Inimizade Colorida

Capítulo 13 - Nunca daria certo.


- O que deu em você Rose?

Hugo se contorcia em sua vermelhidão de raiva após presenciar um beijo meu com Scorpius Malfoy. De certa forma, eu estava me sentindo completamente inferior por estar recebendo uma bronca de meu irmão mais novo. Mas, algo estava me dizendo naquele exato momento, que talvez Hugo estivesse certo.

- É simplesmente inaceitável, Rose. – Disse ele apontando para Malfoy, que estava sentado à uma das cadeiras da recepção, pois disse que era melhor Hugo e eu conversarmos a sós. – Já pensou no que o papai irá fazer quando descobrir?

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Meu coração acelerou e meu cérebro entrou em estado de alerta ao imaginar o que papai poderia fazer.

- Não conte a ele Hugo, não conte para os nossos pais, por favor. Eu prometo que acabarei com qualquer tipo de relação com ele ainda hoje. Mas não faça isto comigo Hugo. – Eu disse lançando-lhe um olhar de súplica.

Hugo me observou pensativo por alguns segundos, então ele se rendeu e disse:

- Certo. Mas que isto não passe de hoje.

Ele saiu de perto de mim, voltando a se sentar ao lado de mamãe, que para a minha sorte, tinha um sono absurdamente pesado.

Malfoy caminhou até mim, e em certo momento nossos olhares se encontraram. Seus olhos estavam indescritíveis, naquele momento as janelas de sua alma estavam fechadas.

- Devo voltar para Hogwarts agora mesmo. – Disse ele colocando ambas as mãos nos bolsos frontais de sua calça.

- Mas não é possível aparatar nos terrenos de Hogwarts. – Eu disse arqueando uma sobrancelha.

- Sei disso, por isso irei aparatar em Hogsmead, no Cabeça de Javali, onde há uma passagem que me levará até a Sala Precisa.

Por um momento eu vi o antigo Scorpius Malfoy em minha frente. O mesmo arrogante e orgulhoso Malfoy de sempre, alguém que eu nunca desejei ter conhecido.

- Devo ir ver meu pai agora. – Eu disse cruzando os braços e desviando meu olhar para o chão.

- Tudo bem, te vejo na sala comunal.

Nossos olhares se encontraram por uma última vez, e então aparatou. Chamei mamãe e Hugo e fomos até o quarto onde papai estava para visitá-lo. Ele estava bem, os ferimentos já estavam sendo tratados, ele estava apenas dormindo

Nós voltamos para Hogwarts, eu caminhei lentamente até a Sala Comunal, pois não sabia como iria dizer a Malfoy que nada aconteceria entre nós. Me deparei com sua figura branca e loura, com suas roupas meio desleixadas, gravata solta ao redor de seu pescoço – que lhe dava um ar sexy – deitado ao sofá da Sala Comunal.

- Ah, você chegou. – Disse ele, agora se sentando. – Como está seu pai?

- Bem, ele estava sendo medicado.

Eu me sentei ao chão, recostada na parte da frente do sofá. Ele se sentou ao meu lado e eu senti todo o meu corpo arrepiar ao sentir o cheiro de seu perfume.

- Eu ouvi o que você e seu irmão conversaram no hospital. – Disse ele fazendo meu coração acelerar.

Por um lado seria melhor não ter que falar muito, mas outro seria horrível deixá-lo ir sem dizer uma única palavra.

- O que você disse hoje no St. Mungus era verdade? – Eu disse encarando o chão, temendo a cada segundo de sua demora a responder. Eu precisava saber se Malfoy realmente sentia por mim o que me dissera mais cedo.

Ele segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Ele levou sua outra mão delicadamente até meu rosto, e com apenas seu dedo indicador, ele levantou minha cabeça, fazendo-me ficar submissa a seu olhar. Então, ele aproximou seu rosto do meu e selou meus lábios.

- Sim. – Disse ele acariciando meus cabelos. – Na verdade, nunca me senti dessa maneira antes. Você desperta algo em mim que ninguém jamais conseguiu.

- Mas, nunca daria certo... Afinal, eu sou uma Weasley, e você é um Malfoy.

- Não vê que é exatamente por isso que deveríamos ficar juntos? Somos diferentes, é algo que... Eu não sei, mas eu me sinto completo quando estou com você.

- Desculpe Scorpius, mas eu não posso. – Eu disse sentindo meus olhos marejarem, e minhas lágrimas quentes caírem sobre meu rosto. – Mas, eu só quero que saiba que eu sinto o mesmo sobre você.

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- Eu não vou desistir de você, Rose. Não importa o que me diga, eu vou lutar por aquilo que acredito que seja real.

- Mas, o que irá acontecer depois disso? Eu sei que quando não estamos apenas nós dois não existe Rose, ou Scorpius. Somos apenas Weasley e Malfoy, duas pessoas que e detestam. Do que adianta ficarmos juntos para voltarmos a ser o que sempre fomos?

- Eu nunca disse que seria como antes. Quero que seja diferente, que todos saibam o que sinto por você. – Disse ele selando meus lábios novamente.

Eu me levantei se segui para meu quarto, o deixando perplexo. Chorei até meus olhos se fecharem e meu corpo adormecer. De repente, tudo o que mais temia se tornado verídico. Afinal, ter sentimentos por ele nunca esteve em meus planos.

Senti como se a vida estivesse sendo injusta comigo. Quando finalmente consigo entender meus sentimentos, com tudo dizendo para dar certo, as coisas seguem um rumo totalmente oposto ao esperado.

Eu estava errada por pensar que por um momento ele voltara a ser o antigo Malfoy, pois ele não era.