Loucuras na Adolescencia
Capitulo 7 - Fugitivos
Annabeth
Na aula de musica com o professor Apolo a secretaria, Iris, veio me chamar.
– Srta. Chase, o diretor esta solicitando sua presença na sala da direção – ela disse.
– Pra que? – perguntei.
– Isso não esta sobre meus conhecimentos – ela disse.
– Esta bem. Mas, por favor, fale igual uma pessoa normal.
Todos da sala riram.
– Vou fingir que não escutei isso senhorita Chase. Agora vamos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não precisa voltar não! – gritou Rachel da sala.
Resolvi deixar pra lá. Segui para a diretoria e encontro o Sr. D com as pernas em cima da mesa.
– Posso entrar diretor? – perguntei.
– Pode sim – ele disse.
Entrei e sentei na cadeira a sua frente. Ele estava lendo uma revista de tipos de vinho. Isso me fez pensar: Dionísio, Deus do Vinho... Melhor deixar pra lá.
– Então – eu disse tomando a sua revista e colocando em cima da mesa chamando sua atenção – O que quer falar comigo? Seja lá o que for não é melhor que a aula de musica.
– Ah, sim Srta. Layce, com certeza não.
Aquilo me assustou.
– Então, o que é? – insisti.
– Pois bem, Srta. Space...
– Chase.
– Tanto faz. Bem, como eu ia dizendo. Lembre-se da sua briga com a Srta. Dare?
– Claro, foi ontem.
– Pois bem, eu lhe disse que lhe daria um castigo e...
– Senhor D, eu juro que não a ameacei e...
– Não jure em vão, Alexandra Grace!
– Annabeth Chase. E não estou jurando em vão!
– Ah, sim. Bem, eu já escolhi o seu castigo.
– Mas diretor! Isso é injusto!
– Pode apostar que eu entendo de injustiças!
– Sqn!
– O que?
– Esquece.
– Bem, eu já decidi. Você, Annibell Face...
– É Annabeth Chase! Poxa, você não sabe nem o meu nome!
– Ora, tanto faz! Bom, prosseguindo, você, apesar de suas advertências e vistas a diretoria, você apresenta a media mais alta de todos os alunos da escola.
– Eu... Apresento? – perguntei.
– Ah, sim! Nunca reparou? Mas isso ainda não é onde eu quero chegar. Bom, eu também ouvi dizer que você tem um ótimo senso de organização. Então, como castigo, você deve reorganizar a minha sala!
– O que?! Diretor, você só pode estar brincando né? Olha só pra sua sala!
Eu e ele demos uma boa olhada na sala. Os papeis nas prateleiras estavam todos bagunçados. Os armários não fechavam com a bagunça. A mesa do diretor estava toda cheia de pingos de refrigerante e farelos de rosquinha.
– É. Eu acho que você vai ter muito trabalho. Bom, eu vou sair pra te deixar mais a vontade. Organize e limpe tudo. O material de limpeza esta ali no canto. E, antes que você pense em fugir, vai ter uma vigia aqui, e ela vai olhar se esta tudo certo antes de você sair. Ah, falando nisso, você não sai daqui enquanto não terminar. Boa sorte! – ele saiu e fechou aporta.
Isso é definitivamente uma sacanagem! Limpar a sala do diretor? É uma terrível sacanagem! Pense Annabeth, pense. Você tem que dar um jeito de sair daqui. Vou ate a porta, abro-a. do lado de fora, ao lado da porta, esta uma inspetora, alta e morena. Leio seu crachá e seu nome esta escrito: Artemis, a inspetora que menos tolera indisciplina. Ela olha pra mim sem expressão. Sorrio e aceno e fecho a porta.
Olho para as prateleiras. Tive uma ideia. A aula de musica deve ter acabado. Tenho mais duas horas para arrumar as prateleiras. Depois, de algum jeito fechar o armário, limpar o chão e arrumar a mesa. Ou seja, impossível. Abro a gaveta da mesa do diretor e vejo uma coisa com que vou ter pesadelos: uma meia chulesenta do diretor. Deixei aquilo lá e fui ajeitar as prateleiras.
Ajeitei tudo, mais ou menos, e dei um jeito de fechar o armário. Bom, pelo menos ate alguém abri-lo, pareceria arrumado. Não me importei. Ajeitei a mesa mais ou menos. Passei um pano. Olhei no meu IPod (modéstia a parte), o sinal iria bater agora. Varri o chão mais ou menos e chamei a inspetora Ártemis. Ela deu uma olhada.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Posso ir agora? – perguntei.
– Espere! Essa mesa esta pregando – disse passando a mão na mesa – Esses arquivos não esta organizados e o chão... Imundo! – ela voltou sua atenção para o armário – Vou olhar esse armário por dentro.
É agora, pensei. Vou ter que sair correndo quando as coisas caírem em cima dela. Quando ela abriu o armário, a multidão de folhas caiu em cima dela.
Sai correndo no mesmo momento. Estaria lascada no dia seguinte, mas não estava nem ai! “Não faça hoje o que você pode fazer amanha”. Épico. Sai com uma inspetora desorientada atrás de mim aos tropeços.
Nico
Depois que a Annabeth saiu, a aula ficou mais interessante.
Piper tinha acabado de cantar (a garotinha ate que canta bem), quando a secretaria Iris veio chamar a Annabeth.
Quando ela estava saindo, a ruiva, Rachel, fez um comentário não tão inteligente da parte dela, já que a defensora, Thalia, estava de plantão.
– Não precisa voltar não! – disse Rachel e Annabeth a ignorou.
Thalia, não. Levantou-se do seu lugar e foi ate a ruiva e ficou cara a cara com ela.
– Escuta aqui, ruiva – gritou Thalia – Será que você pode deixar minha amiga em paz? É por sua culpa que ela saiu!
– Escuta aqui sua descabelada – disse Rachel – Primeiro: baixe o tom de sua voz irritante para falar comigo. Segundo: pergunte ao diretor se é mesmo minha culpa ela esta saindo!
– Não preciso perguntar nada a aquele velho doido, sua cleptomaníaca, pra saber que foi você!
– Pois bem, é a sua palavra contra a minha – disse a ruiva apontando o dedo na cara da Thalia, o que também foi uma atitude nada inteligente da sua parte.
Thalia não perdeu tempo. Mordeu o dedo da ruiva com tanta força que o rosto da ruiva ficou da cor de seu cabelo. Ela gritou de dor, mais a Thalia não soltou. Quando estava satisfeita com as cara e bocas que a Rachel fazia, ela soltou.
– Ai! – reclamou Rachel.
– Primeiro: eu sempre provo quando tenho razão. Segundo: nunca, mais nunca nessa sua vidinha mais ou menos, aponte esse seu dedo magricela na minha cara! – disse Thalia.
Tenho que admitir: essa Thalia é corajosa. Nunca vi outra garota enfrentar alguém com autoconfiança, nem mesmo a Annabeth.
Thalia é diferente de todas as garotas que eu conheci. Ela é corajosa, inteligente, verdadeira, linda e... Nico! Acorda!
Bem, como eu ia dizendo, a Rachel fez provavelmente a coisa mais estupida da sua vida: ela partiu pra cima da Thalia com um soco que não parecia nada, mais arrancou sangue da boca da Thalia. Thalia sorriu com isso. Deu outro soco na Rachel fazendo a molenga cair no chão. Jason, infelizmente, a segurou e gritou:
– Di Ângelo! Ajude! Segure a Thalia!
Corri ate ele e segurei a Thalia, passando meu braço por baixo dos dela e levantando-os para cima.
– Me solta di Ângelo! – ela esperneava – Me solta pra mim quebrar a cara dela!
– Melhor não! – eu disse lutando para conte-la. Cara, para uma garota, ela era bem forte.
Olhei para o professor Apolo em suplica. Ele colocou a mão no queixo e apreciou a cena: Rachel inconsciente nos braços de Jason e Thalia esperneando em meus braços. Ele fez um aceno de “Leve-a para fora” e foi cuidar da Rachel.
Thalia não queria sair dali. Peguei-a pelas pernas e a coloquei sobre meus ombros. Ate que ela era levinha, mas dava socos em minhas costas e quase a deixei cair. Cheguei ao banheiro masculino e entrei com Thalia lá dentro. Ela pareceu não se importar. Pus ela no chão.
– Que droga di Ângelo! – ela disse ajeitando-se – Eu podia ter quebrado a cara dela!
– Ah, disso eu não duvido! – eu disse – Mas não seria de nada ajuda a Annabeth se a ruiva fosse para o hospital.
– Ah, ia sim! Ela nos deixaria em paz por uns tempos!
– É. Talvez tenha razão.
– Eu sempre tenho razão!
– Sei – fui ate a pia e peguei um papel toalha – Bom Grace, cá entre nos, eu amei o que fez com ela. Você briga muito bem – disse limpando o sangue no canto de sua boca.
– Serio? – ela perguntou.
– Muito serio – eu acabo de limpar o canto de sua boca e, com a pinta do dedo, dou uma batidinha em seu nariz – Eu é que não queria arrumar briga com você!
– É bom mesmo! – ela disse, sorrindo.
– Você é mesmo muito doida!
– Quem você esta chamando de doida?
– Minha avo é que não é!
– Sem graça.
– Claro, a graça aqui é você!
– Continua sem graça.
Eu ri. Thalia se olhou no espelho. O canto de sua boca estava bem vermelho.
– Essa Rachel me paga! – ela murmurou.
– Calma Thalia só ficou um pouquinho vermelho!
– Pouquinho? Di Ângelo você esta enxergando bem?
Eu sabia que estava muito vermelho. Mas era melhor não falar nada.
– Sim. Esta um pouco.
– Ah mais ela vai ver só uma coisa.
– O que você vai fazer Thalia?
Ela me olhou maliciosamente. E me contou o que estava planejando.
– Vai me ajudar? – ela perguntou.
– E porque eu faria isso?
– A Annabeth não é sua amiga?
– Bem, é.
– Então. É só uma vingancinha.
– Mas pode ser perigoso.
– Relaxa, Nico.
– Não.
– Argh! Vai me ajudar ou não?
– Talvez?
– Di Ângelo!
– O que?
– Me ajuda!
– Thalia Grace pedindo ajuda?
– Sim!
– Inacreditável.
– Olha se você não me ajudar eu conto seu segredinho!
– Que segredinho?
– Que você é Gay!
– Ei, isso não é verdade.
– Mas só eu sei disso.
– Esta bem, eu te ajudo.
– Isso ae!
– E vai ser que dia?
– Na aula de Educação Física.
– Amanha?
– O dia que eu consegui.
– E que dia você consegue?
– Não sei.
– Thalia!
– Eu te ligo.
– Ok, esta bem.
– Parceiros? – ela estendeu a mão.
– Pode-se dizer que sim! – e peguei a mão dela.
Seus olhos azuis brilhavam. Seu sorriso era malicioso.
– Sala? – ela perguntou.
– Sala. – eu disse.
E fomos.
Percy
Depois do belíssimo soco da Thalia na ruiva desorientada, o professor Apolo entra em ação.
Ate ali estava parado observando a briga como se aquilo fosse musica para meus ouvidos. Mas depois que a pancadaria começou, Nico levou a Thalia para fora e o professor foi ajudar a Rachel.
Me aproximei para olhar. Caramba, a Thalia soca bem! Ela quebrou o nariz da louca da ruiva. Estava saindo muito sangue.
– O que aconteceu aqui? – perguntou o senhor D, que apareceu do nada.
– Ah, uma pequena discursão senhor diretor – disse Apolo – Nada demais.
– Nada demais? – perguntou o senhor D – NADA DEMAIS? Se não foi nada demais então porque a Srta. Dare esta com o nariz quebrado?
– Fui eu. – disse Thalia, entrando na sala com Nico logo atrás – Fui eu quem quebrou o nariz dessa idiota! E não to nem ai para punições! Eu não me arrependo. Mas que fique bem claro que foi ela quem começou a briga.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Depois que você me deu uma mordida! – disse Rachel, levantando-se e recobrando a consciência.
– Ah ruiva! Você provocou! – disse Thalia.
– Chega! – disse o Sr. D – As duas na secretaria. Vamos bater um papo lá.
– Secretaria? – perguntou Thalia – E a Diretoria?
– Esta sob limpeza. – disse o Sr. D.
– E cadê a Annabeth? – perguntou Thalia.
– Tenho certeza de que ela tem algo a ver com isso. Agora vamos.
Eles saíram e Apolo foi junto. Olhei para o Jason com cara de “O que você acha que vai acontecer?” e ele me olhou com cara de “Não faço a mínima ideia” o que não ajudou muito. Quando a Thalia e a Ruiva (que tinha colocado uma atadura no nariz, ou seja, não foi tão feio) voltaram, ela nos contou o que estava acontecendo com a Annabeth.
– A Annie deve estar odiando aquilo! – disse Thalia.
– Mas ela só teve que ajeitar a sala da diretoria! Tipo: não deve ser tão ruim – eu disse.
– Você ainda não foi na diretoria, né? – perguntou Jason.
– Não! – eu disse – Milagrosamente.
– Então na queira ir! – avisou Thalia.
Quando a aula acabou, a outra passou voando. O sinal tocou e todos saíram. Quando eu estava fechando meu armário e indo embora, um vulto loiro trombou com tudo em mim. Caímos no chão, e uma garota estava em cima de mim. Quando ela levantou a cabeça e olhou pra mim, seus olhos cinza se arregalaram.
– Ah – ela disse, levantando-se – Desculpa, Jackson.
– Ah, tudo bem – eu respondi, sentando-me no chão – Adoro quando me fazem cair com tudo no chão.
Ela abriu um sorriso. Estendeu a mão e me ajudou a levantar.
– De todas as pessoas dessa escola – ela disse –, eu tinha que trombar justo com você?
– É, pois é – eu disse – Porque estava correndo?
– É... Bem...
– ANNABETH CHASE! – gritou uma voz – Onde esta você?
– Quem é? – perguntei.
– É a Ártemis. Uma das inspetoras. Ela esta atrás de mim.
– Isso eu percebi. Mas porque...? Ah, já sei
– Tenho que me esconder!
– Fique aqui. Atrás de mim.
Como meu armário era no canto e tinha um espaço de uns tinta centímetros pra depois ter o outro armário, eu coloquei ela lá dentro, ficando na frente, tapando-a. Ela era bem menor que eu então dava para esconde-la. Neste exato momento a inspetora chegou e veio ate mim.
– Por que você esta escondido nesse canto? – ela perguntou.
– Escondido? Não! Que escondido o que! Só estou lendo um livro – eu disse.
Ela olhou para minhas mãos.
– Que livro?
– Ah... Já guardei! Ora de ir pra casa.
Ela esperou que eu fosse.
– Não vai não?
– Não tudo bem. Depois eu vou.
Ela olhou pra mim com cara de “Esta aprontando o que?” e cruzou os braços.
– Por que não vai agora?
– Acho que vou voltar a ler o livro.
Ela me olhou desconfiada.
– Novato?
– Sim.
– Hum.
– Esta procurando alguma coisa inspetora?
– Estou sim, mas... Como sabe que eu sou uma inspetora?
– Bem, as noticias correm. Mas, o que esta procurando?
– Uma aluna.
– Que aluna?
– Annabeth Chase. Loira. Olhos cinzentos...
– Ah, sim. Ela foi por ali – disse apontando para o outro lado.
– Tem certeza?
– Tenho.
– Ok, eu estou indo. Mas, qual o seu nome novato?
– Percy. Percy Jackson.
– Percy Jackson. Vou me lembrar desse nome. – ela disse e foi na direção em que eu apontei.
Annabeth me deu um empurrão.
– Ai! – queixei-me – é assim que você agradece?
– Valeu – disse ela, revirando os olhos.
– Vai. Me fala o que aconteceu.
– ANNABETH CHASE E PERCY JACKSON! – grita a inspetora correndo em nossa direção.
– Corre! – diz Annabeth, me puxando pela mão.
Corremos ate a saída. O ônibus já havia ido embora e Ártemis corria em nossa direção.
– Vem, vamos no meu carro! – eu disse.
– Não vou no mesmo carro que você, Jackson! – ela disse.
Eu a olhei incrédulo. O que eu tinha feito?
– Annabeth e Percy, parem onde estão, seus fugitivos! – gritou Ártemis.
– Acho que não inspetora! – falei.
Peguei Annabeth no colo e a arrastei para dentro do carro.
– Me solta, Jackson! – ela esperneava.
– Melhor não, Annie – eu disse.
– Não me chama de Annie! – a coloquei dentro do carro e fechei a porta – Abra a porta Jackson!
Entrei no carro e disparamos pra casa.
Fale com o autor