Laboratório

Capítulo 9


Antes:

– Você conhece um tal de Naruto?

– Não, por quê?

– Porque eu tive uma lembrança com esse nome.

– O que?

Agora:

– O que você disse?

– Que eu tive uma lembrança, ou sei lá o que com esse nome.

– Tem certeza Sasuke? Você não ouviu esse nome na televisão ou algo assim, e teve um sonho?

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– Eu nunca ouvi esse nome, eu estava quase dormindo, estava com olhos fechados e lembrei; eu estava colocando uma coisa perto do ouvido e alguém falava de dentro dele, e acho que eu e esse cara não nos gostávamos porque estávamos ofendendo um ao outro:

Flashback:

– Mochi?

– Teme!

– O que é Dobe?

– Você vai ir amanhã?

– Ao contrario de você seu desocupado, eu tenho trabalho a fazer.

– Há fala serio, faz outro dia seu idiota, estamos de folga.

– Cala a boca desgraçado, eu tenho um monte de relatório pra fazer para aquele miserável do Capitão. Não aguento mais essa merda toda, mal posso esperar pra subir de cargo.

– Wow , essa foi a frase mais longa que você já disse!

– Você ta contando é Naruto? Vou desligar.

– Espera seu filho da p*--

Tu tu tu.

Ele conta a curta lembrança que teve e concordo com esse tal de Naruto, Sasuke realmente não fala uma frase com mais de 8 palavras, geralmente 4 ou 5.

– Eu acho que isso podia ser um celular, ou telefone provavelmente.

– E o que é isso?

– È uma coisa que usamos pra falar com alguém que esta longe, olha esse aqui.

Pego meu celular e mostro pra ele.

–Hm

– E não tinha uma pessoa lá dentro, ele falava do outro lado, em outro lugar.

– ...

– Você lembra mais alguma coisa?

– Não, e o que é capitão?

– Depende, a maioria das vezes, é um alto cargo no exercito, o cara que manda.

– Exercito?

– Ah é, me esqueci, na sua ficha constava que você era do exercito.

– Certo, e esse Naruto era meu amigo? Creio que ele era um insolente.

– Provavelmente, mas não sabemos nada dele, alias não sabemos nada da sua vida pessoal.

– Então se um dia eu quiser saber algo do meu passado não vai ser possível não é?

– Acho que não

– Hump...

– Olha, vamos dormir ok? Tenho que acordar cedo amanhã.

– Para quê?

– Tenho que trabalhar.

– Onde?

– No laboratório, vou continuar mais um tempo lá, para não desconfiarem.

–Humn

Sasuke se vira de costas e dorme rapidamente, às vezes não entendo suas mudanças de comportamento, uma hora ele esta me paquerando na outra ele simplesmente me ignora, uma hora estamos tendo uma conversa normal, na outra ele encerra a conversa no meio, com algo que não sei interpretar, às vezes pode ser ‘Humn?’ ou ‘Humn!’ ou até ‘Humn’ que pode significar sim, não, talvez, cala a boca, ou continue falando; SÃO MUITAS FORMAS DE INTERPRETAR!

Termino minha discussão mental, me viro para o outro lado e também caio no sono.

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– Sakura... Sakura.

– Quê?

– Aquela coisa não para de fazer barulho. Pensei em para-lo de algum modo, mas acho que você o usa.

Olho para meu celular que não para de tocar uma musica barulhenta que deve estar afetando os ouvidos de Sasuke, já que ele tem todos os sentidos mais avançados.

Tenho certeza que com “para-lo de alguma forma” ele quis dizer tacar na parede ou amassar com a mão mesmo, já que ele ainda não sabe mexer em celulares.

– Obrigada por não desliga-lo. Pode voltar a dormir, vou tomar banho.

– Não estou com sono.

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– Então vai assistir televisão.

Digo e entro no banheiro, me dispo de minha calça rosa e uma blusa fininha de alças também rosa, ligo o chuveiro no quente, ao contrario de muitas pessoas, não consigo tomar banho gelado logo de manhã, já é um custo chegar até o chuveiro pra tomar banho quente, quanto mais pra tomar banho gelado.

Sei que às vezes ajo com o Sasuke como se ele fosse criança, mas o ruim é que é exatamente isso que ele é, uma criança em fase de aprendizado.

Tento não demorar, já que vou ter que preparar algo decente para Sasuke comer, eu geralmente almoço no prédio do laboratório. Penso nisso depois, termino de me lavar, me seco e enrolo a toalha em volta do corpo.

Sai do banheiro e vou até meu quarto, Sasuke esta assistindo um telejornal qualquer da manhã; segundo a apresentadora os impostos dos produtos de higiene e beleza vão diminuir esse ano, legal vou poder comprar aquele xampu de sei lá o que deixa os cabelos ---

–kura.... Sakura!

– O que?

Sasuke levanta do sofá e vem até mim.

– Você vai trabalhar assim?

– O que? ... Há, não , fica ai assistindo , vou trocar de roupa.

– Ta, e Sakura.

Saio e entro no quarto enquanto Sasuke me segue, encosto a porta, mas não a tranco e ele fica do lado de fora.

– Hum?

– Como eu faço para me alimentar?

– Me dá uns minutinhos para me arrumar, que eu faço algo pra você comer.

Ouço os passos de Sasuke se afastando da porta e mais dez minutos depois eu estou vestida e prendendo o cabelo em um rabo-de-cavalo, já que estou atrasada.

– Sasuke?

Passo pela sala pequena do apartamento, mas ele não está lá assistindo Tv como eu pensei que estaria.

– Cadê você?

Vou até o banheiro.

– Sasuke? Responde.

Vou até a cozinha, ele também não está lá, começo a me desesperar e aumentar o tom da voz.

–Sasuke? SASUKE? Não... Não por favor.

Sento-me no sofá e respiro fundo, não é hora de entrar em pânico.

– Me deixa ver... La em baixo, ele deve estar em algum lugar do prédio.

Levanto do sofá e quando eu ia abrir a porta Sasuke abre do ouro lado e entra no apartamento, senta no sofá e olha pra minha cara, enquanto eu fico paralisada segurando a maçaneta.

– Onde... Onde você estava?

– Eu fui dar bom dia para a Sra Hanaki.

– O que? Porque não disse nada?

– Desculpe?

– Desculpe? Desculpe? Você devia ter avisado, eu fiquei muito preocupada.

– Muito?

Pergunta ele com a sobrancelha levantada e com um olhar estranho.

– Sim! ... Não, quer dizer, ah não faz mais isso.

– Ok.

Ele encerra o assunto e senta no sofá procurando algum canal.

– Arrrrrg , você é um filho da mãe irritante sabia?

– Você também é irritante.

Diz ele sem nenhuma expressão.

– Dane-se vou fazer omelete e você vai ter que comer, seja lá como ele estiver.

10 minutos depois estou pondo o prato de Sasuke com dois pedaços de omelete e arroz de ontem, sim de ontem, não tenho tempo para fazer outro.

– Sasuke! Vem aqui.

Ele se levanta e vem até a mesa.

– No almoço vou tentar sair da empresa, ta bem? Vou comprar qualquer coisa na rua e trago para comermos.

–...

– Tchau.

Digo e dou um beijo em sua bochecha, um movimento automático que eu não queria ter feito, ele para de comer e olha pra mim.

– Tchau.

Ele me responde, olhando em meus olhos.

Viro-me e desço as escadas correndo, entro no carro e ligo o motor. Vou para o laboratório o mais rápido que posso.

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– Bom dia Sakura-san.

– Bom dia Hinata.

– Como está?

– Bem, na medida do possível.

– Porq... Ah, o P.S.S.C 001? Sinto muito.

– Obrigada, eu vou ficar bem. Alguma novidade?

– Não que eu saiba. Tenho que ir, até mais

– Até Hinata.

Caminho mais alguns segundos até me deparar com Sasori marcando algo no seu novo iPhone de algum numero.

– Você comprou um iPhone seu idiota?

– O que tem de errado?

– Você podia ser mais discreto né Sasori?

Falo baixo enquanto tomo o celular da sua mão e coloco no bolso de seu jaleco.

– Eu nunca fui, não vai ser agora que vou começar.

– E ai, como vão as coisas?

Pergunta ele com seriedade no rosto.

– Ah, bem, só estou com algumas dificuldades básicas, como comida, banho...

– Teve que dar banho nele?

Sussurra gritando Sasori.

– Tive, ele ainda não sabe fazer isso sozinho.

– Ah, dane-se não tenho mais nada a ver com isso.

– Acho bom, como estão as coisas?

– Por enquanto ele ainda não desconfia de nada, ou se desconfia não aparenta.

– Ótimo isso me da mais alguns dias.

– O que vai fazer quando ele descobrir? Porque você e eu sabemos que ele vai descobrir

– Não sei. Só sei que tenho que protegê-lo de Madara.

– Acho que seu amiguinho sabe se defender o suficiente.

– Eu senti um tom irônico na sua fala?

– Sim, sentiu sim, porque o cara é capaz de torturar uma pessoa com a porra da mente, e você ainda diz que ele é indefeso?

– Mesmo sendo tão poderoso Sasuke ainda sim é vulnerável, e muito.

Digo irritada e milésimos de segundos antes de Sasori refutar Orochimaru passa por nós e nos cumprimenta algo que raramente ocorre.

– Bom dia Haruno, Akasuna. Está um ótimo dia não acham?

– Bom dia Senhor Orochimaru.

Dizemos ao mesmo tempo, e quando ele vai embora Sasori olha pra mim e pergunta desconfiado:

– Ele não está felizinho de mais não?

– Concordo, mas não tempo para isso. Até.

– Tchau.

–----------------------- Horas depois ---------------------

– Tenho que correr, depois eu vejo isso. Sinto muito

Digo á Hinata andando o mais rápido que posso, sem parecer que estou correndo.

Entro no carro e paro no primeiro mercado que vejo, compro frango assado e um refrigerante qualquer. Paro na entrada do prédio exatamente ás 12:35 , subo as escadas correndo e ouço barulhos estranhos antes de abrir a porta , algo quebrando.

– Sasuke? Ta tudo b---

– Abaixa!

Ele grita enquanto corre em minha direção e me joga no chão pulando em cima de mim e me protegendo com seu corpo, em seguida ouço tiros e dou um grito involuntário de susto.

– O que - -?

Sasuke me pega no colo e correndo me leva até o banheiro, de uma hora para outra vejo uma espécie de faca encravada em seu braço direito e sangue sair de lá, fico apavorada.

– Sasuke!

– Cala a maldita boca!

Ele me joga no banheiro, pega a chave e me tranca lá dentro. Ouço mais tiros e lamentos de dor, nunca fui muito religiosa, mas rezo para que não sejam de Sasuke.

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Ouço mais algumas coisas, como vasos e mesa quebrando, e depois um silêncio sepulcral.

– Sasuke? Abre a porta... Sasuke?! Sasuke por favor, responde.

–...

Não, de novo não, fico terrivelmente preocupada e começo a bater na porta com toda minha força, que não é muita, claro, segundos depois a porta é aberta.

– Sasuke!

Fico apavorada com a visão que tenho dele, sangue em suas vestes, e um machucado jorrando sangue em seu braço, um olhar perdido de angustia e medo.

– O...O que...O que aconteceu?

Pergunto com a voz fraca.

– Eu não sei, eles foram embora.

Ele diz com voz apagada, se ajoelha e coloca a mão no ferimento do braço direito com uma pequena feição de dor.

Abraço-o com cuidado enquanto sua cabeça fica apoiada em meu busto, e meu queixo apoiado em sua cabeça, começo a chorar em silencio. Nunca vivi uma situação assim, nunca nem fui assaltada.

– Ta tudo bem, esse sangue não é meu.

Diz ele quando se dá conta que estou chorando e se refere as suas vestes apontando para a camiseta de manga longa antes branca, agora vermelha de sangue.

Vejo um papel grudado com sangue na sola de seu sapato e retiro com cuidado o que parecia ser um cartão de visitas com as letras A.S.C.P, idêntico ao cartão que recebi á alguns dias atrás do Sr H.

Ironicamente ele disse que me ajudaria com o problema que eu teria, o que eu não entendo é, no que invadir meu apartamento e atacar a Sasuke e a mim ajudaria em algo?