Depois de me voluntariar Clove ficou me olhando com os olhos arregalados. Foi algo quase que involuntário mas não podia deixar que Clove fosse para a arena sozinha, precisava protege-la a qualquer custo. Pensando bem, não fora uma escolha muito inteligente mas, já estava feito e agora eu iria em frente, mesmo que me custasse a própria vida.

Quando os pacificadores me levaram para uma sala dentro do palácio da justiça para os familiares e amigos se despedissem dos tributos, minha mãe foi a primeira a chegar. Ela me deu um abraço forte e suspirou.

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– Filho por que você não me disse que pretendia ser voluntario antes?

– Não disse porque antes eu não pretendia me voluntariar, mas quando vi que Clove fora sorteada senti que deveria protegê-la.

Minha mãe me deu um mais um abraço forte antes que um pacificador a arrastasse para fora da sala. Depois de alguns minutos Ítalo apareceu na porta.

– Cato vamos para o trem, a viagem ate a capital não vai demorar mais que quarenta minutos.

Eu apenas o segui em silencio observando Clove que parecia feliz e animada, lembro que quando éramos crianças ela sempre dizia que não esperava fazer 12 anos para poder ser sorteada para os Jogos. O trem era o lugar mais chique e sofisticado que eu já entrara na vida, era cheio de poltronas de veludo azul, lustres de cristal e comida com uma aparência diferente da comida do distrito 2. Eu me sentei em uma das poltronas e Clove se sentou do meu lado.

– Cato por que não me disse que ia ser voluntario nessa colheita?

– Não sei Clove, na verdade eu não pretendia ser voluntario

– Se não queria ser voluntario então por que se ofereceu?

– Porque eu queria proteger você da arena, queria estar lá com você e não assistindo tudo da televisão de casa.

Ela me olhou por alguns segundos, seu rosto parecia misturar admiração e confusão ao mesmo tempo.

– Obrigada Cato, obrigada de verdade.

Ela saiu e foi em direção ao quarto eu fiquei ali olhando a floresta verde da janela