PDV CAROLINE

Para minha sorte, Elena tinha uma muda de roupa para emergencias guardada aqui no Grill. Assim que me vesti com as roupas de Elena, comecei meu trabalho, mas fiquei um pouco decepcionada quando voltei e Klaus já não estava mais aqui. Mas eliminei tais pensamentos quando voltei ao trabalho. Não podia me dar o luxo de pensar em homens, nem de criar raizes nessa cidade, a qualquer momento Camille e eu poderíamos ir embora para sempre, desaparecendo daqui para nunca mais voltar. Era triste pensar de tal maneira, mas era a pura verdade. Enquanto aquele monstro estiver atras de mim, Camille e eu nunca teremos paz.

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FLASHBACK ON

Camille não parava de chorar. Sabia que tinha algo de errado e já estava me desesperando mentalmente. Não suportava ver minha menininha sofrendo.

- Caroline, dê um jeito nessa criança infernal! - Galen dise furioso tomando sua cerveja de uma vez. Aninhei Camille em meu colo e tentei lhe dar de mamar, ela recusou ainda em prantos. - Eu não sei o que ela tem, acho melhor a levarmos para o hospital. - digo desesperada.

Galen larga sua garrafa sobre a mesa e aproxima-se de nós irritado. Era forte o cheiro de alcool vindo dele, mesmo de longe eu podia sentir.

- Essa garota não precisa de médico, ela precisa de uma boa surra para deixar de ser irritante! - ele gritou nervoso - Escutou, Camille?

Ao dizer aquilo, ele segurou fortemente o rosto de minha filha, fazendo a garota olhá-lo assustado. Percebi que Galen bateria nela, então fui mais rápida metendo-lhe um tapa no rosto.

- Não toque em minha filha! - berrei ficando de pé rapidamente e querendo afastar dele.

Galen me olhava furioso pelo tapa. Tentei repirar fundo, mas antes de eu conseguir fazer qualquer coisa, a pesada mão de Galen bateu contra meu rosto, quase me fazendo cair no chão. Ele puxou meus cabelos me ficar com o rosto proximo ao dele. Estremeci de medo, então ele jogou-me no chão junto com Camille, que gritou assustada.

- Eu sou seu marido, você me deve respeito, vadia!! - ele gritou em ira.

FLASHBACK OFF

Com apenas aquela lembrança eu já pude sentir meus olhos lacrimejarem e um conhecido e familiar aperto em meu peito. Tentei eliminar tais lembranças, mas a dor e o medo não me deixavam.

- Caroline? - Elena assustou-se ao me encontrar chorando na cozinha. Imediatamente sequei minhas lagrimas e tentei não demonstrar o que sentia - Caroline, está tudo bem? O que...

- Eu estou bem, não se preocupe. - digo tentando esboçar um sorriso, o que foi em vão.

Ela me olhou um pouco triste e sai de lá imediatamente. Eu não tinha mais que me preocupar. Já estava longe dele ha quase dois anos. Ele estava em outro estado. E mesmo com tudo isso, eu tinha medo. Medo do que ele pudesse fazer com minha filha... Medo de que ele pudesse tirá-la de mim. Isso eu não suportaria.

Graças a Deus, meu dia tinha se passado rapido, assim como o resto da semana. Logo, na sexta feira, eu já estava pagando Sheila e levando Camille de volta pra casa. Ela estava animada, pois no outro dia iriamos ao parque. Mas enquanto ainda estávamos na sexta a noite, Camille teveque se contentar em apenas assistirmos a um desenho comendo pipoca e tomando um suco. Para ela aquilo tinha sido uma grande diversão, já que para ela tudo era sempre uma diversão. Pelo menos para ela.

Quando Camille ganhou um sono pesado e profundo, deixei-a em minha cama com sempre e fui na cozinha. Retirei do pote de arroz o dinheiro escondido de minhas economias. Nesta minha primeira semana eu tinha conseguido quase cem dolares apenas com as gorjetas. Meu salario semanal era de cem dolares. Então juntando esse dinheiro com o das gorjetas, eu tinha 189 dolares. Mas antes de eu me estabelecer em Mystic Falls, eu ja tinha minhas economias. Quando fugi de Jacksonville, eu vendi meu carro. Consegui lucrar oito mil dolares. Mas oito mil dólares não era muito util quando você tem uma criança de tres anos consigo e não tem um lugar para morar. Ficando de lugar em lugar, eu consegui me sustentar com Camille. Agora finalmente resolvi ficar por mais tempo ate conseguir mais dinheiro e encontrar um lugar apenas para mim e para minha filha. Sem contar com o dinheiro da semana, eu apenas tinha mil e quinhentos dolares. Esse apenas para emergencia.

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Depois de juntar o dinheiro, escondendo-o de volta no lugar em que estava antes, resolvi também ir me deitar junto com Camille. meu dia, minha semana tinha sido cansativa, e amanhã eu teria de estar bem para aguentar Camille no parque.

Logo que amanheceu Camille acordou-me saltitando e com um mega sorriso. Não demoramos muito em tomarmos um rápido café da manhã, nos trocamos e sairmos de casa. Ela tagarelava algo sobre o que tinha feito com Bonnie e Sheila no dia anterior. Felizmente, Camille se adaptava fácil com as pessoas. Assim que chegamos naquele parque cheio de crianças, Camille já implorou para irmos na caixa de areia.

Brincamos a manhã inteira, e ela não cansava. Quando chegou a hora do almoço, resolvi que o Grill seria o melhor lugar para almoçarmos.

- Aqui que você trabalha, mamãe? - Camille indagou quando entramos no Grill, hoje o movimento era grande.

- Sim, meu amor. - disse pegando-a em meu colo e a deixando encaixada em minha cintura.

- Caroline! - escutei a voz de Elena - O que faz aqui? Pensei que hoje seria sua folga...

- Sim, e é. - digo virando-me para Elena, que abriu um enorme sorriso quando viu Camille.

- Oh! Ela é linda! - sorriu maravilhada - Olá, Camille, eu sou Elena, amiga de sua mãe.

- Oi! - Camille sorriu de certo modo tímida.

- Eu vim almoçar. - digo chamando a atenção de Elena.

- Oh, então eu te atendo! - ela diz sorrindo e rimos - Vem, tem uma mesa logo alí. - ela diz virando-se para onde tinha poucas mesas vazias - O que vão pedir? - Elena olhou-nos intrigadas logo que Camille e eu nos acomodamos numa mesa.

Mordi o lábio, querendo me lembrar de um prato rápido e barato.

- Hambúrguer! Hambúrguer! - Camille animou-se imediatamente.

Elena e eu rimos e concordei.

- Ela quem manda. - digo rindo - Pode ser um x-búrguer. - dei de ombros.

- Dois? - ela olhou-me em duvida.

- Um. - neguei - Camille não consegue dar nem duas mordidas e já fica cheia. - ela riu concordando - E um suco de limão. - sorri.

Elena saiu então imediatamente. Camille estava alegre, o que não era de se estranhar. Mas seus olhos tiveram um brilho intenso quando viu algo além de mim.

- Tia Bonnie! - ela berrou alegre. Olhei para trás, vendo aquela mulher morena acenando para nós. Acenei de volta e quando menos dei por mim, Camille já corria em direção a Bonnie, que já a esperava de braços abertos. Ri comigo mesma e endireitei-me na cadeira. Olhei no relógio da parede do Grill, constatando ser ainda meio dia e meia. Suspirei preste a me virar para onde Camille deveria estar com Bonnie, mas fui surpreendida com alguém mencionando-me.

- Garçonete desastrada.

Aquela voz, aquele sotaque, eu jamais esqueceria. Ergui meu olhar, completamente surpresa com que via. Ele me olhava com um sorriso fechado.

- Klaus. - sorri de leve - O que faz aqui a uma hora dessa? - pergunto intrigada.

- Esperando um convite de uma certa loira para fazer-me companhia para almoçar. - ele respondeu querendo ser casual. Ri revirando meus olhos.

- Cantada mais barata! - digo incrédulo e ele ri.

- Preciso praticar mais então. - ele diz fingindo uma mágoa.

- Até te convidaria para almoçar, mas...

- Se disser que está trabalhando, direi que é mentirosa. - ele disse erguendo uma sobrancelha e ri negando.

- Eu não estou trabalhando. - neguei suspirando - Apenas já tenho companhia. - dei de ombros pela segunda vez naquela tarde e Klaus olhou-me um pouco decepcionado. Antes de mais alguém dizer mais alguma coisa, a voz estridente de Camille chegou juntamente com a tal.

- Mamãe, tia Bonnie disse que a senhora Sheila nos convidou para jantarmos lá hoje! - Camille ficou a minha frente - Vamos, mamãe! Por favor! - ela implorou segurando minhas mãos e fazendo uma carinha de desespero.

Olhei para Klaus, que estava muito surpreso com que via.

- Bem, Klaus, esta é minha companhia, minha filha Camille. - digo pegando Camille pela cintura e a colocando em meu colo. Minha filha notou o homem a nossa frente e sorriu desajeitada.

- Oi. - ela disse baixinho.

Klaus lhe deu um sorriso e depois seus olhos foram para minhas mãos. Tive a certeza de que ele procurava por alguma aliança. Sorri de lado e revirei meus olhos levemente.

- Então acho melhor deixar vocês a sós, não? - ele disse simpático - Tenham um bom almoço. E foi um prazer te conhecer, Camille. Até mais. - ele me olhou ao dizer as ultimas palavras e depois sumiu para o outro lado do Grill.

Camille ficou quieta e depois voltou a falar sobre o jantar que Sheila nos convidara.

- Tudo bem, mocinha, depois resolvemos isso, agora é hora de comer. - digo quando percebo Elena chegando com nosso pedido.

Elena nos deixou sozinhas com o lanche e o suco logo depois que a paguei, e então começamos a comer. Como eu tinha dito, Camille deu meras duas ou três mordidas para dizer que estava cheia e que apenas queria suco. Então comi meu lanche tranquila, sentindo-me vigiada. Eu olhei na direção de onde estava o belo par de olhos verdes me vigiando distante. Klaus encarava-me intrigado, de uma maneira gentil. Eu não conseguia decifrar aquele olhar, mas sabia que alí não tinha maldade, ou algo parecido do que eu já estava acostumada a ver.

PDV KLAUS

Ela tem uma filha. Uma linda garotinha por sinal. Ao que me pareceu, não tinha marido. Sem aliança de compromisso. E eu já logo querendo pegar a mulher e ela me aparece com sua filha. Estou vendo que talvez terei de mudar meu plano. Partir para a próxima mulher solteira na cidade, quem sabe?

Quando sai do Grill, mesmo após nem ter tocado em minha bebida, voltei para minha casa. O caminho tinha sido um pouco longo, mas nada mais que 15 minutos. Em casa, apenas Elijah, Rebekah e Henrik estavam. Elijah e Henrik conversavam sobre o jogo que assistiam, enquanto Rebekah fazia algum trabalho de sua faculdade.

- O que há, Klaus? - Elijah perguntou intrigado.

- Ah, o de sempre. - digo sarcástico revirando meus olhos e caminhando até a mesa que continha uma garrafa de vodca - Encontro uma linda mulher, já em mente preparo como a pegaria, ai descubro que ela tem uma filha. - dei de ombros me servindo com a vodca. Era claro que isso nunca acontecia comigo.

- O que é que tem de mal? - Henrik questiona confuso - Se ela é linda, isso que importa. - meu irmão deu um sorriso de segundas intenções.

- Henrik, você não tem nem idade para dizer tal bobagem. - Rebekah diz incrédula e ele revira seus olhos - Mas Klaus fez o certo, se ela tem um filho, é casada claramente.- ela me olhou incrédula - E ser amante não é a mellhor coisa na vida de um homem. - negou descrente.

- Ela não é casada... Eu acho. - digo pensativo. Ela não tinha aliança de compromisso.

- Então...? - Elijah diz confuso - Você deveria perguntar se ela tem compromisso. - ele disse parecendo ser óbvio.

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- É, cara, se diverte com a gata! - Henrik disse me fazendo rir. Rebekah revirou seus olhos incrédula e Elijah lhe deu um leve empurrão.

- Vai lá, você não perderá nada, quem sabe até pode se tornar algo além do que você imagina. - Elijah disse com um pequeno sorriso divertido.

- Deus, estou recebendo conselhos de um garoto de 14 anos e de um cara casado com uma interesseira! - digo fazendo um leve drama. Rebekah gargalha e os dois reviram os olhos com tal comentário feito por mim.

Como era sábado, novamente eu não tinha mais nada a fazer naquela tarde. E ainda era três da tarde. Cansado de fazer nada, resolvo sair um pouco para refletir. O sol ainda queimava Mystic Falls, deixando um clima quente e seco. Meros minutos caminhando e cheguei ao centro de Mystic Falls. Esta tarde estava tendo uma apresentação de uma banda. Henrik provavelmente já estava aqui com Jeremy, seu melhor amigo e irmão mais novo de Katherine. Mas eu sabia que os dois deveriam estar com algum grupo idiota de adolescentes, então nem tentei me aproximar ou nem pensei em procurá-los.

Não me surpreendi em encontrar boa parte da cidade alí, todos com suas famílias e amigos. Eu não tinha muitas amizades nesta cidade, dentre ela destaco: Stefan e Damon Salvatore. Mas ambos nesse final de semana estavam em uma viagem de família, algo do tipo. Mais distante de mim vejo uma pequena garotinha loira correndo entre as pessoas acompanhada por uma garota morena e baixa. Reconhecia a garotinha, seu rosto era bem parecido com o de sua mãe. Era Camille.

Se a pequena Camille estava aqui, era óbvio que Caroline também estaria. Olhei em volta a procura da tal e não a encontrei. Comecei a andar em volta até encontrá-la sentada num banco distante da movimentação de Mystic Falls. Ela encarava o horizonte pensativa e distante. Ainda nem tinha me percebido, nem mesmo quando sentei ao seu lado.

- Então você tem uma filha, ham?

Caroline quase saltou quando ouviu minha voz. Prendi meu riso, apenas a olhando divertido. Ela riu mais aliviada em me reconhecer, mas era claro que ela tinha ficado aterrorizada quando levou o susto

- Não me assuste assim. - ela diz levando uma mão ao peito. Rimos e ela me encara por breves segundos, logo voltando a encarar o horizonte cheio de pessoas dançando, rindo e conversando. Crianças correndo, dentre elas destacava-se a pequena Camille, alegre e avermelhada, provavelmente cansada de ter corrido tanto - Se com tal pergunta você questiona se tenho compromisso, digo que não, tudo bem? - ela murmura sem desprender o olhar distante, percebi então que ela olhava para sua filha.

- Saiba que mães solteiras me atraem. - digo sorrindo de lado - É algo sensual.

- oh meu Deus! - ela ri desacreditada - Essa foi a pior cantada que já recebi em minha vida!

- Droga, realmente estou precisando praticar mais! - finjo ficar nervoso e ela ri novamente. Dou uma leve risada e então faço o mesmo que ela ainda faz: acompanho a pequena Camille com meus olhos.

Um breve silencio tomou entre nós, apenas com o alto som distante da banda que tocava.

- Você chegou quando em Mystic Falls? - resolvo começar um assunto, mesmo sabendo que ela tinha chegado na cidade poucos dias antes de termos nos conhecido naquele pequeno incidente no Grill.

- Há duas semanas. Quase isso. - ela diz sem muitas importancias - Você... mora aqui, certo?

- Claro. - concordo - Acho que nunca morei em outro lugar que não fosse Mystic Falls. - digo rapidamente.

- Sabe, você não tem cara de que mora aqui. - ela comenta virando-se para mim observadora - Você parece aqueles mesquinhos da cidade grande, não da cidade caipira de Mystic Falls.

- Ah, então eu pareço mesquinho? - digo virando-me para ela me fazendo de incrédulo, ela ri concordando - Bem, então eu digo-lhe que você também não tem cara de que curte cidades pequenas, e parece uma mulher mimada que vive no shopping com as amigas, gastando fortunas!

- Oh, quem me dera! - ela ri divertida e dou uma baixa risada - Mas não sou nada a mais do que uma mulher de 24 anos com uma filha de 4 anos, morando sozinha numa cidade que conhece quase ninguém. - ela volta a olhar para a boa parte da população de Mystic Falls.

- O que a trouxe a Mystic Falls? - pergunto intrigado, mas pela expressão que ela fez, aquilo não tinha lhe sido uma pergunta agradável.

Caroline perdeu-se em seu próprio silencio, parecendo com medo de responder. Ela suspirou pesadamente e abriu a boca para emitir-me algo:

- Acho que foi algo bom para mim e para Camille. - ela diz agora olhando para o gramado a baixo de nós. Mas aquelas palavras para mim pouco fizeram-me sentido, quando vi aquela garota caindo ao chão.

- Oh, não! - digo ficando de pé rapidamente. Caroline me olha confusa e olha na direção onde eu olhava sem saber o que fazer.

- Camille! - ela gritou dando um pulo do banco e correndo até onde a garota tentava se levantar com o rosto machucado.

Meus passos largos foram rápidos que quase conseguiram alcançar Caroline. Mas quando cheguei onde as duas estavam, Caroline já amparava a filha que estava em prantos. Percebi que não era muito grave a situação. A garota apenas tinha alguns ferimentos avermelhados que mal sangravam.

- Oh, meu Deus! Caroline, eu sinto muito! Ela afastou-se de mim dizendo que ia atrás de você! - uma voz desesperada surgiu atrás de mim, Caroline e eu olhamos ao mesmo tempo para a jovem, que estava perplexa.

- Cami, minha princesa, você está bem? - Caroline perguntou afastando um pouco a filha para examiná-la com os olhos.

- Tá doendo! - Camille apontou para sua perna, que tinha um ferimento sangrento no joelho.

- Hei, acho melhor a levarmos a um hospital. - digo um pouco preocupado.

- É apenas um machucadinho. - Caroline disse vendo a expressão horrorizada de sua filha - Não precisaremos ir ao médico.

- Desculpa, mamãe. - ela disse baixinho - Desculpa, eu não queria me machucar. - ela negou magoáda. Ela estava se desculpando por ter se machucado?

- Não, Camille, não. Você não tem que se desculpar. - Caroline negou incrédula e abraçou a filha - Está tudo bem.

Após aquele pequeno incidente, Caroline levou Camille a uma loja de conveniência, usando o banheiro da mesma para limpar o machucado da garotinha. Assim que as duas voltaram, a jovem Bonnie despediu-se de nós, mas ainda insistindo a Caroline sobre um convite.

- Acho melhor irmos para casa, Camille. - Caroline disse com a garota nos braços.

- Eu queria brincar mais. - Camille disse negando incrédula.

- Oh, para você se machucar mais? Eu já levei susto de mais!

- Eu posso dizer o mesmo. - digo fazendo Caroline me olhar surpresa.

- Então podemos tomar sorvete? Ele vem com a gente! - ela disse apontando para mim e ri surpreso.

- Não, Camille, melhor não. - ela disse um pouco envergonhada e a olhei confuso.

- Ah, mamãe! Só um sorvetinho! - Camille insistiu.

- Mamãe está sem dinheiro, Camille. - Caroline murmurou - Deixa para a próxima, ok? - ao dizer aquilo, Camille pareceu entender e concordou, mesmo contrariada e chateada.

- Então eu pago. - digo fazendo as duas me olharem - Um sorvete seria muito bom, estou derretendo nesse calor.

- Obaaa! - Camille comemorou no colo de Caroline.

- Você não precisa fazer isso. - Caroline negou ficando ruborizada.

- O quê? Tomar sorvete? - eu a olho sarcástico.

- Não. É sério, não faça isso. - ela nega - Camille e eu precisamos ir mesmo...

- Mas, mamãe... - Camille tenta protestar.

- Não, Camille, nós precisamos ir para casa. - ela diz séria.

- Caroline, é apenas um sorvete, por favor. - insisto, mas ela teima em negar.

- Não, muito obrigada, Klaus. - ela nega - Eu preciso ir, até mais.

Então Caroline logo se afasta, dando-me as costas. Camille acena para mi sobre o ombro da mãe e um sorriso se forma em seu rosto angelicalmente. Sorri de leve e acenei-lhe de volta, mesmo decepcionado.