— Ainda não acredito que estou grávida novamente, - Paulina fala olhando todos na sala, com a filha nos braços – Paulinha acabou de completar três meses, e vou ter outro bebê.

— Não sabe o quanto rezei para que a virgem te curasse e não deixasse você morrer Paulina, - vovó Piedade diz – e de onde tirou essa idéia de arrumar outra esposa para Carlos Daniel? Eu não aceitaria ninguém nessa casa alem de você minha filha.

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— Mas vovó, sei que Carlos Daniel sofreria muito, e não queria que ele ficasse sozinho... pensei que Raquel fosse uma boa pessoa e amasse meus filhos. – Paulina diz com um olhar pensativo.

— E você acha que eu iria me casar com Raquel? – Carlos Daniel pergunta abraçando Paulina – Eu não vou amar ninguém alem de você, graças a Deus que tudo não passou de um mal entendido e você esta bem minha vida, não sobreviveria sem você.

— Bom acho melhor mudarmos de assunto, -Rodrigo diz vendo Carlinhos se aproximar com Lizete – não é bom que as crianças fiquem escutando esse tipo de conversa.

— Tem razão Rodrigo. – Paulina diz.

— Quando vão viajar tio Rodrigo? – Carlinhos pergunta.

— Ainda não sei Carlinhos, tenho que resolver algumas coisas e depois eu e Patrícia viajaremos. – Rodrigo responde abraçando Patrícia – Também esta na hora de termos um filho meu amor.

— É o que mais quero Rodrigo, - Patrícia diz sorrindo – enquanto Raimundinho esteve conosco, me senti mãe dele.

— Eu nunca vou poder agradecer você e Rodrigo o suficiente por ter cuidado tão bem de meu filho. – Estephanie diz com Raimundinho no colo – Obrigada mesmo Patrícia, sei que você foi uma ótima mãe para ele.

— Foi um prazer cuidar dele Estephanie, só sinto muita falta de Raimundinho.

— Ele também sente falta de vocês, não é acostumado comigo, sabem que podem vê-lo e pegar quando quiserem.

— Claro Estephanie, nós não vamos nos afastar dele. – Rodrigo diz sorrindo.

— Tia Patrícia, vocês vão viajar pra onde? – Lizete pergunta.

— Ainda não sei meu amor, nem sabemos quando iremos. – Patrícia reponde sorrindo para a menina – Mas prometo que vou trazer um presente bem bonito pra vocês.

— Que bom tia, eu gosto de ganhar presentes.

— Vocês merecem mesmo um tempo pros dois, faz muito tempo que Rodrigo não tira férias. – Paulina diz.

— É verdade meu amor, - Carlos Daniel responde – Rodrigo deve estar cansado da fabrica.

— Bom a verdade é que estou mesmo. - Rodrigo responde sorrindo – Mas acho que só iremos viajar mês que vem, tenho alguns assuntos da fabrica e é melhor resolver antes de viajar pra não deixar Carlos Daniel mais louco do que é.

— O ruim é que agora não confio em contratar outra baba para tomar conta das crianças, não sei como irei fazer. – Paulina diz seria.

— Mas sabe que não precisa ir a fabrica Paulina, pode ficar aqui e cuidar delas, e além do mais você esta grávida. – Carlos Daniel responde.

— E deixar você na fabrica sozinho sem o Rodrigo? Não me parece boa idéia.

— Bom Paulina, eu posso adiar as férias ate você encontrar alguém de confiança, se ao menos tivesse alguma conhecida de muito tempo e que você sabe que é de bom caráter. –Rodrigo diz.

— É isso Rodrigo, como não pensei nisso antes? Só vou precisar ir ate Cancún. – Paulina fala sorrindo pensativa – Tenho certeza que vai da certo.

— Como assim Cancún Paulina? – Carlos Daniel pergunta serio – O que você esta pensando?

— Na Filómena Carlos Daniel, ela mora sozinha lá, sempre foi amiga de minha mãe, era como se fosse uma segunda mãe pra mim, ate pensei em buscá-la naquela época que eu saí escondida daqui, eu vou pra Cancún amanha mesmo. –Paulina diz confiante.

— Mas como assim amanha? – Carlos Daniel pergunta – Esta pensando em sair pelo país sozinha?

— Eu vou só ate Cancún Carlos Daniel, morei a vida toda lá, não há perigo algum.

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— Espere ate sexta Paulina, assim eu posso ir com você e aproveito e conheço o lugar onde você cresceu. – Carlos Daniel diz pegando Paulinha dos braços da mãe.

— Ah papai se você for eu também vou querer ir, não é justo só você conhecer o lugar que minha mãe cresceu. – Carlinhos diz emburrado.

— Se o Carlinhos vai, eu é que não vou ficar mãezinha. – Lizete diz seria.

— Bom acho que vou ter que esperar ate sexta-feira mesmo, - Paulina diz sorrindo – assim vamos todos nós para Cancún.

— Então podemos ir também mamãe? – Carlinhos pergunta sorrindo.

— Claro que podem meu amor.

— Bom Paulina você sempre faz a vontade dos dois, estava pensando em irmos sozinhos para ficarmos a sós.

— Carlos Daniel... – Paulina diz envergonhada – não é uma viagem de lua de mel, eu vou para falar com a Filó.

Todos riem dos dois.

— Bom então iremos sexta-feira depois q eu chegar da fabrica. – Carlos Daniel diz sorrindo.

No sexta-feira, logo depois de chegar da fabrica, Carlos Daniel, Paulina e as crianças partem para Cancún. Quando chegam na cidade eles se hospedam no hotel.E no outro dia bem cedo vão para casa de Filó, Paulina não via a hora de encontrar a amiga.

— Filó, Filó sou eu a Paulina – ela diz chamando Filó com Paulinha nos braços.

Filó abre a porta e se emociona ao ver Paulina.

— Paulina, é você mesmo minha filha, - ela diz abraçando Paulina – e esta deve ser a Paulinha?

— É sim Filó, ah não sabe como estou feliz em te ver. – Paulina diz abraçando a amiga.

— Eu também Paulina, sinto muita falta de você, e o senhor como vai?

— Estou bem Filó, Paulina falou muito bem da senhora. – ele diz segurando a mão de Filó.

— Vamos, vamos entrar, venham crianças só não reparem porque é casa de pobre.

Eles entram na casa de Filó que é bem simples e sentam no sofá, Carlinhos e Lizete logo vêem um cachorrinho no quintal e vão brincar com ele. Paulina conta o que aconteceu para Filó.

— E então Filó? Aceita ir morar com agente na capital e cuidar das crianças? Pagaremos um bom salário.

— Claro que aceito Paulina, eu cuidei de você muitas vezes e vai ser um prazer poder cuidar de seus filhos, e não precisa nem me pagar, você é como se fosse uma filha pra mim.

— Que bom que aceitou Filó, mas faço questão de lhe pagar, eu não confio ninguém alem da senhora.

— Fico feliz com isso Paulina, - Filó diz sorrindo – Posso pega-la uma pouco?

— Claro que pode Filó. – Paulina diz entregando Paulinha para a amiga.

— Ela é tão parecida com você, os olhos, a boca... A filha de vocês é muito linda Paulina, sua mãe ficaria muito feliz em te ver com uma família linda e que te ama tanto.

— É Filó, eu sinto tanta falta dela... – Paulina diz triste.

— Mas não vá ficar triste assim, tenho certeza que ela esta feliz te olhando la de cima e não deve estar gostando de te ver assim.

— Meu amor, Filómena tem razão, também não gosto de te ver triste. – Carlos Daniel diz abraçando a esposa.

— Claro Carlos Daniel, - ela diz e sorri para o marido – Filó você ainda tem a chave la de casa?

— Claro Paulina, eu lhe disse que cuidaria dela, vou pegar as chaves para você. – Filó diz se levantando.

Ela vai ate uma mesinha encostada no canto e pega a chave que esta dentro de um pote de vidro.

— Aqui Paulina, - ela diz entregando as chaves para Paulina – você vai agora?

— Vou sim Filó, faz muito tempo que não vejo minha casa.

— Bom se não se importar, pode deixar Paulinha aqui comigo, assim você olha a casa com mais tempo.

— Você faria isso para mim Filó?

— Claro Paulina, vai la ver sua casa que cuido de sua filha.

— Obrigada Filó, - Paulina diz se levantando – não vamos demorar muito, temos que voltar para o hotel com as crianças, vamos Carlos Daniel?

— Claro Paulina, - Carlos Daniel diz se levantando – ate logo Filó.

— Podem ir despreocupados senhor, e não se preocupe com Paulinha, eu cuido bem dela.

— Tenho certeza Filó, - Carlos Daniel diz sorrindo e chama os filhos que estão no quintal – vamos crianças, nós vamos conhecer a casa que a mãe de vocês morou.

— Oba paizinho, vamos logo então. – Lizete diz vindo correndo.

— A Paulinha não vai mamãe? – Carlinhos pergunta.

— Não ela vai ficar com a Filó. – Paulina diz passando a mão no cabelo do menino.

Ela da um beijo no rostinho da filha.

— Thau minha princesa, a mamãe volta logo.

E eles vão para a antiga casa de Paulina.

Quando chegam eles param enfrente a casa, Paulina já não segura as lagrimas e vai caminhando devagar ate os degraus que levam a entrada da choupana, ela passa a mão na porta e olha tudo, Carlos Daniel e as crianças se aproximam.

— Meu amor, esta tudo bem? – ele pergunta passando os braços em volta da cintura de sua esposa.

— Esta sim Carlos Daniel, é que faz tanto tempo que não venho aqui, e essa casa me traz muitas lembranças.

— Você morava aqui mãezinha? – Lizete pergunta.

— Morava meu amor, - Paulina diz enquanto lagrimas caem pelo seu rosto.

— Não fique assim mamãe, eu não gosto de te ver chorando. – Carlinhos diz segurando o braço da mãe.

— Não se preocupe Carlinhos, eu estou bem, só estou emocionada. – ela diz sorrindo para o menino.

Paulina pega a chave e coloca na porta que abre devagar, ela entra na casa na companhia de Carlos Daniel, que coloca a mão sobre o ombro da esposa, e das crianças que olham tudo espantadas.

— Esta exatamente como me lembro, ate parece que nunca sai daqui, - ela diz enquanto abre as janelas – Filó cuidou de tudo...

Paulina anda pela casa olhando tudo e passando a mão nos velhos moveis, sua mente volta ao passado se recordando de tudo o que vivera naquela choupana, dos momentos felizes com sua mãe e das dificuldades que passou com ela. Ela meche em tudo abrindo as gavetas os armários, Carlos Daniel a olha com carinho enquanto as crianças também reviram a casa.

— Bom, nós nunca tivemos nada de valor, eu vou levar só essas fotos. O resto eu deixo aqui, talvez Filó saiba de alguém que não tenha onde morar... – Paulina diz com os olhos cheios de lagrimas olhando para Carlos Daniel.

— Meu amor, tem certeza? – Carlos Daniel pergunta enquanto vai ate ela e a puxa pela cintura.

— Claro Carlos Daniel, não tem motivo eu deixar essa casa fechada enquanto tem pessoas sem ter onde morar. Vou levar para sempre as lembranças dessa casa, mas não pretendo voltar mais aqui. – Ela responde abraçando Carlos Daniel – É muito triste entrar aqui e não ver minha mãe.

— Tudo bem minha vida, faca o que achar melhor. – ele diz e a beija – Mas não fique tão triste assim que eu não suporto de ver sofrer.

— Ta bom meu amor, - ela diz e sorri um pouco – melhor irmos agora, Paulinha deve estar com fome.

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— Tem razão, vamos crianças? – ele diz chamando os filhos que estão andando pela casa olhando tudo.

— Vamos papai, a mamãe fica muito triste aqui, e eu não gosto de ver ela chorando. – Carlinhos responde indo ate a mãe e a abraçando.

— Não precisa se preocupar assim comigo meu amor, - Paulina diz para o menino – eu estou bem, ta bom?

— Vamos logo então papai, eu estou com saudades de Paulinha. – Lizete diz.

— Vamos meu bem. – Carlos Daniel diz pegando a menina.

Eles vão ate a casa de Filó, e encontram Paulinha dormindo na cama.

— Conseguiu fazer ela dormir? – Paulina pergunta sentando na cama e passando a mão no rostinho da filha – Pensei que a encontraria chorando de fome.

— Ela é tão tranqüila Paulina, ate nisso parece com você, não da trabalho algum. – Filó responde sorrindo – E então viu a casa?

— Vi Filó, esta tudo do jeito que deixei, - ela diz e sorri para a senhora – obrigada por ter cuidado da casa de minha mãe Filó.

— Que isso Paulina, não precisa agradecer, sabe que eu e sua mãe éramos muito amigas, é o mínimo que podia fazer por vocês.

— Você não sabe de alguém que esteja procurando um lugar para morar? Eu não vou poder ficar vindo aqui sempre e não acho justo deixar a casa fechada, é simples eu sei mas, pra quem não tem onde morar... – Paulina diz.

— Bom, tem uma sobrinha de uma amiga minha que perdeu tudo num incêndio, e não tem mais nada, acho que ficara feliz em saber que vai ter uma casa, eu estava ate pensando em deixar a minha para ela mas a sua é maior.

— Cuide disso pra mim Filó, nós vamos voltar amanha para capital, não podemos ficar muito tempo. – Paulina diz.

— Claro minha filha, eu vou falar com minha amiga.

— E a Célia? Pensei que a encontraria aqui.

— Bom a Célia se casou com um homem rico, e agora ela vive viajando pelo mundo afora. – Filó diz sorrindo.

— Que bom que ela tenha se casado, Célia sempre foi meio doidinha. – Paulina diz sorrindo.

— Melhor irmos meu amor. - Carlos Daniel diz gentilmente.

— Tem razão Carlos Daniel, - Paulina diz pegando Paulinha que continua dormindo – vamos pro hotel, Paulinha tem que tomar banho.

— Ate semana que vem então Filó, - Carlos Daniel diz abraçando Filó – te esperamos la.

— Claro senhor, sábado bem cedinho eu chego, não se preocupe.

— Thau Filó, obrigada por tudo. – Paulina abraça a amiga.

— Thau minha filha e vão com Deus.

— Thau vovó Filó. – Lizete diz abraçando-a.

— Vovó! – ela diz espantada – Thau meu bem, você é muito linda.

— Posso te chamar de vovó também? – Carlinhos pergunta sorrindo.

— Claro que pode Carlinhos, - ela diz e abraça o menino – ganhei netos muito lindos.

— Thau vovó.

E eles partem para o hotel.