Logo Gina voltou já no seu lindo vestido azul de madrinha, com ela veio Luna e Pansy. Sim, Pansy. Tornei-me muito amiga dela depois da guerra, por conta dele. Elas vieram me maquiar e colocar aquele frufr... Digo vestido em mim. Pansy fez um penteado que tive que admitir estar lindo e Gina completou com a maquiagem. Sem lápis de olho.

Olhei para cima para tentar não deixar as lagrimas caírem. Não precisei dizer nada, todas entenderam que o motivo daquelas gotas prestes a cair não era pela emoção do momento, era por não ser ele a me esperar no altar.

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Entrei no salão principal para o café da manhã e para a minha surpresa meus olhos me desobedeceram e foram diretamente para a mesa da sonserina, logo vi os cabelos loiros platinados, ele me olhava e sorria, retribui o sorriso e fui me sentar com Gina, que já enchia a boca de comida. Dei bom dia a todos ao redor e comecei a encher meu prato.

Corujas entraram deixando um punhado de pergaminhos em cada aluno. Peguei o profeta diário e deixei para ler depois, li a carta de Ron e sorri com as letras desajeitadas e com as palavras sem jeito extremamente carinhosas. Vi Mal... Draco, sair apressadamente do salão, sem pensar duas vezes o segui.

- Draco? Draco? Espera! – gritei já nos jardins.

- O que quer? – ele disse ainda sem se virar, me assustei com as palavras um tanto bruscas.

- Eu vi você saindo daquele jeito... pensei... pensei que tivesse acontecido algo.

- Pensou errado.

- Draco, sabe que estou do seu lado. – toquei em seu ombro e o que aconteceu em seguida, nem Merlim desconfiaria que ele fizesse. Draco me abraçou e chorou em meu ombro. Retribui seu abraço o apertando, mostrando que estava ali. Pessoas que passavam nos olhavam com estranheza, afinal não é todo dia que Granger e Malfoy se abraçam.

- Eu... vou... a julgamento. – ele tentava dizer entre seus soluços.

- Vai ficar tudo bem.

- Não, não vai. Eu sabia que ia acontecer, mas não esperava que fosse tão cedo. – avistei um banco atrás de Draco, o peguei pela mão e o arrastei até o mesmo o fiz se sentar e conjurei um copo de água.

Ao longe vi uma garota desesperada correndo até nós, Pansy Parkison, ela parou se agachando na frente do loiro, eu passava as mãos por suas costas, Parkison olhou com estranheza mas logo sorriu.

- Ei, Draquinho, fiquei sabendo. Não fique assim.

- Você sabe o motivo de eu estar assim.

- Esse motivo, eu tenho certeza, que vai estar aqui quando você voltar.

- Eu vou... – não consegui terminar de falar, Draco me pegou pela mão.

- Fique, por favor.

Limpei a única lagrima que caiu dos meus olhos, só restava Pansy no quarto, ao meu lado, como sempre foi depois que aconteceu.

- Eu declaro o Réu Draco Black Malfoy culpa...

- Desculpe vossa excelência, receio que temos mais uma testemunha.

- Que entre.

Escutei a breve conversa ao lado de fora, abriram a porta e entrei destemida, fazendo barulho com meus saltos, sim, saltos. Foi algo que me permiti usar. Draco não virou seu rosto minimamente, aposto que não fazia idéia de quem era. Parei ao seu lado.

- Com licença vossa excelência, tenho algumas coisas para dizer.

- Prossiga, Srta. Granger. – Draco virou seu rosto bruscamente.

- O que tenho para falar é que o réu Draco Malfoy é inocente. Ele foi obrigado a ser Comensal da Morte, obrigado a se unir a Voldemort. A maldição Cruciatus foi constantemente usada nele pelo seu próprio pai e com muita sorte, não teve seqüelas. A vida de sua mãe estava em jogo, aliás, muitas coisas estavam em jogo. Você, vossa excelência, o que faria se visse sua mãe sendo maltratada, espancada e com inúmeras maldições imperdoáveis no corpo? Se a ama, como um amor de filho verdadeiro, faria de tudo para ver parar e no caso, o réu só teve uma alternativa, que era se juntar ao Lord das Trevas. E não foi só pela mãe, mas sim por ele mesmo. Eu, Hermione Jan Granger, heroína de guerra, melhor amiga de Harry Potter, salvadora do mundo bruxo e trouxa, apostaria a minha vida, os meus maiores bens que, se Malfoy tivesse em outras condições, não se tornaria Comensal. Eu aposto que ele daria sua vida pela guerra, mas ao nosso lado. Ao lado de Alvo Dumbledore! Não tenho provas para o que disse, mas se pegar na memória de Draco, verás que não estou mentindo. Temos um herói, não um vilão. – olhei para todos, que estavam perplexos, especialmente Draco. Ele não esperava. – Creio eu que todos merecem uma segunda chance. Dei meu depoimento. Com licença.

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Saio da sala a passos apertados, eu estava perplexa com o que acabara de falar. Não esperava tanto. Eu não sei o que acontece... Preciso dele aqui, do meu lado, em Hogwarts. O porquê, eu não sei, mas é inevitável estar perto e não querer.

Sorri depois de olhar a cara de indignada de Pansy.

- O Draco é mil e uma vezes melhor que o Weasley.

- Eu sei.

- Então por que o aceitou?

- Já faz 6 anos! Ele não iria nem querer saber de mim e nem dele.

- Isso é desculpa, é mimimi de menina covarde. Levanta esse rosto, essa não é a Granger que eu conheci, você não é a mesma.

- A Hermione Granger morreu.

- Isso tudo é indecisão sobre o que sente pelo Ronald?

- Não! Você sabe que não. Tenho sorte de Harry e Ron não terem ido refazer o sétimo ano, assim eles nunca vão saber do caso mais estranho de Hogwarts.

Semanas havia se passado, Draco me agradeceu infinitivamente, por ele ser absolvido. Pansy é muito mais legal do que qualquer um podia imaginar. E uma coisa que sempre vou admirar nos sonserinos: eles nunca estão sozinhos. Tem uns aos outros, uma união inexplicável.

Gina, Luna, Pansy e eu, um grupo de garotas que nem Dumbledore conseguiu prever.

Draco e eu continuamos nos encontramos, ele fazendo a ronda e eu saindo da biblioteca. Bom, por mais que eu ame ler, não era por causa disso que eu saia da biblioteca tarde e sempre no mesmo horário, e ele sabia muito bem disso.

Até que um dia, em uma dessas rotinas diárias, nossa conversa desandou, mas não pense você que eu não gostei do que aconteceu...

- Draco, uma semana antes do seu julgamento, Pansy conversou com você, no mesmo dia que soube. Ela comentou sobre um motivo sobre estar aqui. Qual seria?

Ele respirou, parou de andar reto e começou a andar em círculos, passava a mão pelos cabelos desalinhados o despenteando mais. Em seu rosto vi um misto de emoções inimagináveis. Raiva, amor, remorso, dor. Sim, dor, muita dor.

- Você.