TPM

— Onde está a Lucy? — Natsu perguntou para Mira ao passar os olhos pela guilda e não encontrá-la, além de não sentir seu cheiro gostoso.

— Ela foi para casa, disse que não estava se sentindo muito bem e olha... Ela realmente não parecia bem — disse com uma expressão preocupada.

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— Valeu Mira! Vou lá no apartamento dela. — Saiu correndo porta a fora.

— O Natsu me abandonou ~ — Happy choramingou teatralmente para depois acrescentar: — De novo.

N&L

Depois de alguns minutos, o Dragneel chegou ao apartamento da amada. Estranhou o fato das janelas estarem fechadas, considerando o fato que ela estaria realmente em casa.

Como o habitual, escalou a parede e ao alcançar, percebeu que Lucy não estava no quarto. Forçou a trava pelo lado de fora e entrou, pousando na cama sem fazer barulho.

— Lucy? — chamou baixinho e não houve resposta.

Andou até a cozinha e parou ainda na porta ao se deparar com Lucy vestida em um camisão branco até as coxas grossas e brancas, o cabelo bagunçado e a boca toda suja de chocolate.

— O que aconteceu com você? — ele perguntou assustado.

A loira deu um pulo de susto e levantou os olhos para ele, parecendo assustada.

— O que você está fazendo aqui? — E antes que o dragon slayer pudesse responder, continuou: — Vá embora, eu não quero ver você.

— Por quê? — replicou em confusão, uma pontinha de mágoa transparecendo em sua voz, enquanto tentava lembrar se tinha feito algo para irritá-la.

Será que tinha sido por causa do bolo que ele comeu inteiro assim que saiu do forno? Não... Como ele poderia saber que não era para comer, se estava apenas escrito “Elza”? Não era adivinha, oras! Seria por causa do fogo que ele tinha posto acidentalmente na cortina do banheiro? Não, não. Lucy não ficaria louca por causa de uma coisinha dessas... Ou ficaria?

— Porque você não me ama!

— Eu não... O quê?! — Sua voz soou totalmente incrédula, achando que alguém tinha trocado a sua Lucy. — De onde você tirou isso? É um absurdo!

— Do que você está falando? Nem sabe o que significa “absurdo”! — gritou, enfiando mais uma colher de brigadeiro na boca. — É mais que óbvio que não me ama mais!

Natsu poderia jurar que tinha visto os olhos dela lacrimejarem.

— Não entendo, Lucy — admitiu sem tirar os olhos dela.

— Sabe por quê? Lembra da quinta-feira passada? — Ele assentiu. — Você tinha comprado uma torta de camarão e comeu tudo sozinho! Não me ofereceu nenhum pedaço!

— Mas você não gosta de camarão, Lucy!

— E daí? — replicou chorosa. — Você não me deu nenhum pedaço! — acusou, apontando o dedo para ele. — E na segunda-feira? Hein? Hein?

O mago de fogo cruzou os braços, tentando lembrar do que a parceira falava. Uma expressão pensativa atravessou seu rosto até o entendimento cair sobre ele.

— Lembrou, não é? Comeu a pizza de chocolate inteira! E também não me deu!

— Mas... Mas você não quis! Disse que eu queria te deixar gorda! — lembrou-a totalmente confuso.

— Quem liga? Poderia ter me oferecido de novo! Você não me ama!

Oh, por Mavis! Ele estava em uma grande enrascada. Como proceder naquela situação? Então, teve uma ideia.

Aproximou-se dela rápido demais, segurando-a pelos braços e sacudindo-a de leve. E com a voz firme e um pouco alta, disse:

— Para com isso! Para! — pediu. — Eu amo você. De onde você tirou isso que não? Se você quiser eu compro uma torta de camarão ou a sua pizza de chocolate.

Mas ao contrário do que ele tinha imaginado, ao invés de sorrir e abraçá-lo agradecendo, os olhos dela se encheram de lágrimas e ela soltou um berreiro.

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— Não grita comigo! Você estava gritando comigo!

Desesperado por aquela reação, Natsu quase começou a chorar junto com ela. O que ele precisava fazer? Por que ela estava agindo daquele jeito? Ele era um monstro! Tinha gritado com ela e agora Lucy estava chorando. O que ia fazer agora? Era um péssimo namorado.

— E você quer me deixar gorda, aí vai me abandonar. — E voltou a chorar.

Ao ouvir tais palavras, Natsu tremeu. Dessa vez, segurou o rosto dela com as duas mãos, obrigando-a a olhar para ele. Observou como os olhos castanhos estavam cheios de lágrimas e como seus lábios estavam formando um bico por causa do jeito que segurava o rosto dela.

— Escuta Lucy. Eu não sei exatamente o que está acontecendo com você, mas não chore. Desculpe por ter gritado, ok? Desculpe — repetiu. — Agora, eu amo você, entendeu? E não vou te abandonar. Nunca.

— Oh Natsu, eu te amo! — Tirou as mãos dele do seu rosto e o abraçou apertado.

— Eu também te amo — sussurrou. — Não me assuste mais desse jeito, tá?

— Tá. — Fungou um pouco, limpando as lágrimas restantes com a costa da mão.

— Eu estou com fome, tem algo pra comer? — Dessa vez se importou em perguntar antes de ir pegar qualquer coisa sem permissão, do jeito que ela estava...

— Você veio aqui só pra comer, você não me ama! Natsu idiota!

E tudo começou novamente.

Oh céus.

Lucy o deixaria louco. E todo mundo achando que seria ela a enlouquecer primeiro.

Tolos.