L-O-V-E

Eu sou um bruxo de palavra, Potter. [DRARRY]


O loiro encarava o trio da Gryffindor com a sobrancelha arqueada, sua expressão de soberania não expressava nenhum sentimento, mas quem observasse bem seus olhos poderia notar um pequeno misto de dor e adoração. Draco Malfoy não aguentava mais guardar aquilo para si mesmo, fingir-se ser alguém sem sentimentos e principalmente não aguentava mais fingir para si mesmo que o que sentia por Potter era algum tipo de repulsa, quando o que ele mais queria fazer com o moreno era jogar-lhe contra a parede e juntar seus lábios.

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— Você precisa de um babador?

Draco assustou-se e olhou para o lado encarando Pansy Parkinson com um certo desdém, ela lhe deu um pequeno sorriso e levou seu olhar para o trio, encarando a única garota entre eles.

— Acho que você pode usar o babador logo depois de mim, Parkinson.

Viu-a revirar os olhos e soltou um suspiro cansado ao notar a aproximação de Zabini, o negro encarou os amigos e deixou um sorriso debochado apoderar-se de seus lábios.

— Vocês são tão idiotas, parem de olhar para o quatro olhos e a sangue ruim. – comentou rapidamente e chamou a atenção de Pansy.

— Não a chame de sangue ruim, Zabini. – a morena murmurou irritada ao levantar-se e ficar frente a frente com ele.

— Ela é uma sangue ruim, Parkinson, e esse é o único motivo de você encara-la de longe.

— Calem a boca, vocês dois. – Malfoy murmurou irritado ao perceber que os amigos chamavam a atenção dos outros alunos que estavam nos jardins.

Soltou a respiração e levantou-se ao perceber o pequeno movimento de cabeça de Potter. Começou a andar em direção ao Castelo e ignorou os chamados de seus amigos, o sonserino sabia que aquele era um dos poucos momentos que teria com Harry e não o gastaria com as brigas entre os amigos (mesmo que quisesse mandar Blaise parar de irritar Pansy, pois sabia como havia sido difícil para ela admitir qualquer sentimento sobre Granger).

Harry andava em passos rápidos um pouco a frente e o loiro podia sentir sua respiração tornar-se descompassada, sabia que em algum momento esses encontros escondidos deveriam ser acabados, mas ele nunca teria forças para o fazer, porque sempre que estava com o outro sentia-se em casa e que a fumaça da guerra não dançava sob todo o mundo bruxo.

Observou o outro entrar em uma sala e mordeu sua bochecha seguindo o mesmo caminho ao entrar na sala tirou sua varinha do bolso de sua capa preta e apontou-a para a porta, enfeitiçando-a para que ninguém a abrisse.

Os olhares se encontraram e o ar ficou leve, um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Harry e o loiro deixou que seu lábio fosse levemente para cima.

— Draco...

— Você pensou sobre o que conversamos a última vez que estivemos aqui, Potter?

— Eu quero que você fuja. – o moreno falou sério e então o ar tornou-se pesado.

— Não tenho essa escola Harry, achei que tivéssemos concordado.

— Eu não concordei com nenhuma das merdas que você jogou para cima de mim, Malfoy. – soltou em um tom de raiva e aproximou-se do companheiro – Eu não quero que você se machuque, Draco, por favor, fuja. – murmurou ao ter seus rostos quase grudados.

— Não abandonarei minha família, Potter.

— Então você correrá riscos por conta de seu pai? – perguntou distanciando-se novamente – Ele sequer nos aprovaria.

— Meu pai e minha mãe são minha família, Harry, e eu já te disse eu vou fazer de tudo para mantê-los seguros. Assim você o fará com os Weasley. – murmurou em um tom calmo e fechou os olhos – Eu sei que é difícil, mas você entenderá.

— Eu entendo que eu preciso de você a salvo.

Malfoy abriu os olhos e encarou os do outro rapaz, sabia que naquele momento seu olhar demonstrava mais sentimentos que gostaria (ou sequer permitiria mostrar). A pequena ruga que ele tanto conhecia e divertia-se no centro da testa de Harry, próximo a sua cicatriz, começara a se formar.

— Nós vamos achar nosso caminho um para o outro após a guerra. – o loiro afirmou aproximando-se do moreno.

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— E se não conseguirmos?

— Então teremos que fazer o máximo de memórias que pudermos até nos separarmos. – falou maliciosamente aproximando-se sorrateiramente de Harry.

Um pequeno sorriso formou-se nos lábios do escolhido e suas testas encostaram-se enquanto eles se encaravam.

— O máximo que pudermos, Malfoy?

— Eu sou um bruxo de palavra, Potter, você vai ter o máximo de memórias comigo que eu puder te dar, para que quando precisarmos nos separar...

— Ainda estejamos juntos. – o moreno completou a frase e seus olhares brilharam com um pouco de dor.

— Acho melhor começarmos.

Harry soltou uma risada leve em resposta ao tom sério de Draco, a qual diminuiu gradativamente ao perceber a feição sem humor do outro. O sonserino aproveitou a falta de emoção da feição do companheiro e empurrou-o em direção a parede, juntando seus lábios em seguida em um beijo fervoroso e cheio de sentimentos que nunca eram ditos em voz alta.