Love Without Limits

Capítulo 6 - What else lack happen?


Capítulo 5 – What else lack happen?

Abro os olhos devido à claridade que atravessa a janela e bate direto em meu rosto, despertando-me do sono.

Sento na cama, levando a mão em meus olhos, os esfregando para manter-me acordada. Levanto as cobertas, colocando meus pés pra fora da cama, e pisando sobre o chão frio do quarto luxuoso em que passei a noite.

A mansão de Howard era muito bonita, não tanto quanto a residência de Tony em Malibu, mas chegava bem perto. Tinha um lindo jardim e portões altos, sem falar na fonte ao lado de fora, rodeada por flores e plantas de várias espécies. Dentro da casa havia vários quartos e banheiros, uma cozinha enorme e na garagem, três carros que nessa época deveriam ser considerados do ano.

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Acho que eu nunca vou conhecer um Stark de classe média ou até mesmo baixa.

Levanto meu corpo da cama, espreguiçando-me logo em seguida, me sentindo um pouco desconfortável por estar vestida somente com uma camiseta que deveria pertencer ao pai de Tony e uma calça de abrigo larga que também deveria ser dele.

Fazer o que? Se eu soubesse que seria mandada pro passado por aquele playboy metido eu teria trazido uma mala com as minhas roupas pelo menos.

Sorrio irônica com este pensamento, balançando a cabeça de forma negativa, até que algo me chama a atenção.

As pulseiras em meus pulsos brilhavam novamente, e quase que de forma imediata aperto no botão esperando a imagem de Tony aparecer. Queria começar o dia com notícias boas.

– Oi Natasha. – a voz irritante do playboy adentra meus ouvidos, e percebi algo diferente nele, por mais que tenha procurado não achei o sorriso sarcástico que sempre estava estampado em sua boca – Tudo bem por aí?

Dou de ombros.

– Eu fui atropelada por um barbeiro maluco. – respondo expressando minha indignação e ele arqueia as sobrancelhas – Mas fora isso está tudo bem. O seu pai foi bem generoso ao me hospedar na casa dele.

Tony enruga o cenho, confuso e incrédulo ao mesmo tempo.

– Você encontrou o meu pai? – ele indaga como se não acreditasse.

– Ele foi o barbeiro maluco que me atropelou. – resmungo com cara de poucos amigos.

E então o sorriso sarcástico de Tony finalmente aparece, e logo depois o mesmo começa a rir freneticamente. Estava bom de mais pra ser verdade.

– Eu não acredito que perdi essa cena. – ele diz após os risos, fazendo-me revirar os olhos e fazer uma careta.

– Agora que você riu bastante pode, por favor, me levar de volta? – questiono já começando a ficar impaciente.

Percebo a expressão de Tony, que antes era de deboche e sarcasmo, mudar para apreensão e receio, enquanto o mesmo coçava a cabeça em um ato nervoso, e eu podia jurar que ele estava suando frio.

– Ér... Sobre isso Natasha... Aconteceu um probleminha com a máquina. – ele começa a falar, me deixando preocupada e ao mesmo tempo irritada.

– Anthony Stark, o que foi que você fez? – indago com um olhar severo pra cima dele, que recua para trás, mesmo sabendo que eu não poderia bater nele por estarmos nos comunicando por meio de tecnologia.
Tony engole seco.

– Eu descobri um meio de tirar você daí, por isso foi necessário aumentar a potência de energia da Jocasta. – ele começa a explicar, enquanto eu ouço tudo sem deixar de ouvir uma palavra – Só que em um momento de distração minha a potência energética adquirida sobrecarregou a máquina, que acabou explodindo.

Arregalo meus olhos. Eu não podia acreditar, era impossível o meu azar ser tão grande assim.

Sinto a garganta coçar, e provavelmente meu rosto deveria estar vermelho, pois senti o calor em minhas bochechas aquecer cada vez mais, até que não aguentei mais e explodi.

– Tony! Seu desgraçado, filho da mãe! – começo a gritar, furiosa com o fato de ele conseguir ser tão inútil e ainda por cima ferrar comigo ainda mais – Eu juro que vou matar você seu imbecil! Pode ter certeza de que eu vou socar essa sua cara de idiota até você implorar por misericórdia!

– Calma Natasha, não foi nada de mais... – ele se pronuncia parecendo um pouco assustado com minha explosão de raiva.

Que se dane. Ele que escolheu brincar com a pessoa errada.

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– Nada de mais?! – grito outra vez, indignada com o que ele acabou de me dizer – Estou presa nessa porcaria de passado agora e a culpa é toda sua!

– Eu sei disso, mas esqueceu que fui eu quem criou a Jocasta? – ele lembra, enquanto eu respirava ofegante e sentia minha garganta doer por causa dos gritos – Posso consertar a máquina, só vou precisar de um pouco de tempo.

Abro a boca, soltando um riso irônico, me conformando com o fato de não poder bater nesse filho da... “Se acalme Natasha. Você precisa manter a calma.” O meu subconsciente me diz fazendo-me respirar fundo, voltando a sentar na cama.

Encaro Tony, que me olha com dúvida, talvez receoso de que eu voltasse a gritar com ele e xingá-lo. Eu bem queria continuar a fazer isso, mas no final das contas eu acabaria sem voz e não conseguiria resolver o problema.

– Quanto tempo eu vou ter que ficar aqui? – pergunto um pouco mais calma.

Ele respira fundo, logo depois suspirando cansado.

– Eu ainda não sei, preciso analisar de novo os projetos da máquina pra poder acrescentar o que for necessário pra te trazer de volta. – ele responde – Mas talvez não demore tanto, Jarvis irá me ajudar.

– Tudo bem. – meu tom de voz era seco – Mas lembre que cada minuto que eu estou presa aqui, é um membro do seu corpo que vai ser arrancando quando eu voltar, ouviu? – ameaço.

Percebo Tony esboçar um sorrisinho nervoso, e isso me deu certeza de que ele estava realmente com medo do que eu vou fazer com ele quando sair daqui. E isso é muito bom, quem sabe por causa de seu medo a minha volta pra casa aconteça mais rápido.

Observo o holograma de Tony desaparecer da pulseira, e passo a mão em meus cabelos, sentindo-me como uma prisioneira. Não acredito que vou ficar presa aqui até a porcaria da máquina ser consertada, o que pode demorar um pouco, ou quem sabe, muito.

Deito minhas costas sobre o colchão macio da cama, sentindo uma dor de cabeça me afetar subitamente. Minha vida agora virou um inferno, e eu me pergunto:

“O que mais falta acontecer?”