Estavam a lua e o mar amedrontados.
– Lua, só te resta um risco no céu. Que faremos?
– Eu não sei. Na próxima madrugada, provavelmente, não me verás.
O mar estava triste. Queria exacerbar sua raiva, sua fúria. Não veria mais a lua. Quis jogar ondas por sobre a praia, mas não adiantou. Quis ficar sozinho, mas também queria ficar mais tempo com ela. Se na noite seguinte não a visse, morreria de tristeza?
– Isso é injusto - disse o mar.
– Por quê?
– O amor não devia ser distante.
– Você me ama, Mar?
– Amo. E você, Lua?
Ela não respondeu mais.

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