Mais do que Um Sonho

Capítulo 19- E assim foi...


[Bella]

Rosalie voltou para o salão com um sorriso nos lábios, logo atrás dela Esme vinha sem cor. Ela voltou a se sentar em seu lugar, e Aro ainda falava sem parar. Esme não voltou a me encarar, apenas olhava para a mesa a sua frente e respondia alguma coisa que a perguntavam de vez em quando. Alice ainda gritava para que todas as mulheres solteiras comparecessem no meio do salão para ela jogar o buque e eu estava tranqüila, com a cabeça tombada no ombro de Edward.

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-vamos diva, vamos também. –Aro pegou minha mão e me arrastou até o meio do salão. Olhei pra trás lentamente e Edward me olhava com uma sobrancelha levantada, enquanto eu dava um sorriso de desespero.

-NO TRÊS. –Alice gritou, e foi ai que eu percebi que minha irmã estava ao meu lado.

Alice fazia brincadeira e fingia jogar o buque e eu estava com os olhos fixos em Esme que encarava a toalha de mesa com os olhos arregalados. Olhei para minha irmã, ainda sorridente, e desconfiei do que poderia ter acontecido.

- o que aconteceu? –eu falei a fuzilando com os olhos.

-aconteceu o que? –ela colocou a mão no peito em uma falsa surpresa.

-você sabe. Esme, agora desembucha. –ela sorriu outra vez.

-ah isso, nada não ela só me emprestou o batom. –ergui uma sobrancelha, era obvio que ela tava mentindo.

-Rosalie... –ela deu de ombros.

-relaxa Bella, ela nunca mais vai te incomodar. –eu estaquei.

-o que você fez? –ela deu de ombros mais uma vez.

-nada de... –um grito agudo incomodou meus ouvidos.

-DIVA, DIVA, EU PEGUEI O BUQUE EU SOU A PROXIMA A CASAR! –E Aro foi saltitando até Marcus que sorria abertamente para ele.

-que escândalo. –minha irmã falou e então senti um braço fino passando por meus ombros. Virei e Alice sorria radiante para nós.

-estão gostando da festa. –ela falou completamente sorridente.

-está linda Alice. –eu falei retribuindo o sorriso.

-que bom que gostaram, agora se me dão licença tenho que me trocar para a lua de mel. –ela piscou e saiu saltitando e dançado para um quartinho nos fundos.

Voltei a sentar e comecei a reparar nas pessoas que estavam ali. Meu olhar se prendeu em Emmett que rebolava até o chão e usava óculos cor de rosa. Carlisle e Edward conversavam animadamente e já marcavam uma viagem para vê-los.

Alice e Jasper se despediram de todos rapidamente e logo saíram correndo para o carro de Jasper, que já estava todo enfeitado e apenas esperando por eles. Tive que segurar o choro ao ver minha melhor amiga entrando no carro e indo embora. Eu esperava poder ver isso algum dia, mas nunca achei que poderia ficar tão feliz por ela.

-vamos para casa? –Edward sussurrou em meu ouvido. Eu olhei para ele sorrindo.

-agora? –ele sorriu torto e olhou meus lábios ao falar.

-mamãe e papai estão indo embora e... Bem, não vejo mais nada que podermos fazer aqui. –ele falou tão perto, que seus lábios roçavam nos meus.

Eu me levantei e peguei sua mão, sorrindo para Carlisle que conversava com Esme. Edward agarrou minha cintura e deu um beijo molhado em meu pescoço e fazendo assim com que toda minha pele se arrepiasse.

-estão indo queridos? –Carlisle falou sorrindo timidamente.

-sim, estamos um pouco cansados. –Edward riu em meu pescoço.

-ah... Entendo, bom descanso. –Ele deu um abraço em mim e depois em Edward, logo depois Esme deu um beijo rápido em meu rosto e abraçou Edward e virou indo para o carro.

Edward ficou tão perplexo quando eu olhando Esme indo para o carro. Carlisle deu de ombros, como se pedisse desculpa e então foi atrás dela. Edward novamente abraçou minha cintura e me arrastou para o carro rindo e beijando meu rosto.

O caminho foi longe e torturando, porque Edward resolveu não olhar para a rua a sua frente e sim para mim, então as coisas ficaram um pouco complicadas. O elevador estava vazio, e Edward logo me beijou, prensando meu corpo na parede e colando seu corpo ao meu. A porta do elevador abriu e ele me puxou, sem realmente deixar meus lábios.

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A porta do apartamento foi aberta de maneira inexplicável, pois eu não tinha certeza se ele tinha ou não tirado uma de suas mãos de mim, apenas percebi isso quando ele me pegou pela cintura e começou a me levar para o quarto. Eu passei minhas pernas ao seu redor, e logo senti a cama macia embaixo de mim.

Edward beijava meu pescoço, enquanto eu lutava contra sua gravata e com os botões de sua camisa. Ele me colocou sentada e logo começou a abrir os laços do meu vestido, enquanto eu passava sua camisa por seus ombros e a descia por seus braços. Senti seu hálito quente novamente em meu pescoço, e logo ele desceu sua boca por minha clavícula, depois pelos braços e terminando por beijar a palma de minha mão.

-admito que foi estranho com meus pais hoje. –ele falou, já com os lábios nos meus.

-você achou? –eu falei rindo fraco. Ele riu um pouco e mordeu meu lábio inferior, antes de voltar a beijá-lo.

Meu vestido foi escorregando lentamente por meus ombros e depois Edward terminou de tirá-lo, jogando-o em um canto do nosso quarto bagunçado. A sensação de estar ali com ele era boa de mais para mim. Apesar de todos nossos problemas e todos os que já tivemos, nos entendíamos perfeitamente.

Nunca, e quando digo nunca é nunca mesmo, achei que poderia gostar de alguém. Não da forma que amava Edward, mas eu apenas duvidava que algum dia pudesse gostar de alguém. Eu via o quando meu pai sofria pela perda de minha mãe e temia que pudesse sofrer daquela forma sequer por um minuto, mas como sempre fiz tudo errado. Era um milagre que Edward me amasse dessa forma e que tivesse me aceitado de volta apesar de tudo. Eu seria eternamente grata a ele.

Edward me beijava calmamente e passava suas mãos por toda a extensão do meu corpo, como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa, ou simplesmente queria prolongar o momento assim como eu. Ele parou de me beijar por um minuto e olhou em meus olhos sorrindo. Eu sorri também e ele logo voltou a me beijar, e foi nesse momento que eu o senti dentro de mim.

[Edward]

Abri os olhos lentamente e procurei pela minha menina ao meu lado. Nada, apenas o lugar vazio e ainda quente por causa do calor de seu corpo. Fiz bico e sentei na cama, olhando para os lados procurando por ela. Ela não estava no quarto, eu apenas podia sentir o cheiro de café forte que estava me deixando com fome. Olhei para os lados novamente e então vi uma xícara em cima do criado mudo. Eu sabia que era para mim por que era a mesma xícara que eu usava todos os dias.

Peguei a pequena peça de porcelana com o Pernalonga desenhado e saí do quarto. Já no corredor eu podia ouvir o barulho baixo das teclas do computador. Entrei lentamente, não querendo a assustar e percebi que ela estava de costas para mim digitando nervosamente. Me aproximei sorrateiramente e fiquei atrás dela, lendo o que ela escrevia.

“Selena olhou pela janela e avistou a pequena floresta na frente de sua casa. As lembranças que tinha dali eram na maioria felizes, porem seu coração ainda apertava quando pensava na ultima vez que estará ali. Era como se seu coração se dilacerasse a cada pequeno segundo, como se o sangue doesse por simplesmente correr em suas veias. Ela não se sentia feliz o suficiente para viver, mas sabia que se manteria assim... Apenas por ele.

Em algum lugar longe dali, Ethan pensava naqueles olhos castanhos magoados que vira pela ultima vez há tanto tempo. Ele fechou os olhos com força e lutou para afastar aqueles pensamentos, porem eles eram mais fortes e voltavam com mais força a cada novo pensamento. Ele não conseguiria se manter afastado, por mais que ela tivesse pedido por isso. Ele não era como ela, que poderia acordar de manha se soubesse que ele estava bem. Eles eram opostos, porem feitos perfeitamente um para o outro. ”

Eu franzi a testa para o computador, podendo imaginar o que os personagens sentiam. Não era agradável, mas ainda assim eu podia entender. Bella riu um pouco a minha frente e eu olhei para ela com uma sobrancelha levantada.

-o que achou? –ela falou se virando para me olhar.

-preferia eles juntos. –eu falei ainda com a testa franzida. Ela sorriu e abriu os braços, me puxando pela cintura e fazendo com que eu sentasse em seu colo.

-acordou cedo hoje. –ela falou beijando minhas costas e deixando a cabeça em meu peito, que estava livro por eu ter passando o braço em volta de seu pescoço.

-fui abandonado, né. –eu fiz bico outra vez e ela sorriu, dando um beijo em mim.

-desculpe, não consegui conter a idéia. –ela repuxou um canto dos lábios.

-tudo bem, você compensa. –me levantei e a peguei no colo.

-EI! –ela falou rindo.

-ah, eu sou pesado de mais e alem do mais... Eu ainda estou com sono, então diga boa noite para seu computador. –ela riu e beijou meus lábios de leve.

-tudo bem, já que é assim. –ela revirou os olhos e eu já estava em nosso quarto.

Deitamos na cama, e eu logo a puxei para os meus braços. Não queria nem sequer pensar na distancia entre nós. Ela se ajeitou em meu peito e eu me animei simplesmente por poder niná-la até que estivesse inconsciente. Nem por sequer um segundo eu pensaria em seu livro. Não me permitiria sentir aquela dor novamente, e com toda a certeza, nunca mais a deixaria pensar nisso.