Me perdoa?

– Leia logo isso. - rosnei para Hermione, cruzando os braços como uma criança birrenta.

Hermione riu nervosa e trouxe o jornal mais para perto de sí, para poder ler.

–" A segunda busca na residência dos Comensais da Morte aparentemente não produziu resultados. Arthur Weasley, da Seção para Detecção e Confisco de Feitiços Defensivos e Objetos de Proteção Forjados diz que sua equipe agiu em função de uma informação confidencial."

– Foi minha! - disse Harry - Contei a ele na estação King's Cross sobre o Malfoy e aquela coisa que ele estava tentando fazer o Borgin consertar! Bom, se não está na casa deles, então o Malfoy deve ter trazido o tal objeto para Hogwarts...

– Não. - o interrompi depressa, fazendo eles olharem para mim. - Como ele poderia ter feito isso? Todos fomos revistados quando chegamos.

– Vocês foram? Eu não!- Harry disse surpreso, eu revirei s olhos, mas é claro que não, ele chegou atrasado.

– Claro que você não foi, chegou mais tarde! Bem, Filch fez uma varredura em todos nós com sensores de segredos quando pisamos no Saguão de entrada. Se Draco tivesse algum objeto das Trevas no malão, no meio do cabelo, nos bolsos que seja! Teria sido encontrado. Então Draco não trouxe nada perigoso.

– Só está o protegendo porque é seu irmão. - Harry murmurou.

O fuzilei e abri a boca para responder, mas Hermione me censurou com o olhar que claramente dizia que eu já havia convencido ele, já que ele estava sem palavras no momento. Então apenas cruzei os braços. Harry levantou o olhar e ficou me encarando enquanto eu mexia nos papéis em cima da mesinha, provavelmente pensando no que falar, e ele achou.

– Então alguém mandou por correio-coruja. A mãe ou outra pessoa qualquer.

– Todas as corujas estão sendo verificadas também. - disse Hermione, obvia. - Foi o que Filch nos disse quando estava enfiando aqueles sensores em todo lugar de seu alcance.

Harry ficou realmente atordoado. Ele olhou esperançoso para Rony, que estava sentado ao meu lado, de braços cruzados olhando para Lilá Brown.

– Você consegue pensar em algum meio de Malfoy...? - Harry começou.

– Ah, esquece, Harry. - disse Rony.

– Escute aqui, não é culpa minha se Slughorn só tenha convidado nós três e Helo para essa festinha idiota, nem queríamos ir, sabe! - exclamou Harry se irritando.

– Bom, como não sou convidado para festa nenhuma - retrucou Rony se levantando - acho que eu e Hugo vamos dormir.

Hugo se levantou e foi atrás de Rony, que saía mal-humorado em direção a porta do dormitório dos garotos, deixando nós três de olhos arregalados. Mas logo fuzilei Harry.

– Viu o que você fez?... - eu disse mal-humorada.

Hermione parecia saber que aí vinha bomba, pois saiu de perto na mesma hora, indo para onde Neville e Gina conversavam.

– Não é culpa minha se Rony está sendo um idiota! - ele disse, mas eu continuei.

– ...Se você prestasse mais atenção em seus amigos, largasse aquele livro...

– Não é você e Hermione que diziam que eu deveria estudar mais?!

–... Veja só o que está fazendo! Como se não bastasse enganar o professor, agora está deixando todos bravos com você...

– Alpha! Presta atenção. - chamou.

–...Já me deixou puta, agora Rony, onde você vai parar se...

Fui interrompida. Por um beijo.

Harry havia segurado meus pulsos e me beijado, resisti por alguns segundos, mas eu acabei cedendo. Quando o beijo acabou ele me encarou com biquinho.

– Me perdoa? - fez cara de cachorrinho, que fofo...não Alpha, se concentre.

– Humph. - cruzei os braços.

– Por favoor! - ele chegou perto e deu um beijinho no meu pescoço, no meu ombro e no canto da boca, estamos em local público, Potter.

Eu sou bem fraca mesmo. Puxei Harry para um beijo que parti logo, o encarando.

– Isso foi um sim? - perguntou confuso.

– Se você prometer parar de ser idiota. - eu disse, o encarando bem no fundo de seus olhos verdes.

– Eu prometo. - riu-se ele, me puxando pela cintura e rindo no meu ouvido.