Inclinados a Amar

Capitulo 12 – Verdadeira origem (especial Cain)


A vida no inferno andava muito entediante, não chega ninguém para poder torturar, foi quando Lúcifer me chamou para ir a terra atrás de uma anjinha. Fiquei animado logico, um pouco de ação e ar puro principalmente, por mais mal que seja ninguém gosta do inferno, mas eu não tinha noção do quanto aquilo mudaria minha vida.

Na terra eu nunca tive uma boa influência por conta do meu pai então me tornei era um garoto mal, enganava pessoas, roubava, batia em pessoas que me aborreciam, sempre fui egoísta e pensava só em mim, seduzia meninas inocentes, tinha muito vicio pela bebida, e me achava o “tal”. Quando cheguei aqui sofri muito, mas fui aprendendo com o dia-a-dia e me tornando mais mal, até que conquistei a “amizade” de um dos dois cavaleiros daqui o Andriel, e como Sandriele morre de paixão por ele ficou minha “amiga” também e acabei me tornado um deles, bom mais isso já foi a muito tempo.

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Sai para a terra, arrumei uma casa um pouco afastada da cidade e um carro, logo com muita lábia arrumei uma entrevista de emprego no mesmo lugar que a anjinha. Cheguei e avistei ela saindo da loja e parei quase atropelando-a, freando bruscamente, desci sorrindo e esperando ela se recuperar e falar algo, demorou meio segundo e ela estava toda bravinha.

— Desculpa estava tão distraída que não resisti. – Disse-lhe achando ainda mais graça e me aproximando acabando com o espaço considerado “seguro” para humanos de sexo oposto. Ela tirou minha mão dela bruscamente e adoro um desafio, isso ia ser divertido.

Ela em ignora e decido segui-la para irrita ainda mais, chegando na casa dela querendo fugir ela correu, mas a segurei pelo braço, e então o anjinho Ezequiel dando uma de herói acaba com a diversão, me enchendo o saco por telepatia, me despedi e me apresentei (eu sei sou do contra) e sai cantando pneu, voltei para loja e fiz a entrevista já saindo como novo vendedor da loja.

O fim de semana passou chato mesmo com as brincadeiras carnais que fiz com umas garotas, queria mesmo era rever a anjinha esquentada.

A segunda chegou e acordei cedo para ir para o serviço, Ayla só entrava na parte da tarde. Ezequiel resolveu empaca de vez e também estava trabalhando com a gente.

Peguei Ayla distraída de novo e ela ficou super brava ao me ver ali, logo Ezequiel apareceu também para cortar o barato e ela nos puxou num canto e falou que não era para atrapalhar seu serviço, não entendo essa fixação que os humanos têm no serviço. Descobri que era um bom vendedor, eu e Ezequiel passamos nos implicando a tarde toda, ele dava vários avisos que não era para machucar ou magoar Ayla, que ele não deixaria e toda aquela baboseira chata. Fui embora contrariado por dois ficarem sozinhos a noite na loja.

A semana passou entediante, então fim de semana resolvi que já era hora de me divertir um pouco. Liguei para Ayla e a convidei para juntar e ela ficou desconversando mas acabou aceitando, adorei esse jeito dela de sempre estar aberta a novas coisas. A noite chegou e me arrumei no meu habitual preto e fui busca-la e ela estava linda de vestido, realmente parecia um anjo, mas o encantamento passou quando vi o encosto de Ezequiel do lado dela e me irritei.

— O que ele faz aqui? – Ela disse que o convidou e disse que sairia só comigo depois, pediu trégua por hoje entre nós, por fim aceitei mesmo contrariado, se ele queria brincar então vamos, a noite está prestes a se tornar mais divertida do que esperei. Ayla foi comigo de carro e já comecei dai, e descobri que se a anjinha ainda não sabe que está apaixonada por Ezequiel logo irá descobrir.

Logo após a comida chegar comecei perguntas indiretas sobre céu e inferno a Ezequiel que revidava muito bem, estava ficando legal o bate-boca, mas para minha infelicidade Ayla não era do tipo curiosa e cortou nossa pega briga e disse que já era hora de ir embora, ela me falou que não me achava perigoso e aquilo ficou remoendo na minha cabeça

No dia seguinte minha conversa com Ezequiel não me saia da cabeça, além da anjinha que também insistia em ficar rondando minha cabeça, estava como se diria os humanos “numa bad danada”. Decidi andar pela cidade, passei pelos locais das incontáveis lutas dos mouros e por fim parei no Museu das Cavalhadas da cidade, estava olhando uma das pinturas quando senti o cheiro conhecido de Ayla, logo ela veio me cumprimentar e apresentar sua família que estava visitando-a, pediu para contar a história e lhes disse resumidamente e logo fui embora, não estava com pique para nada hoje, muito menos presenciar uma família feliz como sabia que a de Ayla era.

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O resto do dia passou num tedio danado e no dia seguinte acordei do mesmo jeito e me arrumei para o serviço. A manhã passou sem grandes acontecimentos e me mantive longe de Ezequiel que tenho certeza que estranhou por eu não estar enchendo seu saco. Depois do almoço dei de cara com Ayla e sua amiga Bia, não estava com paciência mas tentei não soar grosso (o que acho que foi em vão), decidi que estava na hora de descontar minha raiva em alguém e ninguém melhor que Ezequiel, passamos a tarde toda em pé de guerra. Nessa noite fiquei rodando a cidade sem destino certo por bastante tempo, o que será que há de errado comigo?

No dia seguinte ao falar de como Ayla era bonita e tal, Ezequiel se estressou e partiu para cima de mim, e Ayla nos separou e me puxou para cozinha da loja, aff agora ia levar bronca de uma anjinha que tinha de tudo na vida, era só o que me faltava. Ela começou falar e seu celular vibrou, ela olhou a mensagem e sorriu, devia ser sua mãe. Acertei e acebei contando a ela sobre a vida horrorosa de humano em que tive, ela não me olhou com pena como todos que sabem de uma história assim, me olhou com ternura e disse que sentia muito, falei que não tinha mais perdão para um cara como eu, mas ela acreditava que tinha, não sei se era fé o que ele tinha, mas acabei tendo um pouco de esperança também.

No dia seguinte encontro Ayla entrando sorrateira na loja e ela me diz estar me evitando e ao Ezequiel também (o que e raro), então só posso deduzir que os dois brigaram já que hoje ele passou a manhã toda muito estranho também. Fui embora a noite e os dois ainda estavam estranhos. A noite choveu bastante, uma chuva que refrescou a cidade e deixou o clima agradável, a chuva foi na hora de fechar a loja, só espero que Ayla não tenha se molhado.

No dia seguinte a manhã passa rápido e depois do almoço pego Lara e Ayla discutindo baixinho, o que e estranho pois as duas nunca brigam, descobri que Ayla estava queimando de febre e mesmo assim insitiu em vir trabalhar. O que fazem os humanos tratarem sua vida com tanta insignificância por um mero emprego? Fui atrás de Fabricio que a dispensou e deixei-a em casa. Queria ficar pois estava preocupado, mas também estava furioso e não queria assusta-la.

Encontrei Sandriele na minha casa, eu estava evitando contato com os demônios já a algumas semanas e sabia que não demorariam a virem me atazanar.

— O que quer Sandriele? Estou trabalhando, ter vocês aqui podem atrapalhar meu disfarce. – Não estava com paciência para lidar com ela hoje.

— Calam só vim verificar se não está pendendo para o lado da anjinha vagabunda, afinal vocês andam muito próximos. – Ao ouvi-la falar assim de Ayla me subiu uma raiva que me segou e voei para cima dela.

— Fora AGORA. E não se atreva falar de Ayla assim na minha frente de novo. – Disse esganando e logo ela desapareceu de minha vista. Agora eu estava mesmo ferrado.

Peguei um gole de whisky e bebei para esfriar a cabeça, desceu rasgando pela garganta, e deitei no sofá. Acordei meio zonzo e olhei as horas, já estava tarde, mas queria verificar como Ayla estava.

Ouvi vozes antes de bater sua porta, bati e sua amiga veio atende e já me arrastou para dentro para poder jogar um tipo de jogo. Ayla explicou como era e parecia bem interessante e divertido. Fomos jogando e até ganhei um selinho de Bia, eu alfinetava Ezequiel e Ayla, então Ezequiel me jogou de volta a pergunta sobre o que fazia na terra, senti meu corpo queimar e um leve tremor no chão, Lúcifer estava dando seu recado: se abrisse a boca não só eu pagaria como também todos aqui. Fiquei furioso e jóquei na cara de Ezequiel o que ele estava fazendo e fui embora dali.

Na manhã seguinte acordei com batidas persistentes na porta, levantei e abri dando de cara com Ezequiel.

— O que faz aqui? – Perguntei rude.

— Eu queria fazer uma trégua Cain. E dizer que sinto muito por ter passado dos limites ontem.

— O que ganho com a sua trégua Ezequiel?

— Ayla ficaria contente, e talvez consigo proteção para você, vejo que seus “amigos” não são muito compreensíveis não e mesmo? – Disse ele e acabei rindo ironicamente pela verdade contida nas palavras dele, a essas horas o inferno deve estar planejando as piores coisas para quando voltar.

— Aceito sua trégua. Agora se me der licença preciso arrumar para o serviço. – Disse me despedindo e fui arrumar.

A sexta passou calma e entediante já que agora não podia implicar tanto com Ezequiel, então brincava muito com a acara de Ayla. O fim de semana passei bebendo e dormindo, dormindo e bebendo.

A segunda levantei com muito custo e fui para o serviço, sentia alguém me seguindo e sabia exatamente quem era, pus Ezequiel em alerta também. A semana se passou com “eles” nos observando, eu não estava nem ai por eu ou Cain sermos seguidos, mas quando soube que também estavam atrás de Ayla fiquei furioso.

Quando consegui encontrar Sandriele chamei Ezequiel para ir comigo por um basta nessa palhaçada. Nos encontramos num beco da cidade.

— O que vocês pretendem com isso Sandriele? Estão assustando a garota. – Disse bravo pegando-a pelo braço.

— Se vocês triscarem um dedo nela, saiba que a ordem do céu não e de ficarmos quietos. – Ameaça Ezequiel.

— Que se dane vocês anjinhos. – Disse Sandriele rindo ruidosamente. – Agora você Cain, o chefe vai adorar saber que está trocando de lado, você sabe que ele não e muito piedoso. – Disse ela e estremeci. – Ainda mais agora que deve estar brincando com sua Aylinha. – Assim que falou isso minha visão ficou vermelha e parti para cima dela com tudo, a derrubei no chão e comecei a soca-la. – Se não me deixar em paz eu não respondo pelo que farei quando ver sua anjinha. – Disse ela brava limpando o sangue em sua boca.

— Deixe-a Cain temos mais o que fazer. – Disse Ezequiel e obedeci, precisávamos arrumar um jeito de tirar Ayla de lá e rápido.

Fomos para casa de Ezequiel que era mais segura. Fiz um mapa de todas as entradas e saídas, rotas e lugares do inferno e mostrei a Ezequiel para traçarmos um plano. Ele chamou dois amigos anjos dele: Thomas e Ângela que nos forneceu armas e roupas apropriadas, não dormimos aquela noite e tentamos conhecer o máximo do estilo de luta de cada um, para podermos ter um desempenho de luta melhor.

Quando fiquei um tempo sozinho não consegui deixar de me culpa, era tudo culpa minha, nunca devia ter aparecido na vida de Ayla, se ela chegasse a mor... não eu não deixaria, isso não, e se ele não quisesse mais olhar na minha cara quando saísse dali eu compreenderia, aliás faria esse favor a ela.

Arruamos tudo na cidade, demos uma desculpa pelo sumiço de Ayla e pela nossa partida, pedimos conta do emprego e devolvemos as casas alugar, mantivemos só o que era de Ayla, pois não sabíamos o que ela decidiria fazer. Demos satisfações também para seus familiares e Bia.

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Depois de quase um dia estávamos prontos para infiltrar no inferno. Entramos por uma passagem subterrânea pouco usada, fomos andando pelos corredores mais desertos e peando fofocas e sussurros daqui e dali, até que veio algo de útil: Ayla estava presa na ala sul. Avistamos ela sendo trazida por uns dos meus seguidores mais enjoados, ao deixa-la entramos e conversamos, ensinei ela a abrir o cadeado e ficamos de nos encontrar para sair daqui.

Uma meia hora depois ouvi ela gritando, preocupados e sabendo que não fomos os únicos a ouvir, fomos em seu encontro. Tivemos que lutar contra dois demônios de baixo escalão e voltamos a fugir. Saímos pelo subterrâneo e tivemos que fazer uma pequena caminhada, Ayla estava exausta e acabou adormecendo, mas logo fomos encontrados e fomos salvou por ela que fez uma luz enorme desmaiando nossos perseguidores e também desmaiando logo após.

Conseguimos sair de lá graças a Deus (para termos conseguido só pode ter sido ele mesmo), mas já tinha dois dias que Ayla estava desmaiada e isso estava me matando por dentro. Já era para eu estar longe da vida dela, mas Ezequiel me pediu para ajudá-lo a levar até o templo, e esperar para falar com ela, eu não queria mas acho que realmente não seria forte o bastante para sair antes de saber se ela estava bem, então depois disso seguiria meu caminho. Estava na sala da casa que alugamos em Papua Nova Guine (estávamos indo para um templo na Geórgia), discutindo mais uma vez com Ezequiel sobre a necessidade de levar Ayla num hospital, quando ela surge na porta, naquele momento quase cai de joelho aos seus pés em agradecimento por estar bem.

Converso um pouquinho com eles para me certificar que ela está realmente bem, seu estomago ronca e ela fica constrangida, mostro a comida para ela e observo um pouco enquanto come e então os deixo a sós. Deus como pude fazer tanto mal a uma pessoa tão meiga? Nunca na vida sentir tanta vergonha do que me tornei, tanta raiva de mim mesmo.

Estava na varada olhando o pôr do sol e me amaldiçoando que só percebi a presença de Ayla quando ela falou.

— Cain você não tem culpa de nada que me aconteceu. – Disse ela e eu ri irônico, joguei em sua cara tudo que fiz e que sou, mas ela continua me defendo e dando soluções, eu simplesmente não entendo essa garota e amo-a do fundo do coração.

Sentamos na varanda e agradeci a ela por sempre me dar forças, ela disse que precisa de um tempo sozinha, eu entendo ainda mais depois de tudo que passou, mas não gostei nadinha da ideia.

— Preciso te contar uma coisa. – Disse ela e esperei continuar – Eu estou apaixonada por Ezequiel e disse para ele aquele dia do jogo um pouco antes de você e Bia chegarem. – Ela disse e sorrio falando que já sabia, só um cego para não ver, brinquei falando que bateria nele caso fizesse algo para machuca-la (bom não e tão brincadeira assim).

— Nem vai precisar Cain, ele não quer nada comigo, apesar de termos nos beijado. – Disse ela e fiquei quieto no meu canto já planejando a conversinha que teria com ele. Então seguimos viagem e ao chegar no templo ela foi com o monge e eu fui atrás de Ezequiel.

— Precisamos conversar. – Disse a ele que concordou e nos sentamos. – Você gosta da Ayla? Por que se ficar magoando-a assim eu não repondo por mim. – Ele pareceu surpreso com o rumo da conversa.

— Olha eu sou anjo... Não nego que ando sentindo coisas por Ayla, mas não sei se e o certo para nos... Mas prometo que farei o máximo para não magoa-la. Mas eu preciso te contar um coisa sobre você que não sabe. Você já foi um anjo Cain.

— Como? Você só pode estar curtindo com a minha cara ne? – Perguntei abismado, que conversa era aquela?

— Vou falar te contar. Tudo começou no céu uns cem anos antes da criação dos humanos e 100 depois da caída de Lúcifer, você era um anjo assim como eu, e era muito respeitado e amado por todos. Ayla ainda não havia se tornado anjo e éramos melhores amigos. Você era gentil, alegre, divertido, tinha bom humor e estava sempre disposto a ajudar o próximo seja ele quem for, tudo no céu estava indo de bem a melhor, nunca tinha estado tão bem como estávamos em séculos.

"Você sabe que existe dois tipos de anjos ne? Os que sempre foram anjos que nasceram no céu, como eu e você, e as pessoas da terra que se redimiram de todos seus pecados e se tornaram anjos, o que é o caso de Ayla e de Murilo. Murilo chegou ao céu como quem não quer nada, um anjo legal que ganhava a simpatia de todos ao seu redor, e inclusive a sua que ficava cada vez mais próximo a ele, até que por fim não se separavam mais. Eu nunca gostei muito dele e sempre achei que era por ciúmes de você e me condenei muito tempo por isso, mas ele sempre pareceu suspeito.

Estava tudo indo normal até que ele começou a com conversas estranhas, influenciar você e outros anjos a seduzir mulheres, e a fazer coisas que humanos faziam, muitos seguiram ele logo de começo, mas você era bom e não fazia nada disso, mas nem por isso parou de ser amigo dele, e lógico que isso não tinha chegado aos ouvidos do trono.

Achando isso muito estranho comecei a investigar por conta própria a vida que Murilo tivera na terra, e descobri que não tinha sido bom cidadão: roubava, mentia e manipulava as pessoas, sempre queria estar por cima. Não tinha sido bom marido: batia na esposa e a traia. E não tinha sido bom pai: espancava o filho, o maltratava, não lhe dava um pingo de amor. Mas isso não era prova o suficiente pois a pessoa pode se arrepender e se redimir e Murilo teve tempo para isso.

Então fui falar com o guardião do portal, ele e que selecionavam os novos anjos (as pessoas puras) e os que não seriam anjos (os impuros).

— Bom dia Enzo, como está?

— Vou bem e você?

— Bem também. Queria lhe pergunta sobre a chegada de Murilo no céu, foi tudo normal aquele dia? Tudo correu certinho? Não sei por que ele não me desce e peço perdão por isso, mas acho que tem algo de errado com ele, e se tiver pretendo descobrir.

— Bom também nunca fui com a cara dele, justamente pelo dia em que chegou aqui, foi estranho, bem na vez de medir a pureza dele o aparelho quebrou como nunca tinha acontecido antes, mas parou do lado de pureza, então resolvemos que ele ficaria aqui até concertamos a máquina e daí faríamos um outro teste para ter certeza de sua pureza. Mas desde que concertamos a máquina eu já o chamei para vim refazer o teste e ele fala que vai vim e nunca vem, está se escondendo feito condenado de mim.

— Nossa e mais sério do que pensei, mas vamos dar um jeito nisso, vou falar com o trono, e vamos refazer esse teste logo, se nossas suspeitas forem infundadas ótimo, mas se não forem vamos dar um jeito nisso.

Sai de lá apressado de fui direto ao trono, chegando lá passei pelo grande portão e adentrei o lugar sagrado, me ajoelhei e me curvei.

— Levante-se filho. - Falou o trono e me levantei - A que devo a honra de sua visita?

— Bom meu senhor, e sobre Murilo.

— Prossiga.

— No dia em que Murilo chegou aqui a máquina de medir pureza estragou na vez dele e ficou de ele ir repetir o teste só que Enzo o chama e ele fala que vai e nunca comparece, e tem algo suspeito com ele, queria permissão para levo para refazer o teste.

— Permissão concedida e por favor na hora do teste mande me chamar que quero estar presente.

Sai do trono e fui procurar Murilo, procurei por ele em todos os lugares, no refeitório, dormitórios femininos e masculinos, no campo, na biblioteca, na igreja, em praticamente tudo, até que por fim me lembrei de um lugar perto do portal onde vi vocês um dia, e foi lá que os achei.

— O trono mandou você refazer o teste de pureza hoje.

Contra sua vontade e relutando ele foi comigo, mandei chamar o trono e ao chegarmos lá já estava todo mundo. O trono retirou os poderes de Murilo por precaução e assim refizemos o teste e deu impuro totalmente, tomado pela raiva Murilo falou:

—Todos idiotas, eu pifei a máquina não sei como certamente com pensamentos negativos em e tanto penso, nunca pensei que fosse tão fácil assim entrar no céu, e todos os idiotas aqui me idolatravam, se não fosse por você Ezequiel tinha vivido para sempre aqui, você me paga por isso. - e soltou uma risada debochada virando para você falou: - E você idiota achou mesmo que eu fosse seu amigo, eu só precisava de você para ganhar confiança aqui já que todos gostavam de você...

— Você será banido daqui para sempre, viverá sempre uma vida medíocre na terra, essa e sua punição - trovejou o trono.

Inesperadamente ele riu novamente e apontou para todos que vinham seguindo-o.

— Eles também vão comigo afinal seguiam o que eu falava então são tão pecadores como eu.

— Isso e verdade todos que o seguiram terão o mesmo destino.

— Cain não seguia o que ele falava senhor. — Intervim pelo meu amigo, não ia perde-lo tão fácil assim.

— Sinto muito Cain e Ezequiel, mas ele ouviu tudo o que Murilo disse e mesmo que não tenha seguido de certa forma já está corrompido, mas você terá uma chance de volta para o céu Cain, viverá uma vida humana e dependendo de sua conduta ao final dela poderá voltar para casa. E assim você veio para terra, numa família horrível como você bem sabe, e deu no que deu, mas você ainda tem uma chance de recomeçar sua vida na terra.”

— Bom eu não tive mais contato com você depois disso e só fiquei sabendo quando se corrompeu para o outro e quando nos reencontramos aqui na terra. Eu não o procurei e falhei com você Cain, me desculpe. – Disse ele e ainda estava anestesiado com tudo que ouvira, tudo começava a fazer sentido na minha cabeça. Como não respondi Ezequiel continuou: - Voce pode conversar com Deus e rever seu caso Cain eu posso te ajudar. Mas também queria que me ajudasse com Ayla.

— Pode contar comigo Ezequiel. E não se culpe mais, afinal foi tudo consequência dos meus atos. – Disse a ele e sai para isolar-me e absorver tudo o que me foi revelado.