Instinto Materno

Capítulo 35 : Porto seguro


Regina estava de pé perto do corpo maltratado de Mary, sem dúvidas havia sido gratificante bater naquela mulher, uma adrenalina havia tomado seu corpo e então quando deu por si o dano já estava feito, ela se parabenizou mentalmente por não ter deixado marcas visíveis no corpo da outra afinal ela ainda teria que sair da escola, e aquela pequena lição não era para ser algo público era apenas para ensinar a morena de cabelos curtos que ninguém colocava a vida da filha dela em risco.

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A prefeita então arrumou um pouco as roupas que estavam um tanto quanto desalinhadas assim como os cabelos, andou majestosamente até sua bolsa e de lá tirou um pequeno espelho e um batom. Como se nada tivesse acontecido ali ela passou o batom de um tom forte e vivo de vermelho nos lábios enquanto olhava atentamente seu reflexo no pequeno espelho, quando se sentiu satisfeita com a maquiagem já refeita e com as roupas e cabelos impecavelmente alinhados tal como quando havia entrado ali, ela então guardou a maquiagem e depois andou quase que felinamente até a professora, quando olhou para o rosto dela viu que havia sim machucado o rosto da mulher, o conto dos lábios de onde saia um filete de sangue e o lado esquerdo do rosto dela estava vermelho e dava sinais de que mais tarde ficaria roxo, a morena pouco se importou se limitou a advertir:

— Da próxima vez que você sequer sonhar se aproximar de qualquer uma das minhas filhas eu acabo com você e pode ter certeza que vai ser de uma maneira tão dolorosa tão cruel que vai me implorar por outra surra como essas entendeu? Eu acabo com você nem que seja a última coisa que eu faça.- a morena fala bem próximo a professora a obrigando a olhá-la nos olhos.- considere essa pequena conversa como uma advertência como um presente que não receberá duas vezes.

Dizendo essas palavras Regina saiu da sua com sua pose altiva e andar firme , ninguém se atreveu a questioná-la do porque estava ali ou lhe dirigir uma palavra sequer, a morena pode sentir o medo emanando daqueles a sua volta e por um instante se sentiu sendo transportada de volta para a floresta encantada, se sentiu novamente como a Rainha má, e por um milésimo de segundo ela se sentiu bem com aquilo e um pequeno sorriso brotou em seus lábios , mas ela sabia que aquilo não era bom, havia lhe custado toda a sua magia e o que ela mais amava para deixar seu passado para trás , algo que ela não podia e não estava disposta a fazer novamente pois diferente daquela época ela tinha muito o que perder , e desta vez não era apenas um recordo de uma história de amor linda e inacabada , era sua família seus amigos, mas pensar em sua filha em perigo trazia de volta o pior dela, estava disposta a tudo por eles ela estava sentindo uma escuridão tomar conta de tal forma que chegava a doer, a morena abriu sua bolsa para pegar as chaves e sentiu um papel colar em sua mão ela então agarrou o papel e olhou para ele e ali estava uma foto de sua família todos eles tinham uma cópia era da noite que as meninas começaram a chamar Robin de pai em seu noivado, ali havia começado aquela família, um sorriso leve brotou nos lábios da ex rainha que se permitiu sentir aquela sensação boa que afugentava as trevas que começavam a surgir em seu coração , então morena andou até onde havia parado seu carro e deu partida rumo ao único lugar que ela julgava que traia algum conforto a sua alma naquele momento.

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Na delegacia as coisas não iam as mil maravilhas David havia voltado pois Robin exigiu ele disse que iria a prefeitura para fazer a petição de orçamento , no entanto antes de ir ele teve que fazer um relatório formal com um pedido , e enquanto ele redigia um texto que tinha que estar padrão , David estava sentado em sua mesa com cara de poucos amigos ele não entendia porque tinha que estar ali apenas para ver Robin redigir uma porcaria de documento, quando finalmente terminou o que estava fazendo ele estendeu para que David Lesse e assinasse, ali haviam dois documentos ao ler o primeiro que era a petição David assinou sem pestanejar ou questionar, quando passou para o segundo documento ele olhou assustado para Robin.

— Mas que porcaria é essa!!!!! como assim termo exoneração você não pode fazer isso.- o homem estava descontrolado , seu rosto branco já estava vermelho denotando ainda mais seu descontrole, e ele jogou os documentos no rosto Robin gritando.

— O sub xerife é o segundo em comando, é quem acompanha o xerife nas missões e eu não me sinto seguro colocando a minha vida nas suas mãos , você não queria menos responsabilidades ? Não queria? Não ter que fazer patões então não ficará sem emprego eu bem que queria mas não posso lhe demitir me contento com apenas rebaixá-lo será apenas assistente, assim você apenas vai trabalhar durante o dia e só vai em operações quando for estritamente necessário, desde já seu trabalho se limita a serviço interno o que quer dizer que não vai haver mais campanas ou rondas para você.

—Mas eu…

— Mas nada vamos assine logo que eu ainda tenho que entregar para que a prefeitura aprove.- diz Robin sem muita paciência.

— Mas é claro que vão aprovar essa é uma das vantagens de esquentar a cama da prefeita ela faz tudo que você quer…

Robin novamente partiu para cima de David mas desta vez ele se defendeu, o loiro de olhos claros se esquivou do moreno lhe acertando um soco no olho logo em seguida o que fez Robin cambalear para trás mas não sem perder seu centro de equilibrou, ele então voltou a investir contra o loiro de maneira tão rápida que este não teve tempo de se defender acabando recebendo um golpe em cheio no queixo que o fez cair em instantes, a mão do xerife estava machucada por causa do soco mas ele nada disse apenas saiu da delegacia sem nem ao menos olhar ou se importar com os papéis deixando o homem que já estava com o nariz machucado e ligeiramente roxo do soco que havia recebido mais cedo agora também com o canto da boca cortado e sangrando com o rosto visivelmente vermelho. Robin estava com raiva ele não se descontratava de tal forma há anos mas não permitiria que falassem mau de sua família, ele foi até a garagem e viu sua moto ali, ele sempre a usava como válvula de escape, corria sem rumo ou temor que algo fosse ocorrer , tomado e pelo ódio ele chegou a cogitar subir na moto e sair sem rumo pela floresta, mas algo o deteve quando pôs as mão nos bolsos da jaqueta ele sentiu seu celular, ele pegou o aparelho e o destravou e ficou encarando a foto que havia em seu papel de parede há anos eram Regina e suas meninas junto com ele no dia de seu noivado, uma paz o acometeu naquele momento e ele já não precisava mais de uma válvula de escape no entanto precisava de segurança e ele sabia que havia apenas um lugar onde ele seria capaz de obter esse sentimento, e sem pensar duas vezes ele entrou em seu carro deixando a velha morto exatamente onde estava pois já não era aquele homem nem queria voltar ser.

Regina chegou em casa e ficou encarando a porta por algum tempo antes de entrar, estava tão perdida em seus pensamentos que nem notou a chegada do marido. Robin chegou a frente de sua casa e encontrou sua esposa na porta ele parou ao lado dela que só naquele momento se deu conta da presença do homem ali, eles se olharam mas nada disseram, ele notou a mão avermelhada dela , assim como ela havia notado seu olho que estava um pouco inchado, mas naquele momento nenhum dos dois precisava de palavras ou questionamento, precisavam, de paz, carinho e colo. Robin abraçou sua mulher de lado e assim os dois caminharam em direção a entrada, assim que entraram ele foram para a sala e lá encontraram suas filhas Emma com Daniel, e Alice com Peter, cada um em seu próprio mundo com um sorriso apaixonado nos lábios, vendo aquilo constaram que sua meninas já não eram tão meninas quanto na foto que os fez sentir a necessidade de voltar para casa, olhando para elas cada uma feliz em seu próprio universo mais unidas em um mesmo ambiente eles entenderam que aquele não era o amor que eles haviam guardado naquela foto mas era tão importante e especial quanto se não mais, que não importava quanto tempo passasse , ou o quanto elas crescessem ainda sim quando juntos eles eram a força uns dos outros, e aquela cena assim como as diversas outras que compartilhavam ou compartilhariam sempre serviriam para guardar aquele amor aquele sentimento de que não importava nada, pois eles sempre teriam para onde voltar e quem os esperasse sempre teriam um porto seguro.