Love Story

“— Sério?? Peru??”


Passaram-se algumas semanas depois que Grissom voltou pra Paris e então mais um aniversário de Abby chegou. Sara tinha combinado de levá-la ao cinema e ao playground do shopping. Ficaram o dia todo juntas se divertindo e mais uma vez Abby teve o aniversário perfeito.

O combinado era levá-la pra casa ao começo da noite, mas Abby quis dormir com Sara, então Martha deixou que ela ficasse com a morena até a manhã seguinte, com a promessa de que Sara a levaria pra escola.

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Durante a noite, enquanto jogavam damas, Sara recebeu uma chamada de vídeo do marido. Foi com surpresa que ao aceitar o viu aparecer na tela com o rosto liso, sem um mísero pêlo.

— Eu não acredito nisso, Gilbert!!- a primeira coisa que Sara fez foi repreendê-lo. Gil então caiu na risada.

Abby achou engraçada a situação e também riu.

— Eu amava aquela barba!!

— Relaxa, ela vai crescer de novo.- ele sorriu se divertindo.

Sara semicerrou os olhos querendo bater nele, mas sorriu.

— Chato!

— Oi princesa!- Gil então cumprimentou Abby. — Feliz aniversário!

— Oi Gil!- ela respondeu acenando pra ele. — Obrigada.- sorriu.

— Se divertiu bastante com a Sara hoje?

— Aham! A gente foi no cinema duas vezes!- contou empolgada.

— Duas vezes??- sorriu ao perguntar.

— Duas vezes!!- repetiu rindo. — A Sara comprou pipoca e refrigerante. Depois a gente comeu lanche e batata frita, e depois fomos nos brinquedos do shopping.

— Olha só, que legal! Só faltou eu aí pra ganhar de você no disco.- ele brincou.

— Haha, ninguém ganha de mim no disco.

Sara só observava os dois conversando com um sorriso no canto dos lábios.

— Usamos umas sete fichas. E a Sara perdeu em seis.- ela então deu risada.

— Ei!- Sara fez cosquinha nela ao ouvir aquilo e ela gargalhou. — Pelo menos ganhei uma.

— É…- ela respondeu ainda rindo. — De dois a um, só conseguiu fazer dois pontos em mais de vinte jogadas.

— Ah!- Sara, indignada, voltou a fazer cosquinha nela que se acabava de rir.

Grissom observava com um sorriso bobo. Amava suas meninas. Sim, Grissom amava Abby e a considerava como filha, a única diferença era que ela não tinha o sangue deles, não morava com eles e nem os chamava de pais.

— Só porque ganhou de doze a um na outra.- disse Sara injustiçada.

— Doze a um?? Que surra, Sara!- Grissom a provocou.

— Você tem sorte que está longe de mim nesse momento, Gilbert.

O ex supervisor deu risada.

~ ♥ ~

Gil estava contando os dias para quinze de setembro chegar logo. Era o dia que viajaria para Vegas pra fazer uma surpresa à sua esposa no dia seguinte. Ligou para Catherine — sua cúmplice — para deixar Sara ocupada no laboratório para que ficasse cansada. Parecia uma coisa malvada para pedir, mas não era.

Sara ficou três dias seguidos no laboratório num caso difícil. Estava exausta e assim que concluiu o caso foi pra casa, não entraria no quarto turno nem se quisesse. Mesmo se o dia seguinte não fosse seu aniversário, Catherine lhe daria o dia de folga. A morena chegou em casa por volta das 20h. Tomou um banho e caiu na cama, nem comeu nada antes disso.

Catherine informou Gil — que já estava na cidade — de que Sara já tinha ido pra casa.

— Que horas ela saiu daí?- perguntou ele saindo do aeroporto e chamando um táxi.

— Umas 19h45min, eu acho.- respondeu a supervisora sem ter muita certeza.

— Bom, agora é 20h10min, ela deve estar no banho. Vou ter que esperar do lado de fora.

— Você bem que podia vir aqui me ver enquanto isso, né? Poxa vida!

Grissom riu com o drama dela e concluiu que ela tinha razão.

— Estou indo.- finalizou a ligação.

Ao chegar lá, Catherine o esperava do lado de fora.

— Sra. Willows!- foi até ela com um sorriso no canto dos lábios. Nem fazia tanto tempo assim que não a via, mas estava com saudade.

— Sr. Grissom!- ela respondeu com o mesmo sorriso.

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Sorriram e trocaram um abraço forte.

— E aí? Como você está?- perguntou ela desfazendo o abraço.

— Fisicamente? Ótimo. Emocionalmente? Ansioso pra ver a Sara.- Catherine sorriu. — Mas e você, supervisora? Como está?- sorriu.

— Também estou ótima. Fora as meia dúzias de casos abertos por causa do Jekyll, né.

— Complicado.

— E a surpresa?

— Essa mala está cheia de borboletas.- riu. — Eu espero que ela não acorde. E aquele caso? Ela resolveu?

— Resolveu. Aliás, ela fez turno triplo, estava exausta. Eu aposto que depois desse banho ela vai capotar na cama. Faz três dias que ela não dorme. Acordada à base de café.

— Oh, tadinha... Bom, pela primeira vez, uma coisa ruim é boa. Acho que ela vai dormir direto por umas treze horas.

Catherine riu.

— Também acho.

— E os meninos?- perguntou de Nick e Greg.

— Já devem estar voltando pra mais um começo de turno. Ah! Olha eles!.- os avistou parando o carro em frente o laboratório.

Nick e Greg imediatamente foram até eles.

— Grissom!- disseram surpresos.

— Oi gente.

Foram abraçá-lo, um de cada vez.

— O que faz por aqui?- perguntou Nick.

— Amanhã é aniversário da Sara, quero fazer uma surpresa. Já combinei tudo com a Cath, ela vai colocá-los a par.

— Beleza.

— Pensando bem, não vai demorar o que vou fazer. Posso passar algumas horas aqui com vocês. Se não for incomodar, claro.

— Ah, qual é! Você só incomoda as vezes!- disse Greg fazendo Nick e Cath rirem, e Grissom erguer as sobrancelhas. — Quer dizer...- disse rindo. — Estou zoando.

— Besta.- sorriu.

Grissom ficou por lá até as três da manhã ajudando nas teorias, matando a saudade do laboratório, ajudando Cath com as papeladas enquanto os meninos estavam nas cenas de crime.

— Bom, eu vou indo. Sara está cansada, mas eu não vou arriscar em demorar, ela pode acordar a qualquer momento. Nos vemos depois.

— Tá certo, boa sorte.- Catherine desejou rindo. Ambos torciam para Sara não acordar durante a “surpresa”.

— Obrigado.- sorriu.

~ ♥ ~

A casa estava num completo silêncio. Isso era um bom sinal. Entrou, deixou a mala na sala e foi até o quarto checar sua linda abelhinha. Ela dormia profundamente.

Grissom sorriu. Chegou pertinho dela devagar e depositou um beijo em sua testa. Ficou com dó dela, parecia mesmo exausta.

Saiu com cautela do quarto e foi até a sala pegar o grande saco que estava em sua mala. Sem fazer barulho ele o abriu e tirou borboletas de vários tamanhos e cores.

Decorou a casa inteira, com exceção do escritório, da lavanderia e do banheiro. Isso levou uma hora, quase uma hora e meia, pois os cômodos eram grandes. Arriscou-se em decorar o quarto deles também e, por incrível que pareça, ela nem se mexeu. Gil suspirou aliviado ao terminar.

Foi até a sala novamente voltando para o quarto com um cachorro de pelúcia. O cão marrom com manchas redondas pretas tinha um laço de presente em volta do pescoço. O colocou em cima da cama e saiu de lá antes de vacilar na missão de não acordá-la. Estava com uma imensa vontade de deitar com ela e beijar todo o seu corpo. Sara não estava coberta, pois era uma noite/madrugada quente. Estava de barriga pra cima, mostrando um pouco a mesma, vestida com seu pijama cinza, as pernas quase toda a mostra, os cabelos espalhados no travesseiro, e aquele cheiro maravilhoso que ele aspirou assim que beijou sua testa. Gil quase não se conteve.

Esperou um tempinho, umas duas horas, e foi direto para a cozinha preparar o café da manhã especial, com tudo o que ela tinha direito. Quando tudo estava pronto, não demorou muito para Sara acordar. Pareceu até que ela só estava esperando ele terminar para poder despertar.

A morena abriu os olhos lentamente, os esfregou, bocejou e o cheiro de café invadiu suas narinas.

Espera! Cheiro de café? Ela não tinha feito café. Ou tinha? Estava tão cansada que nem lembrava. Ou podia estar sentindo o cheiro por ter tomado milhares de xícaras nos últimos dias para se manter acordada.

Sentou-se na cama e, com os olhos fechados e respirando calmamente, ajeitou o cabelo. Ainda com os olhos fechados ela se espreguiçou. Foi então que viu algumas borboletas de papel no chão assim que abriu os olhos, e nas paredes também.

“Mas o que...?”

Olhou para o lado e viu o cão de pelúcia. Sorriu, pegou a pelúcia e o cheirou. Gil havia espirrado a colônia dele no cão para que ficasse com seu cheiro. Ela abraçou o cão com força. O deixou em cima da cama perto de seu travesseiro e seguiu as borboletas.

Descalça, ela seguiu o corredor e seus olhos brilharam quando viu a cozinha toda decorada com borboletas. Pôde ver que na sala também tinha, subindo as escadas, mas não foi lá. E ao olhar pra mesa, automaticamente, ficou de boca aberta. Quanta coisa! Parecia que era comida para a equipe toda.

Grissom não a viu, pois estava de costas pro corredor secando uma frigideira.

Sara sorriu e resolveu chamar sua atenção.

— Psiu!

Ele virou o rosto e sorriu.

— Bom dia, aniversariante!- colocou a frigideira e o pano no balcão.

Sara abriu um lindo sorriso e correu até ele pulando em seu colo. O abraçou forte e deu vários beijos em seu rosto lisinho.

— Ai que abraço gostoso!- sorriu e a colocou no chão.

— Por que não avisou que vinha?

— Quis fazer uma surpresa. Gostou?

— Amei, amei, amei.- jogou-se em seus braços mais uma vez e lhe deu um beijo caloroso.

Ao separarem seus lábios ele disse:

— Que bom!- sorriu. — Que tal tomar café? Aposto que não comeu nada quando chegou do laboratório.

— Acertou. Estou morrendo de fome. A propósito, a mesa está linda!

— Obrigado.- sorriu mais uma vez. — Acabei de terminar seu prato de café da manhã favorito.

— Panquecas?- seus olhos brilharam e ele sorriu.

— Panquecas!- lhe deu um beijo de esquimó e ela riu.

Ele pegou o prato que tinha várias panquecas no balcão e a seguiu até a mesa. Só então ela conseguiu ver a sala. Sentaram-se perto um do outro e passaram a saborear o lindo café da manhã.

— De onde saiu esse monte de borboleta?

— Ah, comprei. Gostou da decoração? E do cãozinho?

— Amei tudo! Ficou tudo uma gracinha! Você sabe que eu amo borboletas né?!- sorriu. Gil também. — Tenho que pensar em um nome pro cãozinho.- disse depois de tomar um gole de seu suco de morango, que aliás, ela pôde escolher, pois tinha também de laranja e limão.

— Sabia que a escolha do suco era seu tipo de humor hoje?

— Sério?- ergueu as sobrancelhas. Ela estranhou ter três tipos de suco, achou até exagero, mas gostou da criatividade dele.

— É. Morango pra doce; Laranja pra médio; e Limão pra azeda.

Ambos gargalharam.

— O que significa que eu estou docinha hoje.

— Para o meu alívio.- riu.

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— Mas sabe de uma coisa?- levantou-se e foi até ele sentando em seu colo. — Mesmo que eu estivesse “azeda”, você com certeza me deixaria doce rapidinho.- passou os braços por seu pescoço ao dizer.

— Ah é? Como sabe?

— Você tem esse poder.- acariciou sua nuca e o puxou devagar para um beijo.

Separaram-se por falta de ar.

— O que quer fazer hoje? Eu faço tudo o que quiser.

— Hmm... Tudo o que eu quiser?- sorriu e ele assentiu. — Adorei!- riu e voltou a beijá-lo.

O beijo foi ficando mais intenso e o desejo de unirem seus corpos foi surgindo. Do jeito que ela estava sentada em seu colo, ele se levantou e a levou pro quarto. Mas assim que ia tirar sua blusa, ela o afastou.

— O que foi?

— Vamos jogar um joguinho.

— Jogo?- ele perguntou confuso, porém curioso.

— Aham. Me dá uma camisa sua.

Mesmo estranhando, sem entender nada, ele foi até o guarda-roupa e lhe entregou uma camisa azul escura. Sara logo tratou de explicar as regras do “jogo”.

— Seguinte... Vou vestir sua camisa com uma lingerie minúscula por baixo.- ele mordeu o lábio e sorriu. — Vou te fazer algumas perguntas, você tem que respondê-las sinceramente, sem mentiras. Se eu gostar da resposta... eu abro um botão. Se eu não gostar... eu fecho.- sorriu de lado. — E então? Topa?

— Inventou essa brincadeira agora?- ele havia gostado daquilo, mas ficava pensando que tipo de pergunta teria que responder.

— Uhum. Vou tentar fazer você confessar algumas coisinhas.

— Golpe baixo.- sorriu, abraçou sua cintura e beijou seu pescoço. — Mas eu topo.

— Legal. Deita lá...- apontou pra cama com a cabeça. —... Sem roupa.

— Ok.- riu e obedeceu.

Sara foi até a suíte, tirou seu pijama, colocou uma lingerie preta e vestiu a camisa do marido por cima. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo com uns fios soltos e assim que ficou pronta saiu da suíte.

— Que tal?

— Perfeita!

Trocaram um sorriso e ela decidiu começar.

— Pronto?

— Acho que sim.

— Certo. Vamos começar leve. O que sentiu na primeira vez que me beijou?

Como dizer? Um turbilhão de emoções. Lembrava como se fosse ontem.

— Bom... Antes de te beijar eu... passei a observar cada detalhe do seu rosto. Os olhos cor de mel... A sobrancelha desenhada... O nariz fininho... A bochecha rosada…- ela sorria enquanto ele falava. — E quando olhei pra sua boca não resisti... Senti que estava no céu, sabe?- disse um pouco sem jeito. — Não conseguia sentir o chão. E eu... ainda sinto isso quando te beijo.

Sara abriu um lindo sorriso e abriu um botão.

Agora queria ouvi-lo admitir uma coisa.

— Sentiu ciúmes quando comecei a sair com o Hank, não foi?

— Não, claro que não.- mentiu.

Sara então fechou o botão que tinha acabado de abrir.

— Ah, Sara...- ele ficou decepcionado. Estava indo bem, aí ela fez essa pergunta.

— Não foi sincero. Eu disse sem mentiras.

— Tabom vai, eu senti sim. Aliás, eu sinto ciúmes de você com quem quer que seja.

— Por quê?- estava se divertindo com aquilo.

— Oras, porque você é minha.

Sara sorriu e abriu não só o primeiro botão que abriu e fechou, como o seguinte também.

Grissom adorou.

— Outra leve, vai. Perguntar sobre homem é sacanagem.

Sara riu e facilitou de novo. Até porque amava quando ele se declarava e dizia coisas fofas.

— A primeira vez que me viu... O que pensou?

— O quanto era curiosa, conta?- sorriu e ela riu dizendo que não. — Bem... não é novidade que me encantei com você. Assim que você ergueu o braço e disse: “Sr. Grissom, meu nome é Sara Sidle.” Pronto, acabou comigo.- Sara sorriu de lado. — O que mais me chamou atenção foi seu sorriso. É a coisa mais linda do mundo!

Sara então abriu um enorme sorriso – que quase o derreteu – e abriu mais um botão. Já dava pra ver o quanto a parte superior da lingerie deixava seus seios volumosos.

— Qual meu maior defeito?

— Ah Sara, você tem o total de zero defeitos.

— Sem mentir, Grissom!- ela bronqueou.

— Tabom, tabom. Você é muito teimosa, na maioria das vezes não escuta a razão e também fica brava com muita facilidade.

— Já ia brigar com você, mas eu concordo.- Grissom deu risada com o que ela disse e Sara abriu mais um botão. — Já olhou pra Sofia, pra Heather ou pra Teri com outros olhos?

— Não, porque eu só tenho esse par de olhos, Sara.

— Idiota!- ela riu. — Você entendeu.

Grissom riu também com o xingamento e respondeu: — Não.

— Gil! Dá pra ver na sua cara que é mentira. Para de mentir pra mim, eu vou abotoar tudo de novo.

— Tabom, tabom. Pra Sofia nunca, de verdade, nunca mesmo. Heather e Teri já, mas passou rápido, eu juro. Meu coração só acelerava quando eu olhava pra você.

Sara semicerrou os olhos com a média que ele estava fazendo, mas sorriu por ele ter admitido que ela sempre foi a dona do coração dele.

— O que você mais gosta de fazer quando está comigo?

— Aí você dificulta, amor. Não tem como escolher uma coisa só.

Sara riu.

— Tem sim, vai.

— Não dá…- ele parou pra pensar. — Acho que… ficar juntinho de você na cama ou no sofá, tanto faz, te beijando, te abraçando, fazendo carinho… Resumindo: te amar é o que eu mais gosto de fazer.

Sara achou a coisa mais fofa do mundo o que ele disse, e sorriu com todo o amor do mundo no olhar. Abriu bem lentamente o penúltimo botão que deixou seu umbigo amostra.

— Só falta um.

Ele sorriu de lado.

Depois daquela declaração ela só queria se jogar nos braços dele, nem pensou em outra pergunta pra deixá-lo contra a parede, fez qualquer outra pergunta.

— Qual minha cor favorita?

— Ué.- ele riu por conta disso. —... Azul.

— Você hesitou.- ela riu.

— Não hesitei.- continuou rindo, se divertindo. — Eu acertei, é azul.

— Tem certeza?

— Tenho.- ele fingiu ter certeza. — Azul é a cor do céu, do mar, dos meus olhos. Claro que é sua cor favorita.

— Que convencido!- ela fez cara de indignação e divertimento ao mesmo tempo. — Se eu não estivesse louca pra fazer amor com você agora, eu abotoaria tudo e ia dormir.

Grissom gargalhou.

Sara então abriu o último botão agora deixando sua calcinha visível. Chegou no pé da cama e ele foi até ela. Ela enlaçou o pescoço dele e ele sua cintura.

— Só falta uma coisa pra essa brincadeira acabar do jeito que eu quero.

— É? E o que seria?

— Três mágicas palavras.

Eles se fitaram intensamente e Gil deu um discreto sorriso. Nesse instante, ele tinha acabado de dizer com o olhar o que ela queria. E assim que essa frase saiu de sua boca, ela se sentiu tão completa quanto já era.

— Eu te amo.

~ ♥ ~

Depois de fazerem amor várias e várias e várias vezes e descansarem, decidiram ir até a árvore que fazia muuuito tempo que não iam juntos. Sara foi poucas vezes desde que voltou para Las Vegas.

Diante daquela vista maravilhosa encostados no tronco com suas iniciais gravadas, Gil achou uma excelente oportunidade de contar a sua esposa sobre uma proposta que recebeu.

— Abelhinha, tenho uma novidade.

— Mesmo? Qual?- perguntou curiosa.

— Fui convidado pelo governo do Peru pra fazer consultoria.

— Sério?? Peru??

— Pois é, meu nome chegou no Peru.- ele riu ao dizer. — Olha só!

— Que maravilha! Gilbert Grissom é um homem internacional.- sorriu. — Estou orgulhosa.- Gil também sorriu com isso. — E o que vai ter que fazer lá? Me conta mais.

Grissom também não sabia muito, mas contou tudo o que sabia até o momento.

— Eles disseram que eu iria trabalhar para o governo, nos Moche, em escavações de covas usando minha experiência com a perícia forense e a antropologia.

— Que interessante.- ele assentiu também achando. — E quanto tempo vai ficar lá?

— Eles não disseram exatamente, mas provável que alguns meses, uns quatro talvez.

— Ah, já ficamos quatro meses longe um do outro uma vez.

— Na verdade, bem mais que quatro meses, amor, quando você foi embora. Foram… onze meses, depois mais três.

— Ah é… Caramba, você contou!- surpreendeu-se, mas entendeu. Ela até tinha parado de contar com o tempo. — Bom, a gente aguenta.- fez uma careta fofa enquanto sorria.

— A gente aguenta.- Grissom a imitou e eles riram.

— Mas vai sim, amor, é uma oportunidade muito legal. Se te conheço bem, certeza que você vai se divertir muito lá.

— Ah, sabia que você ia me apoiar, você me apoia em tudo, você é maravilhosa!- encheu a bochecha dela de beijos e Sara riu.

— Se eu pudesse ia com você, mas agora com esse serial killer por aí…

— Pois é, o Dr. Jekyll. Esse é dos que dão muito trabalho.

— Ôh se é! Já tem uns meses que estamos atrás. Langston quase não dorme.

— Mas eu sinto que estão perto de pegá-lo, vai ver só.

— Espero que esteja certo.

— Bom, com a minha ida pro Peru, você pode fixar seu contrato né? Conrad não vai achar um substituto, se não achou até agora não acha mais.

— Sabe o que eu acho?- ele ergueu as sobrancelhas esperando que ela continuasse. — Que ele parou de procurar pra me deixar com a vaga. Não é possível esse tempo todo sem encontrar pelo menos um investigador pra contratar.

— Faz sentido. Bom, você volta pra equipe de vez enquanto eu fico fora, e quando eu voltar a gente volta com a rotina de antes, isto é, se você quiser.

— Claro! Fechou!- segurou seu rosto com as duas mãos e lhe deu um beijo rápido.

— Mas olha só, amor, temos que dar um jeito de nos ver nesse tempo, porque eu não vou aguentar ficar quatro meses inteiros sem te ver.- Sara sorriu. — Não vai dar uma vez por semana como estamos fazendo agora por motivos óbvios, mas pelo menos uma ou duas vezes por mês vai ter que dar.

— Ai eu também não vou aguentar não.- ela riu e lhe deu mais um beijo curto. — A gente testa pra ver quantas vezes dá e vamos pra Paris. Acho que uma vez por mês o custo vai ser menor.

— É, a gente vai vendo.