Love Story

Congelado


“Eu só estava analisando números e figuras

Montando os quebra-cabeças

Questões da ciência, ciência e progresso

Não falam tão alto quanto meu coração” ― Coldplay

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Era estranho.

Tudo aquilo que estava vivendo era estranho. Ele nunca tinha se envolvido com ninguém assim. Nunca foi tão intenso assim, nunca foi tão bom assim. Aquela estranheza estava lhe fazendo um bem danado. Antes, quando era um homem solitário, ele pensava muito nela, em como seria se estivessem juntos como um casal. Ele não tinha dúvidas de que seria incrível. Estar com quem se ama era incrível, amar era incrível. Mas com Sara… Estava sendo fantástico! Nunca se sentiu tão bem por amar alguém, nunca se sentiu tão feliz por estar com alguém. Dormir com ela, acordar com ela, receber seu telefonema no meio da tarde, trocar carinhos, ver TV… coisas tão simples e rotineiras nunca foram tão especiais pra ele. Cada dia que passava, ele se apaixonava mais ainda.

E lá estava ele olhando pra ela, sentados numa mesinha do shopping tomando sorvete numa manhã de quinta-feira.

Sara rapava seu potinho de sundae enquanto Gil mantinha seus olhos nela com o queixo apoiado em uma das mãos.

Quando Sara percebeu que ele estava fitando ela e nem ligava pro sorvete, ele quase tinha um sorriso bobo se formando.

— O que foi? - ela sorriu.

— Nada. - ele respondeu e sorriu de lado.

— Está com cara de apaixonado. - ela brincou.

— E eu estou.

Sara se surpreendeu com a resposta e deu um sorriso tímido também apoiando o queixo na mão. Ele lhe devolveu o sorriso tímido.

— Griss... que dia nós começamos a namorar mesmo?

— Vish...! Eu não lembro. Sou péssimo com datas. - ele se sentiu envergonhado por não lembrar.

— Eu também não lembro.

Ele até se sentiu aliviado. Uffa! Ela também não lembra.

— Só sei que foi num domingo, mas... não faço ideia do dia.

— E agora?

Gil pareceu pensar.

— Vamos fazer o seguinte...- ele teve uma ideia. _ Não faz tanto tempo que estamos juntos, deve ter só umas duas ou três semanas. - ela concordou com a cabeça. _ Vamos fingir que foi naquele dia em São Francisco.

— Quando estávamos naquele cantinho onde eu vi o balão de novo?

— É. O que acha? Foi 10 de Maio. Anteontem.

— Acho uma boa! Como não lembramos a data certa, podemos oficializar no dia 10. Também foi um dia especial. A manhã foi um tanto ruim, mas você estava comigo pra cuidar de mim. - ela sorriu de lado.

Grissom também sorriu.

— E sempre vou estar.

Sara sorriu novamente e ia responder de alguma forma quando algo atrás de Gil lhe chamou a atenção.

— A Catherine!!!- Sara disse assustada diminuindo o tom da voz e se levantando.

— Onde???- ele também se assustou. Se Catherine o visse no shopping tomando sorvete com Sara, ela não ia achar normal e já ia tirar conclusões certas que não era pra tirar.

— Ali. A Lindsey está com ela. Corre, se esconde!

Havia um pilar perto da mesa deles na praça de alimentação. Como a mesa deles não estava no centro e sim mais pro fundo das mesas, perto da pequena sorveteria que tinha lá, foi rápido de chegar lá atrás e se esconder.

— Acho que a Lindsey viu a gente. - Sara fez careca.

— Ah não! Sério?

— Acho que sim. Talvez ela não tenha me reconhecido, mas você eu tenho certeza que ela viu.

— Céus!

Um pouco afastado dali...

— Mamãe? - Lindsey chamou a atenção de sua mãe que estava de costas pra praça de alimentação e conversando com uma amiga. _ Mamãe! Eu acho que vi o tio Grissom.

— Então a gente se vê por aí, Anna... Tchau! - ela se despediu da amiga que se foi e a ruiva voltou sua atenção para a filha. _ O que você disse, meu amor?

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— O tio Grissom, mãe. Eu o vi agorinha.

— Aqui no shopping? - Catherine estranhou. _ Ele não frequenta shoppings.

— Ele não estava sozinho, eu vi ele ali naquela mesa. - ela apontou pra onde Gil e Sara estavam antes de se esconderem. _ Mas ele sumiu.

— Tinha alguém com ele? - Catherine estranhou mais ainda.

— Tinha, mas... eu não sei quem era.

— Filha, não tem ninguém ali.

Lindsey franziu o cenho.

— Acho que deve ter confundido ele com alguém. Gil não viria aqui, só se fosse numa livraria de algum andar, fora isso... seria estranho.

— Acho que estou vendo coisas. - elas começaram a andar. _ Acredita que esses dias eu vi minha amiga no meu quarto?

— Jesus amado! Vou te levar num terapeuta.

— Mãe!

Elas riram e continuaram andando pra longe dali.

Atrás do pilar, Gil e Sara respiravam aliviados.

— Uffa...!

— Essa foi por pouco. - ele comentou.

Sara não aguentou e riu.

— O que foi? - ele sorriu pelo fato dela ter rido da situação.

— Isso é que é viver perigosamente. Quase fomos pegos em flagrante!

Grissom riu do que ela disse.

— Vamos sair daqui...- ele propôs dando espaço pra ela ir na frente e balançando a cabeça.

...

Como ainda estavam de plantão, todos os CSI’s estavam trabalhando pelo fim manhã. Gil e sua equipe – que agora só era Greg e Sara, pois Sofia foi ser detetive de homicídios em Boulder City que ficava uns 30 à 40 minutos de Vegas – foram chamados pra uma faculdade, havia dois corpos de dois adolescentes em um dos quartos do alojamento. No caminho para o quarto, os quatro conversavam.

— Oh Grissom! Quando você fez faculdade, morou no alojamento? - Greg perguntou.

— Você deve estar brincando! – respondeu ele, o que fez Sara rir.

— Dizem que um diploma vale cerca de um milhão de dólares em renda extra ao longo da vida.

— Sim, mas considerando quanto as faculdades cobram dá quase na mesma. - ele respondeu o comentário dela.

— Está dizendo que a faculdade não vale a despesa? - perguntou Greg.

— Acho que depende do que você aprende.

Chegaram no quarto e Brass que estava com eles os informou:

— Esse é o quarto do Trip, ele perdeu o jogo de basquete hoje à tarde, o técnico ligou pra supervisora. A supervisora mandou um garoto do quarto vizinho arrombar a porta. Os paramédicos declararam a morte, o legista está vindo.

Ao olharem para os corpos, ambos no chão dando a impressão de que morreram dormindo depois de transarem – e morreram mesmo –, e também estavam ambos rosados.

— Música, álcool, velas... o garoto era um Romeu básico. - Sara observou.

— “Mais triste história jamais aconteceu do que a de Julieta e de seu Romeu”

Podem imaginar quem citou isso né!

— Usaram camisinha.

Sara franziu o cenho e olhou para Greg que segurava um saco de camisinhas aberto com a pinça.

— Mas o sexo não foi seguro. - disse Gil por fim.

— É... - Sara lamentou e foi pra perto da janela.

David chegou naquele instante.

— Oi gente!

— Oi Super Dave! - responderam.

David foi pra perto do corpo.

— Sara... você pode abrir a janela, por favor?

— Claro. - ela abriu e enquanto fazia isso perguntou: _ Você está bem, David?

— Estou. - ele respondeu. _ Dá uma olhada na coloração da pele das duas vítimas. Os corpos estão um pouco rosados.

— E você lembrou que esse tom de pele é um efeito comum da inalação de monóxido de carbono. - Gil observou.

David assentiu.

— O vômito também é consistente com exposição a CO. - disse Greg apontando para o vômito no chão perto de Sara.

— Temos que coletar esse vômito.

Pegando o potinho de evidências, Greg entregou a Sara para a mesma fazer o que Grissom disse á que ela estava mais perto.

Gil recebeu uma ligação no mesmo instante.

— Grissom...- ele atendeu. _ ... Tá, eu já estou indo. - desligou. _ É minha vez de depor no caso Royt, eu tenho que ir. - ele informou “suas crianças” e uma delas o olhou. _ Não estou vendo nenhuma fonte de CO então vão ter que usar o detector. Você é a líder! - ele disse segundos antes de sair do quarto pra “criança” que o olhava.

Sara sorriu.

— Ouviu né, Gregory? - ela brincou.

— Besta!

Analisaram o quarto e não encontraram nenhum sinal de monóxido de carbono. Greg achou vestígios de sêmen na maçaneta da porta de Trip e do vizinho, e já sabia o porquê.

— Camisinhas troféu!

— Camisinhas troféu? - ela nunca tinha ouvido falar daquilo, nem quando cursava a faculdade.

— É, quando um cara se dá bem ele anuncia a vitória colocando seus espólios na maçaneta vizinha.

“Que nojo!”

— Hum. E o Trip se dava bem com frequência.

Assim que Sara disse aquilo, foram pegos de surpresa por uma explosão no banheiro, o barulho e os gritos os assustaram.

Foram até lá, perguntaram se estava todo mundo bem e viram que uma privada que tinha explodido. Os dois amigos riram e ficaram em dúvida se aquilo tinha relação com o homicídio ou só algum engraçadinho. Como Sara era a líder daquele caso, sobrou para Greg investigar a privada explodida, pois ela não quis. A morena foi até o necrotério saber as causas das mortes.

— Oi doutor!

— Oi! Dois cadáveres, ambos perfeitamente saudáveis. - ele lhe informou.

— Espero que seu relatório diga bem mais do que isso.

— Existem duas toxinas que deixa o corpo rosado após a morte.

— Já descartamos monóxido de carbono.

— deixando apenas uma, ingestão de cianureto. Um fato interessante sobre o cianureto, nem todo mundo sente o cheiro.

— Tá, é ... um traço genético.

— Infelizmente eu não tenho essa capacidade.

Ao fim da fala de Albert, a porta foi aberta e Hodges surgiu nela pegando a atenção dos dois que estavam ali.

— O nariz está aqui.

— O Hodges tem esse traço genético? - Sara olhou para o doutor sem acreditar.

E o médico legista disse que sim com a cabeça.

— É um dom e uma maldição. - disse o técnico para Sara.

Albert indicou a Hodges o que era para ele cheirar.

— O conteúdo estomacal dos dois cadáveres. Hodges, comece a cheirar.

Hodges cheirava e Sara observava querendo rir. Ela só pensava no namorado.

“Ah, o Griss ia adorar ver isso! Hahahaha”

— Notas de cerveja Choca e ... salgadinho. Mas nada de cianureto. - o nariz de Hodges terminou sua análise e se retirou.

— Obrigado.

— Disponha.

Sara voltou a olhar apara o legista.

— Bom, com todo o respeito ao nariz eu gostaria de enviar uma amostra de sangue pra análise.

— Já mandei.

— Mais alguma coisa?

— nada dentro ou fora do corpo indica a causa da morte. Absolutamente nenhum indicio de homicídio.

— Dois universitários sob circunstancias misteriosas. Vamos tratar como homicídio até provarmos o contrário.

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Albert assentiu.

...

Sara voltou para o alojamento para encontrar Greg depois de falar com os pais dos adolescentes na delegacia.

— E aí? Como é que está?

— Eu examinei cada centímetro quadrado dessa privada, até agora nenhuma evidência de pólvora ou mecanismo de detonação.

Greg quis brincar com ela fazendo ela achar uma teoria que ele já tinha checado.

— Eu falei com a manutenção, foi um acidente isolado... – ela comentou. _ ... Não existe nenhum outro relato de privadas explosivas. E gás metano? Pode ter uma reserva natural sobre o alojamento.

— Teoricamente a pressão pode ter se acumulado, quebrando o cano do esgoto e subindo pela privada.

Ela fez cara de “É! Pronto! Descobrimos!” pelo modo como ele falou.

— Ah, mas eu já chequei! - ele sorriu e ela o olhou com os olhos semicerrados _ Não há gás metano nessa região do município. - ele fez uma carinha de que não foi dessa vez que ela acertou, só pra zoar com a cara dela.

— Bom, tem que ter uma explicação lógica. - ela sorriu.

— Se a comida da cantina for tão ruim quanto eu me lembre, temos que levar em conta a diarreia explosiva.

Sara riu.

...

De volta ao laboratório, Sara foi pro DNA ver o resultado do sêmen com Mia. Sara ficou chateada por Mia também saber sobre camisinhas troféu e ela não. Quando questionada, Mia riu e disse rindo: “Sara, eu fiz faculdade!”. Sara pensou na mesma hora. “Ué! Eu também fiz e nunca ouvi falar dessa nojeira! Será que eu era tão nerd assim?”. Pois é, é a vida.

Greg interrompeu as duas dizendo que descobriu que o vizinho de Trip, Zac, havia prestado várias queixas contra ele.

— Estou indo pra lá agora. - o loiro finalizou a fala.

— Eu dirijo. - disse a morena passando por ele.

— Como sempre! - disse ele.

Chegando lá...

— Isso é ridículo! - reclamou Zac. _ Disseram que minhas queixas eram confidenciais, disseram que meu nome nem estava no formulário.

— Por que a confidencialidade era tão importante? - perguntou a morena.

— Pergunta pra ele. - disse o garoto olhando para Greg. _ Tem cara de quem foi atleta na faculdade.

Ambos os peritos se surpreenderam.

— Eu???

— Ele???

Greg a olhou em reprovação. Sara ficou quieta.

— Ah, deixa pra lá. Se a notícia de que eu denunciei o Trip vazasse, o time de basquete inteiro ia se voltar contra mim.

Enquanto isso, no laboratório, o corpo do caso de Ecklie – Sim, Ecklie estava investigando um caso. Não tinham mais gente para trabalhar, pois estavam todos ocupados, e Vartann foi atrás do diretor assistente pra ele fazer isso. – foi roubado e o mesmo deu um esporro em David o acusando de tê-lo perdido.

Enfim, depois de um tempo, na manhã seguinte, todos os casos foram resolvidos. Catherine, Warrick e Nick solucionaram o caso deles de um homem encontrado dentro de um círculo inglês. Ecklie achou seu corpo desaparecido e o mesmo foi deixado em frente o departamento com um chapéu de festa e um charuto. Gil conseguiu depor no fórum. E Sara e Greg também solucionaram seu caso. O que aconteceu foi o seguinte... A supervisora de Trip, Susan, foi enganada por ele, o jogador de basquete havia partido seu coração e a feito de idiota. Ela quis se vingar fazendo apenas com que ele ficasse doente e perdesse o jogo de basquete. Calculou tudo certinho, entrou no quarto de Zac – que estava fora da cidade com o namorado – pela manhã, fez um buraco na parede, voltou novamente à noite e colocou gelo seco perto do buraco pro vapor passar pro quarto de Trip deixando ele doente, com gripe ou algo do tipo. Levando em conta que ele só dormia no chão quando estava com alguém e ele nunca transava antes de um jogo importante, então ela presumiu que ele estava na cama e não no chão. Ela ficou apavorada quando soube que a causa da morte dos dois colegas foi o dióxido de carbono. Ela não sabia que a garota Paula estava lá e nunca quis matar o jogador, foi um erro de instinto como disse Sara, um homicídio doloso.

...

Indo pra casa, Gil e Sara conversavam no carro.

— Como foi ser a líder?

— Ah, foi legal! - ela sorriu. _ Botei o Greg pra analisar a privada.

— Ele deve ter adorado!

Ambos sorriram.

— E você? Como foi no fórum?

— Não foi tão legal quanto investigar um homicídio, mas foi bom. Encontrei com o Ecklie quando fizemos um recesso de uma hora, ele estava fotografando o corpo que tinha desaparecido e apareceu de novo.

— Bizarro o que aconteceu. O doutor disse que o corpo foi roubado pelos amigos da vítima e que o levaram pra beber. Que tipo de pessoa faz isso?

— Só em Vegas é que se vê uma coisa dessas. - Sara riu concordando. _ Tirei uma com a cara do Conrad antes de voltar pro fórum. - sorriu.

— É mesmo? - ela riu.

— Ele me deu uma patada quando eu “disse a ele o que fazer”. Aí eu falei: “Adoro quando você usa luvas” e fui embora.

Sara riu mais ainda.

— Não acho que ele gostou desse seu comentário.

Grissom sorriu, mas seu sorriso sumiu.

— Ah não! Engarrafamento? Sério?

— Vamos por ali. - Sara apontou pro outro lado.

— Vai dar uma volta enorme, honey.

— Não, não vamos pra casa, vamos pra montanha.

— Pra montanha?

— É.- ela sorriu. _ Adorei aquele lugar, e a gente pode fugir dessa loucura toda.

— Boa ideia.

Sara ficou feliz por ele ter concordado.

Levaram alguns minutos pra chegar na montanha, e logo estavam subindo do mesmo jeito da primeira vez, mas dessa vez Sara não estava com os olhos fechados.

— Ah, esse lugar é tão lindo! - Sara exclamou quando chegaram ao topo.

— É sim. - ele concordou.

— Até o ar é diferente. - ela disse sentando com as pernas dobradas e juntas, e chamando ele pra sentar ao lado dela.

Gil assim fez.

Sara agarrou seu braço e apoiou a cabeça em seu ombro. Ficaram olhando o horizonte por poucos minutos.

— Não esqueceu da data né? - ela perguntou.

— Não. 10 de Maio, certo?

— Certo. Está oficializado?

— Está. - ele sorriu.

— Então me dá o dedinho. - Sara largou o braço dele e ficou de frente pra ele.

— O dedinho? - ele também virou pro lado ficando de frente pra ela, ambos ainda sentados com as pernas dobradas.

— É. Assim... Me dá seu mindinho. - Grissom fez o que ela pediu ainda sem entender e Sara juntou seu mindinho com o dele. _ Assim, viu? É como selar um acordo, ou fazer uma promessa. Faço isso desde criança e levo muito a sério.

Grissom sorriu. Ela era linda. Seu jeito de menina, seu sorriso tímido, o jeito como ela arrumava o cabelo atrás da orelha, como olhava pro horizonte com aquele olhar sonhador enquanto o vento soprava seu rosto...

— Por que está me olhando assim?

— Ainda estou com aquele olhar apaixonado de ontem?

— Está. - ela riu e se aproximou mais dele sujando um pouco sua calça com a grama nos joelhos. _ Devo me preocupar? - ela brincou e acariciou o rosto dele com o mesmo olhar apaixonado.

— Não. - ele disse simplesmente quase num sussurro e encurtou a distância de seus rostos, juntando seus lábios com os dela.

Separaram-se depois de poucos minutos daquele beijo suave e Gil a fitou mais uma vez, como fez no shopping e como vinha fazendo todos os dias. O amor que ele via naqueles lindos olhos cor de mel lhe preenchia, e fazia com que ele se sentisse o homem mais sortudo e amado do mundo.

“Baby, você ilumina o meu mundo como ninguém mais

[...] Se você visse o que eu posso ver

Você entenderia porque eu te quero tão desesperadamente

Agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar

Você não sabe que você é linda

Mas é isso que te torna linda” ― One Direction