenas mais uma das coisas que eles deveriam mudar.

— Mas eu não entendo como Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado enganou o Harry... — falou Dulce.

Charlotte deu de ombros. — Isso eu também não sei — mentiu a garota. Havia algo de estranhamente familiar naquela garota de vibrantes cabelos vermelhos. Mas havia algo de muito errado também. Não havia caído naquela coisa de que “não presto atenção em jornais”.

— Acho que já está na minha hora. Foi um prazer, Dul — Charlie disse levantando-se. — Você sabe voltar daqui, né?

Dulce assentiu e se despediu. Logo estava sozinha na cozinha com os elfos, e com mais uma bomba para jogar em cima dos amigos. Ou melhor, duas.

Depois dessa viagem, Dulce precisará urgentemente de um psicólogo, pois não era possível uma pessoa ter que contar tantas notícias ruins sem acabar com algum problema mental no processo.

Conseguiu fugir dos amigos sem que eles notassem pelo resto da manhã, mas sabia que tinha que procurá-los logo, antes que desconfiassem de algo. Não sabia o que Elizabeth seria capaz de fazer com ela, mas provavelmente seria algo bem ruim.

Porém, ainda não havia pensando em como revelaria para eles.

Cansada de se esgueirar por aí, seguia em direção ao Salão Comunal, para onde sabia que boa parte deles estaria a esperando. No entanto, no meio do caminho foi puxada por mãos conhecidas até uma sala deserta.

...

Alice estava tento problemas ao lidar com a sua ansiedade.

Não era segredo para nenhum de seus amigos que ela era uma pessoa extremamente ansiosa, que pirava por qualquer coisa, mesmo conseguindo esconder isso.

Só com a ajuda de seu melhor amigo, Frank, conseguia manter-se sã durante aquela aventura. Frank, com seus belíssimos olhos pretos, seu jeito calmo, porém desastrado. É, ela tinha uma pequena paixonite pelo amigo. Mas provavelmente nunca daria certo, já que ele havia recém terminado um namoro e ainda aparecia apaixonado pela outra menina.

—Ali? — Frank chamou, após notar que a menina havia parado de escrever há um bom tempo e encarava o nada.

Ela despertou com um pulo. Tinha se distraído em meios aos seus pensamentos sobre o menino que estava ao seu lado.

— Tudo bem?

— Tudo sim. Só me distrai um pouco — respondeu corando levemente. Que ele nunca descobrisse o motivo de sua distração. Frank sorriu gentilmente.

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— Se quiser falar sobre qualquer coisa, estou aqui — ofereceu. Alice prendeu o suspiro de tristeza. Não poderia falar com o amigo sobre o que mais desejava.

Em vez disso, perguntou. — Cadê o Ren? — notando o sumiço dele. Estavam terminando as atividades da semana juntos. Boa parte dos professores fora mais gentil que Snape e lhe deram um prazo maior para entregar as tarefas “atrasadas”. A sorte deles é que já tinham cursado aquele ano, e lembravam de quase tudo. E que Remus era um ótimo professor, principalmente em DCAT.

— Saiu faz pouco tempo, não explicou direito. Só disse que tinha uma coisa para fazer.

— E nada da Dul ainda?

— Nada. Daqui a pouco a Effy chega aí irritada — informou Frank. Elizabeth e Lily também estavam fazendo as atividades, porém preferiram ir à biblioteca, pois segundo elas, não conseguiam se concentrar direito ali.

— Ren provavelmente foi encontrar os meninos — Ali sugeriu, lembrando que os outros dois haviam pulado a finalização dos exercícios, e resolveram passar a manhã no jardim. Sabia que provavelmente eles já tinham praticamente tudo pronto.

— Possivelmente — ele concordou. — Você tem certeza que não quer conversar sobre nada comigo? — insistiu.

Ela ficou tentada a abrir o jogo. Sempre fora acostumada a falar tudo com Frank, mas agora desde que havia notado que gostava dele mais de que como amigo, era como se um muro invisível estivesse os separando.

— Como você está com tudo isso? Aposto que está sentindo saudades da Marlene — falou Alice, tentando se reaproximar do amigo. Mesmo que doesse escuta-lo falar da ex.

— Na verdade, não. Acho que é até bom esse tempo longe dela. Para ter certeza dos meus sentimentos. Acho que fiz bem em terminar. — ele respondeu a encarando.

— Mas pensei que você ainda gostasse dela — exclamou confusa. — E que ela tinha terminado!

Ele a olhou sem entender. — Não, eu terminei. Não gostava mais dela desse jeito. Comecei a gostar de outra pessoa...

— Ah... E quem é...

Antes que ela pudesse terminar a pergunta, as duas L chegaram, com Liz se jogando ao lado de Alice e interrompendo a conversa.

— Quando eu pegar aquela ruiva falsa, ela me pagará — ameaçou Elizabeth, ignorando o fato que os outros dois estavam no meio de uma conversa.

— Calma, Effy. Daqui há pouco ela deve estar chegando — falou Frank ainda um pouco desconcertado.

— Vocês conseguiram terminar os exercícios? — perguntou Lily, também sentando-se e tentando desviar o assunto, e então começaram a conversar sobre os estudos.

James e Sirius não demoraram muito a chegar, sentando-se com o grupo.

— Nada da docinho ainda? — questionou Sirius.

— Nada. Aquela menina me paga! — exclamou Elizabeth irritada.

— E o Ren? — indagou James.

— Achei que estivesse com vocês — respondeu Alice.

Eles se entreolharam suspeitando de algo.

— Ok, só eu que acho que tem algo definitivamente muito estranho rolando com esses dois?! — comentou Lily.

— Que tem algo, têm. Só temos que descobrir o que é. E não vamos demorar muito a isso. Eu garanto — prometeu Liz.