Jogando com os Sentimentos

A Última Missão de Katrina


CAPÍTULO XV. A ÚLTIMA MISSÃO DE KATRINA

Aquele lugar sempre o aterrorizava. Era ali que os seus piores pesadelos se passavam. Sempre as mesmas imagens se repetindo na cabeça dele, sem cessar... Ele matava, violentava... Torturava como se isso fosse uma coisa boa. Tinha prazer em fazer isso.

No passado.

Agora essas imagens povoavam os seus mais infames sonhos. E tudo sempre se passava ali.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Não entendia o que estava acontecendo. O Lorde há muito, não o chamava para realizar nenhuma missão. Aparentemente, ele preferia que ele ficasse em Hogwarts, cuidando das suas tarefas de espião... Apenas se entocando em salas, escutando conversas...

Não que ele o fizesse, é claro.

Mas agora já estava tudo explicado. Aquele resto humano desconfiara, com razão, das suas atividades... De alguma forma, ele chegou a saber que ele não estava mais o apoiando, que ele passava informações valiosas para o outro lado.

Um grito veio do longe.

Katrina o olhou, ligeiramente assustada.

- O está acontecendo? O nosso mestre pode estar em perigo!

Mas quanta presteza, a daquela mulher. Uma comensal fiel e falsa, exatamente como Lúcio tinha falado. De alguma forma, ele não queria acreditar... Sempre preferiu pensa, bem ao fundo, que ela era sincera, que Lúcio estava enganado... Ou que Lúcio o enganara.

Embora soubesse que o seu velho amigo, apesar de todos os seus defeitos, jamais mentiria para ele. Principalmente numa conversa informal, descontraída.

Mais um grito. O rosto de Katrina se contraiu, horrorizada.

Ele teve que parecer um pouco preocupado. Ainda estava jogando. Precisava parecer sincero em suas convicções.

Lentamente, ele vestiu a sua horrenda máscara branca. A examinou e disse.

- Vamos logo. A ação está acontecendo nesse exato momento.

Sem hesitar, a bela moça abaixou a sua máscara e vestiu o capuz. Logo os dois se colocavam a correr, até uma cena inusitada, que ele pensava que não veria em muito tempo...

A casa estava cercada por Aurores. Impossível saber como, mas o ministério descobrira e tinha armado uma armadilha, na tentativa de capturar e matar o lorde... Tentativa que seria frustrada, naturalmente... Embora ele fosse fazer absolutamente tudo para que tivessem sucesso.

Aquela chamada não tinha sido para uma missão. Fora um pedido de socorro.

Katrina não esperou, não analisou a cena por sequer um segundo. Assim que percebeu que o seu mestre poderia estar em perigo, empunhou a varinha e correu em socorro daquele que tanto venerava.

Mas ele não. Ele ficou parado por mais um segundo. O seu disfarce estava em jogo. Tinha que calcular como agiria, para manter a sua farsa sem prejudicar os planos do ministério.

Olhou os aurores lentamente. Avistou duas figuras bastante conhecidas: Ninfadora Tonks e Quin Shacklebolt. Quase se alegrou. Empunhou a varinha e seguiu para a cena de combate.

XxXxXxX

- Estupefaça!

Ela se alegrou em ver mais um auror caído no chão, gemendo. Apressou-se até a porta da casa. Tinha que ajudar o mestre. Ele estava em perigo, ele precisava fugir.

Ele era grande, ela sabia, mas podia estar precisando do seu auxílio... E ele a auxiliara tantas vezes... Ela não podia deixá-lo sozinho agora...

Os enviados do ministério eram muitos, a briga estava feia... Ela já não sabia se os comensais poderiam se livrar ilesos... Mas ela faria com que o seu mestre saísse vivo e continuasse a pregar o seu propósito.

Com um feitiço, ela explodiu a porta da casa. Preocupar-se-ia com sutilezas depois. Subiu as escadas correndo. No quarto, viu Voldemort, que a espiava a janela.

- Milorde?

Ele se virou lentamente, examinado-a totalmente.

Não a reconhecia.

Ela tirou a máscara. O rosto do homem se aliviou. E, então, voltou a espiar a batalha pela janela.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Katrina... Você não devia estar lá em baixo, se tornando uma comensal de verdade?

- Vim para ter certeza de que o senhor está bem. Você precisa sair daqui... Não é seguro.

- Eu sei. Mas eles não podem me pegar. Eles não podem me destruir.

- Eu ficaria mais tranqüila se o senhor viesse comigo. Vamos pelos fundos! Saímos devagar, ninguém nos verá. E então o senhor desaparata. Para longe.

Depois de relutar um pouco, o senhor das trevas decidiu que seria melhor não arriscar nada. E saiu com ela pelos fundos a mansão.

XxXxXxX

Ele já tinha derrubado dois aurores. Não podia dar na vista. Precisava se aproximar de Tonks e Shacklebolt... Ele precisava...

- Crucio!

Um auror caiu no chão... Mas ele não tinha aplicado muita força naquele feitiço... Ele o fizera muito fraco, para ter certeza de que ele pudesse se levantar logo em seguida, ileso.

Mais dois passos, apenas mais dois passos...

Shacklebolt estava prestes a atacar um outro comensal. Era a chance.

Por trás do auror, ele se entocou. Num movimento rápido, ele pegou a ponta da sua varinha e a levou até o pescoço do auror, num gesto que pareceria, para muitos, um ameaçador convite para um duelo.

- Sou eu – ele disse em voz baixa – Eu quero que você me contra-ataque e me prenda. Depois eu invento uma fuga.

Imperceptivelmente para os olhos de longe, Shacklebolt assentiu. Logo aplicou um forte golpe no seu braço, fazendo-o perder a varinha. Uma cotovelada na boca do estomago.

Ele se esquivou.

E então, a varinha estava em seu pescoço. Posições invertidas.

XxXxXxX

- Vá, mestre.

Ele desaparatou.

Pronto, ela tinha o salvado do ataque eminente. Agora só faltava se tornar uma comensal de verdade. Tinha que voltar para a batalha.

Apressou-se.

Logo chegava à frente da casa, aonde a ação acontecia.

Mas uma imagem adentrou os olhos dela e a chocou.

No meio da confusão, um homem alto estava sendo rendido, subjugado.

Ela logo reconheceu aquela estrutura corporal tão desejada – era Severo.

Ele estava sendo preso. Os terrores de Azkaban o esperavam. A dor, o sofrimento, a desesperança...

Uma onda de desespero se apossou do corpo dela.

Apenas então ela descobriu o que era aquilo que sempre apertava o seu coração quando chegava perto dele, aquele calor que ele emanava, mas só ela sentia, aquele desespero de estar longe dele, e aquele sufocamento doce quando estava perto.

Ela entendeu todas essas emoções.

Ela, somente então, descobriu que o amava.

Mordeu o lábio. Não podia deixar. Não iria permitir que o seu amado fosse jogado numa prisão imunda. Jamais. Antes ela do que ele. Correu para agir.

XxXxXxX

Ele já estava ajoelhado, esperando para ser levado e tudo ter um fim... Quando sentiu o pesado corpo negro de Shacklebolt cair por cima dele. As amarras desapareceram. Ele se apressou em se levantar e olhar quem aconteceu.

Paralisou.

Um comensal estava lá, segurando a sua varinha que tinha sido usurpada pelo golpe de Shacklebolt, estendendo-a para ele.

Quem seria aquela figura? Comensais não costumavam ajudar seus companheiros, a não ser em último caso... O que não era o caso.

Ele conhecia... Tinha certeza.

Mas mal teve tempo de pensar: rapidamente, Tonks correu até o local para ajudar o amigo que fora atingido... Segurou a misteriosa comensal pelos abraços tomou-lhe a varinha. Shacklebolt se levantou. Sussurrou:

- Vá!

Ele deu dois passos para trás, vendo o comensal ser rendido e preso.

Paralisou quando escutou a vozinha do seu anjo ressonando por baixo daquela mascara.

- Severo...

Como a amava...

XxXxXxX

Enquanto era rendida, ela o viu ir embora.

XxXxXxX