John estava dormindo com a cabeça encostada no colo de Shayera, quando finalmente ela acorda.

- O que aconteceu? Hei acorde! – Cutucava John, ainda morrendo de dor de cabeça.

- Shay, que bom, morri de preocupação!

- Shay? Espera, quem é você?

- Como é que é?

- Quem é você?

John levantou e saiu correndo para a sala de comando, onde Jo’nn estava.

- O que houve, John? – Indagou Jo’nn, sem tirar os olhos dos controles da Liga.

- Shayera perdeu a memória!

- Não é possível!

Jo’nn fala com Dr. Meia Noite pelo comunicador e o mesmo segue imediatamente para o setor médico.

- Shayera, você está bem? – Indagou Dr. Meia Noite. – Os resultados dos seus exames não diziam que você perderia a memória.

- Estou, mas não conte ao John.

Ela tenta se levantar, mas é interrompida pelo Doutor.

- Você deve descansar mais um pouco. – Disse em seguida saindo da sala.

- E então? – Indagou John, preocupado.

- Nada posso fazer, me desculpe – pronunciou baixo e repara logo após a chegada de Diana.

- O que você não pode fazer?

- Shayera perdeu a memória – ele disse com os olhos lacrimejados.

Diana não acreditou e entrou no setor médico o mais rápido que pôde.

- Shayera! – Diana deixou uma lágrima escorrer pelo seu rosto. – Me diz que você não perdeu a memória, por favor!

Mesmo com todas aquelas brigas elas gostavam uma da outra, e muito.

- Vem cá minha amiga.

O rosto de Shayera ainda estava sujo. John havia limpado um pouco antes de adormecer, mas manchas de sangue seco ainda estavam amostra em seu rosto.

- Me desculpe por preocupá-la, não foi minha intenção.

- Ai que bom. – Ao dizer, ela a abraçou, sem palavras para dizer.

- Amo muito você Diana, apesar de tudo. Preciso falar com o John, mas não conte nada.

Diana não disse nada, balançou a cabeça e sorriu.Em seguida ela saiu, dizendo a John que ela queria falar com ele. Sabendo disso ele entrou e parou diante a ela.

- Por que mentiu para mim?

- Não me peça satisfações, John! – Ela fez uma cara de quem comeu e não gostou, tirou a coberta de cima de si e levantou-se. – Foi você mesmo que disse para esquecê-lo.

- Mas não dessa maneira, não quero discutir com você!

- Ótimo! – Ao dizer ela solta um pequeno gemido de dor, colocando a mão sobre a cabeça. – Vai embora!

- Não vou!

Ele se aproximou e segurou seus braços com força.

- Não vê que fiquei horrorizado quando a vi pendurada e completamente ensangüentada? Você não vê que eu a trouxe para cá com um medo terrível de que morresse em meus braços? Caramba, não vê que eu amo você? – Ele soltou os braços dela e se afastou. – Me desculpa, estou saindo.

- Eu... eu...

Ele parou ao ouvi-la gaguejar.

-...Também amo você!

Depois do pronunciado ele se virou e a abraçou calorosamente.

Ele a pegou no colo e colocou-a na cama em seguida.

- Saudade disso aqui – ele murmurou.

Em seguida a beijou ardentemente, um beijo que misturava muitos sentimentos. Saudade, amor, paixão, alegria...

- John... Desculpa por mentir.

Ela deixou uma lágrima escorrer por seu rosto, sabia que sentia falta disso. Ela passou o dedo indicador no lábio inferior dele e sorriu.

- Tudo bem, sua mentira me fez refletir.

- Sobre o quê?

Ele fechou os olhos e ao abri-los se deparou com a cara de desentendida dela.

- Me fez refletir por um segundo sobre o que eu estava deixando para trás.

- Entendo – disse sorrindo e em seguida abraçou-o.

No centro de comando da Liga:

- Me chamou, Jo’nn? – Indagou Diana ao entrar na sala.

- Sim, tenho uma missão para você e Super Man.

Batman entra na sala logo em seguida.

- Deixe-me ir também, eles dois não darão conta disso sozinhos.

- O que quer dizer, morcego? – Por um minuto Diana ficou brava, porque ela e Clark não dariam conta? São fracos?

- Fique, tenho um serviço para você. – Jo’nn levantou e entregou um aparelho de rastreamento em suas mão.

- Está bem. – Ele pegou e logo depois olhou para Diana, sério. – Espero que não esteja brava.

- Me deixa! – Ela estava caminhando em direção a porta e esbarrou em Clark. – Vê o que tem que fazer logo, estou com pressa!

- Nossa, quem estressou ela? - Indagou Clark.

Bruce deu de ombros.

- Super Man, você e Mulher Maravilha irão entrar na área subterrânea ao norte de Metrópolis. Batman os guiará, mas cuidado, pois lá é escuro e os interruptores não são muito visíveis. Outra coisa, nada de lanternas.

Clark afirmou que havia entendido com a cabeça e saiu. Chegando na entrada do tal subterrâneo ele chama por Batman.

- Batman, como entrar?

- Espere! – Disse conectando o rastreador no centro de comando. – Diana, conecte o aparelho que Jo’nn lhe deu no sistema da porta.

Ela o fez.

- Ok! – Ele mexeu no sistema e a porta abriu.

Eles entraram no primeiro departamento, estava muito escuro.

- Procurem não fazer barulho. A luz está a sua esquerda Clark. Vire a esquerda e ande aproximadamente oito passos, apalpe a mão na parede até a altura de seu pescoço.

Clark o fez, acendendo a luz.

E assim foram seguindo em todos os departamentos. Eles teriam que chegar no controle para pegar o mapa das bases aéreas que foi roubado, mas eles mal sabiam que aquilo era uma cilada. O mapa era falso, eles não usaram lanternas para não chamar atenção demais. Batman perdeu o sinal com eles e ainda por cima estavam cercados sem saber sobre o que estava ocorrendo.

- John, preciso de você! – Disse no comunicador. – Chame o Flash e vamos para a área subterrânea da missão.

Batman foi na frente, pegou sua nave e foi o mais rápido possível para o local. Chegando lá ele viu Super Man no chão e então o ergueu.

- Super Man, onde está Diana?

- Eles a levaram para um navio no porto – Ele falou num só gemido.

Batman o pôs no chão.

- Vou atrás dela, Flash e Lanterna estão chegando e vão te socorrer. – Assim dito, ele foi atrás de Diana.

Logo depois Lanterna e Flash chegaram e levaram Super Man para o setor médico. Depois de alguns minutos Batman chega no porto, viu Diana desacordada, amarrada na ancora do navio.

- Que bom que chegou Batman! – Disse Luthor.

- Sabia que era você. Você que colocou a substancia na lava e atingiu a Mulher Gavião.

- Isso mesmo, e agora você vai perder sua amiguinha. – Ele apertou um botão do controle remoto fazendo a ancora cair de encontro à água.

- Diana!

Batman gritou e correu. Luthor aproveitou para fugir e enquanto isso o morcego pulou na água e depois de instantes se aproximou da ancora. Tentou arrebentar a corrente, mas não adiantou, só conseguiu afrouxar um pouco e por fim retirou Diana, subindo quase sem ar ele chegou à superfície.

- Ahhh... – Retirou ela da água e tentou acordá-la, mas não conseguiu, por fim resolveu uma respiração boca-a-boca e enfim conseguiu acordá-la. – Você está bem?

- Graças a você! – Tossia sem parar.

Batman retirou sua capa e enrolou nela, logo em seguida a erguendo em seu colo.

- Nunca tirei minha capa para nada – disse sério.

- E por que tirou para mim?

- Sempre tirei para o mais importante – continuou serio.

- Sou importante?

- Infelizmente!

Ele a ajeitou em seu colo e foi andando para sua nave.

- Como assim infelizmente? – Pulou do colo do morcego, muito brava.

- Mais tarde agente conversa, agora deixa de ser teimosa e venha cá. – Disse segurando-a contra sua vontade.

- Não quero sua ajuda!

Eles voltaram para a torre e chegando lá todos ficaram espantados ao ver Diana enrolada na capa do Batman, em seu colo e ainda possível com a pior das caras.

- Bom, as noticias não podem ter sido boas, estou certo? – Indagou Jo’nn.

- É esse imbecil!

- Salvei a sua vida!Exclamou Bruce, sério.

- Não pedi, me deixasse morrer se fosse preciso!

- Ou vocês calem a boca ou terei que me meter! – Disse Shayera chegando batendo a clava em sua mão.

- Shayera? – Todos disseram em uníssono, estavam impressionados.

- Sim, por que o espanto?

Bruce e Diana pararam de brigar e ele a pôs no chão, logo em seguida Mari chegou.

- Por que ela está com a cabeça enfaixada? Trocaram seu cérebro de passarinho por um maior? – Debochou Mari e Shayera revirou os olhos.

- Mari, precisamos conversar... – Disse puxando-a.

Enquanto isso todos acompanhavam tudo de olhos arregalados. O que será que vai acontecer?

Continua...