Capítulo 9: Biblioteca

Tom Riddle teve que se controlar para não gritar quando levou um susto ao ouvir alguma coisa batendo na janela da sala de visitas. O homem, que estava lendo um livro, levantou-se do sofá aonde estava sentado e foi até a janela para ver o que o havia assustado.

Era uma coruja marrom que ficava batendo com o bico no vidro, tentando chamar a sua atenção. Ele já estava quase espantando a ave quando se lembrou que o seu filho o havia avisado que as pessoas de sua escola mandavam cartas por meio de corujas.

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Riddle abriu a janela e deixou que o animal entrasse. A ave voou duas vezes em volta da sala, antes de deixar cair em cima do sofá uma carta e pousar em uma mesinha de canto.

O homem correu para pegar o envelope e abriu-o com pressa.

“Pai,

Me desculpe por não ter escrito antes, mas não tivemos muito descanso mesmo na primeira semana de aula.

Hogwarts é enorme! Ainda não aprendi a andar pelo castelo inteiro sem me perder, mas os alunos mais velhos nos ajudam na maioria das vezes, mas eu já sei como ir para o meu dormitório pelo menos.

O senhor se lembra que o prof.Dumbledore disse que os alunos são selecionados para uma casa? Eu caí na Sonserina, mas acho que talvez o Chapéu Seletor tenha errado, pois a Sonserina é a casa dos alunos que descendem de bruxos... E eu não venho de família bruxa.

De qualquer maneira, as aulas são bem legais aqui. Para você ter uma idéia, hoje nós tivemos Feitiços, Poções, Transfigurações e História da Magia... É bem mais interessante que Matemática e Inglês.

Você se lembra daquela garota que nos disse como atravessar para a Plataforma 9 ¾? O nome dela é Emily Derwen e ela está na Lufa-Lufa, mas eu passo a maior parte do tempo com ela quando não estou na Sala Comunal da Sonserina ou na biblioteca.

Falando na Sonserina... A nossa sala comunal fica nas masmorras, debaixo do lago! Os garotos mais velhos dizem que as vezes nós conseguimos ver a Lula-Gigante pelas janelas.

Bom, é isso... Tenho que ir e terminar alguns deveres de História da Magia.

Atenciosamente,

Tom Riddle”

- Tom? – ele ouviu a voz da mãe o chamar do corredor.

- Droga... Sai daqui! – o homem espantou a coruja, que parecia ter gostado a mesa onde ela estava parada, e guardou a carta no bolso – Estou aqui, mãe.

A Sra. Riddle entrou na sala e encarou o filho. Ela sabia quando o seu filho estava escondendo alguma coisa dela... E tinha certeza de que Tom estava fazendo isso fazia algum tempo já.

- O que houve?

- Nada – o homem deu um sorriso sem graça.

A senhora o encarou por um tempo, antes de soltar um suspiro pesado e desviar o olhar.

- Recebeu alguma notícia do Tom?

- Ahm... Ainda não, mãe – Riddle mentiu enquanto observava a mulher passar a mão pela mesinha onde a coruja estivera empoleirada a pouco tempo – Mas tenho certeza de que ele logo irá escrever.

- Sim, eu sei disso. Tom, alguma coisa entrou aqui dentro?

- O que?

- Parece que alguma coisa entrou aqui nesta sala e sujou a minha mesa – ela apontou para uma mancha mínima que havia na mesinha... Maldito perfeccionismo.

- Não tenho idéia do que possa ter sido, mãe.

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Mary Riddle estreitou os olhos e observou o filho dar de ombros. Ah, ela iria descobrir o que Tom estava escondendo dela.

*****

Os dias passavam correndo enquanto ele estava em Hogwarts. A biblioteca já havia se tornado a sua sala favorita... Depois que terminava todas as tarefas, o garoto corria para lá e ficava perdido no meio dos livros por horas.

- Você está aí – ele ouviu uma voz o chamando e nem precisou se virar para ver quem era - Nossas aulas acabaram mais cedo, que tal andar pelo castelo?

Emmy se sentou ao seu lado e o encarou por um tempo, antes de puxar o livro que ele estava lendo.

- Animais Mágicos e Onde Habitam? Isto é matéria do terceiro ano! – a garota falou enquanto folheava o livro.

- É legal.

- Você sempre vem aqui depois das aulas, não é? – o menino concordou com a cabeça – Por que não fica com os seus amigos? Quero dizer... Os garotos da Sonserina, por que você não passa um tempo com eles? Na Lufa-Lufa, nós nos reunimos na sala comunal para conversar e...

- A Sonserina não é a Lufa-Lufa, Emily.

Emmy ficou em silêncio por um tempo, como se estivesse tentando entender o que o menino estava querendo dizer.

- Você não tem amigos na Sonserina?

- Eu já estou acostumado – Riddle puxou o livro para si mesmo novamente e o fechou – Quero dizer... No orfanato...

- Orfanato? Pensei que você morasse com o seu pai!

- Eu morava num orfanato antes...

- Mas então você é adotado? – os olhos verdes da menina estavam arregalados – Mas você é tão parecido com o seu pai!

- Ele é meu pai mesmo – Tom explicou enquanto se levantava da cadeira e saia andando pelo corredor da biblioteca – Mas eu só o conheci quando tinha seis anos, antes eu morava em um orfanato em Londres...

- Ah tá... Porque eu fiquei confusa, afinal, vocês dois são uma cópia um do outro – a lufa riu baixinho – Mas, então... Quer dar uma volta pelo castelo?

- Pode ser – o garoto sorriu – Eu ainda tenho que aprender todos os caminhos para as aulas.

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