Jogos Vorazes 74º- INTERATIVO

Melissa Petri Stein e Raphael Gollen Muller – D9


Mellissa Petri , 18 anos do Distrito dos Grãos, o D9. Trabalhadora e sagaz começou a trabalhar cedo junto com seu irmão após a morte do pai. Vive com a mãe e com o irmão. È conhecida por nunca errar um alvo com sua faca. É muito bonita e muito amigável, o que pode não dar medo nenhum, mas ela mataria fácil na Arena, pois não tem dó de quem merece. Aprendeu sobre armas e sobreviver na floresta com seu pai e por isso é muito habilidosa.

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[COLHEITA]


“Não parem de treinar” – a frase mais marcante que me lembro do meu. O perdi com apenas 9 anos, mesmo assim ele foi um exemplo de força e perseverança. Nunca gostou da Capital e com medo de nos perder para os Jogos Vorazes começou a treinar eu e meu irmão para sobreviver se um dia fossemos parar nas Arenas da vida. Ele era um homem bom, que morreu por ser traído por um amigo que entregou aos pacificadores o desejo que meu pai tinha de matar Snow quando tivesse chance, mas era so um desejo, tenho certeza que ele nunca mataria ninguém se tivesse a chance. De qualquer forma isso me fortaleceu e passei a treinar mais e trabalhar assim como meu irmão, para manter nossa família solida como era antes.

– Você esta quase la.
– Um dia foi ser tão rápida quanto você – disse me apoiando em uma arvore, tomando ar.
– Acredito em você, mas enquanto isso não acontece posso me gabar mais um pouquinho de ser o mais veloz do D9.
– Você é muito metido Raphael Gollen.
– E você é linda Mellisa Petri – eu sorri. Ele consegue ser fofo mesmo quando é chato. – Agora vem ca . – disse me puxando para um beijo.

Eu e Rapha estamos a dois anos juntos, dois anos fazendo tudo juntos, sendo amigos um do outro. Ele me ajudou bastante quando perdi meu pai e também no serviço, enfim, em tudo, ele é tudo pra mim.

Depois de um tempo na floresta, seguimos para nossas casas, nos arrumamos e combinamos de nos encontrar na praça para a colheita. La nossos familiares nos esperavam para mais um dia de angustia.

Nunca tive medo de ser escolhida para os Jogos, pois fui treinada para me sair bem, porem sei que tem tributos, os Carreiristas por exemplo, que foram treinados até melhor do que eu. Para mim eles são crianças que perderam a alma e foram tomados por esse espírito da Capital que pouco se importa com as vidas que se perdem durante os jogos. Carreiristas são assim e eu gostaria muito de matá-los com minhas habilidades com facas e minha mira, eu poderia prontamente acertar algumas cabeças
por ai, quem sabe. Mas claro nunca penso em ir para a Arena quando penso que tenho Rapha comigo, não quero perde-los so por um desejo de matar Carreiristas, isso é ate banal.

– Boa sorte crianças. - falou minha mãe ,dando uma abraço em mim e em meu irmão.
– Obrigada mãe. –respondemos em coro.

Fui abraçada pela família do Rapha também e assim fomos juntos paras nossas filas.

– A gente se vê depois.
– Claro mocinha. Que tal caçarmos?
– Parece legal, ate daqui a pouco. – dei um selinho nele e fomos para lados opostos.

[SORTEIO]

Assisto com certo desprezo o vídeo dos dias escuros e o começo dos Jogos Vorazes. Crianças de todos os Distritos passam por isso simultaneamente, a Capital filma com rapidez cada expressão. Quase ninguém parece feliz. O silencio domina nossa praça principal e assim nosso representante sobe ao palco para sortear os azarados desse ano. Dou uma olhada rápida para a fila dos garotos e vejo Raphael e encontra o olhar com o meu, sorrimos um para o outro.

Estava muito confiante, ate o representante caminhar para urna e tirar o papel. O nome que ele anuncia já conheço muito bem, por uma acaso é: Mellisa Petri Stein.

Corro meus olhos novamente para a fila, Rapha parecia estar com o coração saltando pela boca, eu o conheço bem demais para prever o que ele faria agora.

Wolf, mau coloca a mão na urna e Raphael já se oferece como o tributo masculino e sai correndo ao meu encontro no palco. Isso não é nada bom.

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Ensinei a ele tudo o que eu aprendi com meu pai, mas mesmo assim ele tem suas próprias qualidades como a rapidez que eu tanto busquei aprender. Mas é um dom so dele. Mas nunca imaginei ir para Arena com ele, é reconfortante estar com alguém conhecido,mas sabemos muito bem as regras e so um de nós vai sair vivo dali.

Ao me olhar no telão, meu rosto se enche de lagrimas e caiu num choro doloroso abraçado a Rapha.

.........

Raphael Gollen Muler, de 18 anos, tributo masculino do D9. Conhecido por ser o garoto mais rápido de seu Distrito, corre longas distancia com muita rapidez. Pobre, teve que se virar par ajudar a família com mais 2 irmãos. Para isso caçava animais com apenas poucos recursos, ate conhecer Mellisa , sua namorada, que muito habilidosa o ensinou armadilhas e manusear faca e lanças. É uma garoto apaixonado, faz tudo por amor, ate ser voluntario nos Jogos vorazes para acompanhar a amada, mesmo sabendo que so um poderá voltar de la vivo.


[COLHEITA]

Como todas as Colheitas, vou para a floresta correr com a Mellisa. Ontem foi o aniversario dela e também nosso aniversario de 2 anos de namoro. Todo anos é assim, um dia de aniversario e no outro é a Colheita dos Jogos Vorazes, me deixa bem chateado, mas tento sempre fazer com que ela se divirta, ela perdeu o pai e tudo ficou tão ruim pra ela. Minha vida não é legal, sou pobre e tenho que me virar vendendo coisas ilegais por ai,mesmo assim ainda acho que estou melhor que a Mellisa, talvez pelo meu bom humor de ver as coisas, ela é mais difícil, cabeça dura.

Desde que a conheci, ela tem sido a razão de tudo que faço ultimamente, treino pra ficar com ela, trabalho para a minha família mas não quero ficar tão pobre a ponto da mãe dela não me querer por perto, ensino tudo. Pretendo me casar e ter uma família futuramente. Sim sou um cara apaixonado e assumo isso. Mellisa Petri Stein é o meu amor.

Após passar um tempo correndo com ela, trocamos alguns beijos e volto para casa. Minha mãe não gosta da Mel não sei porque, talvez seja pelo simples fato de eu passar mais tempo com ela do que em casa.

– Demorou demais, já estava preocupada.
– Eu estava no lugar de sempre, coma pessoa de sempre – disse revirando os olhos e sentando a mesa com minha irmã Ashley.
– Esses seus passeios “de sempre” costumam demorar demais para o meu gosto. Quando essa menina aparecer grávida eu quero ver, mau temos dinheiro para nós.

Não acredito que ela disse isso, não acredito mesmo. Ashley me olha tentando conter uma risada e sai da mesa rápido, nossa mãe odeia quando danos risadas dela.

– Quer mesmo falar sobre isso logo hoje mãe?
– Porque não? Eu sei o que vocês jovens fazem por ai. – diz. Balanço a cabeça, me divertindo.
– Jovens fazem tanta coisa, mas pode ficar despreocupados que e a Mel temos outros planos no momento. Bom vou tomar banho.
– Esta com fome?
– Não.

“Que loucura” , penso enquanto me visto para colheita. Mellisa grávida! Lembro de um dia que ela apareceu com enjoos do nada e sintomas estranhos, ficamos muitos nervosos aquele dia, mas conforme o tempo foi passando ela melhorou, descartando a hipótese de gravidez. Hoje estamos com 18 anos e essa é uma idade que muitos aqui já tinham suas famílias formadas. Mas melhor não, ela é muito independente para pensar nisso agora, mas para mim não seria nenhum sacrifício, quero ela como minha esposa, mãe dos meus filhos e o que for.

Quando desço vejo que minha mãe havia preparado um banquete como nunca tinha visto antes. Banquete dentro de nossas condições claro. Uma mesa com alguns pães e um cozido com um cheiro muito bom e algumas frutas.
– É sua ultima Colheita, acho que devíamos comemorar não é?
– Obrigado mãe.

[SORTEIO]

Conto sobre meu almoço para Mellisa que parece se divertir com meu jeito de contar as coisas.

– Você esta cheirando cozido. – falava rindo enquanto me cheirava.
– Deve ser porque comi Cozido. – disse meio obvio.
– Eu amo cozido tanto quanto você – Mellisa falava enquanto me dava leves mordidas no pescoço, me fazendo corar.
– Cozido ou eu? Resposta rápido – brinquei. Ela fez uma pausa me deixando nervoso.
– Você né!
– Ah bom. – eu ri.

Tudo era mais leve com ela, o fato de eu estar aqui para ser escolhido ou não para um jogos na qual tem que matar pra sobreviver quase saiu da minha mente.
– Cada um para a sua fila – disse minha mãe cortando nossa alegria.

Me despeço dela e sigo para a minha fila. Enquanto passa a introdução dos Jogos, viajo , me lembrando das edições anteriores já vi. Gente morrendo de formas tão cruéis, mas é sobrevivência, não tivemos escolha de estar ali dentro na arena, mas os que estão sabem o que devem fazer. Já falei um dia sobre isso com Mellisa , e ela afirmava que não mataria crianças, eu ao contrario dela mataria qualquer um, já vi crianças ganharem os Jogos e acredito que elas tem potencial sim. Sou bem mais sangue frio que ela alias, mas tudo bem.

Distraído com meus pensamentos nem vejo o representante subir ao palco, mas de repente algo me tira do serio. O nome de Mellisa foi chamado como tributo. Meu coração acelera, um desespero toma conta de mim, não posso deixá-la sozinha ali. Ela já estava indo para o palco a essa altura e perco a chance de ser voluntario por ela, mas posso tentar ir junto.

Corro antes de anunciar o tributo masculino e me ofereço como tributo. Ela parece tão triste, sei bem o que se passa na cabeça dela: Na Arena só um pode sair vivo.


....

Pobrezinhos, “os amantes desafortunados do D9” . Boa sorte pombinhos.