Petu,

Tenho imensas coisas para te contar...

Recebeste o Profeta Diáio? Aqui em Hogwarts ninguém recebeu correio. Pelo menos que eu saiba...

O que tenho para contar é SUPER GIGANTE! Tenho duas novidades.

A primeira contou-te quando chegar a casa.

Nem acredito que a escola acaba amanhã! Estou tão feliz por voltar a casa mas ao mesmo tempo triste...

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Bem, mas não interessa porque na segunda noticia tu nem vais acreditar, nem eu acredito!

Aconteceu ontem mas fiquei tão chocada que nem tive tempo para escrever uma carta.

Vou-te contar...

Ontem dispensei o Remus da monitoria porque ainda só passaram três dias da Lua Cheia, contando com hoje. Hoje ao jantar já me parecia melhorzinho...

Bem, continuando...

Ontem fui fazer a ronda sozinha e quem é que me aparece pela frente? O Potter só podia, não é?

– Olá minha amora!

Tu sabes como eu odeio os nomes que ele me põe desde Lilizinha e andorinha até rosinha e panelinha. Ah sim, panelinha é novo! -.-

– Mas o que é que tu queres Potter? Já devias estar na cama!

Ele riu-se. Na minha cara, olha a indecência!

– Ahahah!-riso diabólico.- Vá lá panelinha,- vês? Cá está a panelinha.- assim fico triste contigo...

– Podes ficar! Fico mais que contente!

Voltei-me para ir embora. Até que...

Virei-me de novo para ele, cheia de raiva. Aposto que fiquei super corada. E comecei a gritar.

– Pane... Pa... Pa... Pane... Pane... Panelinha?

Saltei para cima dele e ele caiu ao chão.

Vês como estou gorda? ='( Adiante...

Deitei-o abaixo, comecei a esmurra-lo em todos os sítios que conseguia e com toda a força que tinha. Sou uma mulher de orgulho então? E continuei a gritar.

– Seu estúpido! Sabes como eu odeio esses nomes! Odeio, odeio! Porque é que continuas com essa parvoíce? Nunca mais faças isso! Ainda aguentei florezinha, cenourinha, tomatezinho mas... Panelinha! Não, nunca! Cheguei ao limite!

Ele tentava-se defender com as mãos até que me agarrou os pulsos.

– Hambúrguer calma!

Hambúrguer? Ora ainda me deixou mais nervosa! E então começei a espernear. Parecia um daqueles bebés, deitados no chão do café, a fazer birra por um ovo de chocolate! Quem visse achava que eu era maluca!

Depois, aquele parvo agarrou-me as pernas com as dele.

– Meu amor, acalma-te

E riu-se. Aquele estúpido riu-se! Na minha cara! Outra vez... Parvo, parvo, parvo! E, ainda por cima, chamou-me meu amor! Então gritei e tentei soltar-me mas não resultou.

Quando deixei de ter forças, parei. Ele permaneceu parado. Tive tempo de ver os estragos que tinha feito. Fiquei em estado de choque completo. Tinha-lhe partido os óculos e tinha uma bochecha um pouco vermelha. Para além disso não havia mais nada... Nem sangrava! Desperdicei eu tanta força para nada!

– Já estás calma?- perguntou-me.

Eu não respondi, óbvio.

Ele soltou-me os pulsos mas continuou-me a agarrar as pernas mas eu não tinha reparado que as minhas pernas ainda tavam presas.

Puxou da varinha e consertou os óculos.

– Estás bem?- perguntou.

Não respondi.

– Olha, eu sei que me amas e que tens necessidade de ficar perto de mim mas devíamos levantar-nos... Ou se quiseres podemos ficar assim... Por mim ainda melhor...

Nesse momento dei-me conta da posição íntima em que nos encontrávamos.

Quis-me levantar de um salto, mas quando o ia a fazer aquele tamanelo esqueceu-se de me soltar as pernas e então dei uma grande queda para cima dele.

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Rasguei o lábio nas hastes dos óculos dele. Ardeu que se fartou e comecei a chamar-lhe todos os nomes que me lembrava.

– Ai! Bananinha, tem calma! Lilizinha! Pára! Pára! LILY EVANS!- disse ele segurando-me nos pulsos.- Estás a sangrar! Deixa-me ajudar!

– Não preciso da tua ajuda, Potter! Já ajudaste o suficiente!

Otário!

Ele fez cara de triste mas logo se recuperou.

– Vais a estás horas a enfermaria? Eu sei curar isso! Deixa, por favor! Isso pode infectar!

– Está bem!- cedi.

Fiz mal, muito mal, eu sei disso! Mas a verdade é que ardia muito...

Soltou-me os pulsos, pegou na varinha e murmurou um feitiço. Senti a pele a arder e a juntar-se.

– Estás suja de sangue...- sussurrou ele.

Ele soltou-me as pernas e sentou-se. Levantou-me ligeiramente do chão e pôs-me as pernas em redor da cintura dele.

Molhou um lenço com água, e passou-o levemente pela minha bochecha, pescoço, boca...

E sim, sim, estás certa, foi aqui que aconteceu!

Sei lá, os olhos dele hipnotizaram-me.

E ele beijou-me. Levemente e hesitantemente.

E o que eu fiz?

Não, não lhe dei uma joelhada!

EU CORRESPONDI!

Que terror! E ele quis falar comigo antes do jantar mas eu não quis!

E agora as miudas devem estar a chegar para saberem as novidades porque o Sirus Bacalhau resolveu abrir a sua grande boca durante o jantar. Vou fingir que estou a dormir. Espero pela tua resposta rápida!

Lily Evans, A Totó

PS.: Está para me vir o período! Estou irritadiça, chorona e com atitudes estranhas! Odeio esta altura do mês!

PS2.: Esqueci-me de dizer que toda a escola já sabe. Eu gritei a meio do corredor quando ele quis falar comigo. É perfeito, não é? Mesmo um final feliz! Amo-te! Beijosssss mana!