Love Story

Relacionamentos XXI - Confortando o Griss


Seu coração doeu ao ler o que ela escreveu. Por isso ela estava tão estranha, ela já estava pensando em ir embora. A cena dela aos prantos dizendo “eu tentei” fez sentido pra ele naquele momento e sentiu-se mal por não ter insistido em saber como ela estava. Pela primeira vez Sara não se abriu com ele, não falou como estava se sentindo… estava com medo de magoá-lo. Ela disse “adeus”. Isso significava que nunca mais a veria? Não! Não conseguiria viver sem ela.

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Teve que se sentar por conta do baque que aquela carta havia causado.

Pegou o telefone e ligou pra ela.

Sara ainda estava no táxi e sentiu seu celular vibrar. Estava inutilmente tentando não chorar e ao ver o nome dele no visor o impulso do choro veio mais forte. Ela não atendeu e tentou controlar os soluços e as próprias lágrimas. O taxista não quis se intrometer para perguntar por que ela estava chorando e manteve-se concentrado na estrada.

Grissom tentou mais duas vezes e ela não conseguiu atender. O que diria?

O supervisor desistiu por um momento e fitou a fotografia sobre sua mesa.

Sara iria fazer muita falta. Ela nem se despediu dele. Aquele beijo o pegou desprevenido e ele não tinha ideia do que ela pretendia. Podia ter deixado Hodges pra lá e ter ido atrás dela, tentar convencê-la. Mas Grissom entendia seus motivos, se pra ela era melhor se afastar, não iria impedir. Só queria que sua linda morena não sofresse, que tivesse paz, que fosse feliz, queria pegar todo aquele sofrimento pra si.

A ideia de nunca mais vê-la doía. Seu medo de anos atrás se tornou real, Sara o havia deixado. O lado bom é que não foi por causa de outro homem.

Só percebeu que chorava quando viu Catherine na porta perguntando o que tinha acontecido. Gil secou as lágrimas rapidamente dizendo que não era nada.

A ruiva viu que Grissom segurava uma carta, e ao perceber que ele secava algumas lágrimas, perguntou:

— Cadê a Sara?

Grissom jogou a carta sobre a mesa e tapou o rosto com as mãos.

Catherine se aproximou e perguntou se podia ler. Com o consentimento do amigo, a ruiva pegou o papel e sentiu-se mal por ele quando terminou de ler. Eles se amavam tanto assim? Na carta, Sara deixou claro que ela o amava, sempre amou, sempre o amaria e que ele tinha plena consciência disso. Jamais imaginou que Gil e Sara fossem tão apaixonados assim. Mas a morena havia partido, o que seu amigo faria?

Seus pensamentos foram interrompidos por Nick e Greg que apareceram na porta.

— Gente!- disse o mais novo. — Ronnie me procurou, disse que achou isso aqui no armário dela.- o perito mostrou o colete de Sara com o “boa sorte” escrito.

— E eu encontrei isso na lixeira.- o texano mostrou o sobrenome de Sara no tecido. — O que está acontecendo?

— Hey gente!- Warrick também apareceu na porta. — Estão dizendo que a Sara beijou o Grissom no meio do corredor. Está todo mundo comentando.

— O que está acontecendo?- Nick tornou a perguntar.

Grissom estava mal demais pra responder. Então Catherine o fez.

— Sara foi embora.

— O que?- os três perguntaram ao mesmo tempo.

— Por que?- Nick perguntou triste por não ter se despedido dela.

— Eu sei o porquê.- Greg disse cabisbaixo e também triste.

Grissom o olhou surpreso. Como assim ele sabia?

— Ela estava cansada de tudo isso. Ela me disse.

— Acho que é melhor deixarmos o Grissom sozinho.- disse Catherine olhando pro amigo que agora olhava pra fotografia de Sara. — Vamos.- a ruiva fez com que os amigos se virassem e saíssem de lá com ela. Mas antes de ir ela disse: — Liga pra ela…- sorriu triste e seguiu os amigos.

Grissom então fez mais uma tentativa, pegou o celular e ligou pra ela.

Dessa vez, Sara atendeu. Gil não ouviu a voz dela, mas sabia que ela estava escutando.

— Sara… Onde você está?

— No aeroporto.- respondeu com a voz embargada.

— Honey… por que não falou comigo? Por que foi embora assim?- a dor era nítida em sua voz.

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— Me desculpa…- sua voz embargou ainda mais. — Eu sabia que se fosse falar com você… não conseguiria partir.

Houve um silêncio em ambos os lados da linha.

— Amor… Volta…- Grissom deixou esse pedido escapar e se arrependeu, pois ela já tinha explicado seus motivos de ir embora.

Sara apertou os olhos ao fechá-los.

— Eu não posso…- uma lágrima caiu. — Eu sinto muito…

A morena desligou o celular e tapou a boca tentando segurar o choro em meio a tantas pessoas.

Só havia dois lugares que ela conhecia além de Las Vegas: São Francisco e Modesto. Sara queria enterrar aqueles fantasmas de uma vez por todas e resolveu ir pra Modesto, onde seu pai havia sido morto e enterrado. Quando era criança, não teve permissão de ir ao enterro de seu pai e mesmo depois de adulta não quis voltar. Talvez esse fosse o momento… para se despedir de verdade, para dar um basta naquele sofrimento todo.

Não ficaria muito tempo lá, apenas visitaria seu pai e iria direto visitar sua mãe em São Francisco, veria qual era o estado mental dela e se podia ajudá-la em alguma coisa. Seguiria em frente.

Queria Gil com ela naquela luta, longe daquele caos, só os dois, juntos, casados e felizes. Mas ela sabia que Grissom não estava pronto pra deixar aquele lugar, ele amava o que fazia e passou quase sua vida toda ali, solucionando crimes, decifrando enigmas e charadas, montando quebra-cabeças… Aquilo era a vida dele, Sara não queria lhe tirar isso.

~ ♥ ~

Grissom estava em seu apartamento, depois de sua amada tê-lo deixado. Estava desolado, sem saber o que fazer. Entendia seus motivos, mas não queria ficar longe dela, sem sentir seu perfume, sem tocar sua pele macia, sem ter seus beijos doces que sempre o deixava bem, sem cuidá-la e protegê-la em seus braços. Não sabia como seria esses dias seguintes sem ela, só sabia que seriam longos e dolorosos, muito dolorosos.

Se pra ela era melhor ficar longe um tempo, ele respeitaria a decisão dela, ele a esperaria... mas esse era o problema. Será que ela voltaria?

“Na verdade, eu sei onde você está indo

E, querida, você só está seguindo em frente

E eu ainda te amarei mesmo se eu não puder te ver de novo

Mal posso esperar para te ver bem” ― Lady Gaga

Gil estava deitado no sofá pensando quando seu celular tocou. Era ela. Atendeu.

— Oi

— Oi… - ela respondeu. Já estava mais calma para conversar. — Você está bem?

— Não, e você?

— Não.

Ficaram silêncio por alguns segundos.

— Onde está?- ele perguntou.

— Modesto. - ele se surpreendeu com a resposta. — Estou com o meu pai.

— Achei que nunca mais voltaria aí.

— Também achei. Mas é melhor enterrar isso de uma vez por todas.

— Espero que consiga.

Sara suspirou. Também esperava, mas se sentia péssima por magoar Gil para isso acontecer.

— Me perdoa, Griss. Eu não queria te deixar.

— Eu sei, honey… Está tudo bem. Eu só… queria que você tivesse me contado como se sentia.

— Você deve estar me odiando agora.

— Não Sa, eu te amo. Só quero que você fique bem. O pessoal ficou muito triste com a sua partida.

— Queria ter me despedido, mas não consegui... Já estou morrendo de saudades de vocês.

— E nós de você.

Sara sorriu de lado.

— Sabe…- ela voltou a falar olhando para o túmulo do pai. — É a primeira vez que venho vê-lo. Não me deixaram vir quando eu era criança.

— Mesmo? Por que não?

— Não sei.

— Vai ficar por aí?

— Não, preciso ver minha mãe. Não a vejo desde aquela vez que ela surtou. Lembra?

— Lembro, eu fiquei assustado com a atitude dela. Estava tudo bem e do nada ela agarrou seu pulso e enlouqueceu.

— Ainda bem que você estava lá comigo. Fiquei tão assustada quanto você.

— Espero que ela esteja melhor, pra você não ter que passar por aquilo de novo.

Sara ficou um pouco em silêncio pensando se diria ou não o que viu. Resolveu dizer.

— Eu... passei por uma loja de vestidos de noiva.

Grissom deu um sorriso fraco. Estava tão ansioso para casar com ela, aí essa reviravolta aconteceu e foi tudo por água abaixo.

— Eu já estava vendo possíveis lugares.

— Acabei com os seus planos, eu sou uma péssima namorada.

— Não faz isso, Sara, a culpa não é sua. Você só precisa de um tempo, só isso.

— Obrigada.- ela sorriu.

— Pelo quê?

— Por ser compreensivo. Casar com você era tudo que eu queria.

— “Queria”?

Sara logo se arrependeu de ter usado o verbo no passado. Não ia falar pra ele que não pensava em voltar, já que aquela cidade era tóxica para ela. Eles só ficariam juntos se Grissom também saísse, mas ela sabia que ele não faria isso de jeito nenhum, nem mesmo por ela, ele amava demais o que fazia.

— N-não, eu quero. Eu só… não sei quando vamos nos ver de novo.

— E nem se vamos, não é?

Sara suspirou pesadamente.

— Nao fala assim, Griss. Nós vamos resolver isso. É como você disse, eu só... preciso de um tempo.

Grissom suspirou.

— Eu amo você e sempre vou amar, lembra?

— Eu sei.

~ ♥ ~

Alguns dias se passaram e cada dia Gil murchava mais. Todos no laboratório notaram a ausência de Sara e o comportamento de Grissom perante a isso. Ele voltou a ser como era. Passava o tempo todo no laboratório, com a cabeça no trabalho para não pensar na saída de Sara. Era nítido o quanto ele estava triste e sofrendo, mas ninguém ousava conversar com ele sobre isso. Não viam mais um sorriso no rosto dele — não que Grissom fosse de sorrir — e sempre que o viam ele estava cabisbaixo e aéreo. Qualquer um que o observasse saberia que faltava algo nele, e era Sara que faltava.

A ex perita ligava pra ele toda tarde. As vezes ligava para os amigos pra matar um pouco a saudade e dar notícias. As coisas estavam difíceis para ambos os lados.

Uma semana se passou desde a partida de Sara. Enquanto Hodges se divertia montando um jogo de tabuleiro e resolvendo crimes inventados com outros técnicos, Grissom distribuía os casos para seus subordinados e mais uma vez ficava enfurnado em sua sala. Não ia mais à cenas de crime porque não conseguia se concentrar direito, e isso era inaceitável naquele trabalho, não podiam deixar passar nada.

Seus amigos tentavam confortá-lo sempre que o viam:

Jim:

— Está trabalhando em dobro essa semana.

Grissom suspirou.

— É, é tudo o que eu faço.

— Tem falado com a Sara?

— Temos conversado um pouco.

— E como ela está?

— Está em São Francisco visitando a mãe.

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O detetive riu nervoso.

— Ah, isso é bom, mas eu quero dizer, como ela está emocionalmente em relação a vocês dois?

— Não posso falar por ela.

— Então fale por você.

Grissom não conseguia se abrir, nem com Jim que era seu amigo mais chegado. Resolveu fugir do assunto e do amigo também.

— Não posso conversar agora, estou ocupado.- disse e foi embora.

Jim ficou olhando ele se afastar e suspirou. Seu amigo estava sofrendo sem a morena, queria poder fazer alguma coisa pra ele se sentir melhor.

Nick:

— Hey Grissom! Eu encerrei por hoje, já estou indo.

— Tenha um bom dia.- disse Gil voltando a mexer na papelada.

— Ah, eu vou passar no Frank's pra comer alguma coisa, devo ficar lá pelo menos uma hora, caso queira me fazer companhia.- ia saindo, mas parou e voltou a falar. — E olha, a gente não tem que conversar sobre nada em especial, só dois caras tomando café juntos. Eu acho que não é bom uma pessoa ficar sozinha por muito tempo.- Gil nada dizia, só escutava. Sabia que só estavam querendo fazê-lo se sentir melhor. — Se quiser, legal, senão, legal.- sorriu. — Sem pressão.- dito isso o perito foi embora.

Grissom até pensou em ir, mas desistiu. Não estava afim de socializar.

Catherine:

— Oi!- a ruiva encontrou com ele no corredor. — Como está?

— Por que?- ele perguntou meio paranoico, tipo: será que minha cara abalada está tão óbvia?

— Não posso perguntar como está?- ela achou estranho.

— Desculpe, é que eu… Eu estive muito… Ah, eu tenho andado ocupado.

— Ah.- ela sabia do que se tratava, todos sabiam. — Tira uns dias de folga.- sorriu tocando seu ombro enquanto ainda andavam. — Pelo menos uma vez, tem muitas folgas acumuladas… Vai atrás dela.

Gil imediatamente a olhou. Tinha pensado na possibilidade, mas não era tão simples. Ele tinha o emprego e Sara precisava de um tempo, eles não entendiam.

— Não é o que ela quer.

— E o que você quer?

— Eu quero que ela seja feliz.- dito isso Gil também foi embora deixando a amiga sozinha, parada o observando se afastar.

Nunca tinha visto Gil daquele jeito. Enfurnado no laboratório trabalhando sim, mas de coração partido era a primeira vez.

Até Hodges:

— Você não estava pronto.- Gil o olhou sem entender. — Pra sair, pra deixar isso… os desafios, os enigmas, o emprego…

Gil logo soube do que ele estava falando. Não se sentia confortável pra falar com ele sobre isso.

— Não...- respondeu simplesmente.

— Mas Sara estava.

Poucos segundos em silêncio e ele disse:

— Sim, ela estava.

— Você não pode ficar no caminho…- Gil franziu o cenho. — Quando chega a hora de alguém seguir em frente, tem que deixar que vá.

Sério mesmo que ele estava lhe dando conselhos?

Cortou o papo ali, mas depois pensou muito no que Hodges disse, e ele até tinha razão, pelo menos Gil achou que sim. Queria que Sara seguisse em frente em relação a seu passado, pois ela sofria muito com aquilo.

No turno seguinte, Warrick, Greg e Albert também tocaram no assunto “Sara” com ele. E novamente Gil não quis falar nada a respeito. Ninguém o culpava por isso.

~ ♥ ~

As semanas seguintes foram mais suportáveis para Gil em relação a Sara. Nem comemoraram a ação de graças porque não havia clima para isso, mas pelo menos Gil já estava saindo para as cenas de crime e agora tinha como esquecer seus problemas já que Warrick arrumou alguns.

Primeiro que naquela primeira semana ele havia chegado atrasado e Gil deu uma bronca nele. Depois, ele foi tentar se explicar.

— Hey Grissom… A respeito de eu chegar atrasado…- Gil o interrompeu.

— Você tem celular pago pelo departamento, você liga e diz que está atrasado, simples. O que está acontecendo com você?

— Eu não sei, essa… essa coisa toda de divórcio está me deixando meio devagar. Eu tinha uma equipe que me ajudava a levar tudo numa boa, mas até isso mudou com a saída da Sara. Me sinto meio desconectado.

— Você tem seu trabalho, veja se não estraga isso.

Gil era o chefe, não podia passar a mão na cabeça dele, mas o entendia. Não era só ele que estava tendo dificuldade de lidar com uma separação e com a equipe desfalcada. Gil também estava.

Se fosse só isso, tudo bem, mas Warrick encasquetou com Lou Gedda que virou suspeito no caso que estavam investigando, e o perito até agiu parecido com Sara, que quando coloca na cabeça que foi fulano, se adianta na evidência e faz de tudo para provar que foi tal.
Warrick passou dos limites, se alterou com McKeen, o subxerife, e por causa disso Gil deu a noite de folga para ele. E o que ele fez? Foi até a boate de Gedda para beber horrores e não pagar nada. Gil teve que ir até lá buscá-lo e enfiá-lo num táxi contra a vontade, como se fosse de fato um pai buscando o adolescente sem juízo no barzinho. E agindo como um, Warrick não foi pra casa como Grissom mandou. Voltou pra lá, dormiu com uma das dançarinas de Gedda e ela acabou morta no carro dele. Warrick só ficou mais irado com isso e mais ainda queria Gedda na cadeia.

No meio dessa confusão toda, Gil recebeu a ligação de Sara quando já estava em casa. O supervisor mal dormia por estar focado demais no trabalho, só foi pra casa porque Catherine o obrigou a ir dormir pelo menos umas horinhas. Sara parece que adivinhou isso.

O supervisor relatou tudo pra ela, contou como estava preocupado com o amigo, desabafou mesmo.

Sara tentou tranquilizá-lo e disse que ligaria para Warrick pra conversar. Ela sabia como era perder o controle e o que isso lhe custou. Conversar com ele seria bom. Gil agradeceu e ambos ficaram conversando por mais um tempo, a saudade não os deixavam desligar.

— Jim acha que Gedda tem amigos no departamento.

— Não brinca… Sério?

— Ele disse que, ao contrário de Warrick, ele não faz acusações sem provas.

— Pesado.- ela comentou.

— Me deu uma bronca porque eu não fui levar Warrick em casa.

— Não é assim, Warrick não é um bebê. E você tem que confiar em quem trabalha com você.

— Foi o que eu disse a ele. Mas olha só…- ele resolveu descontrair. — Você não é um bebê, e eu te levei pra casa daquela vez.

— Ah Griss.- sorriu. — Situações diferentes.

— Uhum.- sorriu também.

— Como Warrick reagiu quando foi suspenso?

— O que acha? Saiu da delegacia furioso. Eu tenho medo que ele perca a cabeça a saia por aí investigando Gedda por conta própria.

— Ele não vai fazer isso, Griss, Warrick tem juízo guardado naquela cabecinha. Eu vou falar com ele.

— Tomara que esteja certa.

~ ♥ ~

As próximas semanas foram tranquilas e por conta disso, Gil acabou ficando pra baixo de novo, pois não tinha muito com o que se ocupar para esquecer sua dor. E foi como a ação de graças, sem clima pra festas, então natal e ano novo? Não, não comemoraram. Warrick estava suspenso, Catherine ajudava Gil a manter tudo em ordem, se Nick e Greg tinham dúvidas eles iam falar com ela primeiro para não incomodá-lo. Pois é, era como estava aquela equipe sem Sara… desanimada.

Investigaram vários casos, um deles de um toureiro que morreu enquanto estava montando em seu touro, e ao final desse caso Gil foi pra casa.

Não conseguia ler, não conseguia dormir, nem assistir nada, então ligou pra ela, pra conversar. Agora sabia o que ela tinha passado naquela casa sozinha quando ele ficou um mês fora. Mas a diferença era que ela sabia que ele voltaria, Gil não tinha essa certeza agora.