Just another girl

Chapter Seventeen


Combate, eu estou pronta para o combate.

(The Archer, Taylor Swift).

O recesso de inverno acaba e a rotina pesada recomeça. Eu não tenho paz. Rachel não tem paz. Mas nós ainda fazemos pequenas coisas, como deixar bilhetinhos de amor no armário uma da outra, ou simplesmente enviar chocolates de surpresa. Faz três semanas que não fazemos nada juntas nos fins de semana e isso está me matando. Tenho ensaios aos sábados, enquanto Rachel tem aulas de canto. Religiosamente, todo domingo ela grava mais um vídeo cantando. Não temos como sair desse planejamento até, pelo menos, passarmos para as regionais – estou responsável pelas Cheerios até o fim, assim como Rachel assumiu o Glee ao lado de Finn.

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É terça-feira e Brittany tagarela sobre como Sue quer enfiá-la num canhão para mandá-la para a morte certa. Ela diz que é muito jovem para morrer, que não pode deixar o gato dela órfão. Eu não sei como ela vai escapar disso, porque quando Sue coloca uma ideia na cabeça é muito difícil que ela volte atrás.

Estamos na mesa almoçando, mas Rachel não está. Só estamos eu, Santana e Brittany. Rachel tinha me avisado que ia ensaiar com Kurt no auditório também durante o almoço. Eu planejo levar um burrito para ela assim que Brittany parar de choramingar.

Quinze minutos depois, finalmente estou saindo da mesa. Santana grita algo sobre eu estar abandonando a Unholy Trinity, mas eu não rebato nada. Na verdade, eu passo muito tempo com elas treinando com as Cheerios. Se tem alguém que deve se sentir abandonado aqui é Rachel. Só nos vemos na escola e, se não são as salas vazias, provavelmente nos beijaríamos uma vez a cada duas semanas. Eu ainda não me sinto bem em beijá-la em público, e Rachel entendeu. Nunca mais agarrou meu rosto e me beijou de surpresa.

A verdade é que nós estamos cada uma no seu próprio mundo em explosão para focar no romance – e isso é horrível, a certo ponto. Eu queria que nosso amor fosse prioridade... Mas eu já entendi: não tem como ter uma vida equilibrada. Ou você é ótima fazendo uma pirâmide humana perfeita ou transa todos os fins de semana com a garota que você ama. Não tem como ter as duas coisas.

Os corredores estão mais vazios, porque a maioria está no refeitório.

Kurt e Rachel estão cantando, é óbvio – não sei que música, pois não conheço. Deve ser de algum musical. Me sento na platéia, para não interromper. Eles continuam cantando como se nem mesmo tivessem me visto – duvido que tenham. Eles estão de mãos dadas cantando: but I know I’m who I am today because I knew you.

É algo bonito – ambos estão se esforçando e colocando seus corações na letra. É como se fossem, eles mesmos, atores da Broadway. Bato palmas quando a música termina. Eles me olham.

— Hey – Rachel fala, sorrindo.

Me levanto da poltrona e digo:

— Trouxe seu almoço.

Caminho até o palco e me aposso dele como Rachel e Kurt.

— Não precisava, eu trouxe salada – Rachel diz; fico meio desapontada, mas ela se esforça para ser agradável: – Mas obrigada.

Ela desembrulha o burrito e dá uma mordida.

Obviamente o burrito da escola é totalmente sem graça, mas é melhor do que nada. É melhor do que uma salada.

Eu sorrio.

— Estavam cantando alguma música para as regionais?

Kurt faz que não.

— Só treino, sabe como é – responde com descaso.

O sinal bate, porque não temos mesmo muito tempo. Eu fiquei ouvindo Brittany demais, deveria ter saído da mesa antes. Agora não posso nem mesmo dar um beijo nela numa sala vazia.

— Obrigada – ela me diz, brandindo o burrito. – Nem acredito que o almoço já acabou.

Fico esperando alguma coisa: um abraço, um beijo. Mas nada acontece. Kurt está silencioso ao lado de Rachel, observando. Não me sinto confortável com isso. E gostaria que ele simplesmente sumisse.

— Agora eu vou ter que ir – Rachel anuncia. Ela aperta minha mão com dedicação e afeto – Amanhã eu juro que almoço com você.

Nós saímos do auditório e rumamos para os armários, para apanhar nossos materiais. Sinto frustração quando eu e Rachel nos separamos. Não acredito que encontrei uma pessoa incrível e que não consiga ter dez minutos em paz com ela. Eu queria que nem eu nem ela estivéssemos compromissadas com coisas aleatórias. Quer dizer, o Glee pode dar uma bolsa para ela, e isso é o máximo. Eu sei que posso conseguir uma bolsa também, com as Cheerios, mas para quê? Eu nem vou entrar em faculdade nenhuma. Eu não tenho um futuro acadêmico interessante. Provavelmente vou fazer um técnico qualquer só para não amolar meus pais e vou acabar trabalhando como uma garçonete num bar qualquer para ter o mínimo. Não há muito que dizer.

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Sou uma sem futuro.

E ser uma Cheerios não vai mudar isso.

Depois das aulas, antes do treino, envio uma mensagem para Rachel:

Sábado, depois das 18h. Vamos sair. Não aguento mais.

Rachel não responde. Vou para casa e tenho uma surpresa (bem, mais ou menos).

Na semana do aniversário da minha mãe, meu pai muda completamente. Ele simplesmente se torna um homem de verdade. A cada dia, ele dá um presente diferente para ela e, no dia, só falta ele dar a ela uma ilha privativa. Tem que ter muita criatividade, sinceramente. Como se isso apagasse todo o controle que ele faz e todas as noites que ele chega tarde – e que a minha mãe sabe o porquê, mas finge que não.

Então, eu chego em casa e minha mãe me ataca com um colar de pérolas, feliz demais.

— Seu pai me deu hoje de manhã.

Nós não tínhamos nos visto pela manhã, pois eu saí mais cedo.

— Yay! – digo com sarcasmo.

— Espero que você saiba que, quando eu morrer, todas as minhas jóias ficarão para você!

— Uau, mal posso esperar – rebato ainda zombeteira.

Minha mãe me olha.

— Pare de ser mal-educada! – ela exclama. – Eu quero que você encontre um homem que te agrada como seu pai faz comigo.

— Anotado – ergo o polegar, rolando os olhos.

— Toda mulher precisa ser mimada pelo marido – minha mãe continua.

— Pena que ele não volta todas as noites para você, né?

A compostura dela muda. Minha mãe para de flanar pelo espaço como uma jovem apaixonada.

— Bem, mas ele está comigo. É isso que importa.

Não sei mesmo como ela consegue sustentar essa máscara, sério. A esposa perfeitinha. A esposa que não se dói porque é traída. A esposa que quer ser comandada pelo marido.

Essa família é uma piada, sinceramente.

Estou saindo da cozinha, para ir ao meu quarto, e ela me chama de novo:

— Sexta-feira é a minha festa, não tolero insolências, ouviu?

— Sim, mamãe— respondo.

No meu quarto, verifico meu celular, ansiosa. Nada de Rachel ainda.

Tomo banho, janto (em silêncio enquanto ainda ouço minha mãe se derreter para meu pai) e me deito. Fico zanzando pelas redes sociais, ainda esperando qualquer sinal de Rachel. Quase à noite-noite, ela me manda:

Parque de diversões!!!

No dia seguinte, Rachel também não almoça comigo. No final da última aula antes do almoço, ela me escreve dizendo que precisa ensaiar de novo – agora com Finn. Porque “agora é pra valer”. Eu fico triste, porque estou com saudade da voz dela perto de mim. Parece que estamos nos afastando sem esforço algum. É a vida colocando outras coisas na nossa rotina. Mas focalizo no parque de diversões no sábado. Vai ser bom, vai ser o nosso momento de matar as saudades. Eu espero. Porque não agüento mais estar longe dela.

{...}

Na festa da minha mãe, eu me esforço. Eu deixo que ela faça o meu cabelo – depois de ela dizer que eu deveria me livrar de uma vez desse rosa. Agora, me maquio com mais esmero. Não quero a Quinn De Balada. Quero a Quinn Boazinha.

A casa enche mais do que o normal, porque aniversários são sempre assim. As coisas só não ficam mais caóticas do que no aniversário do meu pai, data em que ele convida absolutamente toda a cidade (quer dizer, só a parte rica e influente – que, acredite, é bastante gente).

Minha mãe parece muito satisfeita com seu vestido dourado cheio de pedrarias – digno de um Oscar. Não tem muito que falar, minha mãe é uma mulher exuberante e sabe disso. Às vezes ela consegue ser mais ardilosa do que meu pai. Apesar de ser ele quem dita as regras dentro de casa, ela sabe ganhar quando quer. Na minha educação, por exemplo. A obrigação é dela, como se vivêssemos em 1950 – e quem faz as diretrizes dessa educação é totalmente ela. Se ela quer me punir, ele não interfere. Afinal, “ela é a sua mãe”, como ele costuma dizer – como se isso significasse que é minha dona. É ela quem diz o que eu deveria vestir, como se comportar, como ser. Acontece que eu não ligo muito para o que ela fala. Bom, às vezes. Às vezes eu faço o que quero.

Me sento em um dos bancos do jardim, porque meu sapato está me incomodando. Ainda é meio-inverno e, apesar do meu vestido ter mangas longas, estou tremendo. Meus pais estão dentro de casa, bebendo e conversando, e eu estou aqui, fugindo deles. É absolutamente certeiro, porque, apesar de alguns me conhecerem, ninguém fala nada. Só quero beber mais um pouco de champanhe. E sei que essa já é a minha quarta taça. E pode ser que minha mãe esteja contando (a quem quero enganar? Ela faz isso em todas as festas).

Estou com o meu celular em mãos e passo pelo feed do Instagram como se procurasse uma saída. Me canso do feed e vou para os stories. Rachel é sempre a que me aparece primeiro e ela tem uma nova foto: um pote de sorvete em que Kurt Hummel foi marcado.

Ah, que ótimo, eu aqui nessa festa horrorosa, e ela numa boa com o Kurt. Eu só queria sair correndo e me encontrar com eles. Provavelmente eles passarão a noite assistindo a musicais, mas se eu me importo? Nem um pouco. Eu só quero um pouco de paz. Nada de pais me controlando.

Estou vendo stories de outros colegas, inclusive de Kurt, quando alguém se esgueira para perto de mim.

— Quero que você entre.

Levanto os olhos, desanimada. Durou pouco demais.

— Mãe – reclamo.

— Quinn. Estou dizendo. E me dá esse celular. É a minha festa e você está mais interessada nas suas coisas?

Comprimo os lábios, irritada e devastada ao mesmo tempo. Ela pode arrancar a taça da minha mão, mas o meu celular?

— Eu vou guardá-lo – me apresso, me levantando.

Eu guardo— ela rebate com energia e um olhar afiado, de quem diz que não tenho como escapar – Ande – sua mão estendida se sacode um pouco, impaciente.

Com relutância, distendo meu braço em sua direção.

— Ótimo – ela olha para o celular e o abaixa em sua mão direita com determinação. – Quantas taças foram?

— Não sei? Três?

— Não minta para mim.

Desmorono na frente dela.

— Essa é a quarta.

Ela assente e, mais uma vez, sua mão está apontando para mim.

Eu passo a taça para ela, que dispensa o conteúdo nas plantas com uma cara impassível.

— Vamos, agora.

Eu a sigo com tristeza. Bom, parece que não tenho para onde fugir.

— Sorria e seja agradável – ela comanda.

Sorrir e ser uma boa menina. Acho que eu consigo. Eu tenho fingido há tanto tempo que é fácil. Não que eu não seja uma boa menina, mas com certeza não sou a boa menina que eles querem. Não do jeito que eles querem. Começando pelo fato de que, talvez, boas meninas não beijam outras boas meninas.

Entramos na sala e meu pai está gargalhando com alguém – obviamente, um homem, porque... sei lá, homens estão sempre gargalhando enquanto as mulheres estão dando risadinhas escondidas. Acho que é assim que acontece no mundo do machismo.

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Minha mãe me puxa para perto de um grupo de mulheres. Conheço algumas delas, fazem eventos beneficentes na igreja. Apesar de eu ter deixado a igreja que freqüentava há uns três anos, sempre que reencontro essas mulheres, fazem questão de dizer como suas filhas adolescentes encontraram a salvação em Deus e não nos meninos. Como eu também não acho que exista algum tipo de salvação nos meninos, eu assinto, como a boa menina que eu deveria ser. Algumas dizem que suas filhas encontraram um bom rapaz da igreja e que logo, logo estarão casados e com suas vidas vazias e felizes.

É claro que minha mãe tenta me convencer de que a igreja é para mim. Lá só tem meninas boas e rapazes respeitosos. Mas eu continuo não aparecendo e “constrangendo” minha mãe. Ela diz que não dá para ser uma serva perfeita quando a sua filha é “uma ovelha que se nega a seguir o rebanho”. Não sei por que pra ela é tão importante ser uma serva perfeita sendo que a) não existe perfeição e b) vamos todos morrer, mas ela insiste. E eu continuo fingindo que não a ouço.

Agora, uma tal de Tabitha está falando que sua filha mais velha acabou de ficar grávida. Eu digo “Oh, que coisa maravilhosa!” só para ter o que dizer. Porque eu ainda não sei se quero ser mãe. Não sei se esperar um bebê é mesmo maravilhoso. O que eu vou fazer da minha carreira decrépita e débil como garçonete num bar horroroso qualquer? Não dá pra conciliar, dá? Ou você é uma garçonete idiota ou uma boa mãe. Ou sei lá, vai ver eu esteja errada. Vou ver que tem como ser uma garçonete idiota e uma boa mãe. Não que eu possa perguntar para alguém, as mulheres que me cercam são todas donas de casa e não precisaram ser garçonetes idiotas.

É quase meia-noite quando meu pai se pronuncia com o discurso reciclado de sempre – do qual minha mãe nunca se cansa, ou aparenta não se cansar. A animação dela é a mesma todas as vezes. Os olhos dela se enchem de lágrimas e ela sorri. Faço uma careta. Já conheço essa cena.

Então, acontece algo pior do que ver minha mãe chorando por causa de uma coisa tosca qualquer: ela olha para mim, em expectativa, e meu pai completa:

— Quinnie! Sua vez!

Nunca me pediram para falar absolutamente nada em festas de aniversários. Eu sempre entrei muda e saí quase calada, falando extremamente o necessário – geralmente concordando com coisas que, por conta própria, não concordaria.

Não entendo, então simplesmente fica parada com uma cara de paisagem e de surpresa ao mesmo tempo.

Minha mãe me sorri de um jeito perigoso e meigo ao mesmo tempo – o suficiente para mascarar sua real intenção.

Posso dizer que sou horrível em oratória? Porque eu sempre gaguejo nos debates das aulas e nunca sei o que realmente falar. Eu tenho esse problema, acho que sou mais burra do que imaginei.

— Hm – eu pronuncio, olhando para os lados. Os outros estão mesmo esperando alguma coisa. Sinto meu coração se acelerar, porque minha mente está completamente vazia. O que vou falar para alguém que eu mal sei se amo? Pelo menos não devo amar do jeito que deveria. Eu sei disso – Hm, ok. Bom. Mãe – eu digo, pausando as palavras. – É... Então, você fez cinqüenta anos. Provavelmente é metade da sua vida? – não tenho certeza, porque ela pode morrer a qualquer momento, é a lei da vida, você nasce e nunca sabe ao certo quanto tempo vai ficar por aqui – E você conquistou ótimas coisas... Um marido legal e uma família legal. – Meu Deus, estou pior do que meu pai. Que discurso imbecil. Mas é isso aí, eu não sei fazer discursos – Eu... Eu sinto muito não ser perfeita o tempo inteiro, mas... Bom, obrigada por me fazer ser uma boa garota. Porque... Porque ser uma boa garota é bom. Eu acho. – a cara da minha mãe está desmoronando a cada palavra que sai da minha boca, posso ver daqui. Ela está detestando. Não sabe onde enfiar o rosto corado – Então, obrigada por me ensinar todos os dias como... como eu posso ser cada vez melhor. – Meu Deus, que mentira. Não acredito em mim nem um pouco. Eu sou ridícula – Feliz aniversário! – finalmente, exclamo.

As pessoas erguem suas taças com animação.

Minha mãe não me abraça ou mesmo me lança um olhar gentil de agradecimento. Ela vai para perto de meu pai e fica lá, como se eu fosse uma leprosa.

Aos poucos, os convidados se vão. São quase duas da manhã quando posso finalmente entrar no meu quarto. Chuto os sapatos altos para o armário e me livro do vestido. Me olho no espelho e percebo que não sei ser qualquer Quinn que não seja a Quinn Da Escola ou a Quinn Da Balada. Com certeza ser a Quinn Boazinha é um saco.

Coloco meu pijama e me sento na cama para retirar a maquiagem. Nisto, minha mãe, ainda vestida elegantemente, entra.

Ela olha meu quarto bagunçado com desaprovação e me estende o celular.

— Eu não sei que tipo de menina você acha que eu quero que você seja, mas eu quero que você seja incrível fazendo o que Deus te planejou. – Ela diz. É claro que ela tinha que colocar Deus no meio disso. – Seria ótimo se você não se afastasse do que Ele planejou, sabe?

Fico calada, concentrada em passar o demaquilante pelo rosto.

— Eu quero que você seja, sim, cada vez melhor – continua com mais energia – E você deveria ser mais esforçada, com tudo o que eu e seu pai podemos te oferecer. Eu quero que a sua vida seja perfeita, porque você merece. E eu mereço ter uma filha perfeita.

Não sei o que dizer. Porque isso me machuca ao invés de consolar.

Assinto ao invés de falar algo.

— Você tem que se esforçar, Quinn – finaliza, com um último olhar. Sem esperar qualquer palavra minha, ela se retira, tentando retirar os brincos.

Nenhuma vez ela me perguntou se eu queria ser perfeita. É tudo sobre eles.

Seguro as lágrimas. Não vou chorar. Não quero que ela volte e veja o que causa em mim todos os dias.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.