It's You

Payton ou Gabe?


Quando as duas chegaram na casa de Maura, tudo o que queriam era sentar e descansar as pernas. Jane fez isso se jogando largada no sofá, Maura foi à cozinha, pegou uma taça de vinho para si, e uma cerveja para Jane.

– E que filme iremos assistir? – Perguntou a loira entregando a garrafa de cerveja para a outra.

– Não sei, você tem algum filme novo?

– Bom, a sua mãe me emprestou esse – Ela foi até uma caixa onde guardava os dvd’s, e tirou um cd.

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– “Um amor pra recordar” Serio ma? Ela te emprestou esse filme?

– Sim, qual o problema.

– Ela ama esse filme, chora toda vez que assiste, achei estranho ela ter emprestado.

– O que posso dizer, sua mãe confia em mim – Sorriu. Jane riu da expressão da loira

– Então vamos assistir esse mesmo.

Elas colocaram o filme, e sentaram cada uma em uma ponta do sofá. Com o passar do filme elas iam se aproximando mais e mais, até o momento que estavam lado a lado dividindo uma manta fina que cobria suas pernas. O filme já estava acabando, no momento em que Jane soltou um bocejo, automaticamente Maura olhou para o relógio e viu que era tarde.

– Está tarde deveríamos dormir, temos que acordar cedo amanhã.

– É, eu sei, mas o filme já está acabando.

– Eu já assisti esse filme, não faz mal se não terminarmos hoje.

– Você já assistiu? Sem mim? – fingiu ofendida – Com quem?

– Com a sua mãe. Agora vamos, lá encima tem um pijama seu.

– Ta bem, ta bem.

Elas subiram e entraram no quarto de Maura, que foi em direção ao armário e jogou o pijama de Jane na cama. Foi involuntário, Jane não pensou antes de fazer, ela começou a trocar de roupa no meio do quarto. Maura ficou de queixo caído, não podia acreditar naquilo. Jane tinha um corpo espetacular, e Maura não conseguia parar de fita-lo, o que estava tudo bem, já que Jane estava de costas para ela

Meu deus, que corpo. Pensou a legista sem tirar os olhos das curvas da morena.

– Ah, desculpa, não quis te deixar desconfortável, é só que... – Jane ia se explicar mas Maura a interrompeu.

– Não se preocupe, não estou desconfortável. Somos amigas à seis anos, já vi você seminua.

– Okay...

Jane ficou parada observando a loira deitar na cama e passar seu creme nas pernas. Então se ocupou indo ao banheiro escovar os dentes. Quando voltou, Maura já estava debaixo das cobertas. E de novo, Jane ficou parada, sem saber se subia na cama com a loura, ou se ia para o quarto de hospedes.

– Vem – Maura disse apalpando o lado esquerdo da cama, claramente a convidando para deitar.

– Sim, claro. Eu tava... Pensando – Desajeitadamente ela deitou na cama ao lado de Maura e se cobriu.

– Pensando no caso?

– Sim – Mentiu

– Você não deveria, trabalhamos quase que o dia todo, e quanto temos um momento para descansar, deveríamos descansar

– Obviamente.

Maura se virou pôs suas mãos debaixo do travesseiro e deitou a cabeça no mesmo.

– Boa noite Jane.

– Boa noite Maura.

A detetive não dormiu na mesma hora. Ela continuou sentada observando o escuro, depois a janela, e então Maura, que dormia pacificamente. Eu poderia me acostumar a dormir assim todos os dias. Pensou ela, escutando a respiração leve e profunda da loira. Tudo o que Jane queria era falar, e isso já estava a estressando, não o silencio, mas o pensamento que se recusava a sair de sua mente. Ela só queria dar férias para seu cérebro, fazê-lo parar de pensar em Maura, tirar umas férias de Maura, mas não conseguiria ficar longe da legista, e no dia seguinte teria que ir ao restaurante que Maura tanto falava. Então Jane se deitou, e dormiu.

****

Maura acordou com o despertador, animada ela levantou da cama e fez sua higiene, quando voltou para o quarto Jane já não estava mais na cama, ela desceu sua escada delicadamente, e viu Jane procurando algo na geladeira e resmungando vários “nãos”.

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– O que procura? – Perguntou

– Ah! Bom dia – Disse virando-se – Eu só estava procurando algo pra comer.

– Achou algo?

– Não. Você só tem coisas...

– Saudáveis?

– Você fala saldável, eu falo coisas verdes.

– Você é impossível – Riu baixinho

Juntas elas fizeram um café, logo se arrumaram e foram para a BPD, Jane seguiu para sua sala, e Maura para o necrotério.

– Bom dia Jane! – Frost saudou.

– Bom dia Frost

– De bom humor? – Provocou Boucher.

– O quê? Eu tenho que estar sempre de mal humor?

– Encontro quente? – Perguntou Frost

– Se filme com a Maura é considerado um encontro quente. Sim

– Ah, você e Maura estão namorando? – Sam indagou

– Não!

– Ainda! – Continuou Frost rindo – Ainda não.

– Para com isso Frost, se não eu vou começar a dizer que você e Sam são um casal.

– Opa! – Ficou sério subitamente – Parei

Jane sorriu e começou a ligar o computador, quando Frankie entrou na sala.

– Jane, você falou com Maura sobre o que eu te disse?

– Hm... Não, ela parecia normal, ontem.

– Ela não estava quando fui falar com ela.

– Talvez ela tenha uma queda por você Frankie – Disse Sam.

– Cala a boca Sam! – Jane defendeu e todos a encararam – O quê?

– Você explodiu.

– Eu não explodi, você explodiu. Cala a boca.

– Okay, o bom humor foi embora...

– Jane, eu pesquisei sobre a vítima Payton, achei o clone dela, Gabe Branst, também 20 anos – informou Frost.

– Frost... Elas são gêmeas...se uma tem 20 anos, obviamente a outra também tem.

– Verdade. Mas o que acham de procurarmos por ela?

– Ótima ideia. Vamos.

Jane pegou suas coisas e com Frost e Sam foi para onde Frost havia indicado.

– Como achou o endereço dela? – Sam perguntou para Frost enquanto entrava no carro.

– Tenho minhas habilidades

– Frost é o cara Sammy – Disse Jane ligando o carro.

No necrotério, Maura observava a vítima, ou uma parte dela.

– Doutora Isles? – Chamou Susie antes de entrar.

– Sim?

– Os exame toxicológicos estão prontos, vim entrega-los.

– Ah, obrigada Susie – Pegou os papeis das mãos da ajudante.

Susie foi embora sem nem mesmo Maura perceber. Depois de ter lido os papeis, ela ligou para Jane, mas quem atendeu foi Sam.

– Detetive Boucher? – Estranhou – Onde está Jane?

– Dirigindo, ela não pode fala agora.

– Okay, só quero avisar que os exames toxicológicos estão limpos.

– O quê? Nada?

– Nada. Absolutamente nada.

– Okay, obrigado Maura

Ele desligou o telefone e passou as informações para os outros detetives.

Chegando na casa de Gabe Branst, Jane bateu na porta e um homem alto de cabelos loiros atendeu.

– Posso ajudar?

– Sim, Policia de Boston – Mostrou o distintivo – Sou detetive Rizzoli, meus parceiros detetives Frost e Boucher. Gostaria de falar com Gabe Branst

– Ela não está.

– Ela mora aqui?

– Sim.

– Você é marido dela?

– Não, eu e minha esposa notamos seu sumiço e viemos checar para ver se achamos ela, mas nada dela. – Ele se afastou da porta – Entrem, por favor.

– Obrigado – Disseram uníssono e entraram

– Seu nome é....?

– Lucca Ramson. Er, a casa não é minha, mas sentem-se, vou chamar minha esposa.

– Obrigada.

Os detetives se entreolharam e sentaram no sofá simples que ali tinha. Logo Lucca voltou junto com sua esposa.

– Você havia dito que Gabe não estava – Disse Frost.

– E não está. Essa é minha esposa Payton, ela e Gabe são irmãs