Paulo acabou de enfaixar o tornozelo de Alícia e levado pela curiosidade e tentação de olhar para as pernas dela, ele subiu o olhar vagarosamente, observando as pernas torneadas. Alícia estava paralisada, ele estava olhando de uma maneira tão singela e ao mesmo tempo tão maliciosa que ela não sabia o que pensar, nem o que fazer, então de novo ficou estática. Paulo vendo que ela não iria fazer nada, então fez o que queria ter feito há muito tempo, subiu a mão pela panturrilha dela, e acariciou a coxa, sentindo-a tremer e se arrepiar. Alícia nessa hora levou susto e se sentiu incomodada, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa sentiu um corpo pressionar o seu contra o sofá e logo em seguida algo macio pressionar seus lábios. Ela sentiu a mão de Paulo se acomodar em sua cintura, aquilo estava lhe causando arrepios, e logo depois dar um leve apertão, Alícia tomou um susto ao mesmo tempo em que sentiu uma onda elétrica percorrer seu corpo e deu um leve gritinho. Paulo se aproveitou que ela separou os lábios e no mesmo instante se apoderou de sua boca, segurando com a outra mão sua nuca, a puxando com força e a beijando com intensidade. Estava totalmente descontrolado, a beijava como se sua vida dependesse daquilo. Alícia estava perdida, não sabia ao certo o que fazer, mas estava se sentindo dominada por Paulo e seus lábios simplesmente tentavam o acompanhar, de forma desajeitada, enquanto ondas elétricas passavam por seu corpo, a arrepiando inteira.

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Ficaram assim por alguns minutos. Os dois pareciam estar travando uma batalha, de tanto que se apertavam, pareciam querer chegar o mais perto possível, já estava se tornando difícil respirar. Então eles foram se acalmando, acalmando e se separaram.

Paulo que estava praticamente em cima de Alícia, a apertando desastrosamente contra a costa do sofá, separou os lábios e ficou a poucos centímetros do rosto de Alícia, a encarando. Podia sentir sua respiração acelerada. Alícia abriu os olhos e viu Paulo a encarando, não sabia o que fazer. Tentou desviar o olhar, sair dali, mas era impossível, eles estavam muito próximos, seu rosto provavelmente estava muito vermelho. Sem jeito, ela o encarou por meros segundos.

Por-porque, Paulo? – Perguntou ela, sem entender porque ele tinha feito aquilo?

Você sabe — Falou Paulo enquanto tomava novamente seus lábios em um beijo calmo e cheio de paixão.

E ela sabia.

Ela então mais uma vez se perdeu nos lábios do moreno, era impossível dizer não, sentiu Paulo deitando-a no sofá e passando as mãos pelo seu corpo e trazendo-lhe mais arrepios.

As coisas foram acontecendo e quando deu por si, estava apenas de roupas intimas e Paulo beijava seu pescoço, fazendo caminho para descer pros seios um pouco fartos. Alícia podia sentir o corpo musculoso totalmente sobre o seu, e pode sentir 'algo' a mais logo abaixo apertando contra si.

Ela sentiu certo medo e receio e deu uma leve empurrada nos ombros de Paulo, enquanto tentava se mexer.

P-paulo. – Falou num fio de voz.

Paulo nada respondeu, somente voltou a beijar seu pescoço.

P-Paulo.. Ah... E-espere. – Pediu com a voz sufocada.

Paulo paralisou por um instante.

Você não quer? – Sussurrou com uma voz rouca em seu ouvido.

E-eu... Não se-i – Realmente não sabia o que fazer.

Paulo simplesmente continuou da maneira como estava, sem falar nada, mal respirava. Alícia notando que ele não falaria nada, se sentiu no dever de dizer algo...

I-isso não está certo, n-nós terminamos há muito tempo, t-também eu... – Ela tentava explicar, mas aquilo estava acabando com Paulo, ele estava se sentindo um miserável, estava recebendo um 'não' dá única garota que ele tinha esperanças de reconquistá-la novamente e tê-la para si. Ele realmente não a merecia, seu coração estava sendo destruído por aquelas palavras – Eu sofri tanto, Paulo. Não brinque comigo desse jeito...meu coração não aguentará outro sofrimento, porque você o rejeitou antes.— disse encostando a cabeça no ombro de Paulo que ainda continuava imóvel, esperava que ele dissesse algo, não sabia o que fazer e isso a deixava ainda mais desolada a ponto de chorar.

Quem disse que eu rejeitei seu coração? — Disse Paulo finalmente.

Suas atitudes, sua decisão. Quando foi embora para Alemanha e decidiu terminar tudo.— Dizia com a voz embargada tentando conter o choro.

-Alícia.. – Falou Paulo olhando profundamente nos olhos dela, estava cansado de fugir, de esconder, estava cansado de fingir... Até quando iria observá-la de longe e continuar afastando-a de si? Até quando iria enganar a si mesmo, ele sabia o que ele sentia, nesse tempo todo que esteve longe, ele se lembrou dela e dos momentos que passaram juntos, sonhou várias noites. Ele sabia o quanto ele desejava que isso acontecesse. Agora ela estava ali, chega de mentiras. Era tudo ou nada! – Eu te amo, Lícia – Falou olhando-a nos olhos ternamente, enquanto aguardava uma resposta.

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Seu coração estava quase parando, seus olhos ardendo, as lágrimas querendo escapar. Seu corpo sentindo a adrenalina, ele já não aguentava. Só de pensar na possibilidade de nunca mais senti-la, não poder chegar perto, nem mesmo tê-la como amigo, porque ele sabia que não conseguiria ser somente um amigo, ele se afastaria de vez. Aquele aperto no peito aumentava, seu ar já começava a faltar. E ele ainda a encarava, olhava profundamente naqueles olhos que ele tanto amava, aproveitando o momento, talvez fosse a primeira e ultima vez...