Iron Girl
Chapter 2: I Want To Be Loved
"I had a roof overhead, had shoes on my feet. Sure I was fed, but no-one was there, when I was in need, yeah. — Bon Jovi, I Want To Be Loved"
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Imaginem estar dormindo em uma cama macia e quentinha quando de repente começa a tocar Back In Black do nada e te tira do melhor dos sonhos, bom, foi o que aconteceu comigo. Meio sonolenta e sem abrir os olhos, eu desliguei o alarme do meu celular e rolei na cama. Abri os olhos devagar e estranhei o ambiente a minha volta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Onde eu estou...? Ah é, no meu novo quarto, na minha nova casa — Eu murmurei antes de me levantar e ir para o banheiro. Enchi a banheira com água morna, coloquei alguns sais de banho e fiquei mergulhada ali por mais de uma hora. Fiquei pensando no quanto a minha vida tinha mudado, minha mãe nada amorosa havia morrido e agora eu morava com o meu pai, minha vida havia dado uma reviravolta imensa.
Saí da banheira e me enrolei em um roupão branco fofíssimo. Voltei para o meu quarto e consultei o celular, 7:00hrs da manhã. Eu havia acordado no mesmo horário em que eu acordava em Londres para ir a escola. Fui para o closet e abri uma das portas, muitas calças, bermudas, shorts e saias. Abri outra porta e vi muitas camisetas de banda, regatas, blusas de manga comprida e curta e vários moletons. Escolhi um short jeans de lavagem escura, uma regata simples preta e all star preto de cano médio. Me vesti sem pressa, arrumei o meu cabelo e depois de me olhar no espelho de corpo inteiro, me dei por satisfeita com a minha aparência.
— Bom dia, senhorita Stark — A voz de robótica de J.A.R.V.I.S soou no meu quarto me fazendo tomar um susto, eu ainda não tinha me acostumado com ele.
— Puta merda, bom dia, J.A.R.V.I.S — Eu disse enquanto tirava a mão do peito.
— A senhorita Potts e o seu pai estão lhe aguardando para tomar café da manhã.
— Ah sim...diga que eu já estou descendo, por favor.
— Sim, senhorita.
Me olhei mais uma vez no espelho e desci para tomar café da manhã.
— Bom dia querida, dormiu bem? — Pepper perguntou com um sorriso gentil.
— Bom dia, Pepper, dormi sim — Me sentei defronte a ruiva e do lado esquerdo do meu pai. Me servi de torrada, bacon e suco.
— Acordou com as galinhas, pirralha?
— Bom dia para você também, pai — Respondi enquanto tomava um gole de suco. — Não, o despertador do meu celular ainda está programado para tocar as 07:00hrs
— Porque tão cedo? — Meu pai perguntou meio assustado.
— Hábito velho que vai ser difícil de largar.
Terminamos o nosso café em meio a conversas e risos, Pepper foi para a empresa mas ela deixou um aviso para mim e para o meu pai antes de sair "Não destruam nada".
— Então pirralha, o que quer fazer hoje?
— Sei lá pai, o que sugere?
— Que tal conhecer o meu laboratório?
— Fechado.
Ele me conduziu até o seu laboratório e eu fiquei maravilhada com as armaduras e todos aqueles equipamentos. Eu assobiei e olhei meu pai com um sorriso.
— Nada mal, lata velha.
— Fazemos o que podemos, pirralha — Ele foi mexer em uma das suas armaduras que estava com defeito e eu fui bisbilhotar tudo. — Hey baby girl! — Ele me chamou e eu o olhei. — Já pensou em qual faculdade vai querer fazer? — Perguntou e eu assenti.
— Engenharia eletrônica ou algo parecido com isso. Eu sempre gostei de mexer com tecnologia, eu adorava desmontar o meu computador para montar ele de novo, eu sonhava e ainda sonho em construir coisas. Minha mãe dizia para eu parar de sonhar e procurar uma profissão que me desse dinheiro.
— Marla sempre foi uma alpinista social.
— Você se lembra dela? — Perguntei enquanto sentava em uma das bancadas livres. Muitas bancadas estavam cheias de planilhas da próxima Expo Stark, projetos de novas armaduras e ferramentas.
— Vagamente, eu estava meio bêbado quando eu a conheci. Agora pirralha, ajude o seu pai aqui.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu saltei da bancada e fui para perto dele. Uma parte da armadura, o braço direito, estava sob a bancada e o meu pai remexia nos fios multicoloridos.
— O que houve?
— Tente achar o que está dando erro no propulsor.
Eu olhei, olhei, remexi nos fios, olhei mais um pouco e por fim eu achei o erro.
— É aquele fio ali pai, está desencapado e o cobre que tem nele está fazendo com o que o propulsor falhe — Eu disse confiante e o meu pai sorriu orgulhoso.
— É isso mesmo, pirralha. Já que você é tão sabichona, troca esse fio, depois vamos testar o propulsor.
Eu retirei o fio defeituoso com cuidado e coloquei um novo no lugar, apertei os parafusos soltos e sorri satisfeita com o resultado.
— Pronto, pai.
— Bom trabalho, testa aí.
— Eu testar a Mark VIII? Não vai prestar pai, melhor você.
— Deixa de ser medrosa e testa isso aí, Meg.
— Tudo bem — Eu disse por fim. Meu pai sorriu e colocou o braço da armadura em mim. — Onde eu miro?
— Pode ser naquela pilastra, eu vou derrubar ela mesmo semana que vem — Mirei na pilastra indicada e atirei contra ela. O impacto havia sido muito forte e eu, literalmente, voei para trás, batendo a minha cabeça contra uma bancada. — Puta merda! Meg, tudo bem aí?
— Vou sobreviver — Eu disse me levantando. Sacudi a cabeça para me livrar dos pontos pretos que eu estava vendo e sorri. — Isso foi demais!
— Com essa linda demonstração vimos que essa peça está consertada. — Papai tirou o braço da Mark VIII do meu braço e o colocou na armadura novamente.
— Pai?
— Hm?
— Posso ter armadura também? — Perguntei inocentemente. Papai me olhou e deu de ombros.
— Se conseguir construir uma.
— Sério mesmo? — Perguntei com os olhos brilhantes e ele sorriu.
— Sério, quero ver se consegue construir uma armadura tão boa quanto as minhas — Disse e eu revirei os olhos, meu Odin, que pai convencido que eu tenho.
— Vou começar a projetar ela hoje a noite, ela vai ser tão incrível quanto as suas.
— Veremos, pirralha.
— Senhor Stark, a senhorita Potts está subindo — J.A.R.V.I.S disse com a sua voz robótica.
— Ok, obrigado J.A.R.V.I.S, vamos lá Meg, a ruiva chegou.
Saímos do laboratório discutindo como seria a minha futura armadura, eu estava confiante de que ela seria tão boa quanto as do meu pai.
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