Mangá

Alguma coisa errada


Tsunade concluiu que havia alguma coisa errada quando Minato foi substituído por um outro loiro, extremamente parecido com o Hokage, atravessando as portas do hospital de Konoha, inconsciente o rapaz estava sendo carregado por uma ruiva aflita.

A recepcionista fitou Kushina com um certo nervosismo, ela já sabia que aquela ruiva só arranjava confusão, especialmente dentro do hospital que Tsunade tentava manter em ordem a todo custo. E as confusões que Kushina arranjava eram quase sempre com a própria diretora do hospital. Saori sentiu o coração disparar quando viu a Senju se aproximando da recepção, na verdade...ela sentiu um grande ímpeto de fugir dali.

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– Posso saber o que você está fazendo aqui?

– Claro, Tia Tsu, assim que a incompetente da sua funcionária terminar de fazer a ficha do meu fi-

– Saori não fará ficha nenhuma, Kushina.

O queixo da ruiva caiu enquanto Tsunade a encarava com firmeza.

– Você e esta peste, dentro do meu estabelecimento...acaso está planejando destruir o hospital Kushina?

– Tia Tsu! -Kushina exclamou ofendida- ele recebeu um ultra golpe do filho pervertido do Sakumo Hatake, caiu em cima de uma kunai explosiva...recebeu um golpe dos meus pupilos e...-a ruiva sentiu seu coração apertar quando Tsunade, ignorando seus apelos, deu às costas para ela. Olhou novamente para Naruto desacordado em seus braços, sentiu os olhos umedecerem ao mesmo tempo em que um nó se formava em sua garganta.

Kushina ignorou o fato de que a atenção de todos havia se voltado para ela, tampouco percebeu a bagunça que seus alunos fizeram quando chegaram acompanhados de Rin, Kakashi e Minato. Ela secou uma lágrima teimosa com o dorso de sua mão ao mesmo tempo que falou alto o suficiente para quem quisesse ou não ouvir.

– Você não pode simplesmente se negar a atender o filho do Quarto Hokage e da Pimenta Sangrenta de Konoha!

Obito teve certeza de que havia alguma coisa errada quando voltou ao lugar que tinha deixado a bandeira falsa e não encontrou ninguém, mas percebeu que sua armadilha havia funcionado quando a kunai explosiva tinha feito seu papel e a bandeira estava caída ao chão com vários pedaços da haste de madeira espalhados ao redor.

–Humpf, será que nem quando eu ganho alguma disputa sozinho eu consigo ser recompensado por isso? Cadê o Kakashi com aquela cara de idiota dele pra me dar os parabéns???

– Eu até te daria os parabéns, se não fosse a palhaçada que você fez, Obito...

Ao ouvir a voz grave, falando com seriedade, o garoto desejou instantaneamente não estar ali, virou seu rosto lentamente para olhar fitar o dono tão conhecido daquela voz.

–...na verdade eu preciso te dizer obrigada, de uma certa forma. Mas isso não quer dizer que eu não esteja com vontade de te bater... .

Tão rápido quanto um raio o dono da voz o alcançou.

Obito ergueu as mãos na altura de seu rosto, instintivamente, esperando proteger-se de um tapa que não veio. Mas o puxão de orelha, usado por quem agora o arrastava doía tanto quanto um.

Mangá...Mangá...Mangá

– E então? -Kushina ia de um lado a outro no quarto de hospital onde Tsunade examinava o loiro Uzumaki- ele vai ficar bem?

– Uzumaki, se você me perguntar isso novamente, não vai ser só este moleque que vai ficar mal.

– Ele não é um moleque!

– Filhos de Uzumakis só podem ser moleques, independente do sexo que possuem.

Kushina estreitou os olhos enquanto Tsunade apenas sorriu em resposta.

– Finalmente aceitou que o moleque é seu filho?

Kushina aproximou-se de Tsunade que agora examinava a região das costas do rapaz.

– Bem, é meio difícil de entender, mas...ele é a cópia do Minato e tão parecido comigo. No caminho até chegar aqui eu ouvi ele resmungando algumas coisas, como quando estamos dormindo sabe? -Kushina riu-se- e quando eu finalmente consegui entender o que ele estava dizendo, o danado estava repetindo a palavra lámen sem parar.

– É assim que você identifica uma pessoa como seu filho, Kushina?

– Oras, se você diz que todo Uzumaki é moleque, te digo que é de lei um Uzumaki pedir lámen, em todas as situações impossíveis e inimagináveis!

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A ninja médica desconsiderou o comentário descabido, virando Naruto de barriga para cima.

– Kushina? -Tsunade pediu, sem desviar a atenção do rapaz, prendeu o ar por alguns segundos- não foi aqui que ele recebeu o golpe do Kakashi?

A ruiva aproximou-se olhando com atenção, foi sua vez de prender a respiração. O ferimento, antes aberto e que parecia ser relativamente grave, estava agora quase completamente cicatrizado.

– Isso não é apenas ajuda do chackra Uzumaki.

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Os habitantes de Konoha tiveram certeza absoluta de que alguma coisa estava errada quando, ao invés de Kushina, era Minato Namikaze o próprio Hokage de Konoha quem arrastava seu pupilo Uchiha vila a fora.

– Por favor, sensei! Eu faço o que você quiser! Eu danço a macarena com roupas de gueixa, eu faço trabalhos comunitários. Eu...eu...eu paro de me atrasar para as missões, mas não me leva até a ruiva louca não?!

*-*-*-*-*-*

Kushina revirou os olhos ao ouvir a bagunça do lado de fora do quarto de hospital provocada por Gai, Ebisu e Iruka. Aqueles garotos realmente não sabiam o perigo que era enfrentar Tsunade em seu lado do ‘campo’, mas apostava que eles adoravam correr aquele perigo. Ela olhou mais uma vez Naruto em sua espantosamente rápida recuperação, o rapaz dormia profunda e tranqüilamente, apesar de deixar escapar alguns roncos levemente assustadores vez em quando.

Ali deitado e tão calmo Naruto parecia-se ainda mais com Minato, os cabelos quase sempre espetados estavam levemente esparramados pela cama, dormindo de lado ele pousava com cuidado as duas mãos abaixo da bochecha, ela sorriu suavemente...ele era lindo.

A ruiva aproximou-se um pouco mais, desejando fitá-lo mais de perto. Uma mão hesitante e suave percorreu o rosto sereno do loiro, passando pelos cabelos que após o toque, automaticamente retornavam aos seus lugares. Ela franziu o cenho ao perceber um livro na mesa de cabeceira ao lado do leito de Naruto, rapidamente o apanhou e com curiosidade o analisou; em sua capa havia o rosto conhecido do Uzumaki em seu sorriso mais amplo, várias pessoas o cercavam, algumas com sorrisos tão amplos quanto o do loiro, outras em poses mais discretas e...Kushina constatou com tristeza, um Uchiha com cara de bunda.

– Espero sinceramente que você não tenha se juntado com esta laia, garoto! -Ela advertiu o filho adormecido- pelo menos parece que você tem bastante gente legal ao seu lado - percorreu o olhar com mais atenção e pôde ver o filho com uma mão entrelaçada a de uma garota tímida, corada...linda e com olhos brancos perolados- Ahá! Ganhei a aposta Hiashi!

O barulho lá fora ficou mais alto, e ao ouvir o tom de voz de Tsunade, Kushina apressou-se em pousar novamente o livro na mesa de cabeceira e encaminhar-se ao salvamento de seus pupilos; foi interrompida por um ruído relativamente alto e ao verificar o que ocorreu viu o livro de Naruto caído ao chão, ela aproximou-se mais um pouco para então perceber que as páginas moviam-se como se estivessem sendo folheadas furiosamente. A movimentação parou em uma página totalmente em branco e um rabisco fantasma começou a surgir, primeiro poucas letras, formando uma palavra. Os olhos de Kushina arregalavam-se a medida que a frase terminava dizendo:

Olá, Kushina!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.