Just Close Your Eyes

Dia 4 - 'Cause I remember. Final


“Droga! Essa garota só se mete em confusão!” pensava Leo, que tentava de algum modo seguir Reyna.

- Táxi! Táxi! Qualquer coisa com rodas!! Alô! – gritava ele, meio a escuridão.

O filho de Hefesto agitava os braços freneticamente. Estava com medo. Pela segunda vez. Ele não poderia perdê-la. De novo. O automóvel de Reyna já estava se distanciando.

Leo assoviava e gritava, quando um táxi finalmente parou à sua frente. O motorista abriu a janela.

- A minha namorada entrou num táxi e o motorista era suspeito! – ele explicou.

- E o que você espera que eu faça? – perguntou o homem.

- Siga-o! Eu tenho dinheiro, não tem problema, apenas me ajude a salvar a vida da minha namorada!

O taxista assentiu e Leo sentou-se no banco do carona. O taxímetro foi acionado e o homem começou a perseguição.

- O que houve mesmo? – ele perguntou a Leo.

- Ela e eu brigamos. Então ela correu, chamou um táxi e entrou. Só que o motorista a olhava de um jeito suspeito e eu não podia arriscar perdê-la novamente.

- Hum.

- Olha! – Leo exclamou. – Ele virou à esquerda!

- Xi, aquele é um lugar bem deserto, quase não tem gente.

- Então meu senhor! Mais um motivo! Pisa no acelerador homem!

O motorista atendeu ao pedido do garoto e correu, emparelhando seu carro no dele.

Por trás do vidro, Leo pôde perceber o medo nos olhos de Reyna. Ela suava e parecia gritar e o homem parecia dizer coisas obscenas. Então, virou bruscamente o carro na direção de um beco. Leo sentiu seu coração acelerar. Medo. Puro medo.

- Anda! Faça isso! Eu lhe paguei para seguí-lo!

- Vou perder minha habilitação se fizer isso! Espere! Esta rua é contramão!

- Então pare aí mesmo! E pode ficar com o troco. – falou Leo, tirando do bolso um maço de notas.

O taxista deu de ombros e saiu, deixando o garoto resolver seus problemas, afinal, pagando bem, que mal tem?

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Reyna nunca se arrependeu tanto de uma decisão. Por quê entrara justo naquele táxi?

O homem a olhava de um jeito estranho, mas de início ela tentava ignorar.

- Pare aqui. – falou com a voz imponente. – Este é meu ponto.

- Só é seu ponto quando eu disser que é. – ele ironizou. – Parece que já nos vimos. Você e aquele seu amiguinho estúpido. Mas ele não está aqui para te salvar.

- Eu posso te assegurar que nunca te vi. Agora pare este carro.

- Nossa, ela é bravinha. Eu lembro que você tentou me bater, e eu não consegui o que queria. Mas agora docinho, você vai fazer o que eu mandar.

- Estúpido! Canalha!

O homem sorriu irônico e parou o carro, virando numa curva brusca. Então saiu e abriu sua porta.

- Saia logo! Não quero saber de chorinho ou mimimi. Agora sua (piiiii), você vai fazer o que eu mandar. – ele mandou.

- Nunca! Nojento! Pervertido. – ela falou, cuspindo-lhe na cara.

- Você só me deixou mais irritado! Vai fazer o que eu mandar, e ainda te matarei no final. – ele falou.

- Isso é o que você pensa que vai fazer, seu nojento! – interveio Leo, que finalmente chegara à tempo de impedir que o estrago fosse feito.

- Olha! Seu amiguinho chegou! Tá pensando que é páreo para mim? Vem molequinho! Você e ela vão sofrer!

Leo não queria fazer aquilo, mas o homem estava pedindo. Concentrou-se e uma chama rubra nasceu em suas mãos. O homem arregalou os olhos, enquanto Reyna, que antes estava encolhida de medo, caminhava pelas costas do homem, empunhado uma garrafa quebrada que encontrara no chão. Leo a viu e sorriu, e ambos já sabiam os movimentos um do outro.

O filho de Hefesto se aproximava e o homem recuava, indo diretamente para Reyna, que perfurou suas costelas com o vidro. Antes que ele pudesse gritar e reagir, Leo o imobilizou no chão, e com um soco, o fez desmaiar.

- Corra! Chame um táxi e me espere. Só vou dar um jeito neste sujeito. – falou Leo.

Reyna assentiu e foi em direção à pista. Um taxista os esperava na porta.

- Você deve ser a namorada do garoto em pânico. Por causa dele eu quase tomei uma multa. Ele te ama muito, sabia? – falou o motorista.

Reyna tentou sorrir.

- Eu não tenho dinheiro. – ela admitiu.

- O garoto pagou o suficiente para uma viagem de 3 dias para a Transilvânia. Não se preocupe. Vou esperar por ele. Entre!

Reyna assentiu e se esgueirou para o banco de trás. Recostou-se na janela e começou a chorar.

Poucos minutos depois, Leo chegou.

- Você? – perguntou ao motorista.

- Eu não podia deixa-los sozinhos. E se a garota precisasse de um médico?

- Muito obrigado!

- Não há de quê. Agora entre e console sua namorada. Ela parece mal.

Leo deu-lhe um sorriso grato e sentou-se ao lado de Reyna, passando o braço a sua volta.

- Obrigada. – ela murmurou.

- Super Valdez ao resgate. Mais uma vez. – ele respondeu melancólico.

- Super Valdez?

- É uma das minhas personalidades. – ele deu de ombros. – Por exemplo,quando eu estou na praia, eu sou o Valdelícia (N/A: Viu Jade? Eu usei seu apelido. U.U) .

Reyna balançou a cabeça, incrédula.

- Você está bem? – ele a perguntou.

- Graças a você. Sabe, eu nunca tive tanto medo.

- Por quê? Já enfrentou coisas piores que eu sei.

- Mas é diferente. É a razão por eu ter tanto medo de navios.

- Está preparada para me contar?

- Depois do que fez hoje, eu te devo isso. – ela falou. – Bom, assim que invadiram o SPA da Circe, Hylla e eu fomos raptadas por piratas. Eles eram horríveis. Bárbaros, desrespeitosos, mal educados. Um dia, eles tentaram me... – ela fez uma pausa. – E Hylla me protegeu. Naquela época eu não sabia me defender. Então eles quase... com ela. Mas ela foi forte e derrubou todos. Eu tentei ajudar e a partir daquele dia, eles nunca mais fizeram nada. Mas eu ainda tenho pesadelos com aquilo, sabe? – ela admitiu.

Leo sentiu seus punhos se fecharem. Raiva. Era tudo que sentia, junto à uma intensa vontade de matar a todos que já fizeram algo com ela.

- Eu vou matá-los!

- Leo, isso já foi a tanto tempo... Por quê acha que minha irmã virou Amazona?

- Se eu pudesse... Se alguém fizer alguma coisa com você, pode me chamar que eu espanco.

- Você não faz ideia de quantas vezes eu já quis isso.

- É sério. Só me fala o endereço, eu nem preciso mencionar seu nome.

Reyna sorriu.

- Eu acredito que faria isso Valdez. – ela respondeu. – Eu ainda me lembro. – falou calmamente.

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Muahahahaha

Parei. Bom, minha explicação por demorar: Hoje eu tive teste e ontem eu fui estudar. Aí, ontem mesmo, meu avô diz que comprou um GPS, detalhe, ele não sabe usar.

E como adulto acha que só porque sabe mexer no Facebook é um gênio da informática, sobrou para mim configurar o negócio. Só tem um problema: Eu não consegui.

Aí hoje, meu pai resolve passear no mercado. Nunca vi pessoa para gostar de mercado. Mas quando ele vai, ele só compra besteira. A minha mãe, que é toda natureba, surta. Por exemplo, nós estávamos na parte de doces e ele comprou um saco de suspiro. Minha mãe quase morreu.

- Isso é só açúcar! Essas crianças vão ficar diabéticas!

- Credo, é só um doce de vez em quando! Pode colocar no carrinho.

A moça não sabia se ouvia meu pai ou minha mãe. Aí minha linda progenitora estava na fila e meu pai foi com a gente escolher as coisas. Ele pegou tudo que a minha mãe não compra: Nutella, sorvete...

E eu passei a tarde toda lá. Então não deu para postar mais cedo.

Acho que é isso.

Espero que tenham gostado.

Vou-me.

XOXO