Juntos Pelo Acaso - 2º Temporada

Capítulo 4 - Delly a arrogante e provável mudança


Delly a arrogante E provável mudança

POV Clove

Meu sangue subiu e uma vontade animal de estapear a cara da metida criatura loira a minha frente estava quase insuportável. Suspirei tão pesado que meus pulmões quase pegarem fogo.

Ela é vadia, pensei.

Ela já namorou com Cato, pensei.

O que diabos ela está fazendo aqui? Agora? Pensei.

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– Clove, Clovinha... Você não mudou nada – sua voz me enjoava. – E nem cresceu, é claro.

– E você não mudou essa cara de vadia – murmurei entre dentes. Balancei a cabeça, sorrindo de maneira falsa. – Algum problema? Se perdeu?

– Mas é claro que não! Eu conheço esse lugar melhor do que qualquer pessoa... eu apenas...

– Você apenas?

– Vim ver como você e Cato estavam – disse ela, jogando os cabelos por trás dos ombros e passando por mim. – Você acredita que eu estava com saudades, Clovinha?

– Ah, claro. Acredito com toda minha força e fé.

Segui os passos da loira azeda, sem animo algum. A raiva estava correndo pelos meus sangues e tudo que eu queria era poder jogá-la janela fora. Mas não seria legal armar uma chacina a essa hora. Delly além de ser uma metida dos infernos, tem um dom inexplicável para fazer cenas.

Ela se sentou no sofá, cruzando as pernas. – Olá, Catinho. – seus olhos quase comiam Cato.

Eu não gosto dela. Eu quero que ela pare de olhar desse jeito para o tanquinho de Cato. É MEU! M-E-U.

– Ah. Hum... Oi.

Cato se aproximou de mim. Ele arregalou os olhos como se quisesse dizer: O que essa cria está fazendo aqui? Assenti com a cabeça, arqueando uma sobrancelha. Esse clima não está me cheirando muito bem.

POV Cato

O que eu mais queria era de preferência voltar para o útero de minha querida mãe, ou me enfiar por completo debaixo da terra.

Delly me olhava com seu olhar cínico e eu sentia meu rosto esquentar a cada segundo que se passava. Nunca costumei criar laços após terminar namoros, até por que infernos eu iria querer falar com alguém que não gostava? Mas com Delly Hanks foi o oposto do que eu um dia poderia cogitar.

Tudo começou por intermédio de Glimmer e Marvel que já se pegavam naquela época. Como qualquer par de seres humanos que começam a se conhecer, saímos para um bar. Bebemos muito naquela noite e talvez esse seja um dos motivos para eu ter aceitado seu pedido desesperado de namoro.

Eu juro. Aqueles três meses e treze dias foram os mais mal gastos de toda minha vida.

Saímos todos os finais de semana. Eu comprava quase que tudo para Delly e ela mesmo assim nunca parecia satisfeita. Nada para ela parecia ser o suficiente. Quando íamos além – o que aconteceu apenas quatro vezes – Delly sempre tinha uma boa desculpa. Estou naqueles dias, baby. Estou cansada, dizia ela. Houve uma vez que ela dormiu em cima de mim!

Quando a coisa já estava ficando preta e minha paciência já tinha se esvaziado, Delly me fez comprar uma das caras lingeries da Victoria Secrets. Como um otário que faz tudo que alguém manda, eu a comprei. Paguei horrores de dinheiro para no final do dia Delly dizer que me odeia e pisar na lingerie. Aquele dia foi o inferno. Pensei que iria bater nela de tanta raiva.

Minha vontade, ao vê-la me dirigindo esse olhar, era de esgana-lá. Mas eu não bateria em uma mulher. Eu iria me controlar.

– Então, como o casal Clato vai? – perguntou Delly, sorrindo.

– Bem. – respondeu Clove.

– Só isso? Mas que sem sal... Como vai a vida, Catinho?

– Muito boa. Para ser exato, ótima até minutos atrás. – respondi, arqueando minha sobrancelha esquerda.

– Sempre tão arrogante.

– Sempre tão metida, certo?

Clove chutou minha perna. Eu sei, estava quase esgoelando Delly. Mas vamos ser claros: como se reage bem com uma pessoa que você odeia? Ok, eu não costumo ter um bom comportamento com pessoas que o único sentimento que compartilho é raiva e nojo. Delly sentia o mesmo, mas entre não fazer nada e o prazer de estragar vidas, ela preferia continuar com sua estúpida e arrogante rotina.

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Clove se alevantou e Delly a seguiu. Beleza, agora é que o barraco rola solto, pensei. Clove é baixinha, mas nervosa é pior que o próprio diabo.

– Então fofa, veio pra cá para o que mesmo? – Clove suspirava aos poucos.

– Eu já disse. Vim ver vocês, mas parece que minha querida prima vai se casar.

– Soube disso muito bem. Aliás, meu namorado me contou.

– Fico grata e feliz por vocês, Clovinha. Cato mudou tanto que nem parece mais o pervertido de anos atrás. – Delly colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha.

– Que bom, não? Os tempos mudam e relativamente às pessoas também mudam.

– Claro, meu amor. – caminhei até Clove e abracei por trás.

– É por se falar em mudar... – Delly foi até a porta, mas antes de sair, sorriu abertamente para nós. – Acho que semana que vem o resto da minha mudança chega aqui em Atlanta. Ah, vai ser um prazer voltar para aqui!

Ela bateu a porta com um ultimo baque e logo o ronco do carro tomou conta do espaço. Me apoiei do balcão da cozinha, fazendo com que minhas costas encontrassem o gelado do granito. Clove andava de um lado para o outro com a maior cara de cú universal.

– Não duvido que você abra um buraco no chão – falei, me sentando em uma das banquetas. – O que foi, Clovelita?

– O que foi? Você ouviu o que ela disse, não? Qual é o problema em continuar em Londres? Mas que merda!

– Calma, meu...

– Calma o ó! Sabe o que ela quis dizer com “Vai ser um prazer voltar morar aqui”? – Clove apontou o dedo indicador para minha frente. Maneie a cabeça. – Ela quis dizer que vai ser um prazer arruinar a vida de Cato e Clove! Ela vai fazer coisas que eu sei que não vou gostar, sabe por quê? Por que eu odeio aquele pedaço de prodígio de vadia!

– Hey, Clove! Relaxa, isso não vai acontecer. Ela não vai fazer nada contra eu, nem contra você. – toquei seus ombros enquanto Clove bufava loucamente.

– Relaxar? Cato Messer, se ela já fez uma vez, o que a impede de fazer uma segunda? Uma terceira vez? Você sabe o que ela é capaz de fazer melhor do que eu.

– Meu amor, se ela fizer qualquer coisa contra nós, chamamos Johanna Mason para dar uma leve surra nela. Que tal? – o sorriso de Clove se alargou.

– Leve surra? Que tal a prendemos em um pedestal e a queimar viva? Afinal, ela é uma bruxinha.

– Hum, boa ideia... Mas agora, que tal terminamos o que começamos? – Clove sorriu, grudando nossos lábios em seguida.