Ninguém ali entendia como Paulina poderia saber de quem era aquela carta se nela havia apenas uma poesia, Carlos Daniel aos poucos vai conseguindo acalmar Paulina, a carta passava de mão em mão naquela sala, todos queriam ler o que somente Paulina havia enxergado.

Lalinha busca um copo de água com açúcar para Paulina e depois que ela toma com as mãos ainda tremendo, Carlos Daniel volta a lhe perguntar.

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— E então minha vida? – ele diz limpando as lagrimas que insistiam em cair pelo rosto de Paulina – Quem é o autor dessas cartas?

Paulina olhou profundamente nos olhos de Carlos Daniel, era algo tão absurdo o que iria falar que temia que achassem que ela estivesse perdendo o juízo.

— Fabrício. – ela disse o nome com raiva.

Todos se olharam chocados, era impossível ser Fabrício, ele estava morto.

— Não Paulina, não pode ser Fabrício, ele morreu. – Rodrigo disse olhando a cunhada.

— Você esta muito abalada Paulina, não esta conseguindo pensar direito. – Patrícia disse com a voz triste.

— Esses calmantes não estão fazendo bem ela. – Fernando falou preocupado.

Todos comentavam entre si o absurdo que Paulina havia dito.

— Calem a boca todos vocês. – vovó Piedade disse brava pelos murmúrios que havia formado na sala.

Todos olharam espantados para Piedade, menos Carlos Daniel e Paulina que se fitavam entendendo o que se passava um com o outro.

— Se Paulina disse que é esse miserável é por algum motivo, - Piedade diz mais calma – vamos deixar ela explicar como chegou a essa conclusão.

Eles voltaram a olhar para Paulina esperando que ela continuasse, Carlos Daniel segurava as mãos da esposa, os olhos de ambos estavam cheios de água, Paulina respirou fundo.

— Essa carta, - ela começou a dizer olhando para as pessoas ali presente – essa poesia, foi Fabrício que fez.

Todos se olharam surpresos e indignados.

—Você tem certeza Paulina? – Rodrigo perguntou ainda em duvida de tamanho absurdo.

— Tenho Rodrigo, ele fez essa poesia pra mim. – Paulina diz olhando para Carlos Daniel.

— Isso é um absurdo Paulina, - Rodrigo diz irritado – ele morreu naquele acidente, morreu.

— É mesmo esse canalha não é meu amor? – Carlos Daniel pergunta olhando a amada.

— Sei que parece estranho Carlos Daniel, mas é ele, é ele. – Paulina diz chorando abraçando o marido.

— Você também acredita que seja esse Fabrício Carlos Daniel? – Estephanie pergunta espantada.

— Se Paulina diz que é Fabrício é porque é. – vovó Piedade diz com autoridade.

— Esta coberta de razão vovó, - Carlos Daniel diz abraçado a Paulina – agora vamos contar a policia e descobrir onde esse desgraçado esta.

— Eu estou com medo Carlos Daniel, - Paulina diz chorando muito – Fabrício é louco, ele pode fazer algum mal a Paulinha.

— Calma meu amor, - Carlos Daniel beija a cabeça de Paulina – nós vamos encontrar Paulinha.

— Será que ele não esta no mesmo lugar em que manteve Paulina? - Patrícia diz pensativa.

— Pode ser Patrícia, eu vou agora mesmo para a delegacia. – Carlos Daniel diz se soltando de Paulina – E de lá vamos ate aquela cabana onde ele escondeu Paulina.

— Eu vou com você Carlos Daniel. – Paulina fala segurando as mãos de Carlos Daniel e se levantando.

— Mas Paulina... – Carlos Daniel tenta convencê-la ao contrario, mas ela o interrompe.

— Não vou ficar aqui sem noticias Carlos Daniel, não vai adiantar tentar me convencer a ficar. – Paulina diz, o nervosismo de sua voz era aparente a todos.

— Paulina, - Patrícia diz se aproximando da amiga, nos seus olhos também haviam lagrimas – você esta muito nervosa, é melhor ficar e tentar descansar um pouco.

— Não Patrícia, - Paulina diz ainda segurando as mãos de Carlos Daniel – eu não vou ficar.

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— Minha filha, - vovó Piedade diz se aproximando de Paulina e pegando em seus braços – pode ser muito perigoso, você mesma disse que esse Fabrício é louco.

— Por isso mesmo vovó, - Paulina diz enquanto as lagrimas voltam a cair pelo seu rosto – sei que Fabricio é capaz de qualquer coisa, e essa carta esta direcionada a mim, talvez eu possa ajudar de alguma maneira.

Carlos Daniel olha para Paulina com medo e angustia, sabia que a esposa seria capaz de fazer um ato impensado para Paulinha esta de volta com a família.

— Paulina você não vai, - ele diz seriamente e com a voz firme – não vou te colocar em perigo também.

Paulina o olha espantada pela forma que Carlos Daniel a olhava, estava com a expressão muito séria, de uma forma descontrolada as lágrimas se tornam mais intensas, ela solta as mãos de Carlos Daniel e se senta derrotada no sofá.

Carlos Daniel se ajoelha ao lado dela, seus olhos estavam cheios de água, sua mão puxa delicadamente o rosto de Paulina para que ela lhe olhasse.

— Não posso te levar comigo Paulina, se aquele desgraçado estiver mesmo lá vamos conseguir trazer Paulinha, eu te prometo que vamos trazê-la meu amor.

Paulina não diz nada apenas deixa o caminho livre para as lagrimas, Carlos Daniel beija sua testa e sai, Rodrigo e Fernando vão atrás, Estephanie, Patrícia e vovó Piedade se sentam ao lado de Paulina e a abraça, e por um longo tempo, tudo o que ela consegue fazer é olhar a foto da filha e chorar profundamente.