Jovem Tom Riddle

Descoberta


A manhã amanheceu chuvosa, o que dava um ar ainda mais poético para o natal. Todos pareciam querer dormir até mais tarde, mas às 7:00 h Tom acordava, ele nunca precisou de muitas horas pra dormir. Ao se sentar na cama para se levantar em seguida, se deparou com uma pilha de presentes deixadas pra ele, mas o único que ele queria olhar era o que Lorena possivelmente havia deixado pra ele. Encontrou-o abaixo de todos os outros, talvez por ser o maior deles. Era uma linda caixa em tom verde escuro Sonserino que ao ser aberta, revelava dois volumes de livros sobre o uso da magia sem varinha, uma camisa branca social que ele poderia usar na escola mesmo, uma gravata de uma tonalidade azul acinzentada que combinava com a cor dos seus olhos, o que o fez rir e um tônico para aumentar a concentração sabor menta que era o preferido dele. Ele sorriu ao ver todos esses presentes que pareciam ter sido cuidadosamente escolhidos, mas o que realmente o deixou feliz foi um cartão que acompanhava aquilo tudo. Ele nunca havia recebido um cartão de alguém importante pra ele, talvez pelo fato de nunca ter se importado com ninguém. Com certa pressa e curiosidade, Tom leu o cartão com os seguintes dizeres.

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Querido Tom,

Espero que goste de todos esses presentes. Sinceramente, não sabia o que comprar pra você já que não gosta de doces, chocolates, quadribol ou qualquer coisa de garotos da sua idade, então optei por coisas que você realmente vai precisar. De tudo aí, livros são únicas coisas que eu tenho certeza de que vai gostar, e espero que aprenda tudo rapidamente para me ensinar depois.
Esse natal, certamente, será o melhor natal da minha vida porque estarei com você de verdade. Amo você desde o primeiro ano, desde quando te vi, e ainda mais quando ouvi você pedir ao professor Slughorn para fazer dupla comigo no teste porque achava que eu era a menos burra da sala.
Essa gravata é para que eu sempre me lembre da cor dos seus olhos quando eu não estiver perto o suficiente para olhá-la diretamente, logo é um presente mais pra mim do que pra você.
Espero que nunca duvide do meu amor por você. Aconteça o que acontecer, sempre estarei ao seu lado.

Da sempre sua,
Lorena.

Ele sorriu ao terminar e lembrou que não tinha escrito nada pra ela, mas que tentaria compensá-la depois de qualquer modo. Ele não podia mais negar: estava se apaixonando pela filha de Dumbledore, o que era estranho porque ele tinha a mais absoluta certeza de que não era capaz de amar. Tal pensamento o estremeceu por dentro porque apesar de detestar o bruxo do mesmo modo ou mais do que detestava quase todos ali, ele era o pai de Lorena e a garota nem ao menos sabia. Agora ficaria muito mais difícil prosseguir com uma das maiores ambições da vida dele: matar Alvo Dumbledore.
Tentando afastar tais pensamentos, ele se ocupou abrindo os outros presentes: alguns livros de magia das trevas quee seus amigos comensais haviam mandado, chocolates que certamente continham a poção do amor, um lindo pijama da diretora do orfanato e uma caixa de doces enviada pelo professor Slughorn que ele daria a Lorena quando a encontrasse.
Ao sair do dormitório e passar pela sala comunal da Sonserina, Tom Riddle decidiu tomar café da manhã de uma vez e depois estudar um pouco nos jardins, onde costumava ficar. Apesar das coisa boas que Lorena proporcionava, ela conseguia, de algum jeito, torná-lo menos maligno e ele não podia deixar isso acontecer. Então decidiu se concentrar nas horcruxes e em como faria mais delas.
Eu devia convencer Lorena a fazer uma também, mas ainda é muito cedo pra isso, ela não entenderia...

Ele pensou.

Era o único jeito de garantir que ela não morresse. Pela primeira vez não queria mais estar sozinho, e pela primeira vez se odiava por estar se apaixonando por ela. Se um dia ele iria comandar o mundo bruxo, queria que isso fosse feito ao lado dela.

— Tom, o que está fazendo? – o som daquela voz fez com que ele pulasse de susto, e ele a reconheceu na mesma hora.

— O que tenho feito com muita frequência: pensando em você – respondeu olhando-a nos olhos, e ela sorriu o sorriso mais bonito que ele já a vira dar. Lorena era tão dele quanto ele era dela.

— Feliz natal, meu amor – dizia enquanto se sentava ao lado dele – acordou cedo...

— Obrigado, pra você também. Acordamos cedo, você quer dizer. – ele respondeu tentando parecer frio. Sua nova descoberta o assustava.

— Adorei os presentes! Você acertou quais são os meus chocolates favoritos, aposto que tem o dedo de Kim nisso... o livro vai ser muito útil, mas nada vai superar a surpresa que eu tive mais cedo – ela virava o anel para refletir a luz do dia enquanto falava – é perfeito, Tom. Eu amei de verdade!

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— Fico feliz por isso. Também gostei das coisas que me deu, usarei-as quando tiver oportunidade, ah, pode ficar com isso – dizia enquanto entregava a caixa de doces que Slughorn lhe dera.

— São doces muito bons, acho estranho que não goste, obrigada. – ela se aproximou e de um beijo nele

— Eu prefiro você!

— Olha como ele está romântico hoje... sabe que assim você me ganha fácil – respondeu enquanto se deitava no colo dele

— Eu sou romântico, à minha maneira, mas sou.

— Claro que é, mas ainda que não fosse, eu te amaria do mesmo jeito.
Ele se limitou a afagar os cabelos dela enquanto ela fechava os olhos, e sorriu porque sabia que ela não estava olhando. Ele sentia vontade de dizer que a amava também, mas externalizar aquele sentimento, o tornaria ainda mais real. Talvez ele já a amasse sim, mas ainda não estava preparado para admitir em voz alta.