A Dauther

P.O.V. Elijah.

Eu demorei para convencê-la e tive que fazer algo que eu nunca pensei que faria na vida, algo que até aquele momento eu desconhecia.

—Faça um voto perpétuo.

—O que?

—Você sempre dá um jeito de quebrar suas promessas, mas comigo não. Você tem que fazer um voto perpétuo, se você quebrar morre.

Eu jurei que não machucaria nem a ela e nem a nenhum de seus amigos e entes queridos, que não tentaria tirar a criança dela depois que nascesse e ela envolveu toda a minha família na promessa. Ela jurou a mesma coisa.

—Pronto. Se algum de vocês quebrar a promessa morre e leva todos os outros junto.

Eu fiquei emocionado quando fomos ao consultório médico e eu pude ouvir o coração da minha filha pela primeira vez, quando ela nasceu foi o dia mais feliz da minha vida. Como Renesmee é fã de mitologia grega e tem sua própria interpretação do mito batizamos a nossa filha como uma das mulheres mais poderosas da mitologia grega. Medusa.

Medusa Cullen Mikaelson. E quando ela era recém nascida já começou a demonstrar seu poder, ela tem dificuldade para dormir já que de acordo com Renesmee é uma telepata, ela levita enquanto dorme.

Agora ela está com seis meses de idade e apesar de não falar nenhuma única palavra se comunica com uma eficiência extraordinária.

Ela já aprendeu a engatinhar e a sentar.

—Elijah ela vai bater a cabeça!

Gritou Renesmee de lá de cima, ela estava no chuveiro. Comecei a procurar Medusa, mas infelizmente cheguei tarde demais. Ela bateu a cabeça com tudo na quina da mesa e começou a chorar.

Pra vocês terem uma ideia do poder da minha filha no que ela começou a chorar afetou tudo ao redor. As lâmpadas começaram a explodir.

Eu coloquei um Band Aid na testa dela e quando Renesmee desceu correndo ela já estava bem.

—Eu não avisei que ela ia bater a cabeça?!

—Infelizmente eu não pude fazer nada, quando cheguei já tinha acontecido.

—Bom, pelo menos colocou um Band Aid nela, vamos pro hospital. O meu avô vai dar uma olhada na cabeça dela.

Levamos Medusa até o hospital e o Doutor Cullen fez uma tomografia pra ter certeza de que não havia nada de errado no cérebro de Medusa.

—Ta tudo normal. Bom, as funções neurológicas dela são bem maiores do que as de qualquer criança da idade dela e na minha opinião ela só não fala ainda porque não quer falar.

—Ótimo. Então porque essa ânsia que ela tem de ter sempre alguma coisa na boca?

—O primeiro jeito da criança descobrir o mundo é colocando as coisas na boca querida, isso é completamente natural.

—Ótimo. Objeto cortante!

Renesmee tomou o bisturi das mãos de Medusa antes que ela o enfiasse na boca.

—Toma, use a chupeta.

Medusa enfiou a chupeta na boca e ficou sentada na mesa de exames do Doutor Cullen batendo as mãozinhas no metal e dando risada do barulho.

—Bom, vamos aproveitar que estamos aqui e dar uma voltinha no parque? Vamos ver os auaus querida?

Ela bateu palmas. Ela gostava de cães, mas não gostava quando eles latiam. Sua audição era extremamente sensível, qualquer barulhinho para ela era como se estivesse passando um elefante na sala.

Após a consulta, levamos Medusa ao parque.

Minha filha era extremamente bela parecia uma boneca de porcelana de tão linda.

Renesmee e eu andamos de mãos dadas enquanto empurrávamos o carrinho. Todas as pessoas do parque vinham falar conosco por causa dela.

—Qual é o nome dela moço?

—Medusa.

—Que nome mais feio.

—Ana! Me desculpe, nessa idade as crianças não tem filtro.

—Eu sei. Tenho duas sobrinhas com a mesma idade da sua filha, sei bem como é.

Estávamos conversando quando de repente, um enorme labrador avança sob o carrinho de Medusa.

—Medusa!

O cachorro derrubou o carrinho com a minha filha dentro. Eu puxei a coleira do animal tirando-o de cima do carrinho e minha esposa pode socorrê-la.

—Eu sinto muito. Ele se soltou de mim. Que feio Sammy!

—Você tem que tomar cuidado com este animal. Este cachorro atacou a minha filha!

Todos os presentes ficaram chocados com a cena. Nunca havia ocorrido nada assim, os animais não atacavam as pessoas. Uma das testemunhas deve ter chamado a polícia e a zoonoses.

—Com licença, foi a sua filha que foi atacada pelo cão?

—Foi.

—Ela está bem? Precisa de cuidados médicos?

—Não, foi só o susto mesmo.

Respondeu Renesmee.

—E esse curativo na testa?

—Isso foi antes, minha filha está aprendendo a engatinhar e bateu a cabeça na quina da mesa.

Eu esclareci ao fiscal do controle de animais.

—Não colocaram silicone?

—Colocamos, mas ela come o silicone. Ela gosta de mastigar o silicone, temos que ficar de olho ou ela come tudo.

O gosto musical de Medusa é igual ao da mãe dela, já que como eu sempre tenho que sair para resolver algum problema ela passa mais tempo com Renesmee e elas estão sempre ouvindo música. Gostam de pop, pop rock, rock, rock alternativo. Música é a paixão de Renesmee, ela é produtora musical trabalha com isso todos os dias, fez fortuna com isso.

O nosso casamento foi um alvoroço porque ela é famosa, a notícia de sua gravidez ficou nos jornais e tabloides por nove meses e só mudaram com o nascimento de Medusa. Ofereceram quase dez mil dólares para quem tirasse a primeira foto do bebê.

No dia em que Medusa nasceu, seu nome já estava nos jornais, na televisão, em todos os lugares. Mal o ataque do cachorro aconteceu e já saiu na mídia.

—Eu não quero a minha filha exposta desse jeito.

—Elijah, eu faço o melhor que posso. Isso é imprensa sensacionalista! Deixa pra lá, daqui a pouco arrumam outro assunto pra falar.

—A nossa filha é assunto de tudo o que é site de fofoca desde antes de nascer!

—E daí? Ela não parece se importar com isso.

—Eu não quero a nossa intimidade exposta.

—Devia ter pensado nisso antes de casar comigo! Eu sou famosa Elijah, é o preço a ser pago! O dinheiro não vem de graça, eu ralei mais nesses anos do que você ralou a vida toda! Não existe dinheiro fácil Elijah. É a minha fama que eu levei tanto tempo pra construir que trás os clientes que trazem o dinheiro!

—Eu entendo, mas isso me incomoda.

—Olha, se não tá satisfeito vai embora. Eu tenho que trabalhar, eu gosto de trabalhar, faço o que eu amo e ganho por isso. E não é qualquer porcaria, eu ganho rios de dinheiro. Todo esse dinheiro vai ser da nossa filha um dia, pra ela usufruir.

—Eu também tenho dinheiro Renesmee.

—Eu sei, mas o meu dinheiro é meu. Eu ralei pra ganhar cara!

—Nem parece aquela garota que corria em corridas de rua.

—Eu não sou mais aquela pessoa. Aquilo era... uma válvula de escape.