Kidnapped - Sequestrada

Ela está bem na minha frente.


POV'S Alessa.

Estava tudo perfeito em minha vida. Iria morar com minhas melhores amigas, iria fazer faculdade com elas e tudo isso em Los Angeles. A tão amada, Los Angeles.

Estou prestes a fazer dezoito anos, tenho minha casa, meu carro e alguns milhões em minha conta. O que poderia estar errado?

Simplesmente o fato de eu não ter mais uma família. Todo aquele dinheiro, a casa e o carro não tapam o buraco que falta em meu coração. Ver meus pais dessa forma me machuca muito. Eu sei que sou uma patricinha, que não vive sem as mordomias que os pais dão, mas eu trocaria tudo isso para que o que meu pai fez, nunca tivesse acontecido.

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Ver o rosto de infelicidade da minha mãe todos os dias acaba comigo. Ter que vê-la se levantar todos os dias cedo com um sorriso falso no rosto. Eu nem posso imaginar a dor de ser traída pela pessoa que você mais confiou e jurou amar por toda a vida. Todos os dias tenho que colocar um sorriso no rosto. As pessoas podem dizer que eu reclamo de "barriga cheia" mas não entendem que para mim, família vem antes de qualquer dinheiro. Sei que há pessoas com problemas maiores e mais graves que os meus, mas cada um lida com eles a seu modo. E acho que me afastar, será o meu melhor modo. Meu pai deixou claro que ele e minha mãe não tem mais volta, está prestes a casar-se com uma destruidora de lares e eu já não me sinto mais protegida na presença de meus pais. É como se eles fossem me abandonar assim como abandonaram um ao outro.

Acho que o melhor que tenho a fazer é seguir minha vida ao invés de me martirizar pelo acontecido. Isso só me levaria mais para baixo. Eu estou prestes a me tornar uma mulher. Não posso sempre querer resolver os problemas de meus pais.

Eu aceitaria o noivado de meu pai com outra mulher, desde que ela não fosse a vadia que ele se deitou e traiu minha mãe. Isso eu nunca vou aceitar. Esse casamento eu nunca vou aceitar!

- Filha? - diz minha mãe batendo na porta que se encontrava aberta e se encosta na mesma.

- Oi? - me viro sorrindo.

- Você está feliz em ir para Los Angeles?

- Claro que sim mãe. - alarguei meu sorriso e caminhei até a mesma deixando as malas em cima da cama de lado e abraçando-a.

- Eu vou sentir sua falta minha princesa. - escorreu uma lágrima de seus olhos e eu a limpei.

- Mãe... Não chore, você pode ir me visitar quando quiser... - sorri.

- Claro, claro. - beijou minha cabeça - Eu só estou preocupada... Eu não vou estar lá para cuidar de você. Por favor querida, você sabe que sua vida depende da insulina. Não se esqueça! E você já tomou a insulina hoje?

- Eu não vou me esquecer mamãe. - ri - Fica tranquila. Tomei assim que acordei. - levantei meu braço mostrando a pulseira que marcava noventa e nove. A mesma me deu um beijo na testa e saiu.

Terminei de fechar as malas e peguei elas arrastando porta afora. Chegando na escada, joguei uma por uma de lá de cima até lá embaixo.

Desci escorregando as escadas pelo corre mão e cai em cima do pufe que havia no pé da escada, colocado lá pelo meu pai, após eu cair várias vezes depois de fazer isso e na última vez quebrar meu dente de leite.

Ah... Já faz tanto tempo. E o pufe continua ali, no mesmo lugar.

- Malaquias? - gritei para o mesmo que em instantes estava em minha frente. - Me ajuda a levar pro carro. - me referi às malas e ele assentiu me ajudando a pega-las do chão.

Depois de tudo pronto, partimos para o galpão. Cheguei lá e as meninas já estavam lá, tomando café da manhã no Starbucks.

Esse galpão, era de uma companhia, onde várias pessoas famosas e ricas, guardavam seus jatinhos. Era tipo um mini aeroporto. Haviam várias lojas de presentes, caso alguém quisesse comprar algo antes de viajar e várias cafeterias, incluindo o Starbucks.

- Alessa. - correu Court e me abraçou.

- Bom dia meninas. - sorri.

Nova York estava um frio de rachar, estava prestes a nevar.

Daqui a uma hora, iríamos pegar o jatinho e meu pai ainda não havia chego. Todos estavam lá, os pais e as mães das minhas amigas, mas só a minha mãe se encontrava lá. Estávamos todos nos divertindo, mas a todo momento eu olhava para os lados para ter certeza de que ele não viria e ele não veio.

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- Com licença. – disse um homem. – O jatinho está pronto. Quando vocês quiserem. – e saiu andando, depois de manear a cabeça, se despedindo.

- Ah, querida. Deve ter acontecido algum imprevisto, senão eu tenho certeza de que ele estaria aqui. - disse minha mãe ao perceber minha cara de insatisfeita.

- O único imprevisto que pode ter acontecido no dia em que sua filha está indo para outro país é de uma prostituta segura-lo em casa com a vagina!

- Alessa! - esbravejou minha mãe.

- Desculpe.

Terminamos de nos despedir e eu caminhei em direção ao jatinho. Parei na metade do caminho e olhei para traz com toda a esperança do mundo, e uma lágrima cai de meu olho assim que constato que ele realmente não viria. Entro no jatinho e tomo meu lugar. Não demora muito e decolamos.

O porquê de meu pai ter feito isso eu não sei, mas a partir de hoje ele morreu para mim. Ele deixou eu e minha mãe para trás. Ele nem se quer tirou alguns minutos para pelo menos vir me dar um abraço no aeroporto. Estou indo para outro país e não sei quando vou vê-los de novo e ele simplesmente não está nem aí para mim. Com certeza ele providenciou tudo para que fiquemos o mais longe possível e assim poder então se casar com aquela ariranha. Não adianta querer me agradar com casa, carro, dinheiro se o que eu quero ele não pode me dar. Não mais. Eu necessito de amor, mas aquela vadia tomou tudo o que eu tinha. Espero que faça bom proveito, porque eu não quero mais!

[...]

- O noivo pode beijar a noiva. - disse o padre.

O QUE? Mas como assim? Eu já não acabei com esse casamento?

Meu pai deita Emili e lhe dá um beijo de cinema, o beijo que nunca vi dar em minha mãe.

- Não! - grito, mas eles parecem não se importar. - NÃO! NÃO!

Tento fazer algo, mas não consigo me mexer do lugar em que estou sentada. As minhas amigas sorriem e aplaudem a pouca vergonha a nossa frente. Como elas puderam fazer isso comigo?

Emili passa pela passarela agarrada ao meu pai, eles passam por mim e ela pisca. Sua mão que está atrás do quadril de meu pai, se encontram com os dedos cruzados. Ela olha para trás e sorri.

Ela não pode fazer isso! Ela não pode! É uma interesseira que quer acabar com minha família.

- NÃO! - grito e corro atrás dela a grudando pelos cabelos.

- Alessa, pare! - gritava meu pai tentando segurar minhas mãos. - Pare!

...

- Alessa, para! - abri meus olhos e é Babi segurando minhas mãos. Eu estava suada e com a respiração descompassada.

- Foi horrível. - disse me arrumando no assento do jatinho.

- Posso imaginar. - disse Babi. Ela estava sentada de frente comigo. Hanna e Courtney estavam na cama, dormindo. A aeromoça que viajava conosco veio e perguntou se estava tudo bem. Assenti e pedi água.

Depois de mais algum tempo voando os céus, pousamos. Passei o resto da viagem acordada, não me permiti dormir mais por medo de voltar a ter o mesmo pesadelo.

Descemos e pegamos o carro alugado, indo direto para o hotel. Meu carro ainda não havia chego e minha casa ainda não estava pronta. Pelo menos não do jeito que eu queria. Uma decoradora da família estava cuidando de tudo, enquanto a casa não fica pronta, iremos nos hospedar no hotel cinco estrelas de L.A.

POV'S Justin.

Cheguei em uma de minhas boates e haviam novas putas lá. As olhei atentamente e logo Niall me ligou e disse que já havia chego. Ele vai morar aqui em L.A para ajudar nos negócios e sobre o quadro. Fui no hotel onde ele está hospedado e levei comigo os documentos da nova casa dele para o mesmo assinar.

Cheguei no hotel e dei o nome de Niall e a recepcionista disse o número de seu quarto e eu subi. Bati na porta e ela foi aberta quase de imediato.

- Eai Bizzle. - disse me dando um abraço.

- E aí cara. Como foi a viagem? - perguntei.

- Foi ótima. Mas aí, me conta o que houve cara. Acharam o filho da puta que fez isso?

Contei tudo o que aconteceu e o mesmo ficou preocupado perguntando se eu estava realmente bem. Aos olhos de qualquer pessoa, nunca imaginariam o que somos de verdade. Agimos totalmente diferente quando se trata de nós mesmos. Cuidamos uns dos outros. Pois somos tudo o que temos. Somos uma família.

Dei os papéis para ele assinar e daqui dois dias ele estará em sua nova casa. Me despedi de Niall e desci indo embora, passando na recepção antes.

Uma menina de cabelos negros como a noite, sua pele levemente bronzeada pelo sol e seus olhos castanhos escuros trombou em mim, derrubando a pasta e espalhando os papéis. Sua boca carnuda me chamou atenção. Imaginei a vadia na minha cama.

- Me desculpe. - disse apressada, me ajudando a pegar os papéis.

- Presta atenção, Kath. - esbravejou uma loira gostosa dos olhos azuis.

- Eu já pedi desculpas! - disse a tal de Kath mal humorada.

A olhei, fazendo nossos olhos se encontrarem. Seu rosto parecia o de uma boneca. Deve ser mais uma riquinha que reboca a cara com maquiagem para não mostrar os defeitos que tem no rosto.

- Gostaríamos de saber o número de uma reserva. - disse a loira de olhos azuis no balcão.

- Está no nome de quem? - perguntou a recepcionista.

- Alessa. Alessa Kendrick. - me levantei num súbito e encarei a loira a minha frente. Então quer dizer que vai ser mais fácil do que eu imaginava. A Kendrick está em Los Angeles e bem aqui na minha frente!

- Aqui está. - disse a morena Kath que havia terminado de pegar tudo e colocado dentro da pasta logo me entregando. - Desculpe mais uma vez.

- Não tem problema. - beijei sua mão e sai indo embora.

Tenho um trabalho a fazer, tenho um encontro marcado com a loira Kendrick.

Parei na calçada em frente ao hotel e ligo para Ryan.

.....

- Fala Dude? – disse ele atendendo.

- Encontrei a Kendrick! - disse e o mesmo gaguejou. – Ela está bem na minha frente! – disse olhando para dentro do hotel e vendo-as no balcão.

- Onde você está, cara? – perguntou nervoso.

- Indo pra casa. – e ele não falou mais nada. Logo a linha caiu e tenho certeza de que ele está indo neste momento para minha casa com os caras para saber mais pessoalmente.