Irmãos, Apenas Irmãos...

Capítulo 12 - Escolha você!


O resto da manhã foi legal. Como só tinha aulas de manhã vim para casa á uma da tarde. Bernardo veio comigo. Desde a nossa conversa de manhã, eu e Bernardo nunca mais tínhamos falado, nem mesmo no caminho para a escola. No carro ninguém ousava falar, apenas de ouvia a musica vinda do rádio. Bernardo parou o carro em frente a porta de nossa casa e entramos. Correu até ao andar de cima e eu pousei minhas coisas no sofá. Fui na cozinha e abri a geladeira pra ver o que Kate nos tinha deixado. Fruta, gelatina, musse de chocolate, iogurtes, queijo, leite, …
Enfim a Kate deixou tudo o que eu não queria naquele momento. Decidi encomendar uma pizza afinal não tinha vontade nenhuma de cozinhar e se bem conhecia Bernardo ele não deixaria ele satisfeito com minhas comidinhas. Fui até ás escadas e chamei por ele. Como resposta obtive um:

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_O que quer?

_Venha cá abaixo preciso de falar com você. – não ia estar berrando para ele lá em cima apenas para preguntar se queria pizza.

_Porque me chamou? - ele falou pousando o pé no chão da sala.

_Vou encomendar uma pizza você quer? – ele me olhou com cara de desentendido. - Vi na geladeira e não tem nada de jeito para a gente comer. Pensei encomendar uma pizza! - falei me especificando.

_Por mim tá legal. – encolheu os ombros e me olhou.

_E… você tem preferência?

_Não mande vir do que você quiser. È só? Será que já posso voltar pro meu quarto? – não respondi só fiquei admirando. Bernardo começou subindo as escadas e quando já estava no terceiro degrau, voltou a abrir a boca. – Quando a pizza chegar me avisa.

Vi ele desaparecer depois de alguns degraus e fui na mesa do telefone. Procurei na agenda o numero da pizzaria e o disquei, do outro lado uma voz doce e simpática de uma menina falou. Mandei vir duas pizzas. Sei que parece demais para duas pessoas, e eu não sou de comer muito mais quando toca a comer pizza…

Voltei a pousar o telefone no suporte e fui na minha bolsa pegar meu celular. Tinha duas chamadas não atendidas de Marta. Decidi ligar pra ela. Mas ninguém atendeu. Estranho… Talvez estivesse com o celular desligado. Não dei muita bola e enquanto a refeição na chegava liguei a televisão e passei os canais.

Noticias, novelas, documentários, Reality shows, filmes, seriados, desenhos animados, reportagens,…

Nada, não havia nada de interessante passando na televisão. Decidi então pôr num canal de musica. Peguei meu celular e fiquei admirando as fotos que lá tinha guardadas. Fotos das minhas antigas amigas na praia, na minha antiga escola, em festas,… Um sorriso de boas recordações e de nostalgia se formou em meu rosto. Apesar do que aconteceu eu tinha boas recordações de minha antiga cidade. O som irritante e alto da campainha me fez desviar de meus devaneios. Não tinha chegado na porta. Mas mesmo assim, dei um berro para Bernardo descer.

Abri a porta e uma garoto, alto, loiro e com duas caixas na mão sorria para mim. Vinha numa mota e devia ter mais ou menos minha idade. Ele deu as duas caixas retangulares para minha mão e eu com esforço, para conseguir equilibra-las em minha mão peguei o dinheiro que estava guardado no bolso. Deixei ele ficar com o troco. Afinal era pouco e eu estava já imaginando que se me movesse um centímetro que fosse as caixas iam cair no chão. Voltei a trancar a porta e dois olhos grandes e meios azuis acompanharam cada movimento que eu fiz. Pousei as duas pizzas na mesinha perto do sofá, passei as mãos pelos calções e olhei para Bernardo.

_ A pizza chegou!! – falei baixo e envergonhada. Não sabia porquê, mais o olhar de Bernardo sobre mim me fazia estremecer, me fazia arrepiar e duvidar de mim mesma.

Bernardo retribuiu com um sorriso. Acho que ele percebeu o meu incomodo pois fez uma prposta.

_ E que tal a gente ver um filme enquanto come?

_Por mim é legal. – falei mais solta e entrando na onda.

_Eu vou lá em cima pegar os filmes pra gente escolher…

Enquanto ele foi lá em cima eu fui na cozinha buscar suco e copos. Quando voltei na sala, Bernardo estava descendo chegando cá em baixo também.

_Tenho esses filmes aqui agora escolha. – ele me mostrou umas quantas caixas de DVD enquanto se acomodava no sofá.

_Escolha você! – falei chegando mais perto.

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_Fala sério que Leonor Medeiros, vai perder uma grande chance de escolher um filme para passar? – o fitei com o olhar. Bernardo conseguia ser chato quando queria. Não o deixei levar a melhor e calmamente e tranquilamente repeti a frase que ele disse mas noutro contexto.

_Fala a sério que Bernardo Pires, vai perder uma grande chance de escolher um filme para passar? – Primeiro ele me encarou sério mais depois um sorriso rasgado surgiu.

Rimos juntos eu me sentei ao seu lado. Bernardo foi até ao vídeo e pegou num filme qualquer. “Footloose” era o titulo que estava escrito na capa. Abri as caixas de pizza na minha frente, peguei uma fatia para mim e me encostei pra trás no sofá. Bernardo sentou de novo de meu lado e pegou uma fatia para si também.

O filme começou…

A pizza já tinha acabado, nos copos já não havia suco. Já nem sequer sabia a quanto tempo ia o filme. Comecei a encostar minha cabeça no peito de Bernardo e vi meus olhos começarem a fechar. Ele passou sua mão por minha cabeça um gesto carinhosos e beijou minha testa, bem de leve, apenas tocou com seus lábios macios. Sorri fraca virando minha cabeça muito devagar até alcançar seu olhar. Nossa respiração se cruzou. Meu olho caramelo ficou dentro do seu. Seu olhar estava misterioso, dígono de um playboy. Fechei e abri meus olhos muito suavemente. Ficamos um tempo nos olhando. Respirei fundo e me aconcheguei melhor em seu peito.

Ele encostou sua cabeça na minha e ficamos ainda mais próximos. Bernardo colocou suas mãos na minha cintura e colou nossos corpos em um abraço.

Ao contrário daquilo que eu pensava ele não teve pressas. Naquele momento uma vontade louca de o beijar passou por minha mente. Percebi que ele respirava fundo e continuava a me torturar fazendo carinho em minha barriga, me arrepiando.

Entrei na onda e minhas mãos pousaram em cima das suas as acompanhando nos movimentos pequenos e meigos que ele fazia perto de meu ventre. Suas mãos estavam quentes, já as minhas geladas provocaram um choque térmico quando nos tocamos.

Senti sua respiração ainda mais próxima de meu pescoço…