La Doña

#LaDoña - Capítulo 7


‒ Vamos sair daqui? – ele sorriu e a puxou pela mão a tirando do meio da pista.

Diego parou e os viu se afastar juntos e bufou querendo ir atrás mais não foi. Frederico foi para perto da escada como se fosse subir as escada para entrar na casa e ela somente o acompanhava e quando subiu o primeiro degrau ele a parou e a puxou para seus braços e sem chance de desviar seus lábios foram de encontro aos dele e ele a beijou... Frederico não usou a língua era apenas um beijo para sentir os lábios dela, um primeiro toque sabia que ela era arisca e que depois dessa sua ousadia ele iria apanhar dela ou de algum de seus capangas, ele virou seu rosto para começar a intensificar o beijo e estranhou-a não ter se afastando ainda.

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Cristina foi pega totalmente desprevenida com aquele "beijo", sentia os lábios dele quente contra os seus e suas mãos subiram pelo braço dele e ela o segurou pelo ombro, foram apenas alguns segundos ali grudada nos lábios dele em que ela sentiu algo diferente dentro de si e como se uma batalha entre o bem e o mal começasse dentro dela era fogo de paz e rancor lutando dentro dela, e ela o empurrou deferindo um tapa na cara dele com fogo de ódio estampado em seus olhos.

‒ Eu deveria te dar um tiro! – pegou sua arma que estava dentro de sua bota.

Frederico segurou o riso e levou a mão ao rosto a olhando com aquela mini arma apontada para ele, ele se aproximou não tinha medo dela e muito menos de seus achaques de durona, via e sentia algo nela que ele ainda não conseguia decifrar mais iria ou não se chamaria Frederico Rivero. Cristina para ele tinha um mistério e ele iria desvendar a todos e chegou mais perto dela deixando que a arma de Cristina ficasse no meio de seu peito.

‒ Atira ou me beija você só tem essas duas opções! – a encarava.

Cristina sentiu o corpo tremer e o coração bater mais rápido e ele vendo que ela não iria atirar, pegou a mão dela e levou para o lado e a puxou novamente para seus braços e a segurou pelo pescoço, olhou em seus olhos por um momento e sussurrou contra seus lábios.

‒ Eu vou te desvendar "sereia" e nesse dia você será somente minha! – a beijou.

Frederico a beijou com gula, fome, desejo, muito desejo por aquela mulher que ele mal conhecia e que já tinha visto nua aguçando ainda mais a curiosidade por desvendar quem era "La Doña", desvendar quem era aquela mulher que tinha um olhar frio mais ao mesmo tempo tão distante e sem vida. Ele moveu seus lábios nos dela e pela primeira vez sentiu que ela não iria resistir e que retribuía aquele beijo com a mesma vontade em que ele a beijava.

Frederico era um homem vivido e sabia muito bem como segurar aquela mulher em seus braços e não passaria de um beijo, não naquele primeiro momento. Ele a abraçou mais contra ele e a grudou na parede sorvendo de seus lábios sem se preocupar com o ar beijou sedento em aplacar aquele desejo que tinha nela desde o primeiro encontro e quando não foi mais possível respirar ele afastou seus lábios dos dela e sorriu acariciando o rosto avermelhado tanto pelo batom quanto pelo beijo, ele soltou o corpo dela e sem mais dizer um "A" ele saiu dali.

Cristina olhou para o céu estrelado e suspirou buscando o ar que faltava em seus pulmões e tocou os lábios, olhou para os lados e subiu as escadas correndo e ao entrar em sua casa também correu para seu quarto e ao entrar ela bateu a porta e foi direto para o espelho e olhou seu rosto manchado de batom e arma ainda em meio a seus dedos, não a tinha soltado mais não tinha atirado nele. Ela se olhou por longos minutos e tocou novamente em seus lábios deixando uma lagrima escorrer por sua bochecha, era a primeira depois de quase dezenove anos.

Era outra mulher ali, era uma mulher que tinha deixado de existir a mulher que tinha sentimentos havia morrido depois daquela noite da qual ela vivia tendo pesadelos e sendo amparada por quem chegasse primeiro. A mulher frágil tinha dado lugar à mulher sem sentimento que era capaz de atirar e ate matar uma pessoa pelo simples fato de fazer mal a ela ou apenas pensar, tinha virado uma cobra que sempre estava pronta para dar o bote em quem achava que era uma ameaça e Frederico era uma ameaça e ela precisava tirar ele de seu caminho.

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Cristina secou seu rosto e depois de guardar sua arma de volta na bota, ela foi ao banheiro limpou seu rosto e depois de retocar o seu batom voltou à festa, foi direto ao bar e tomou uma tequila e fez com que todos os empregados servissem a todos com o melhor champanhe e seus olhos buscaram por Frederico mais ele não estava mais ali e por algum motivo que ela se negou a sentir mais sentia, ela se frustrou por ele não estar ali naquele momento. Ela andou pela festa e sem conseguir se esquivar Diego parou em sua frente com um sorriso que ela sentia nojo e vontade de atirar nele para acabar logo com tudo e ela poder ter um pouco de paz.

‒ Você poderia me dizer seu nome sabia? – quis cortejá-la. – Eu já te disse o meu... – ela cruzou os braços o encarando.

‒ Pra você é Dona! – ela quis sair e ele se enraivou e a segurou pelo braço e Cristina sentiu seu sangue ferver. – Me solta! – falou entre dentes.

‒ Porque esta me tratando assim? Eu só quero conversar te apresentar a minha filha! – Cristina sentiu o coração disparar e soltou seu braço dele.

Ela o olhou bem dentro de seus olhos e se perguntou se estava preparada para conhecer a sua filha e ela engoliu a saliva quando o viu chamar alguém que ela não teve nem coragem de olhar na direção em que ele chamava, sentiu seu corpo todo paralisado quando a jovem da cachoeira parou em sua frente.

‒ Essa é a minha filha Acácia... – o mundo girou naquele segundo e ela apenas ouvia o nome da garota ecoar em sua cabeça como se fosse uma cantiga gravando em seu ser.

As duas se olharam nos olhos e Acácia mostrou seu descontentamento ao tê-la em sua frente e Cristina sentiu desespero e num ímpeto de ser uma mãe que ela nunca foi, ela quis tocar a menina e deu dois passos na direção dela com a mão estendida e ao chegar perto de, Acácia, ela a olhou e...