Lágrimas de Prata

Capitão Ginyu x Papai?


Dendê observava seu deus com preocupação. Aos poucos parecia que a vida o deixava, o que seria de Namekusei quando isso acontecesse?

— Dendê?- chamou o Patriarca. O menino aproximou-se.- Preste muita atenção. Quero que vá atrás do guerreiro que o salvou e ajude-o caso ele e os outros consigam as esferas. Apenas nós dois sabemos como ativá-las.

— Mas, Patriarca...

— Freeza está muito próximo.- declarou. Nail olhou-o sério.- Vá agora!

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Dendê olhou Nail para em seguida voltar-se para seu deus e antepassado. Nail colocou uma mão em seu ombro passando-lhe coragem e força. Dendê, então, acenou com a cabeça e partiu. Passado algum tempo, o namekuseijin foi para a entrada do Templo e assistiu a chegada do Imperador.

— Saia do meu caminho, infeliz.- ordenou Freeza.

Nail foi para cima do monstro a fim de ataca-lo, porém foi parado pela calda que se enfiou em seu peito erguendo-o do chão.

— Eu mandei você sair!

Em seguida foi lançado a uma longa distância. A força do Imperador era descomunal. Freeza, então, entrou no Templo e contemplou a gigantesca figura que estava ali sentada em uma espécie de trono.

— Você é o deus desse planeta inútil.- observou arrogante.- Vou ser direto, como se ativa as esferas?

— Ouvi muito sobre você, Grande Freeza.- comentou o Patriarca.- Segundo filho, o mais impaciente, comete atos cruéis com seus súditos que são mais seus escravos, é poderosos, porém nada sabe como governar com sabedoria.

Freeza ouvia os insultos como se nada fossem, aquele velho logo morreria. Seria apenas o tempo de tornar-se imortal, então retornaria para matá-lo.

— Vem aqui almejando vida eterna e mata meu povo. Nada obterá de mim.

— Você não passa de um deus inferior de um planeta decadente.- riu Freeza.

— Logo seu Império ruirá!- anunciou o deus.

— Diga como ativos as esferas!- ordenou o Imperador.- Ou eu matarei o menino que saiu daqui a pouco.

O Patriarca apenas olhou-o, sua expressão séria.

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Gohan escutava o que os soldados lhe diziam, estava em outro planeta onde haviam escapado escravos. Precisava fingir procurar pistas. Muitos daqueles soldados que estavam ali comentavam como seria quando capturassem o Grande Sayaman, como iriam tortura-lo e matá-lo. O menino fingia rir e sorrir com determinados comentários.

Logo os soldados partiram e deixaram-no sozinho em um depósito de naves e scouters. Estava, de certo modo, inquieto. Turles agiu de forma muito estranha. Será que estaria desconfiado? Outro que estranhou, e muito, foi Kooler. O que estaria escondendo? Foi nítido que tentavam ocultar-lhe algo. O que seria?

Olhou em volta. Meses atrás estivera ali para roubar duas naves para ajudar escravos a fugirem. Aproveitou e destruiu os estoques dos computadores visuais, mas pelo que parecia novos scouters foram estocados ali.

Gohan olhou-os em silêncio. Ficou ainda mais inquieto, um frio tomou conta de seu estômago. Uma força parecia o atrair para ali. Uma curiosidade sem tamanho o dominou. Aproximou-se e pegou um scouter. Temeroso que Kooler descobrisse, programou-o apenas para estar conectado com os que estavam em Namekusei. Havia apenas um, o do Capitão Ginyu.

Com lentidão e certo medo, colocou-o em seu olho.

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Goku voava procurando Kuririn e Vegeta, não os encontrou em parte alguma. Sentiu um grande ki ao sul e outro na direção da nave onde deixou Vegeta. Seguiu rumo à nave curioso com quem poderia estar lá e na esperança de descobrir onde Vegeta estava.

Chegando lá viu um homem muito estranho e forte com uma aparência estranha perto das sete esferas. Droga, pensou, encontraram todas. Contudo, percebeu que não conseguiram ativá-las. Isso era ótimo! Se vencesse esse cara poderia recuperar todas as esferas e impediria Freeza! Além disso, fazia tempo que não lutava com alguém pra valer.

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Pousou onde esse monstro estava e esperou. Ginyu demorou um pouco a notar a aproximação, já que o sayajin estava com o ki muito anulado. Ao virar foi impossível não se surpreender.

Era muito parecido com Bardock, e até mesmo com Turles. Porém, o menino era o que a mente de Ginyu focou. Tinham o mesmo olhar, sério e bobo, focado e inocente, bondoso. Por mais que fossem parecidos fisicamente, era no olhar determinado que mais pareciam. Esse só podia ser o verdadeiro pai de Gohan!

— Imagino que você seja Kakaroto!

— Eu prefiro Goku. E você é?

— Eu sou o Capitão Ginyu das Forças Especiais Ginyu.- sorriu convencido.- O soldado mais poderoso de Freeza.

— Estou vendo que você é mesmo muito forte!- comentou o sayajin.

— De onde veio que meu scouter não captou?

— Nós da Terra temos a habilidade de ocultar nosso ki.- respondeu tranquilo.

Ginyu o olhou com raiva e desprezo. Mas como isso era possível? Uma simples habilidade conseguir despistar os melhores computadores visuais de todas as Galáxias? Humm...o Grande Sayaman tinha essa mesma capacidade pelo que sabia.

— Vocês sayajins sempre se achando os superiores.- riu o Capitão.- Sempre se metendo onde não foram chamados.

Goku olhava-o sério, notava que esse monstro era muito forte, teria que estar completamente atento ou poderia se machucar ou, pior, ser derrotado.

Ginyu atacou-o com rapidez, Goku desviou, porém recebeu um soco de raspão no rosto. Não era à toa que ele era o chefe das Forças Especiais. O Capitão continuou a atacar sem parar, a repetição de socos e chutes era de alguém muito experiente. Em determinado momento, depois de muito desviar, Goku revidou jogando seu oponente alguns metros para trás.

Esse sayajin era muito forte!, pensou Ginyu surpreso levantando-se e secando uma fina gota de sangue que escorria de sua boca. Até onde iria seu poder?

— Há muito tempo não encontrava um oponente que me atingisse!- elogiou Ginyu.

— Você também é muito forte.- replicou Goku respirando um pouco mais rápido pelo esforço de desviar de todos os golpes anteriores.

Ginyu sorriu, que idiota! Precisava ver até que ponto esse sayajin tinha alcançado. Tornou a atacar, dessa vez como um teste. Goku desviava ou revidava sem notar as intenções do inimigo. O Capitão utilizava apenas golpes físicos, porém muito técnicos e fortes, caso Goku fosse atingido poderia se machucar de verdade.

Goku, aproveitou um momento de parada do monstro e passou ele a atacar, foram golpes físicos também, estavam a uma curta distancia um do outro, deu um soco que foi facilmente desviado. Porém, quando Ginyu foi desviar de uma rasteira que receberia, Goku acertou-lhe uma cotovelada que o deixou mais lento. O sayajin, aproveitando-se disso, deu-lhe um soco no estômago.

O Capitão das Forças Especiais, que já não mais existiam, distanciou-se ao notar sua fraqueza ao receber os golpes. O filho de Bardock era muito mais rápido do que esperava, mais rápido do que ele próprio. Isso seria interessante, sorriu Ginyu.

Ao ver que o Capitão parou de atacar, Goku partiu pra cima mais uma vez, porém quando estavam frente a frente, Ginyu gritou e o sayajin sentiu-se muito estranho.

Primeiro sentia-se mais alto e pesado, em um de seus olhos havia um computador visual e ao olhar suas mãos via-as azuis. À sua frente, seu corpo, o corpo de Goku, o encarava com um sorriso zombador.

Por Kami! Haviam trocado de corpos!

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Em seu planeta sagrado, o Sr. Kaioh via e sentia tudo o que acontecia em Namekusei. Apesar de ser dois contra cinco a situação não era animadora. Ginyu e, principalmente, Freeza eram muito poderosos e sem qualquer escrúpulo.

Com horror, o deus percebeu a troca de corpos do Capitão e Goku. O que aconteceria dali pra frente? Quem poderia ajuda-lo? Uma luz no fim do túnel! Vegeta estava próximo...

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Kooler acabara de ser informado da batalha entre Goku e Ginyu. Ficou satisfeito por ter tirado o scouter de Gohan. Dessa forma o garoto não saberia a verdade ou, pelo menos, não correria o risco dele se lembrar.

O preocupava o fato de Ginyu voltar com esse corpo para o Império. Talvez um sacrifício devesse ser feito... Não faria muita falta, o novo aliado era muito mais poderoso e, o melhor, muito mais perigoso.

Já Turles assistia a luta com raiva. Kakaroto era muito mais forte que ele próprio. Além disso, a capacidade de anular o ki ser da Terra apenas o fazia ter mais certeza de sua desconfiança. Fez bem em não dizer a Kooler o objeto de sua investigação, queria a prova por ele mesmo e utilizando seus métodos. Se fosse verdade o pirralho que se preparasse...

Já em um planeta próximo, um scouter ligado clandestinamente estava focado na luta em Namekusei.

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Goku nem teve tempo de reagir passado o choque, pois uma figura conhecida pousou ao lado de seu verdadeiro corpo. Vegeta encarou-o com um ar zombeteiro.

— Ginyu.- cumprimentou.- Quanto tempo, hein?

— Vegeta...- tentou Goku com a voz de Ginyu em seu monstruoso corpo.

Não houve tempo, Ginyu no corpo de Goku socou o outro sayajin no rosto fazendo-o ser lançado uns passos a frente. Vegeta olhou-o com raiva, enquanto o corpo de Goku sorria zombeteiro.

— Seu imbecil, qual o seu problema?

— Vegeta, eu sou Goku!- gritou o corpo de Ginyu.

O príncipe ficou um tempo ainda confuso, depois teve um choque de realidade. Já tinha ouvido rumores dessa habilidade do monstro, mas nunca pensou ser verdade. Ao que parece os boatos eram mesmo verdadeiros.

— Mas você não passa de um monstro asqueroso mesmo.- riu Vegeta limpando um pouco de sangue que saiu de seu lábio.- Isso é cruel até para os meus padrões!

Ginyu sorriu, Vegeta teve a impressão que os sorrisos de bobo de Goku em seu próprio corpo o irritava mais que os de Ginyu no corpo do sayajin mais novo.

— Por que você acha que nunca perdi meu posto? Sempre tomei corpos mais fortes que o meu. Se não ele, você. Ambos são mais poderosos que aquele corpo que usei por tantos anos.

— E você sabe como usar o corpo de um sayajin?- perguntou Vegeta fingindo preocupação com o bem estar de Ginyu.

— Como assim?

— De que adianta tanto poder sem conseguir acessá-lo e manipulá-lo corretamente?

Em seguida atacou o corpo de Kakaroto sem piedade.

— Hei!- gritou o grande corpo de Ginyu.- Tente não me machucar muito!

— Cala a boca, não vê que estou ocupado?- gritou de volta o mais velho.

Vegeta continuou atacando, porém só golpes físicos. Ginyu logo entendeu o que aquele idiota convencido dizia. Tinha o corpo, a força, a velocidade, mas não a capacidade e treino para usá-los. O corpo de Goku foi ficando cada vez mais machucado e fraco. Se trocasse com Vegeta, o sayajin teria um corpo muito danificado, enquanto ele um novo e sem danos. Depois era só matá-lo e o outro que estava em seu antigo corpo.

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Ginyu, tendo encontrado o seu plano, deixou-se ser socado, chutado e, por fim, derrubado e esperou o golpe final. Goku, notando a estratégia, jogou-se na frente e, novamente, houve a troca de corpos. Vegeta, que estava vindo dar o último golpe, trombou com Ginyu em seu próprio corpo e, ambos, caíram próximos ao outro sayajin. Logo levantaram e o Capitão atacou o Príncipe com extrema violência.

Goku, ali deitado sentado com dores por todo o corpo e sangrando, sentiu algo em seu peito. Era o scouter de Ginyu. Olhou novamente a luta e achou que, talvez, aquele aparelho poderia ajudar de alguma forma, poderia descobrir um ponto fraco que ajudaria Vegeta.

Colocou-o no olho, sem saber como usar, apertou alguns botões. Não notando muita diferença, resolveu esquece-lo por um momento, então ergueu uma mão e lançou uma bola de energia com o que restava de suas forças ao mesmo tempo em que Vegeta fazia o mesmo.

As duas energias encontraram-se onde estava o peito de Ginyu. O Capitão gritou e seu corpo explodiu em várias partes.

Vegeta respirava muito rápido pelo esforço da batalha, era mesmo um oponente forte. Mais calmo e descansado olhou para ver como Kakaroto estava, porém assustou-se ao vê-lo com um scouter em seu olho.

— O que...o que você está fazendo?

— Acho que está quebrado.- suspirou Goku sem forças.

Ao apertar mais alguns botões pensando que algum o desligaria, algo inacreditável aconteceu.

O scouter conectou-se com outro que estava na Galáxia do Leste. Os dois tiveram uma breve ligação de dados. Goku pensou ter visto seus próprios olhos refletidos, viu um olhar que não via há anos. Os dados, então, foram cortados.

Vegeta, assistiu Kakaroto chocado para então esperançoso para terminar com medo. Sem entender, viu-o perder os sentidos e desmaiar a sua frente.

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Gohan tirou o scouter de seu rosto com rapidez e jogou-o longe. O. Que. Foi. Isso? Quem eram aqueles dois sayajins? Principalmente o que chegou primeiro. Kakaroto? Goku?

Goku...Goku...esse nome...por que esse nome? Onde conhecia esse nome?

Goku...ChiChi...ChiChi? Quem é essa? Da onde veio esse nome?

ChiChi...mamãe...mamãe?

Goku...Kakaroto...Goku...papai?

Mamãe? Papai?

Uma nave. Três homens. Um era Turles. Uma luta. Goku lutava contra um deles...

Tinha uma menininha também. Outro sayajin parecido com Goku, mas com uma cicatriz, ele sangrava muito.

Papais!, choravam as duas crianças.

O sayajin, Vegeta, lutava com outro. Ele estava ganhando, mas sua testa sangrava.

Goku continuava lutando. Um homem verde veio ajudar. Eles passaram a lutar juntos.

Turles agarrou o menino e o levou para a nave.

Papa!, gritava o menino chorando.

Goku...Goku...Papai...Goku...

Seu chapéu. Seu chapéu com a bolinha dourada caiu. Goku...cadê a mamãe?

Desesperou-se. Queria sua mamãe. Papai!

Ao tentar soltar-se mais uma vez bateu com a cabeça. Papai...

Escuridão. Medo. Vozes. Ao abrir os olhos, Kooler o olhava curioso. Fechou-os novamente.

Goku...Papai...ChiChi...Mamãe...

Goku...Papai...ChiChi...

Goku...Papai...

Goku...

Esquecimento.

Goku!

Goku! Papai!

Goku! Papai! ChiChi!

Goku! Papai! ChiChi! Mamãe!

— Papai!- gritou Gohan de dentro do depósito com todas as suas forças.

Abriu os olhos. Raiva. Estava com muita raiva. Turles o tirara de sua família!

— Papai, mamãe!- sussurrou o menino perdendo as forças nas pernas e caindo de joelhos aos prantos.

Só queria voltar para casa!