Paola por sorte não conseguiu escutar a frase dita pelo sono que sentia, mas ela abriu a porta no exato momento para espanto de Eleonor e Roberto.

—Paola! O que faz aqui? –Disse Eleonor nervosa.

—Só vim me despedir oras! É meu primeiro dia de aula! –Disse Paola querendo chorar.

Eleonor correu e a abraçou para que não chorasse, enquanto olhava nos olhos aflitos de Roberto.

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—Eu não escutei nada atrás da porta! Só queria dar tchau, o motorista está me esperando! –Disse Paola esfregando os olhos e limpando as lágrimas.

—Nós acreditamos em você meu amor, mas sabe que não gostamos quando fica atrás das portas! Parece gente pobre e fofoqueira! –Disse Roberto se aproximando.

Ele deu um abraço em Paola que sorriu animada. Depois ela desceu as escadas correndo e Eleonor foi atrás rindo.

—Um dia você ainda vai descer essas escadas rolando, tome cuidado! –Disse Eleonor rindo.

—Pode deixar mãe, Paola Montagner nunca vai cair! –Disse Paola de nariz em pé. –Qualquer tombo que for, eu irei me levantar! Ou como eu vi no filme com o papai, me.. me re... Me reerguerei das cinzas! –Disse ela com um pouco de dificuldade.

Uma lágrima escorreu dos olhos de Eleonor que a abraçou fortemente.

—Essa é a minha rainha! Falou tudo certo! –Disse Eleonor abraçando Paola. –Nada vai derrubar os Montagner!

Paola desceu do colo e entrou no carro, onde o motorista João a esperava.

—Vamos logo João! Não quero chegar atrasada! –Disse Paola chutando o banco do motorista.

—Sim senhora, Paola! –Disse João que não gostava nada da ideia de obedecer as ordens de uma criança de 1 ano.

—Na escola-

Paola chegou na limousine e parou em frente a escola onde todas as crianças desciam com as mães. Eleonor desceu do carro chique como sempre, e todos da escola a observavam como num filme. Ela estendeu a mão e Paola desceu bem arrumada e com um olhar superior olhando a todos. Logo Paola abriu um sorriso ao ver seus amiguinhos na escola. Eleonor estava com uma roupa chique porém muito simples, mas nada tirava o seu título de Sra. Montagner.

—Olá Sra.Montagner! Seja bem-vinda a escola, essa deve ser a Paola certo? –Disse a professora simpática.

—É sim! Deixo-a em suas mãos, cuide bem da minha rainha! –Disse Eleonor séria.

—Com toda a certeza, aqui Paola receberá os melhores cuidados de toda as escolas. –Disse ela engolindo seco.

—Oi! Meu nome é Paola Montagner! –Disse Paola sorrindo.

—Sim meu anjo, e vejo que você é muito bonita! –Disse a professora sorrindo.

Paola soltou de sua mão e foi atrás dos coleguinhas dela, esperando a aula começar.

—20 minutos depois-

—Podem abrir seus livros na primeira página e comecem a colorir o macaco! –Disse a professora sorrindo.- Esse exercício pede que o macaco seja colorido de vermelho! –Disse ela.

—Minha cor preferida! –Exclamou Paola sorrindo.

A professora passou de mesa em mesa distribuindo os lápis de cor e giz de cera, quando passou na mesa de Paola.

—Pegue um! –Ofereceu a professora sorrindo.

—Eu tenho meus próprios lápis! Disse Paola com nariz em pé.- Não preciso pegar esses lápis feios! –Reclamou ela.

—Mas Paola todos os seus amiguinhos pegaram! –Disse a professora tentando ajudar.

—Mas eu não sou meus amiguinhos, eu sou PAOLA! –Disse ela gritando seu nome.

—Desse jeito teremos que ir a diretoria por desobediência! –Disse a professora ainda calma.

Paola se levantou e jogou os lápis de cor da mão dela no chão e saiu caminhando até a diretoria.

—Oi Srt. Isabela! –Disse Paola se sentando na cadeira.

—Olá Paola! O que deseja? –Perguntou a diretora Isabela.

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—A professora já está vindo! Ela mandou eu vir pra cá porque eu não queria usar o lápis de cor feios da escola! –Disse Paola com nariz em pé.

—É isso mesmo diretora! Pelo menos a pequena fala a verdade! –Elogiou a professora.

—Isso é motivo de mandá-la pra cá? –Perguntou a diretora tirando os óculos.- Pode voltar a sala Paola! –Disse a diretora. –E você fica mais um instante professora!

—O que foi Srt. Isabela? –Perguntou a professora.

—Você não tem consciência que essa garota é uma Montagner? Nunca mais faça isso! –Disse a diretora.

—Mas não é porque ela tem um sobrenome importante na sociedade, que eu não vou puní-la por seus atos! –Retrucou a professora.- O que será dela se pensar que pode fazer tudo?

—Isso é tarefa dos pais pensarem, não sua! Me ouviu bem? –Disse a diretora. –Ela é uma Montagner somente um fio de cabelo dela já paga todo o seu salário! –Disse a diretora.

—Ok, isso não vai se repetir. – Disse a professora de cabeça baixa.

Paola que estava atrás da porta começava a pensar sobre a importância de seu sobrenome para se livrar de seus atos.

—Então quer dizer que por eu ser uma Montagner, eu posso tudo! –Concluiu Paola voltando a escutar atrás da porta.

—Ela é tão importante como aquele menino que estuda aqui, o Carlos Daniel Bracho! –Disse a diretora.

—A única diferença é que ele sabe ser humilde, mesmo sendo milionário! –Respondeu a professora.

—Não me interessa! Vai ser uma grande perda ele mudar de escola! Ele nos enche de dinheiro! –Disse a diretora.

—Não se trata do dinheiro e sim do aprendizado! –Disse a professora.

—Isso só se for pra você, pobre do interior! –Disse a diretora.

Paola do lado de fora guardava bem o nome em sua mente –

“Carlos Daniel Bracho.” Rico como eu! –Pensava ela..