A vítima desabou no assoalho gélido já sem vida.

Um aglomerado formou-se ao redor e todos os olhares encontravam-se refertos de incredulidade e arguição. A garota tremeleava com a Glock em mãos e seus olhos esgazearam-se. Seu coração fustigava e a culpa açoitou-a assim que a incredulidade findou-se.

Por Deus, não!, clamava repetidas vezes.

Dentro de si, as emoções enleavam-se e transbordavam em lágrimas escassas, similares às suas forças. Não havia parte de si que não tremia, sua respiração era pesada e audível: ela não tirava os olhos de seu mártir.

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Todos abriram espaço e o senhor de terno e porte altivo rompeu o ambiente com seu charuto Churchill. Seu andar e falar indispensavelmente munidos de puro donaire. Ele olhou inexpressivo para o cadáver, e fitou a garota desafortunada e enfraquecida.

Ela não se acanhou: inspirou e franziu o cenho.

Depois de um trago, ele pronunciou-se:

— Então essa criatura miserável provocou tudo isso? — riu.

O capanga com quem lutara a garota segurava uma compressa de gelo.

— Achei que fosse capaz de coisa melhor, Dimitri.

O subordinado abaixou a cabeça.

— Você, garota, venha comigo.

Seu coração gelou dentro do peito.

Levantou-se, receando o pior.

Certificou-se de ainda estar com o revólver.