Mais Além De A Usurpadora

Capítulo 31 Cuidar de Mim


Os dias continuavam a passar, lentamente, como que para torturá-los ainda mais. Mais uma semana havia se passado, três semanas sem ver ou ouvir um ao outro, as cartas nunca mais chegaram, Carlos Daniel ia umas poucas vezes a fabrica, não conseguia se concentrar no trabalho e sempre que estava lá procurava por quem havia feito o atentado a Paulina.

Patrícia e Rodrigo conversaram com Carlos Daniel, para eles aquelas ameaças foram apenas uma brincadeira de mau gosto para separar ele de Paulina, e como conseguiu, quem quer que fosse que estava mandando, se sentiu vitorioso.

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— Se eu fosse você iria conversar com Paulina. - Patrícia diz olhando-o seriamente.

— Patrícia tem razão Carlos Daniel, - Rodrigo diz se sentando - não pode ficar longe de Paulina e de seus filhos só porque uma pessoa sem ter o que fazer disse para fazer isso.

— Mas e se as ameaças voltarem Rodrigo? E se acontecer algo a Paulina? Aquele atentado na fabrica foi um sinal.

— O que aconteceu com Paulina na fabrica pode ter sido mesmo um acidente Carlos Daniel, – Patrícia fala – e a pessoa que mandou as cartas aproveitou disso para assustar você.

— Não acho que tenha sido acidente Patrícia.

— Mas mesmo se tiver sido proposital, - Rodrigo diz o encarando – não acha que deixar seus filhos e Paulina longe de você será pior.

— Tem dois seguranças com ela Rodrigo.

— E na fabrica havia dezenas de pessoas ao lado dela e mesmo assim não puderam evitar o que aconteceu. – Rodrigo diz se levantando – Não seja idiota Carlos Daniel, conte tudo para Paulina e leve ela e seus filhos para a mansão, lá ela estará mais protegida, e o mais importante, estará com você.

— Rodrigo tem toda a razão Carlos Daniel. – Patrícia diz triste – Imagino como Paulina esta. Deve esta se sentindo completamente só, nenhum de nós a procurou.

— Vocês tem razão, - Carlos Daniel diz se levantando – hoje mesmo vou falar com ela, só vou passar em casa para tomar um banho e vou ate o hotel.

Paulina naquele dia estava mais abatida, a palidez de seu rosto preocupava Filó.

— Eu vou levar o Gabo pra cama, - Paulina diz com o filho que dorme nos seus braços – e vou me deitar também, estou com um pouco de dor de cabeça.

— Você não anda se alimentando direito Paulina, por isso esta pálida desse jeito, vai acabar ficando com anemia.

— Vou ficar bem Filó. – Paulina diz e vai para o quarto.

Carlos Daniel chega na mansão com um sorriso no rosto.

— O que aconteceu meu neto? – vovó pergunta ao vê-lo entrar no seu quarto.

— Estive conversando com Patrícia e Rodrigo, e eles me convenceram a procurar Paulina e lhe explicar tudo, hoje mesmo trago ela de volta.

— Acho que não será tão fácil assim Carlos Daniel, sabe que Paulina é muito cabeça dura, talvez nem queira te ver.

— Acha que não devo procurá-la vovó? – ele diz decepcionado.

— Claro que deve Carlos Daniel, mas não vá achando que será só você chegar lá e ela vai te perdoar, você feriu a Paulina e isso vai ter que ser curado com o tempo.

— Eu vou curar todas as feridas que causei em Paulina, vou amar e cuidar dela, vou protegê-la com toda a minha alma.

— Vou pedir pra virgem de ajudar meu filho, e também para que Paulina te ouça e te perdoe.

— Obrigado vovó, - ele diz beijando-lhe o rosto – agora vou tomar um banho para ir ate o hotel, não vejo à hora de poder ver Paulina.

— Vai lá Carlos Daniel, vai e diz a ela que estamos todos com muita saudades, dela, da Filó e dos meus bisnetinhos.

— Vou dizer sim vovó. – Carlos Daniel beija o rosto da avó mais uma vez e sai do quarto.

No hotel Filó decide ir ver como Paulina esta, e quando entra no quarto a encontra delirando, ela coloca a mão sobre a testa de Paulina.

— Minha virgenzinha, você esta queimando de febre Paulina.

O rosto de Paulina estava vermelho, ela mexia agitada na cama e chamava por Carlos Daniel.

Nesse momento a campainha toca e Filó corre para atender.

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— Senhor Carlos Daniel, que bom que chegou eu já estava indo te ligar.

— Aconteceu alguma ciosa Filó? – ele pergunta parado na porta.

— É a Paulina, - Filó diz puxando ele pra dentro – esta com uma febre muito alta.

— Onde ela esta? – ele pergunta preocupado.

Filó o leva ate Paulina.

Quando chega no quarto de Paulina ele a viu muito mal, estava agitada e tremia enquanto suava frio.

— Paulina! - ele diz se sentando na cama e passando a mão pelo seu rosto – Há quanto tempo ela esta assim Filó?

— Eu não sei senhor, já tem algum tempo que ela veio se deitar, estava com dor de cabeça, mas também não anda se alimentando direito.

— Eu vim pedir perdão a ela Filó, - ele diz com um brilho no olhar – não podemos mais continuar assim.

— Paulina esta sofrendo demais. – Filó diz olhando triste para Paulina.

— Carlos Daniel... – Paulina chama no seu delírio.

— Eu estou aqui minha vida, - ele diz passando a mão pela sua face – vou cuidar de você meu amor.

— Melhor ligar pro medico seu Carlos Daniel.

— Eu vou ligar para o Dr. Varella, - Carlos Daniel diz pegando o celular – ela esta muito magra Filó.

— Não anda comendo quase nada a pobrezinha.

Carlos Daniel conversa com Dr. Varella, que lhe diz que logo estará lá.

Dr. Varella examina Paulina.

— Ela esta com anemia senhor Carlos Daniel, e também um pouco desidratada.

— Paulina não esta se alimentando direito doutor. – Filó diz.

— E essa febre doutor? Esta muito alta. – Carlos Daniel pergunta preocupado.

— A febre é emocional, eu tenho um remédio aqui que vocês vão dar a ela, mas o mais importante agora é controlar a temperatura dela, façam compressas com toalhas molhadas e coloque sobre a testa, axila isso ajuda a diminuir a temperatura.

— Não vou sair do lado dela nenhum minuto. – Carlos Daniel diz sentando ao lado de Paulina e passando a mão no seu rosto.

— E também precisa se alimentar, e beber muito liquido.

— Eu vou fazer ela comer nem que tenha que amarrá-la doutor. – Filó diz séria – Eu te acompanho ate a porta.

Carlos Daniel não sai nenhum minuto do lado de Paulina, que sempre o chama em seu delírio, ele cuida dela, sempre conferindo sua temperatura.

Quando a respiração de Paulina se regulariza e Carlos Daniel tem certeza que ela adormeceu, ele se deita ao seu lado colocando seu braço embaixo da cabeça de Paulina e com o outro a envolvendo pela cintura. Por um bom tempo ele a olha e sempre volta a verificar sua temperatura, aos poucos a febre vai abaixando e Carlos Daniel adormece abraçado a Paulina, com seus braços em volta dela como se estivesse protegendo-a.