Liliam Stark ; O Começo De Uma Era

Descobrindo a verdade - Segunda Parte


Pov. Liliam

Abri os olhos sentindo uma leve tontura, como se estivesse andando em um carrossel dentro de minha cabeça. Era uma sensação gostosa o fato de ter minha cabeça livre daquelas dores, as vezes achava que nunca mais iria viver sem elas. Por mais que eu estivesse em um momento livre de dores, meu coração fez questão de deixar minha mente aflita igual a ele.

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Tudo havia se desmoronado.

– Ela ainda esta estável, como se nada tivesse acontecido. - Reconheci a voz de minha mãe vinda do meu lado. Acho que não deve ter percebido que acordei, porem não quero que ela sabia e não quero encarar todo seu sentimentalismo pelo menos não no momento.

A primeira coisa que precisava fazer era encontrar Howa... meu pai e conseguir as resposta sobre o que aconteceu. Sei que ele tem sido bem meticuloso com tudo que tem sido relacionado a mim, mesmo que ele pense que tudo que sou é uma garota inocente.

– Osborn disse que nada se alterou no d.n.a, então o problema não esta no corpo. - A voz de Howard sobressaiu um pouco, e aquela voz me fez lembrar as muitas vexes que se dirigia ao sua sala e ficava conversando no telefone.

– Não confio no Osborn tendo dados de nossa filha, parece que se esqueceu o tipo de homem que ele é. - Foi estranho ouvir aquele tom de raiva e desconfiança saindo dos lábios doces de minha mãe, de todos da família ela era a única que sempre ficou calma.

– E por ele ser o homem que ele é que o deixo saber sobre ela. Norman é tudo de ruim que o ser humano pode ser, mas uma coisa que é seu verdadeiro segredo e que ele é possessivo. Se alguém descobrisse sobre Liliam iriam querer fazer fila para pega-la e assim ele não teria o que examinar. Tem toda razão de não confiar em Osborn, eu mesmo não confio, mas seu ego e de um menino em uma feira de criança, sempre quer estar um passo a frente de todos.

–Vamos deixa-la descansar, conversamos sobre isso lá fora. – Disse Howard.

Esperei eles saírem do quarto pra mim se levantar e começar a agir. Tirei todos aqueles fios de mim rapidamente, doeu mais se eu não pensasse nela ela não iria me distrair, e logo procurei por minhas sapatilhas no chão. Percebi algo esquisito na parede, um símbolo de uma águia e com as palavras S.H.I.E.L.D. (Strategic Homeland Intervention, Enforcement and Logistics Division - Divisão Logística e Aplicação de Intervenção Estratégica Interna), com certeza aqui não é um hospital.

–Senhorita Stark. – Chamou alguém atrás de mim. Girei meu calcanhares assustada, será que meu pai tinha me mandado para algum tipo de cadeia, ou sei lá um lugar pra prender pessoas como eu?

–Nick Fury. – Reconheci o amigo do meu pai de todos os jantares que eu era obrigada a ir. Só que ele estava diferente do que eu costumava ver, usava um sobretudo esquisito e botas militares. A única coisa que não muda é aquele tapa-olho horripilante.

–Deve estar confusa. – Concluiu percebendo minha agitação. – Seu pai queria lhe explicar tudo, mas teve algumas coisas para resolver.

–Onde estou?- Era minha primeira questão.

–Esta na Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão. – Explicou se sentando em minha maca.

–Obviamente não estou numa área 51 ou qualquer coisa do tipo, né? Quero dizer, vocês não vão me fazer de experimento em mim, até que finalmente percebam que eu não tenho jeito e então me matam né? – Pela primeira vez eu fui tirada da minha casa para um lugar desconhecido, e depois de um acidente! Tenho todo direito de ficar com medo e paranoica.

–Por que pensa tão mal da área 51?

–Porque pessoas que escondem coisas não são confiáveis. – Percebi um sorriso percorrer por seus lábios, e um aceno de cabeça fez ele sumir.

–Você é realmente uma Stark. Mas explicando o que você faz aqui é simples; vamos tentar ajudar você. Seu pai, Howard Stark, é dono de tudo isso, então fique tranquila porque aqui a trataremos como princesa. – Explicou oferecendo sua mão pra mim, que eu aceitei já que não teria muita opção.

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Os corredores do lugar era cheio de pessoas andando nele, e depois de muito tempo sem sair de casa o fato de ter tanta pessoa me deixava com medo. Uma semelhança que me chamou atenção e que o símbolo da águia estava em todos eles, nas mangas do uniforme ou no peito. E todos olhavam para mim.

–Por que estão olhando pra mim?

–Porque você é uma Stark. – Falou como se fosse óbvio. – Não sabia que uma Stark podia ser modesta, seu irmão esta nos holofotes a todos os instantes.

–É por isso que somos diferentes. Porque se Tony esta nos holofotes é porque o que tem feito esta bom, agora o que restaria pra mim para aparecer nos holofotes? Tudo que sou é a filha aberração de Howard Stark.

–Deve ser visto como algo bom.

–Por que meu irmão não está aqui? – Mesmo que meus pais estivesse fora não teria como Anthony ter decidido não estar aqui, por mais que eu tenha praticamente ter dado uma dura nele para parar de me ver como criança ele tinha a obrigação de ainda ser meu irmão.

–Seus pais preferiram omitir os acontecimentos de seu irmão, essa foi uma das razões para sua mãe ter voltado para casa.

–Porque não querem que ele saiba que a irmã dele é uma aberração? – Isso era tão a cara de Howard que não sei porque fiquei surpresa e magoada.

Howard fez isso a vida toda, não seria porque eu estava com problemas que iria mudar.

Pov. Autora

–Deve ter seus motivos maiores. – Fury tentou defender Howard mais já tinha percebeu o olhar magoado da garota. Honestamente Liliam Stark tinha passado de suas expectativa, até quando perguntou se iriam mata-la ela não parecia ter duvida apenas curiosidade.Ela era muito inteligente, porém calma, Transparecia confiança quando seu interior deve estar tremendo de medo, e a única coisa que ela não conseguia controlar era a emoção que seus olhos mostrava quando falava do irmão.

–Então quer dizer que Howard tem mais um trabalho além da indústrias Stark? Confesso estar surpresa. – Pela voz de desaprovação que ela usou Fury percebeu que Howard tinha problemas de separar o trabalho de casa. O que era comum para qualquer outro que fosse tão brilhante como Howard, a perca de tempo familiar não pode valorizar sua mente e isso acaba o prejudicando no trabalho, então ele inverteu os casos para que seu trabalho fosse de perfeita execução e que em casa ele tivesse desaprovação.

–Alguns membros daqui não quer misturar a família com esse mundo. Se você esta aqui é porque ele confia em você. – Liliam olhou para Fury desacreditando em cada palavra. Os dois poderiam trabalhar juntos, e ela reconhecia que seu pai era um gênio, só que era isso, ele era um gênio na indústria armamentista e como membro de algum tipo de C.I.A, não como o pai que deveria ter sido.

–Eu não sou idiota, Fury, posso ter quinze anos mais eu ver as intenções de meu pai. Ele só me mandou pra cá porque era o ultimo recurso, ou acha que ele me deixaria em um hospital onde as pessoas podem saber sobre mim e irem correndo contar para o jornal? – Os dois passaram pelo painel de controle e pararam juntos. O homem ainda impressionado com sua inteligência. – Você passa sua vida presa, acaba tendo que descobrir porque de algumas mentiras. Não sei se ele te contou, mais aconteceu um acidente quando eu era criança, acabei fazendo uma garotinha bater com uma pedra em sua cabeça. Dês de então sei que Howard não me olha como um pai olha para uma filha, não que ele fosse carinhoso antes, porém depois que descobriu o que posso fazer ele me olha como se eu fosse uma bomba relógio. Minha mãe tenta convencer de que é pro meu próprio bem me trancar em casa e impor tantas regras de conduta, como: Não ter nenhum contato no celular, com a exceção de Grace; não usar seus poderes de forma nenhuma a menos que seja a pedido de Howard; não sair de casa sem Howard ou minha mãe... Tudo porque eu não tenho culpa de nascer com malditos poderes e ser filha do grande Howard Stark.

Fury se manteve quieto enquanto escutava o relato da filha de um dos maiores homens que ele já tinha conhecido. Howard nunca deixava transparecer os problemas de sua casa, parecia que ele mantinha tudo sob o controle. Mas agora vendo a fúria de Liliam ao falar do pai é como se mostrasse que nem ele consegue ser plenamente feliz. E aquela pobre garota então? Não tinha como não olhar para ela de forma que não pensasse em uma bomba relógio, porque ela era uma! Imprevisivelmente poderosa, dolorosamente perturbada, inutilmente presa... Howard não pensou que quando se enjaula um bicho ele se torna mais forte, e mais furioso. Funcionava para os animais e funcionava para Liliam, porque a crueldade e sua fúria estavam ali, na frente dele. E para o bem de toda a humanidade Fury sabia como conte-la.

–Liliam. – Disse Fury fazendo com que a garota desviasse o olhar do computador de seu agente, ela gostava de absorver qualquer tipo de informação. – Eu preciso resolver algumas coisas, tenho certeza que os agentes ficaram de olho em você.

–Relaxa, eu já me controlei. Não pretendo destruir sua base secreta. – Ela deu uma piscadela marota e continuou prestando atenção ao monitor.

Antes de Fury fazer o que pretendia fazer ele precisava da ajuda da única pessoa que sabe como acalmar um Stark: Peggy Carter.

[...]

–Não! Fury o que está acontecendo com você? – Peggy se apoiou na mesa de reunião e bateu com sua prancheta indignada. Quando Nick Fury a chamou para uma reunião privada ela imaginou um milhão de coisas que tinham para resolver, não sobre Liliam Stark. Era triste, sim , Peggy entendia isso, mas também entendia que tudo que envolva Stark é trabalho de Howard, só de Howard. Por mais que quisesse ajudar a pobre garota que parece definhar por sua mutação, ela não teria poder de decidir pelo seu aliado. Ela não queria criar uma discórdia com um amigo tão antigo, e tinha absoluta certeza que no momento em que tocasse um fio de cabelo de Liliam não seria tão fácil lidar com a fúria eminente de Howard.

–Sabe tão bem quanto eu que Stark não sabe como lidar com o fato de que a filha dele precisa ser cuidada por pessoas iguais a ela. Você por acaso tem ideia do que aconteceu hoje? – Fury não perdeu tempo com gentilezas quando viu que Peggy estava impulsionada a agir em respeito ao amigo em vez de ser lógica. – Uma adolescente de quinze anos em descontrole conseguiu quebrar todos os vidros de sua casa. Percebe a gravidade dos problemas que temos em mãos? Isso deixou de ser prioridade familiar a partir do momento que Howard ignorou o fato de não ter mais controle sobre os poderes da filha, e receio que nem a própria tenha. O que estou pedindo vai além do fato de ser a filha de Howard Stark, precisamos priorizar que se Liliam Stark continuar desse jeito não tem como não a declararem como ameaça em potencial. Se ele quer arrumar uma maneira de protege-la, precisa aceitar que ajuda humana não é o suficiente.

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–Acho que Howard não permitiria. Ele não gosta dos poderes de Liliam e já mostrou de muitas formas que não quer ela envolvida com outras pessoas que tem esse poder. – Peggy conhecia Howard muito bem para entender o funcionamento do amigo em relação à filha, ele a trancou em casa e dita regras absurdas para que ela não ofereça perigo à sociedade e para que a mesma não ofereça perigo a ela.

–E fazer um Stark mudar de ideia é quase tão difícil como fazer o mundo girar para o lado contrario. – Fury, assim como Peggy, sabia que não apoiaria a ideia dele e se pudesse levaria Liliam para morar nos apalaches se achasse que ela estaria segura lá. – Mais pelo bem dessa criança devemos ir contra os pensamentos dele. Não importa o quanto ele queria prende-la, ou distraí-la para usar toda sua energia e não se concentra no que é, mutação evolui e a dela esta tão rápida que pode mata-la.

–Então o chame, se Howard descobrir eu me viro depois. Sei que será melhor pra ela ter esse tipo de conversa.

[...]

–Liliam. – Fury abriu a porta e surpreendeu a Liliam em sua leitura. O homem viu seu exemplar de “Lolita” na mãe e comentou – Uma leitura precoce a sua.

–Não vejo nada demais ler um romance pedófilo, só que minha mãe não sabe disso. – Ela deu uma piscadela para Fury guardar seu segredo, ele percebeu que ela gostava de guardar segredos e assim como Fury confiaria nela para guardar o dele.

–Claro que não, isso é tão comum para adolescentes como você. – Nick puxou uma cadeira perto de sua cama e se sentou.

–O bom é que eu não conheço muitos adolescentes como eu, então não entendo o que esta se referindo. – Liliam sorriu e se sentou na cama para encarar Nick Fury.

–Liliam, gostaria que conhecesse um amigo meu. Ele é especialista no que você é e pode te ajudar. – O tom que ele usava era calmo e paciente para que a garota pudesse entender cada palavra. Fury sabia por experiência própria que um Stark não era tão paciente.

–Meu pai sabe disso? – Liliam interpretou que aquele tom de Fury significaria que era algo escondido de seu pai, principalmente se era sobre seus poderes.

–Não, e esperava que continuasse assim. – Pediu Fury tentando fazer com que ela compreendesse.

–Por que quer me ajudar? – Liliam deixou seu livro de lado e prestou atenção no que Fury dizia.

–Porque sei que se não ajudar você só poderá causar destruição. – Fury foi sincero com a menina. Não poderia continuar fazendo o jogo de Howard e fingir que Liliam não era uma garotinha que não sabia de nada.

Porque se tinha uma coisa que Nick Fury descobriu é que Liliam Stark pode ser tudo, menos uma garotinha.

[...]

–Eu ainda não ser porque estou aqui. – Disse Logan quando ele e Charles estavam caminhando pelo longo corredor da S.H.I.E.L.D até o quarto de Liliam Stark.

–Não sabia que tinha uma agenda cheia, Logan. – Comentou Charles rindo da expressão que Logan fazia a cada minuto que via um agente da S.H.I.E.L.D.

–Eu tenho uma agenda cheia, e só estou aqui porque me prometeu respostas. – Lembrou o mutante ao professor. Charles tinha lhe dito que a S.H.I.E.L.D tinha informações sobre o projeto que havia colocado adamantium por todo seu corpo, e mesmo que lhe custasse entrar dentro de uma base militar e de espionagem como aquela ele estava disposto.

–Achei que foi para me proteger.

–O senhor dá uma surra em todos esses babacas sem nem precisar se mexer. – Os dois pararam no quarto 402, em que Nick Fury disse que a garota estava. – Por que ela é tão especial?

–Você vera. – Respondeu Charles entrando no quarto.

Fury se levantou e apresentou:

–Liliam, esse é Charles Xavier, e esse é o Logan. – Logan fez uma careta ao ver a menina magrela de cabelo chocolate que estava sentada na maca, ela não parecia ser grande coisa. Nem uma mutante nível 5.

–Ah, prazer. – Liliam se levantou e caminhou até os homens. –Sou Liliam Stark.