Kiss Kiss

Capítulo 18 – Vamos estudar!


Depois que Richard foi embora, eu tive que limpar toda aquela bagunça. Quando olhei o relógio, ele já marcada 21h07min. Eu bocejei e fui em direção ao banheiro. Tomei um banho bem relaxante e coloquei um pijaminha bem fofo para eu poder relaxar.

Eu me deitei e parei para pensar no dia. Tinha sido perfeito, eu e Richard. Foi pensando nos nossos últimos dias juntos, que eu me lembrei de algo extremamente importante.

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— As provas... – Levantei de uma vez da minha cama. Procurei meu celular até que finalmente eu o encontrei.

“Richard!”

Chamei meu amigo. Uns segundos depois ele respondeu.

“Oi Kory.”

Ele respondeu com um emoji sorrindo.

“Terça começam as provas.”

Eu digitei furiosamente e enviei a mensagem.

“...”

Três pontinhos?

“O QUÊ?!”

Ele perguntou com uma carinha corada.

“Prova de que?”

Ele perguntou.

Peguei meu notebook, liguei e entrei no e-mail. Atualizei a caixa de entrada e havia um novo e-mail. Abri o mesmo e me deparei com a lista de provas, li e peguei meu celular.

“Terça a prova é de geografia.”

Esperei ele responder, enquanto isso fui pegar um copo de água para mim.

“Como vamos fazer?”

Pensei por um instante. A água gelada me fez arrepiar um pouco. Parei um pouco e me lembrei que amanhã eu teria que imprimir duas folhas, já que minha impressora havia estragado.

“Dez da manhã na sua casa???"

Terminei de beber a água e coloquei o copo na pia e a garrafa na geladeira, seguindo para o meu quarto.

“Vou te esperar ruivinha.”

Sorri com o apelido que Richard havia me dado.

Ok, eu sei que já era chamada assim pelos meus amigos, mas o Richard mexia comigo de um jeito diferente. Nunca havia acontecido isso antes.

Eu acabei dormindo sem responder Richard, mas acho que ele não ficou bravo comigo. Acordei no domingo em plenas oito horas da manhã.

Por algum motivo estranho, eu estava com uma vontade de me produzir um pouco mais. Arrumei-me bonitinha, peguei o que restou da torta e segui para a gráfica do meu vizinho, ele ficaria aberto até meio dia.

POV Richard...

Depois de Kory ter me lembrado da prova, combinamos que ela viria aqui às 10hrs. Fui dormir tranquilo e feliz com o dia de hoje.

Acordei bem cedo. Exageradamente cedo, como 06hrs da manhã. Então resolvi arrumar tudo. Depois, eu só precisei tomar um banho relaxante, foi quando vi a hora que eram 08hrs.

Sentei-me no sofá, sorrindo. Estava tudo ótimo. Liguei a TV e cinco minutos depois, a campainha tocou. Meu coração disparou. Ela havia vindo mais cedo? Desliguei a TV e disse sorrindo, para quem é que fosse atrás da porta escutasse.

— Ora essa Kory. Estava tão ansiosa assim... – Abri a porta e meu sorriso desapareceu. – Argenta? – Perguntei sem entender.

— Oi Richard. – Ela disse um pouco brava.

— Err... Oi. – Olhei para os dois lados do corredor. – Tudo bem? – Ela me olhou com ódio.

— O que acha? – Toni me empurrou e entrou em meu apartamento. Eu apenas fechei a porta e a olhei, ela apenas deixou a bolsa no sofá e me encarou. – Está saindo com a Anders?

— O quê? Não. Eu... – Ela me interrompeu.

— Você quer sair com ela? – Fiquei em silencio, e Argenta me encarou. – Você gosta dela... Dick? – Quando Argenta me chamou por meu outro nome, senti um arrepio por meu corpo, ela sorriu de canto.

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— Eu... Gosto. – Disse corado, mas logo suspirei. – O que você tem haver com isso? – Ela me deu as costas e olhou todo o cômodo.

— Lembra do que fizemos aqui, Dick? – Cerrei meus dentes, ela apenas cruzou os braços.

— Não sou Dick. – Ela apenas virou o rosto pra mim, me olhando pelo rabo do olho. – Sou Richard. – Ela riu. Fechei minhas mãos.

— Claro. – Ela me olhou soltando seus braços. – Acredite em sua própria mentira e a fará mais convincente. – Desviei meu olhar.

— O que quer aqui? – Disse um pouco baixo.

— Você se lembra, não é? Do que fizemos aqui. – Ela parecia ter um pouco de desespero em sua voz. Eu corei ao ter tais lembranças de volta em minha mente.

— Sim Argenta... Eu lembro. – Continuei a fitar o chão ao lado do braço do sofá, que de repente, ficou muito mais interessante do que aquela conversa. Aonde ela queria chegar com tudo aquilo?

— Você havia dito que eu seria sempre sua única garota. – Eu a olhei sem entender, mas longo me lembrei dessas palavras. – E você cumpriu essa promessa durante cinco meses, até que Xavier começou a nos perseguir de verdade. – Meu olhar ficou frio. Eram lembranças fortes. – Sempre nos deitávamos juntos nesse sofá. – Ela caminhou até o sofá e acariciou o encosto.

— Argenta... – A chamei, sério.

— Sim? – Ela me respondeu de forma meiga e me olhou.

— Nós só nos deitávamos quando eu estava bêbado. Sabe disso. – Ela suspirou e começou a olhar o braço esquerdo do sofá. – Na época eu só queria um consolo para os meus problemas. Na maioria das vezes nem sabia o que dizia. – Suspirei e cerrei meus pulsos. Precisava de coragem. – Sempre me esforcei para nunca te fazer mal, nem machuca-la.

— Eu sei. – Ela voltou a me olhar. – Eram os melhores momentos que eu tinha. Sempre sonhava com eles. – Aproximei dois passos dela, queria dizer a ela que tudo aquilo havia acabado. Eu havia mudado, não era o mesmo Richard. Eu, bem calmo, encaminhei minha mão esquerda para seu ombro, mas seu olhar se encheu de fúria e bateu em minha mão, e eu fiquei a olhando sem entender. – Eu tinha certeza de que tudo voltaria ao normal esse ano, mas aquela idiota apareceu em nossas vidas.

— Idiota... – Repetir sem entender, mas logo uma pessoa veio em minha mente. Minha ruivinha. – Kory? – Ela estremeceu e cerrou os punhos.

— É. Essazinha aí. – Eu estranhei a fúria de Argenta. – Desde que ela apareceu você ficou que nem um cachorrinho bobo atrás dela. Faz tudo com ela, me abandonou completamente. – Me senti culpado.

— Eu sinto muito Argenta. – Eu disse, sinceramente.

— Sente muito? – Ela riu. – Você sabe o que vai acontecer agora, não é? – Ela disse. Agora entendi. Ela estava fazendo aquele maldito joguinho de manipulação.

— Para Argenta. – Eu disse de forma firme e ela se calou. – Sem joguinhos. Fala a verdade.

— Eu estou... – A interrompi.

— Não. – Eu disse sério. – Você não respondeu minha pergunta: O que quer aqui? – Estava nervoso.

— Quer saber a verdade? – Ela disse furiosa para mim. – Eu vim te alertar!

— Sobre? – Cruzei os braços e arqueei a sobrancelha.

— Kory. – Estranhei. – Deixa de ser burro Richard. Ela é sua amiguinha agora, mas depois vai tudo mudar. – Ela se aproximou um pouco. – Você pode até conseguir o coração da Anders, mas acha que Xavier vai deixar barato? Ela vai MATAR você. – Ela disse a ultima frase batendo a ponta do dedo indicador em meu peitoral. – Além do mais, o que ela vai pensar depois que descobrir quem é o “namoradinho” dela? – Ela sorriu de forma macabra. – Ou ela vai chispar fora, ou então ela vai levar esse namoro para frente só para ter privilégios. Dinheiro. Joias. Fama. – Ela parou para respirar. – Ela. Vai. Te. Arruinar. – Argenta votou a cutucar meu peito a cada palavra dita pausadamente.

— NÃO. – Peguei sua mão e a afastei de mim. – A Kory não é assim. – Ela se soltou e começou a rir.

— Por favor, Richard. Me poupe! – Ela sorriu. – Eu conheço uma interesseira quando vejo uma. – Senti o desgosto em sua voz. – E escreva o que eu digo: Assim que ela te dar um pé na bunda por ter tido todo seu dinheiro e popularidade, você vai voltar correndo para mim. – Me estressei.

— Olha só Argenta, eu estudei no melhor colégio de Gotham. Estive nas melhores instituições desde que meu pai me adotou. – Ela riu debochadamente, revirando seus olhos e me dando as costas. – Eu sei quando uma pessoa tem “apenas interesse” ou quando ela é sincera comigo. – Ela me olhou risonha. – Aprendi ainda mais quando sai de Gotham High School.

— Aprendeu tanto que não sabe reconhecer uma vadia interesseira. – Ela riu. – Parece que você esqueceu tudo, então. Ou será que não quer ver o que está na sua frente? – Ela dizia debochadamente.

— A única coisa que vejo na minha frente, no momento, é o futuro. – Ela engasgou.

— F-futuro?! – Ela corou.

— É. – Concordei. – E ele se resume comigo te botando para fora se você não sair daqui em... – Olhei meu relógio. – 10 segundos.

— O QUE? – Ela berrou furiosa.

— 1. – Disse olhando meu relógio.

— Richard, você realmente acha que eu vou embora assim?

— 2. – Lhe dei as costas.

— Pare com isso.

— 3. – Fui até a porta.

— Não é assim que funciona. – Ela brigou enquanto eu abria a porta.

— 4. – Ela me olhou com ódio.

— NÃO! – Ela encostou-se ao sofá.

— Se não sair, nossa amizade, ou o que resta dela acaba aqui. – Eu disse sério, o que a fez ficar ereta novamente.

— Richard... – Ela tentou dizer alguma coisa.

— 5. – Disse voltando a olhar meu relógio.

— TÁ BOM! JÁ ENTENDI! – Ela puxou a bolsa e começou a pisar pesado em direção à porta. Assim que passou, parou e se virou para fala algo.

— 6, 7, 8, 9. – Eu disse rapidamente e fechei a porta na sua cara.

— AAAH! – Ela berrou do outro lado da porta.

— 10. – Eu disse alto do outro lado da porta para ela ouvir. TCHAU TONI!

Eu apenas me joguei no sofá e esfreguei meu rosto. Precisava esquecer tudo isso. – Olhei meu relógio e o mesmo marcava 08h41min. Suspirei. Essa discussão havia demorado. Parecia ter sido uma eternidade.

Tentei deixar isso de lado, por que logo Kory estaria aqui e eu não queria que ela ficasse sabendo. Se as palavras de Argenta quiserem me afetar, teria que ser daqui duas semanas, tem muitas provas no momento.

Não demorou muito e deu 10hrs. Kory chegou uns cinco minutinhos atrasada, mas fiquei feliz em vê-la. A campainha tocou e pensei que fosse Argenta, então levantei e fui até a porta um pouco bravo. Abri a porta cm uma carranca n rosto.

— Que é? – Perguntei mal humorado. – Kory se assustou e logo riu.

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— Bom dia para você também Richard. – Corei violentamente. Droga Richard, seu estúpido!

— Kory, me desculpe. – Abri espaço para ela passar.

— Aconteceu alguma coisa? – Ela passou e eu fechei a porta.

— Alguns vendedores chatos. Já pedi para o porteiro não os deixar entrarem, mas sempre conseguem de alguma forma. – A ruiva riu e colocou a mochila no sofá, logo seguindo para a cozinha com uma embalagem. – O que é isso?

— Nosso lanche. – Ela colocou a embalagem na geladeira. – O resto da torta que sobrou. – Sorri. Eu tinha amado essa torta.

— Vamos estudar? – Ela sorriu. Concordei. Ela ficava tão linda animada.

Seguimos para a mesinha de centro da minha sala e afastamos um pouco o sofá. Pegamos cadernos e materiais e começamos. A prova era sobre Oriente Médio. Particularmente eu não gostava muito de Oriente Médio, quem gostava era a Kory.

Começamos a seguir o roteiro e fazer as atividades que eram propostas. Até que eu garrei em uma das páginas. Olhei Kory e ela parecia tranquila, estava uma folha na minha frente. Continuei tentando fazer o dever, mas não consegui. Bufei e Kory me olhou.

— Algum problema? – Ela me perguntou com a expressão preocupada mais fofa do mundo, abaixei meu rosto rapidamente para ela não me ver corar.

— Não consigo resolver isso aqui. – Kory se aproximou e sorriu.

— Sei o que você está com dificuldades. – Ela me puxou e eu me arrumei diante a mesa. Ela começou a me explicar a matéria e me mostrava às páginas que poderiam me ajudar em cada exercício. Comecei a tentar fazer a folha e ela apontou para um paragrafo. – Aqui. – Ela havia se aproximado o que me fez corar violentamente com seu perfume. Era o mesmo perfume de camomila que eu adorava.

Eu não precisei de muito, por que logo eu já estava avançando facilmente, mas tinha certa ruiva na cabeça. Era me afetava de formas inimagináveis. Eu estava doido por Kory.

— Arg! – Eu me jogo para trás. Estava refazendo a questão pela quarta vez. – Isso é impossível. – Kory riu de mim.

— Não, não é. – Ela olhou meu dever e sorriu. – Você está no caminho certo – Ela estava olhando meu caderno. Vamos arriscar uma abordagem bem arriscada. Levantei e a abracei pela cintura com uma das mãos. Ela se assustou e ficou quieta. Eu apenas afundei meu rosto em suas costas, estava totalmente corado com o coração à mil. Será que ela iria me odiar. – Richard...? – Ela me chamou de forma suave, o que me fez tremer.

— D... Desculpe Kory. – Eu me esforçava para falar. – Eu precisava de um abraço. – Ela se virou vagarosamente e me abraçou. Ficamos assim por um bom tempo. Eu estava totalmente vermelho. Duvido que exista algo mais vermelho que eu nesse momento.

— Quer ir comer alguma coisa? – Ela perguntou após vários minutos. Concordei com a cabeça e ela saiu do abraço.

“Isso foi... Incrível.”— Pensei comigo, extremamente corado. Após algum tempo, já com a minha cor reestabelecida foi até a cozinha.

POV Kory...

Eu estava bastante concentrada no meu dever... Quem eu estava querendo enganar? Meu coração estava disparado por estar ao lado de Richard. Confesso que tive vontade dele e beijar. Fui tirada de meus desvandeios quando ele bufou.

— Algum problema? – Eu perguntei um pouco preocupada e Richard abaixou a cabeça.

— Não consigo resolver isso aqui. – Eu me aproximei um pouco hesitante, mas consegui dar um sorriso. Estava tão nervosa.

— Sei o que você está com dificuldades. – Eu o puxei e ele se endireitou em seu lugar. Comecei a explicar a matéria e no que ele estava com dificuldade. Mostrei algumas páginas que iriam ajuda-lo. Ele tentou fazer os exercícios, olhando as páginas. Eu apenas o observava, até que apontei para um parágrafo que iria ajuda-lo melhor. – Aqui. – Eu me aproximei um pouco e pude sentir o cheiro de Richard. Era tão bom e fazia meu coração se desesperar.

Logo ele começou a fazer seu dever e eu o meu. Estava totalmente envergonhada. Vez ou outra e o olhava pelo canto do olho. Ele era tão lindo se concentrando.

— Arg! – Ele se jogou para trás. – Isso é impossível. – Eu ri.

— Não, não é. – Olhei o que estava afetando ele e sorri. – Você está no caminho certo. Eu estava desprevenida e, de repente, Richard me abraça por trás e escondi seu rosto em minhas costas. Eu corei imediatamente. Meu rosto queimava muito.

Eu levantei minha mão, mas não tinha coragem de encostar em suas grandes mãos. Fiquei com a mão no ar algum tempo, queria tocar nele, mas eu estava corada e meu coração estava desesperado demais para isso. – Richard...? – Eu tentei chama-lo da forma mais suave possível sem minha voz falhar, mas senti seu corpo tremer, o que me fez corar mis ainda.

— D... Desculpe Kory. – Ele gaguejou um pouco. – Eu precisava de um abraço. – Juntei toda a coragem do mundo e me virei para ele devagar e abracei o moreno. Eu fiquei mais vermelha, pude sentir o cheiro de seu cabelo. Era de shampoo neutro. Não deveria existir algo tão vermelho como eu agora.

— Quer ir comer alguma coisa? – Eu perguntei não querendo sair desse abraço, maldita hora que fui abrir a boca. Ele concordou e eu fui para a cozinha.

Após algum tempo, Richard apareceu na cozinha e comemos torta com suco. Sim, eu tinha intimidade de mexer nas coisas dele. Ele era assim, por que eu não seria?

Quando nos sentamos para comer, voltamos a conversar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Estudamos e conseguimos concluir tudo. Quando o relógio marcava 16h01min eu decidi que iria embora. Richard me acompanhou até o ponto de ônibus, depois disso, cada um foi para seu canto revisar mais alguma coisa e dormir, afinal amanhã tínhamos aula.

Continua...