Love Story

Relacionamentos III - Ai Que Sono


Semanas agitadas ocorreram depois daquele caso complicado que Sara e Gil investigaram. Em uma dessas semanas um preso entrou em contato com Grissom pedindo sua ajuda para inocentá-lo de ter matado a esposa e o filho num incêndio. Gil recebeu um pacote da Penitenciária de Nevada quando estava com seu amigo Jim na sala de descanso. Dentro havia uma fita com o vídeo desse mesmo sujeito dizendo que precisava da ajuda dele para investigar novamente a cena do crime – que por acaso havia sido o turno do dia, ou seja, Ecklie, que havia investigado da primeira vez – para livrá-lo da pena de morte. Grissom resolveu investigar.

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Naquele mesmo dia, era o “Dia da Avalição da Supervisão”, ou seja, Grissom seria avaliado por seus subordinados, e o mesmo estava atolado de papéis na sala de descanso.

Era quase a hora de seus subordinados chegarem, pois era cedo e ainda estavam de plantão. Na maioria das vezes parecia que nem tinha horário de turno, eles trabalhavam o dia inteiro e até três dias seguidos, era bem pesado, mas já haviam se acostumado com isso.

Não demorou muito para que todos chegassem e a primeira a lhe interromper foi nada mais, nada menos que a ruiva mais bonita da cidade.

Catherine foi na frente, Sara e Nick atrás dela batendo um papo bem descontraído e Warrick por último.

Catherine agachou e ficou com o rosto perto do dele “pra ver” o que ele estava lendo, na pirraça mesmo. E ainda teve a cara de pau de perguntar:

— Estou te incomodando?

— Está. - ele respondeu.

— Que bom. - ela disse mascando seu chiclete e continuou ali até ele se tocar do que eles tinham que fazer. Assim que ele acordou pra vida, ela endireitou o corpo novamente.

— Ah, é mesmo. Me desculpem. Ér... Eu vou passar pra vocês uns formulários de avaliação da supervisão. Onde estão?

Sara, Nick e Warrick se sentaram enquanto Catherine o ajudou a achar os papéis.

— Hmmm, a gente vai dar nota pro chefe?! Que delícia! - disse Nick com um sorriso.

— Se não der 10, está dispensado! - brincou Catherine enquanto distribuía os formulários para seus colegas.

— Não está, não. - afirmou Grissom fazendo Sara rir. _ Muito bem, Nick, a escala do estacionamento da central de apostas do The Mônaco. Homem caucasiano, encontrado morto em seu carro.

— Dois dias antes da final do campeonato.

— Eu posso cuidar disso. - adiantou-se Warrick.

— Não. - Grissom negou. Por que será? _ O Nick e a Catherine vão cuidar disso.

Warrick fez cara de decepcionado, mas nada falou.

— E o que mais? - perguntou Sara pra quebrar o clima tenso.

— Você e o Warrick vem comigo.

— O pedido do prisioneiro? - perguntou Catherine. _ Brass me contou sobre o vídeo.

— É, se eu pegar o caso teremos pouco tempo pra trabalhar, o prazo para o julgamento é em três dias.

Sara, confusa, perguntou com um tom divertido na voz:

— Como ele te encontrou? 0800 Grissom?

Tão engraçadinha! Todos riram com isso, não era pra menos.

— Espera um pouco...- raciocinou Catherine. _ Ecklie foi o investigador responsável. Tenho um mau pressentimento.

— Um investigador não pode assumir o caso de outro? - perguntou Warrick.

— Só se forem do mesmo status. - respondeu Catherine. _ E se quiser encrenca.

— Sem problemas. Somos colegas buscando a verdade.

Ficaram com vontade rir daquilo que ele disse, pois sabiam que ia dar merda. E realmente deu.

— Muito bem, é isso aí. Vamos em frente. Começamos por isso aqui. - Gil entregou a fita para Sara.

— Ah, escuta, como é que foi a reunião do outro dia? - Warrick quis saber.

— O que? - Gil questionou. Não se lembrava de nenhuma reunião.

— A chefia estava botando um dia a mais de férias, parece que era isso.

— É.- Catherine se recordou também.

Grissom fez cara de: Oi? Pera. Ãhn... Calma que eu tô perdido.

Catherine então riu sem omitir som, seu amigo era esquecido mesmo.

Nick resolveu tirar uma com a cara dele.

— Hm, organização: menos um.

Tudo dali pra frente ocorreu às mil maravilhas, fora as discussões de Gil e Ecklie e a explosão de Gil porque Ecklie é um fdp, foi tudo ok. Sara arrancou um sorriso lindo de Gil quando ele estava sem saber o que fazer e ela, expondo sua teoria, lhe deu uma solução corretíssima do que faltava e o que tinham que fazer. Como sempre, a rainha da série u.u

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Grissom foi muito bem avaliado por seus subordinados e tudo acabou bem, mas ele teve que pagar almoço pra todos eles. Justo! (uheueheuhe)

...

Na semana seguinte Gil, Sara e Warrick trabalharam em um caso que envolvia bombas. Se divertiram bastante explodindo bombas pra provar teorias enquanto Catherine ajudava Nick a se livrar de assassinato. Nick teve uma relação com uma prostituta antes da mesma morrer, mas foi inocentado quando Catherine fez tudo que estava a seu alcance para pôr o verdadeiro culpado atrás das grades.

Uma semana depois advinha só quem estava de volta? A loira que atraiu Grissom, exatamente ela. Ela foi à Las Vegas ajudar Grissom e Catherine a reunir um esqueleto encontrado no deserto.

Grissom ficou meio desconcertado quando Catherine deu a ideia de chamá-la pra ajudar, pois agora já estava confuso sobre o que sentia quando estava com Teri e o que sentia quando estava com Sara, era frustrante não saber o que sentia de verdade. E enquanto Gil, Cath e Nick trabalhavam no caso do esqueleto, Sara e Warrick trabalhavam em um caso num Hotel.

Grissom ficou bravo com Catherine, pois mesmo dizendo que não precisavam, de fato, da ajuda de Teri no caso, Catherine pediu a ajuda dela sem seu consentimento. Assim que Teri chegou no necrotério onde estavam e Grissom ficou com cara de besta, ele chamou Catherine lá fora para conversarem em particular.

— Você traz uma especialista sem a minha aprovação?

— Então você não ia trazê-la, podendo até comprometer o caso, só porque vocês tiveram um romance?

Mas espera aí! Do quê que ela estava falando?

— Que romance?? Eu mal conheço essa mulher!

— Ah, então parecer bobo quando ela está por perto não é nada?

Eita, ela reparou. Mas também né?!

— Escuta aqui, Grissom... Estamos usando um livro pra remontar um esqueleto, a Teri ofereceu os serviços dela e você disse que ela é a melhor, mas se quiser eu mando ela embora!

— Não... Mas me consulte antes de fazer essas coisas. - dito isso ele voltou pra dentro da sala.

Catherine balançou a cabeça e o seguiu.

Teri ajudou muito no caso e assim que não precisavam mais de sua ajuda resolveu ir embora, mas quando ia encontrou Gil e Catherine no corredor. Catherine se despediu da loira e foi atrás de Nick pra deixar os dois sozinhos. (Porra Catherine ¬¬’)

Grissom desejou boa viagem e Teri se desculpou por não ter retornado as ligações dele do mês anterior. Gil havia ligado algumas vezes pra ver se conseguia marcar um jantar com ela pra se conhecerem melhor, uns dias depois de tê-la conhecido, mas como não retornava ele parou de ligar. Por conta disso ela resolveu se desculpar. Gil achou que era porque ela não tinha tempo por causa da dedicação ao trabalho, mas ela disse que não foi a dedicação ao trabalho que a impediu de ligar. Inventando uma desculpa, Gil disse que não era nada e ele nas vezes que ligava ele só gostaria de saber se ela estava bem. Teri perguntou se ele ainda estava interessado em saber como ela estava e claro que ele deu uma resposta positiva. Quando ela disse pra onde iria dali e passou por ele indo em direção à saída, ele tentou fazê-la ficar mais um pouco e não soube o porquê disso.

— Você tem que ir? Quer dizer... Não pode ir mais tarde?

Ela achou que tinha mais trabalho e perguntou:

— Ah, mais ossos? (Eu até achei fofa, desculpa uehueh)

— Jante comigo esta noite.

Teri então abriu um lindo sorriso aceitando o convite dele.

Grissom sorriu satisfeito e marcou com ela horário e local. Assim que Gil solucionou o caso com Catherine e Nick, ele foi se encontrar com a loira no restaurante e ao vê-la ficou encantado. Ela estava mais bonita que o normal com um vestido branco, pérolas no pescoço e o cabelo num penteado clássico.

Estavam tomando champanhe e conversando descontraidamente.

— Eu estou surpreso, pois estou me divertindo.

— Esperava que fosse ruim?

— Não. Eu pensei que ficaríamos desconfortáveis longe do trabalho.

Ele realmente ficou com esse medo de ficarem tímidos, mais do que já eram no trabalho. Mas nem deu tempo de jantarem, pois Grissom foi chamado para uma cena do crime. Ele pediu desculpas por ter feito ela adiar o vôo, ela disse não tinha problema. Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa seu celular tocar, ele atendeu olhando pra vista linda de Vegas, deu as ordens, desligou, mas antes que ele pudesse se desculpar com Teri, ela já havia ido embora.

...

A semana seguinte foi difícil para Sara, pois mesmo conseguindo se manter acordada ela precisava dormir e fazia três semanas que ela não tinha nenhum dia de folga e quando consegue tirar a noite pra dormir, Catherine liga e diz que precisa dela no caso de uma moça que foi encontrada morta na piscina da casa de uma dançarina.

Chegou no laboratório furiosa e morrendo de sono. Nick encontrou com ela na entrada e a acompanhou até a sala de Greg. No caminho ela reclamou.

— Já faz três semanas que eu não tenho nenhum dia de folga! Se vão se chamar por que pelo menos não me dão um caso que preste? Por que não me dão o 419 do elevador? - este em questão, foi o que Warrick havia pegado.

— Está irritada?

— Cansada!

— Você? Cansada? Achei que nem dormisse.

Enquanto Nick dizia isso Sara abria a boca num bocejo profundo.

Nick riu e entraram na sala de Greg que estava todo animado ouvindo um rock bem alto.

— E aí, cara! - Nick o cumprimentou.

— Está descansado, te odeio! - disse Sara ao ver que seu querido colega não estava nem um pouco cansado.

— Duas taças de Merlô, comprei na minha folga, dormi como um bebê. - ao ver como a morena estava, fez um “elogio”. _ Você está péssima.

— Valeu Greg!

Greg fez cara de “Não foi nada, migs” e olhou para Nick.

— Não, não olha pra mim, eu trabalhei a noite toda.

Sara o olhou com os olhos semicerrados.

— Verifica o DNA, procura crime sexual e as unhas também, tá legal?!

— E manda pra gente o mais rápido possível. - Sara completou.

— Ah, isso é tudo? Quem vai autorizar minhas horas extras, hein?

— Não enche, Greg! Você dormiu. - ao dizer isso Sara foi andando pra fora da sala.

Greg olhou para Nick e perguntou:

— Quer um Vallium pra ela?

— Eu ouvi! - ela gritou de onde estava fazendo-os rirem.

Nick a seguiu e foram para a sala de descanso. Passaram um tempinho lá, Sara estava ao ponto de capotar naquela mesa.

Nick então ofereceu um copo de café.

— Ah não, eu não posso mais tomar café, o meu relógio biológico já pirou. O que eu quero é um banho e uma cama. - ela pronunciou com aquela carinha de sono que dava até dó.

Nick resolveu dar uma ideia.

— Bar do Tutti*, bife a cavalo, $4,50.

— Comida! - ela proferiu tal palavra com tanta vontade que se fosse escolher um poder naquele momento seria poder se transportar dali pro restaurante. _ Boa ideia, vamos lá!

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Assim que ia levantar, Greg entrou como um furacão na sala, histérico.

— Essa é ótima! Vocês não vão acreditar!

— A minha comida já era. - disse decepcionada. _ Vai, eu vou aceitar o café. - Nick lhe entregou o copo e Sara deu o primeiro gole enquanto Greg falava.

— Toma aí.

— Procurei marcas de estupro na dançarina morta, encontrei sêmen, mas calma aí! Aí vem a parte boa. O DNA bate com um velho caso do Texas. Uma dançarina, morta há dez anos!- disse todo empolgado e se achando o cara por essa descoberta.

— Hum... Dois por um! - Nick sorriu.

— Tá, já acordei!

— Ah! - ele gritou e voltou para seu laboratório.

— Ele é maluco, né?

— Com certeza. - Nick riu.

...

Depois de um tempo trabalhando, Sara até que acordou um pouco. O estranho é que Catherine não implicou com ela nenhuma vez desde que ligou a acordando.

Estavam Catherine, Nick e Sara em uma das salas vazias do laboratório com muitos papéis e muito papo. Falavam da dançarina que desapareceu e de como ela não usou o cartão de crédito desde que sumiu.

— Alguns homens ainda pagam a conta. - comentou Nick.

— Ah é? E como você sabe? - Sara zombou.

— Hey, eu só fecho a mão quando a garota fizer a pergunta errada.

— E que pergunta é essa? - perguntou Catherine.

— “Qual a marca do seu carro?”

— É uma pergunta honesta. - Sara riu.

— Não, não é mesmo. Na verdade quer dizer: “Tem dinheiro suficiente pra cuidar de mim?”

— Bom, eu não tenho.

— Hey crianças. - Catherine os chamou. _ Temos uma falsificação. - disse olhando para um cheque.

— Olha, que maravilha.

— Bom, é o que diz a evidência. - Catherine entregou a folha a ele.

— Vamos ligar os pontos.

— Como assim? - perguntou Sara.

— Eu te mostro. Catherine me empresta um dos seus brincos, por favor?

— Claro, mas estou com eles há uma semana. Não me responsabilizo. - tirou da orelha e o entregou a Nick.

— Assina aqui, Sara. - ele lhe mostrou onde ela devia assinar.

Sara assinou seu nome e esperou que Nick lhe explicasse.

— Ninguém assina duas vezes exatamente do mesmo jeito. - ao ver a assinatura dela, lhe disse: _ Nem mesmo você, garranchinho.

Sara sorriu.

— Se duas assinaturas são iguais é porque uma delas é falsa, então é por isso que a gente liga os pontos. - ele furou o papel com o brinco de Catherine bem em cima da letra de Sara pra poder marcar as linhas e as curvas da assinatura.

— Isso deixa marcas no papel em branco, aí é só ligar os pontos e destruir as evidências, o que eles não fizeram. - concluiu Catherine.

— É de dar medo. - comentou Sara. _ Você só precisa de uma assinatura pra quebrar alguém.

...

Depois de descobrirem a assinatura falsa foram num restaurante comer alguma coisa antes de Sara dar pití. Convidaram Jim pra ir também.

— Esses frutos do mar chilenos estão ótimos. - Sara elogiou a comida.

— Esses também. - disse Catherine colocando uma garfada na boca.

— Muito bem, temos uma viúva sumida e o seu dente, encontrado em seu quarto que está ocupado por dois espertalhões.

— Espertalhões, não vou esquecer. - disse Brass comendo a comida do prato de Sara.

— Quer largar meu marisco?!!!- ela o repreendeu.

— Calma. - disse com a boca cheia.

Sara não gostava que mexessem em seu prato sem que ela deixasse. Todos eles descobririam isso de um jeito.

Conversaram mais um pouco sobre o que tinham e quais eram suas teorias. Ao terminarem de comer...

— Espera aí, me tira uma dúvida. Eu comi meia salada e tomei um café. Como é que minha conta deu tudo isso hein?

— Vai fechar a mão, Nick? - Sara perguntou sorrindo.

— Ah, muito obrigado, Sara. Está pegando o jeito hein, é isso aí! - ironizou. Aquela guria chegou em sua vida só pra zombar da sua cara. Mas tinha que admitir: a adorava!

— Brass, mãozinha no bolso. E cobra a do Nick também. Você que pediu esse Tiramisu. - disse Catherine.

— Hm, odeio almoçar com investigadores. - ele brincou enquanto eles se levantavam. _ Não passa nada.

Cada um pagou uma parte e foram embora.

...

No fim do turno Gil estava passando pelo locker e viu Sara sentada no banco esfregando os olhos. Foi até ela e agachou em sua frente.

— Hey, tudo bem?

— Ah, tudo. Só estou com muito sono.

— Greg me disse que você chegou aos pedaços no laboratório, depois que eu o peguei dançando no corredor.

Sara riu.

— Você o pegou dançando??

— Pois é. Com o chapéu da dançarina.

Sara riu mais ainda.

— Greg é uma figura.

— Verdade. Bem, pode ir pra casa.

— Eu ouvi que tem mais um caso, não precisam de mim?

— Não, tudo bem.

— Tem certeza?

— Sara, se você visse sua carinha de sono... - ele tocou o rosto dela suavemente. Sara amou aquele gesto, foi como se voltasse dois anos atrás. _ É provável que chegue lá e você desmaie de sono na cena do crime.

Sara sorriu.

Grissom retribuiu o sorriso, retirou a mão de seu rosto e se levantou.

— Vá pra casa e durma um pouco, tabom? - beijou o topo de sua cabeça e saiu do locker.

Sara ficou lá sentada com um sorriso bobo no rosto. Gil se preocupava com ela e mesmo desconfiando de que Gil não sentia mais o que parecia sentir em São Francisco, ela se apaixonava por ele mais a cada dia, com um mínimo gesto que fosse. Só não sabia se o mesmo acontecia com ele.