Island

Fique um pouco na ilha


A casa era pequena, simples, mas eles conseguiriam.

Já passaram 1 mês presos numa cela, suja e com dores dos “tratamentos” de choques semanais da HIDRA. Aquelas noites frias, onde eles dormiam abraçados no chão, foram as responsáveis pela maior aproximação dos dois, quando perceberam que estavam prontos para ter algo grande como uma amizade fiel um com o outro.

— Steve. Pode chegar pra lá?

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— Chega você, eu vou cair se chegar mais.

— Você é espaçoso.

— Sou nada. Você que precisa de espaço pra se remexer quando tem pesadelo. – ela revirou os olhos. – Você revirou os olhos não é?

— Steve. Eu vou te dar um soco. – ele riu. – Estou com frio, pode me abraçar? – disse, se virando pra ele. O loiro assentiu, e passou os braços em volta das costas da ruiva, que colocou um braço em baixo de si, e o outro no de Steve.

Eles ficaram se encarando por muitos e intermináveis minutos.

— Não consigo dormir. – Ele disse.

— Nem eu. – bufou. – Como será que eles estão?

— Surtando sem a gente.

— Wanda deve ficar deitada no laboratório de Tony, o infernizando em quanto ele tenta nos rastrear.

— E Sam deve estar muito gordo, ele sempre come quando está nervoso.

— Aposto que chamaram Clint de volta da puta que pariu.

— Ei, olha a língua.

(...)

Nova York, base dos Vingadores, 5:23

— Hill, liga pra puta que pariu e diga que queremos o legolas de volta. – Tony berrou pra mulher entrando.

— Tá bem Stark. Mas acho que ele não vai gostar de sair da “puta que pariu”.

— Se algo acontecer com a Nat... Eu nunca me perdoaria por não te-lo chamado. – ele se virou pra ela. – Bruxinha, pode pegar mais café?

— Não sou sua escrava. – ela largou a revista, e o olhou. – Ta bem. – revirou os olhos e subiu as escadas.

— Tony, onde foi que tivemos a última localização deles? – Visão perguntou, sobressaindo o ronco de Sam ao fundo.

— Há... 305 quilômetros de Mazanilo, Costa Rica... – ele esfregou os olhos. – Ou Steve conseguiu nadar 305 quilômetros até a cidade, ou eles subiram em um dos destroços e foram pro outro lado do planeta.

— Mais provável que não estejam na Costa Rica. – falou.

— Parabéns visão do óbvio. – se virou de volta pro computador.

— Por que o quinjet caiu?

— Simplesmente explodiu.

— O que?

— Eu espero que os dois tenham conseguido sair. – Tony abaixou a cabeça.

— Ei, eles conseguiram. – Visão tocou o ombro de Tony.

(...)

Local desconhecido, clareira 1, sol nas folhas das árvores.

— DING DONG! – Uma voz irritada veio do lado de fora, fazendo os dois piscarem, confusos.

— Tony?

— Não, estamos presos nesse lugar, esqueceu? – Natasha revirou os olhos, e levantou. - Quem é?

— Bromélia! – Ela abriu a porta.

— Oi lombriga.

— O que é lombriga?

— Um apelido fofo pra você. – ela sorriu de canto.

— Oh, legal. – ele sinalizou com uma caneca de cerâmica em suas mãos.

— E posso ajudar?

— Aqui acordamos cedo! Já é hora do café, lembram?

— Ah, o sol nas folhas das árvores. - Steve levantou. – Desculpa, estamos indo.

— Muito bem. Os vejo lá em baixo, se comportem. - ela fechou a porta.

—“Si cimpirtim” – ela fez uma vozinha fina pra imita-lo. – Cara ridículo, eu não gosto dele. – A ruiva tirou a blusa, ficando só com seu sutiã, a fim de deixar Steve desconfortável, mas ele já havia se acostumado com ela fazendo isso.

(...)

— Odeio gente animada de manhã. – ela saiu na frente de Steve, seguindo o grande fluxo de gente que seguia pelas ruas, até uma grande “cabana” sem paredes, apenas pilastras de madeira e um teto retangular gigante, que cobria três mesas enormes, que deviam ter uns 15 metros cada uma. Quase todos os lugares estavam ocupados pelas pessoas em pequenos grupos conversando alto.

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— Que isso. – Steve seguiu uma fila até um balcão onde tinham 10 mulheres atendendo os pedidos.

— Olá, bom dia, o que querem?

— AH, eu quero umbig- hambúrguer de peixe com milkshake de morango médio.

— Natasha.

— Certo, e o senhor? – Os dois olharam confusos pra senhora de olhos negros.

— Qualquer coisa?

— Sim.

— Am... Um cachorro quente com refrigerante...

— Certo. – ela abaixou no balcão, e voltou em segundos com duas bandejas com os pedidos.

— Mas o que...?

— Peguem os pedidos senhores, tenho um batalhão para alimentar.

— Mas como é possível? Como...

— Ué, aqui, seu desejo é uma ordem. Isso é um paraíso. O que você quiser, é só pedir ao Bromélia que ele arruma com o Deus. E essa é a realizadora de sonhos da categoria alimentos. Bom apetite, bom dia, boa refeição, agora deem licença... – ela praticamente empurrou os dois.

— Essa ilha não é só uma ilha.

— Não brinca? Falou a menina com uma tatuagem queimada no pescoço.

Eles sentaram na mesa mais vazia, distante de todos.

— Ste?

— Deixe-me adivinhar. Você quer ir atrás do Deus.

— Oh, não, ia dizer pra ligar pro Tony pra ele pedir um hambúrguer descente pra cá, esse está azedão.

— Certo, quando acabarmos. – Ele mordeu o hambúrguer. – Ta bom sim, sua combinação de peixe com morango que não deu certo.

(...)

— Senhor Deus!? – Natasha gritou. Steve tapou sua boca.

— Sua loca. Não grita. Achei que você era a espiã suprema, e sabia que quando procura algo que não pode, tem que ficar quieta.

— Certo, pra que direção? – ela se aproximou do mapa que Steve tinha aberto, ficando extremamente próximo do loiro, que ficou com os músculos tensos.

— Am... O vulcão... É... Ali. – apontou pra uma montanha não muito longe. – Deve ter uma passagem.

— É mais fácil se seguirmos reto, ao invés de fazer o que o mapa manda e dar a volta.

— Não sei se é uma boa. O que é esse símbolo? – Steve apontou pra uma espécie de planta com garras.

— Não sei, e não podemos perder tempo. Qual é, somos Vingadores, super heróis, e não humanos normais.

— Certo, vamos. – Ele fechou o mapa, e seguiu reto.

Eles andaram por alguns minutos, pisando com cuidado no chão úmido e coberto de plantas, e uma imensa quantidade de musgo verde. Steve segurava seu escudo no braço direito, e Natasha tinha uma arma no bolso dentro do casaco.

— Ste, como você sabia os dias da semana desse lugar?

— Estávamos sobrevoando o mar perto da costa rica, em direção ao continente central, que significa império Asteca. Quando ele começou a falar, lembrei da estranha obceção da minha mãe pelos Astecas. Acabei aprendendo muita coisa.

— Incrível. – Ela tirou um cipó da frente.

Eles continuaram andando por mais um tempo, até que Steve disse que eles haviam chegado na marca da planta estranha no mapa.

— O que será que isso é? – Steve tirou a mochila das costas, e colocou no chão, encostada em uma árvore. – é, definitivamente não acho que deveríamos ter vindo por aqui. Dar a volta seria melhor. Pelo menos não ficaríamos na duvida do que iríamos encontrar, né?

— Stev... ve... – ele olhou pra trás, e arregalou os olhos. – Plan..tas... carnívoras.. gigantes...

Natasha era enforcada por uma planta verde, grossa com dentes verdes e pontudos. Steve olhou em volta, e viu dezenas de plantas do mesmo jeito, com tamanhos variados.

— Ai droga. - Ele lançou o escudo na planta que tirou Natasha do chão, a cortando no meio, libertando Natasha que caiu no chão, tossindo com a mão no pescoço. – Você está bem?

— S-Sim... Vamos... – Steve a ajudou a levantar, e sair correndo, até uma planta agarrar seus braços, em quanto Steve era apertado como um rato sendo esmagado por uma cobra enorme. Natasha conseguiu pegar a arma em seu casaco, e atirou no caule principal da planta, que caiu no chão.

Ela pegou o escudo de Steve no chão, e socou o grosso caule da coisa verde, até todo o leite venenoso espirrar pra todos os lados e Steve estar livre.

— Valeu. – ele sorriu, antes de levantar.

Atirando e arrancando as plantas que os agarravam, eles estavam quase de volta a floresta normal. Até que Steve ouviu o grito de Natasha.

— STEVE! – Ele parou na mesma hora, e olhou para trás, vendo a ruiva ser derrubada e arrastada rapidamente pelas plantas, que davam licença, e entravam no caminho de volta. Agora Steve estava muito irritado.

Ele franziu o cenho, e começou a correr o mais rápido o possível seguindo os gritos de Natasha, e dilacerando qualquer planta que ousasse entrar em seu caminho.

— Eu estou chegando! – gritou.

Ele conseguia ver Natasha gritando e limpando o chão com o corpo, se distanciando cada vez mais dele, que estava muito exausto, mas não pararia por nada. Nada faria Steve desistir de salvar Natasha.

Até que finalmente viu pra onde a planta quilométrica levaria.

Uma coisa enorme, parecida com uma estrela do mar gigante no chão. Natasha foi colocada em cima dela.

Antes que pudesse pular dali, ela começou a fechar.

— NATASHA! – Ele gritou, chegando cada vez mais perto.

— STE! – Ela gritou, vendo o último feixe de luz desaparecer, a mergulhando num breu verde. – STEVE!

— Nat! – ofegante, ele conseguiu alcançar a coisa, que agora parecia um grande repolho rechonchudo. – Eu vou te tirar daí! – ele começou a bater com o escudo na pele verde da coisa, em quanto gritava extravazando a raiva. Natasha dava tiros incessantes, que batiam e caiam no chão.

Quando um líquido azul que brilhava no escuro começou a surgir do chão.

— Steve essa coisa tá brilhando, Steve!

— Eu.. vou.. te.. tirar... Daí...

— Ste? Você está bem?

— S-Sim, eu... vou te tirar daí de dentro.

— O veneno. Steve o veneno dessas coisas... Caiu em você?

— Não se preocupe comigo, eu estou bem! Eu não vou te perder... Te tirarei daí.