Quando Brennan percebeu a intenção dele a única coisa que pode fazer era retribuir o beijo – o primeiro de seus vinte e dois anos, e o melhor – mesmo que timidamente, gemendo baixinho quando ele aprofundou o contato.

As mãos dele estavam nos cabelos longos dela, enquanto as de Brennan suportavam seu corpo, apertadas contra os ombros dele.

E quando eles não podiam mais respirar, Seeley afastou a boca da dela, respirando fundo.

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Esse era definitivamente o melhor beijo de sua vida e ele estava feliz por poder compartilhar isso com ela, e acima de tudo por ter a chance – e privilégio - de ser o primeiro dela e agora mais do que tudo ele não deixaria aquele idiota tocar um dedo nela.

“Eu... E-eu acho que posso lhe ajudar. E se eu comprasse sua casa? Desse jeito ele não poderia fazer nada contra você e sua família, e depois eu posso dá-la a vocês”.

Temperance estava chocada.

Ele estava disposto a gastar o dinheiro dele para ajudá-la – muito dinheiro – e ainda por cima tinha acabado de lhe dar o primeiro e melhor beijo de sua vida.

“Você não pode fazer isso, e não deve. E mesmo se você fizer, nós nunca poderíamos aceitar. Não podemos pagá-lo”.

“Vocês não precisam. Eu estou dando a casa pra vocês como um presente. Apenas aceite e seja feliz”.

“Isso não é um vestido, Seeley. É uma casa, pelo amor de Deus! Não posso deixar você gastar esse tanto de dinheiro comigo, sou apenas sua amiga, não sua família ou algo mais. As pessoas vão começar a comentar, você os conhece, e isso não seria nada bom para os dois lados, principalmente o seu”.

Ele a encarou, assustado.

Não havia nenhuma possibilidade de deixar ela ao menos perto daquele imbecil, era demais para lidar.

“Case-se comigo, seja minha esposa, desse jeito eu posso lhe ajudar.”

Ela congelou. O que estava acontecendo? Ela estava escutando direito?

“Você sabe que não pode e isso é loucura!” ela exclamou.

“Loucura é deixar você nos braços daquele idiota. Loucura é deixar sua amiga em perigo. Loucura é não ajudar alguém que você se importa. Essas coisas são loucuras, agora se casar comigo? Você está certo, é uma loucura, mas uma boa pelo menos é o que eu prefiro pensar” ele riu.

“Eu sei que você está fazendo isso para me ajudar, mas eu não posso. Não tenho nada Seeley. Nenhum dinheiro, ou um pedaço de terra. Nada. Sou apenas a filha de um advogado, só isso.” Ela suspirou “Esse casamento não seria bom pra você, e eu não posso ser o motivo da sua ruína”.

“Hey, olhe pra mim” ele disse, apertando os braços dela “Eu irei me casar com a minha melhor amiga, alguém que eu confio totalmente, e isso é o que importa pra mim. Eu não ligo se você não tem dinheiro, terras, cavalos, ou qualquer coisa. Tudo que eu poderia querer está aqui. É você” confessou “Agora você poderia, por favor, dizer sim para que eu possa me acalmar?”.

Ela sorriu um lindo sorriso, que ele não via há dias e jogou-se nos braços dele o abraçando com força.

“O que eu fiz pra merecer você?”

“Eu me faço a mesma pergunta todo santo dia, infelizmente não sei a resposta, mas apenas agradeço aos deuses”.

...

Seeley bateu na porta apressado enquanto carregava uma pasta com alguns papeis.

“Posso ajudá-lo, senhor?”

“Eu gostaria de falar com seu patrão, por favor. E, aliás, meu nome é Seeley Booth”.

O criado o observou espantado, apressando o passo desaparecendo na sala.

Ele observou a residência, não era nada modesta, cheia de quadros e porcelanas, mas por algum motivo ele não gostou, e imaginava que sua mãe iria pensar o mesmo.

“Senhor Booth, a que devo a honra de sua presença?”

“Negócios”

“Vamos ao meu escritório então”.

O homem os guiou até uma sala ao final do corredor, outro cômodo apenas cheio de quadros e porcelanas. Suspirou.

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“Desculpe-me pela bagunça senhor, mas já estou providenciando uma senhora para a casa, todos precisamos, não?”.

Booth concordou, estendendo alguns papéis na mesa.

“É por isso que já providenciei a minha senhora, Michael” tirou uma caneta do paletó, estendendo a ele “Poderia assina-los, por favor?”.

O homem se aproximou, pegando a papelada nas mãos.

Após alguns minutos quando finalmente pareceu notar do que se tratava, encarou Seeley, irritado.

“Você está louco? Eu não vou assinar isso, nem aqui, nem no inferno” vociferou “Aquela propriedade me pertence”.

“Não mais” Booth respondeu calmo “Eu desejo dá-la de presente a minha futura esposa, então, por favor, assine”.

“Porque diabos a futura senhora Booth estaria interessada nessa propriedade?”

“Porque a futura senhora Booth ainda é uma Brennan” explicou, sorrindo “E eu acho que ela merece, não?”.

“Temperance?” Michael perguntou surpreso “Deve haver algum engano senhor, mas ela irá noivar comigo”.

“Não foi o que pareceu alguns dias atrás quando ela aceitou meu pedido” respondeu “Poderia, por favor, assiná-los? Pretendo ver minha noiva ainda hoje”.

“Ah, então aquela cadela foi chorar nos seus ombros? Que patético. Pensava que ela era melhor que isso. Quem sabe agora ela não se contente em chorar na rua?” Stires disse exasperado “Fale para sua noiva que eu não irei assinar esses papéis, nunca”.

“Eu discordo” Booth falou, aproximando-se dele “Eu percebi que sua casa é cheia de quadros, alguns aparentemente bem caros e que eu jurava tê-los visto na Galeria de Artes de Londres. Não que eu seja muito bom com leis, mas acho que isso dará uns bons quinze anos na cadeia, o que acha senhor?”.

“Você está louco, esses quadros são originais”.

“Não, não estou, e sugiro que se você ainda quer ter sua liberdade assine logo esses papéis antes que perca minha paciência”.

Booth empurrou a caneta na direção dele que o observou enviesado antes de finalmente assinar.

“Muito obrigada pela doação de sua propriedade para os Brennan, senhor Stires” Seeley caminhou em direção à porta “E antes que me esqueça, se souber que você simplesmente pronunciou o nome da minha noiva ou chegou perto dela, você é um homem morto. Passar bem”.

...

“Senhor Brennan, o senhor Booth está aguardando por sua presença na sala”.

“Traga-o até aqui, por favor” informou a criada, e alguns minutos depois Booth estava adentrando seu escritório.

“Seeley Booth, a que devo a honra de sua visita? Problemas com os negócios?”

“Os negócios andam mais do que bem, graças ao seu trabalho.” Informou “Mas não é isso que me traz aqui”.

Max apontou para cadeira e Seeley sentou-se.

“Eu, hmmn... Gostaria de conversar sobre a sua filha”.

“Tempe fez algo contra você? Tenho certeza que não foi proposital, ela só é um pouco geniosa”.

“Na verdade eu g-gostaria de... Eu quero me casar com sua filha, senhor Brennan” e acrescentou desajeitado “E ela já disse sim”.

Max sorriu, encarando o jovem com divertimento.

“Então vocês já estão noivos, mas sem meu consentimento?”

“Foi tudo muito rápido, mas eu estou aqui. Não queremos fazer algo sem a sua permissão”.

“Entendo, mas o que o levou a escolher minha filha? Acredito que tenha muitas senhoras em seu encalço desesperadas para que tenha essa conversa com os pais delas”.

“Tempe, ela é... Diferente. Ela me vê como eu sou. Não um visconde herdeiro de uma fortuna, mas sim Seeley e somente isso. Ela é divertida, espontânea, sincera, minha melhor amiga e ainda por cima linda. Perfeita, e por isso que a escolhi”.

“Bom se o que você diz é verdadeiro, e eu acredito que seja, já deve saber que não temos nada em tr-”

“Eu realmente não me importo com isso, senhor” o interrompeu “Eu só quero apenas ela, e prometo fazê-la feliz enquanto respirar”.

Max se levantou, caminhando até o jovem, sorrindo.

“Isto é tudo que preciso saber Seeley. Bem vindo à família” e acrescentou “Talvez queira falar com Russ antes que ele bata a sua porta de madrugada querendo explicações”.

“Estava pensando em falar com a senhora Brennan primeiro?” Booth riu.

“Sábia escolha, filho”.