Knives and Pens

Capítulo 21 - The Only Hope For Me Is You


Capítulo 21

The Only Hope For Me Is You

Frank abriu os olhos lentamente, logo os estreitou devido a claridade do lugar onde se encontrava. Não se lembrava muito bem do que havia acontecido, apenas dos olhos verdes que tanto amava preocupados em sua direção. Ergueu o corpo rapidamente e se sentiu dolorido, preso em alguns fios. Olhou em volta; estava em um quarto branco, o que fez com que o menor pensasse que estivesse morto, mas logo notou maquinas ao seu redor e que estava sentando sobre uma cama. Olhou para seus braços e os mesmos recebiam algum liquido pelas feias a partir de um tubo fino que as furava, Estava em um hospital. Suspirou e se assustou ao que virou o rosto e notou que alguém repousava sobre uma poltrona ao lado do criado mudo próximo a cama, mas logo reconheceu e sorriu. Gerard estava ali, e pela forma como dormia era de se notar que fizera isso observando o garoto. Frank continuou sentado, porém logo uma senhora de cabelos grisalhos e com seu uniforme entrara silenciosamente no quarto. Ao notar que Frank havia acordado sorriu conforme caminhava até o garoto, o mesmo lhe retribuíra.

- Bom Dia, Querido. Dormiu bem? – sussurrou de forma doce.

- Bom Dia, Senhora. Bem, acho que dormi, não me lembro de nada. – falou baixo, um pouco confuso.

- Bom, eu não sei muito sobre o que aconteceu, mas...

- Pode deixar que eu explico á ele, Senhora, Muito Obrigado. – a voz de Gerard foi ouvida e logo o maior se levantou, sorrindo para a mulher.

- Obrigado, Querido. Vim aqui apenas avisar que os remédios estão na gaveta do criado mudo junto com os horários que devem ser tomados. Qualquer coisa apenas peça que chamem a Sra. McGonagall. – sorriu simpática para os garotos e logo saiu do quarto.

Frank virou o rosto para Gerard e o mesmo já lhe olhava sorrindo, o menor retribuindo conforme os batimentos de seu coração se tornavam calmos e o brilho dos olhos de ambos intenso. Gerard deu alguns passos até o menor deitado e com cuidado lhe abraçou carinhosamente, Frank retribuindo da forma que podia, logo sentindo os olhos arderem. Afastaram-se e Gerard se sentou na parte livre da cama, fitando o garoto ali deitado. Suspirou.

- Senti sua falta, Pequeno. – disse ao segurar a mão do menor e a acariciar com o polegar.

- Eu também, Gee. – sorriu, logo fez uma expressão confusa. – O que aconteceu?

- Bem, você se lembra até a parte do parque?

- Me lembro de tudo, exceto depois que desmaiei.

- Bem, de acordo com o que sua mãe e os médicos disseram, você tem baixa resistência e a chuva só contribuiu para que você ficasse mais doente. Fiquei preocupado com você nas aulas, estava pálido demais...

- Sai de casa sem forças, acho que não me agüentava de tanto que chorei.

Gerard o olhou triste e mordeu o lábio inferior. Suspirou e encarou os olhos esverdeados que tinham certa tristeza.

- Me desculpe. – disse baixo. Frank apertou sua mão e respirou fundo.

- Você sabe que eu sempre vou te perdoar por tudo o que você fizer, pois eu te amo, Gee. – disse calmo, porém um pouco confuso. – Mas... Por que você beijou a Eliza? Ela pode ter iniciado tudo, mas eu você a segurava, como se retribuísse...

- Foi tudo uma armação de novo, Frank. Nunca na minha vida eu gostaria de me envolver com alguém como ela, nunca na minha vida me envolveria com alguém que não fosse você. – disse triste. – Eu fiz aquilo porque eles envolverão você na história, James armou tudo novamente.

- Me envolverão? – perguntou confuso.

- Eles notaram que com você eu estava feliz, eu não saia por ai procurando mil e uma formas de se matar, eu comecei uma nova vida. Você era como minha proteção e, para eles, isso é uma forma de impedir eles de me “atacarem” novamente, portando queriam que você sumisse do caminho para poderem reconstruir a minha antiga vida. – Frank lhe olhava com os olhos arregalados, porém os mesmos brilhavam por notar que, para Gerard, ele era mais importante que qualquer coisa. – Naquele dia, enquanto te esperava no jardim, Eliza e James apareceram e disseram que se eu não á beijasse e continuasse a fazer aquilo até você chegar eles fariam algo á você, algo pior do que fizeram comigo naquele dia. Eu não pensei duas vezes, a coisa que eu menos quero é que te façam mal, se eu pudesse eu te protegeria de tudo que lhe causa dor, que lhe machuque, mas são tantas coisas que as vezes você tem que escolher. Antes sentindo nojo de estar encostando em alguém como Eliza do que te vendo no estado em que fiquei. – disse abaixando a cabeça. – Me desculpe Frank.

O menor tinha os olhos marejados, o coração possuía batimentos acelerados e sequer ligou para os aparelhos que lhe prendia, puxou Gerard num gesto rápido e desesperado e selou seus lábios, o maior se assustando, mas logo retribuindo. Frank não agüentou muito e logo seu rosto já estava manchado pelas finas lágrimas que caiam do mesmo; Gerard fez aquilo para lhe salvar.

Separaram seus lábios, porém continuaram abraçados, suspirando.

- Obrigado, Gee. Me desculpe por ter te ignorado e tratado você daquela forma. Eu te amo. – o menor dizia baixo. Gerard deu um sorriso tristonho e fechou os olhos.

- Você não precisa agradecer e nem se desculpar de nada, Frank. Sei que por um lado foi ruim, mas o outro seria bem pior, não sei como ficaria. – suspirou. – Eu também te amo, Frank, muito.

Frank se afastou com um sorriso tristonho, mas logo sua expressão se tornou confusa.

- Gee... Você não se...

- Não, Frank. – disse arregaçando as mangas da blusa para mostrar os braços brancos para o menor, os mesmos só possuíam cicatrizes de cortes anteriores. – Eu pensei em fazer isso, mas era como se eu estivesse te esquecendo. Eu não queria voltar a viver como vivia antes de te conhecer, eu não queria fazer você me ver naquele estado novamente. Eu fazia aquilo para esquecer, eu achava que não tinha mais solução, não possuía algo pelo qual eu deveria viver, que não havia mais esperança, mas então você chegou e eu vi que tudo isso que eu achava estava errado, pois minha esperança é você, Frank.

O coração do menor falhou algumas batidas, porém logo sorriu. Gerard retribuiu e encostou sua testa contra a do menor, seus narizes roçando carinhosamente conforme os brilhantes olhos ficassem próximos assim como seus lábios. Selaram rapidamente os lábios e procuraram a mão um do outro, logo as achando e segurando.

- Você também é minha única esperança, Gee.

Can I be the only hope for you Posso ser a única esperança pra você? Because you're the only hope for me Pois você é a única esperança pra mim And if we can't find where we belong, E se acharmos um lugar ao qual pertencemos We'll have to make it on our own. Nós faremos isso sozinhos Face all the pain and take it out Enfrentar toda a dor e melhorar Because the only hope for me Pois você é a única esperança pra mim Is you alone E só você