Little Things

Bônus - Pov James Edward Shefield


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Eu não poderia imaginar. Não, não poderia mesmo. Era um dia de sol... Só que não.

Era um comum dia frio na Europa quando meu padrasto me deu a adorável noticia. Eu iria ter uma nova moradora no meu apartamento. Vale dizer que eu surtei? Claro que não. Eu não sou uma garota para surtar. Garotas surtam, homens entram em estado catatônico fora do normal. Mas eu ainda tenho senso. O Paul se casou com a minha mãe dez anos atrás. E ele é um cara legal. Tão legal que o apartamento onde eu vivo é dele e ele e minha mãe ainda pagam as minhas cotas. Não é como se eu realmente pudesse dizer: “Nem vem Paul. Mande a garota procurar outro lugar para viver. E se ela não encontrar não de o meu telefone para ela. As esquinas e os bancos de praças podem ser bem aconchegantes. E se ela virar garota de programa talvez um dia eu passe pela rua, compre algo que ela venda para pagar suas drogas e escreve uma musica sobre ela. Vai virar um hit. Certeza.”.

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Acho que o Paul não iria ficar muito feliz. E eu não tenho um coração assim tão ruim. Foi por esse motivos simples que a minha resposta para ele foi simplesmente: “ Ok. Quando ela chega?”

E convenhamos, ela nem é tão ruim assim.

No dia em que eu conheci a Manuela, pensei que ela fosse retardada. Depois de mais de três semanas de convivência, eu agora tenho absoluta certeza. Hoje é sábado e fazem realmente três semanas desde que eu convivo com a tampinha.

Eu nunca fui um cara organizado, mas quando se convive com uma brasileira louca, tudo pode mudar. Uma coisa que nunca antes havia feito: Listas.

Nem de compras nem de matérias escolares e nem de nada. E agora eu tenho uma lista. Lista de coisas que a Manu não pode faze sob hipótese nenhuma. Uma delas é cozinhar. Depois de derrubar as panelas na própria testa, uns dias depois ela conseguiu incendiar uma toalha de mesa e queimar a mão e o braço em seguida. Nada grave, porém desastroso. Manuela não tem o dom da cozinha.

– Ed, você poderia trazer mais pipoca para nós? – Kamyla, a nova amiguinha da Manuela gritava da sala. A garota virou amiga da tampinha logo na primeira semana de aula da outra e agora acha que o meu sofá é seu reino particular.

– Levanta o rabo daí e vem cá pegar você mesma. – Eu respondi educadamente e ouvi a risada da Manuela.

– E eu que achei que a descrição da Manu sobre você fosse mais realista. Eu acho que ela mencionou educado nomeio de tudo o que falou. – A morena falou chegando na cozinha junto com o garoto que vivia agarrado com elas também. Minha casa virou abrigo publico.

– Se o Ed não quer fazer pipoca o Phil faz. – A Manuela gritou do sofá. A criatura sedentária parecia ter morrido lá horas atrás. Phil seria o nome do inconveniente numero 2. Privacidade minha linda, como eu sinto sua falta.

Depois desse adorável momento, eu fui para o meu quarto, me esconder das risadas e gritos escandalosos. O garoto, o Phil, não era gay. Na verdade o imbecil era um sortudo infeliz. Sem sentido eu sei. Mas ele vive no meio de garoas, gostosas, diga-se de passagem, e age como se estivesse com dois caras. Não que com a Manuela isso seja difícil. Ela sabe como fazer um cara se sentir em casa.

Manuela a algumas semanas atrás me chegou com uma brilhante idéia. Ela falou algo parecido com “Ed, amor da minha vida, eu vou resolver todos os seus problemas”. Vou esclarecer de antemão que ela falou isso naquele dia em que supostamente me ofereceu uma “noite quente”. Não culpe minha mente por pensar perversidades sobre como ela pretendia “resolver os meus problemas”. E ela ainda queria fazer isso usando uma roupa de dormir que incluía minha camisa de moletom e um provável short minúsculo escondido ali em baixo. Prazer, Edward, macho com hormônios a flor da pele.

“Vou te arrumar uma namorada”. Ela completou a frase e minha mente suja parou de fantasias asneiras. Manuela e suas palavras broxantes.

E foi ai que nasceu a Kamyla. Não, não a nossa filha. A morena que está lá na sala com a Manuela e o Phil.

Eu teria passado o restante do meu dia vegetando sorridente no meu colchão fofo, mas a vida não é justa nem para o Barack Obama, por que seria para mim não é mesmo?

E foi por uma quase injustiça da vida que eu senti um peso a mais sendo lançado sobre mim. Lembra daquele short minúsculo que eu citei minutos atrás. A Manuela estava usando o irmão gêmeo dele agora. Enquanto pulava alegremente em cima de mim. Na minha cama. Deus sabe que eu estou tentando não pensar besteiras quanto a isso. Deus sabe também que eu não minto desse jeito sempre.

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Logo o peso dela se foi e no seu lugar vieram alguns objetos. Kamyla lançava uma bola que ficava de enfeite no meu quarto sobre mim e Phil ria feito uma Hiena no batente da minha porta. Eu me levantei rapidamente tentando expulsa-los de lá, mas não deu jeito. Logo a Manu pulava feito criança no trampolim .Em cima da minha cama. De short minúsculo e blusa de moletom enorme e larga. Vida difícil essa minha.

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