Cap 8 – Noite Descontraída

Depois do treino, Tenma chama Eryk, Nagazy e Fran para jantarem na casa da senhorita Aki, acompanhados por Endou, Natsumi, Kanon, Fey e Kinako.

– Então vocês estão morando na casa do Tenma? – Pergunta Eryk.

– É. Estamos hospedados na casa de uma conhecida minha. Por coincidência ela era minha amiga quando eu estudava no colégio Raimon 12 anos atrás. Sem falar que ela também trabalhou como auxiliar do time na época – Explicava Endou enquanto caminhavam até a casa de Aki.

– Bota coincidência nisso. – Dizia Natsumi se lembrando de quando tinha se reencontrado com Aki de 12 anos depois.

– Já cheguei! – Anuncia Tenma ao chegar na sua casa de favor abrindo a porta e depois a fechando.

– Seja bem vindo! – Dizia a moça como sempre, enquanto observava o jovem tirando os sapatos.

– É... Senhorita Aki? – Tenma estava um pouco sem jeito agora. Não sabia o que dizer a ela.

– Algo errado? – previu a moça.

– Não! Não é nada demais, é só que...

– O que foi Tenma? Você quer me pedir algo?

– Meio que é...!

– Matsukaze... Eu já falei que se precisar de qualquer coisa, é só falar comigo que eu verei o que fazer.

– Eu sei. Mas é que o problema não é o que eu vou pedir, é como eu vou pedir...! – Tenma não sabia como explicar, enquanto Aki também fica confusa. Não fazia a mínima ideia do que seria.

– Já podemos entra? – Pergunta Natsumi impaciente atrás da porta.

– Calma. Temos que esperar. – Pedia Endou atrás da porta também.

– Eu conheço essas vozes... – Assim que Aki se lembrou, ela foi até a porta para abri-la.

– Não Aki, espe-

– Há quanto tempo... – Aki de repente baixa o volume de sua voz ao ver um Endou e Natsumi de 12 anos atrás e uma cópia exata do goleiro sorrindo alegremente. E acompanhados deles se encontravam Kinako, Fey e Wandaba, com sua caravana estacionada no quintal da casa.

– Nossa, ela não mudou em nada. – Comentava Natsumi ao vê-la.

– Poderia deixa-los morarem aqui? – Pergunta Tenma por fim. Mas Aki apenas desmaia como resposta.- Aki? Aki você tá bem?! – Tenma a segura, a impedindo de não deixa-la cair no chão.

– É óbvio que ela não tá bem. Era de se admira. Quem não estranharia ver um urso estranho que nem ele? – Falou Natsumi se referindo a Wandaba.

– Não me chame de urso!

– Eu acho que ela desmaiou por causa de vocês três. – Afirmou Kinako.

– Ah, gente, precisamos trata-la e logo! – Pronunciou Fey

Depois que Aki recobrou a consciência, o pedido de moradia foi feito, e a partir daí, Endou e Natsumi passaram a morar lá, incluindo Kanon. Kinako foi apenas para passar a noite, já que ela estava morando na casa que tinha ficado quando veio pela primeira vez na Raimon, assim como Fey. Aproveitaram também para explicar do motivo de estarem lá, o que fez a Srtª Aki ficar chocada no inicio, mais como ela avia passado muita coisa com a Raimon também, isso só era mais um dos acontecimentos que o time de futebol “costuma” passar.

– Foi coincidência demais para Aki. – Dizia Natsumi para ela mesma.

– Obrigada novamente por me chamarem! – Agradecia mais uma vez Nagazy.

– Disponha. – Falou Tenma

– Mas... Só tá a gente... Por que o resto do time não veio? – Perguntou Nagazy sentindo falta do resto do pessoal.

– Kusaka e Konoha não puderam vir por motivos escolares. – Noticiou Fran.

– Eu também chamei o Tsurugi mas ele disse que ia visitar o seu irmão no hospital. – Explicou Tenma.

– Eu falei com o Shinsuke, mas ele disse que tinha algo pra fazer. – Concluiu Endou.

– E a Aoi? – Pergunta Nagazy.

– Ela também não pôde vir. Disse que teria que ajudar a mãe na casa. – Explicou Natsumi.

– Fazer o que? Só sobrou a gente mesmo. Né Fran? – Pergunta Eryk para a amiga ao seu lado que foi obrigada a concordar.

Depois de muito andarem, finalmente chegam na casa da senhorita Aki. A moça se encontrava varrendo a frente de sua residência como sempre fazia quando estava sozinha.

– Sejam bem vindos! – Cumprimentava a moça.

– Oi...! – Disserem os convidados em coro.

– É um prazer conhecê-los! Me chamem de Aki. – Falou a moça simpática.

– Oi! – Cumprimentava Eryk.

– Você deve ser o famoso goleiro da Raimon. É a primeira vez que ouço falar de um goleiro que conseguiu fazer um gol do outro lado do campo sem ter saído da trave. – Dizia a moça mostrando animo em seu rosto.

– Heh heh te contaram isso é? – Pergunta Eryk um pouco envergonhado pela proeza que fez na partida.

– Por favor, entrem! É só aguardarem um pouco que o jantar está servido.

Todos entram na casa. Aki se dirige até a cozinha para preparar a mesa. Enquanto os jovens ficam na sala conversando sobre qualquer coisa.

– Vocês acreditam que o Eryk sempre esquece de tirar os sapatos toda vez que ele chega em casa?

– Fran! – Eryk a repreende, enquanto a turma ria dos dois. – Mas eu não esqueci dessa vez. Já que não estou na minha casa...

– Hah hah tudo bem! Eu esqueço às vezes. Minha mãe vive me implicando por que eu sempre entro direto em casa. – Dizia Endou.

– Eu não sabia disso! – Falou Natsumi surpresa ao ouvir.

Nagazy chega perto dela com um olhar muito suspeito.

– Tá olhando o que? – Pergunta Natsumi incomodada com Nagazy.

– Por que você não fala do que você leva bronca? – Pergunta Nagazy curiosa.

– Heh não tenho nada para que eu leve bronca dos meus pais. Sou uma garota organizada.

– É? Em compensação, seus bolinhos de arroz são muito salgados! – Revelou Endou.

– Ah, é? E por que naquela vez você comeu com tudo, hein?

– É porque eu não fui avisado da sua arma alimentícia!

– Arma ali... – Natsumi para de falar de tão incrédula que estava. – Escuta aqui seu-

– O janta tá na mesa! – Anunciou Aki.

Todos foram até seus lugares. Fizeram sua higiene pré-janta para poder apreciar melhor seu prato. Aki após de um tempo também se junta ao pessoal para acompanha-los.

– Eu já to aqui no Japão desde o inicio do ano, mas essa é a primeira vez que eu como uma comida japonesa! – Falou Eryk.

– Ué? O que você come? – Pergunta Natsumi.

– Heh heh Feijoada e nos finais de semana, um churrasquinho no capricho...! – Falou Eryk se gabando da sua comida brasileira.

– Feijoada? Nunca ouvir falar. – Falou Natsumi.

– E se depender do Eryk você vai saber de todos os detalhes até ser expert no assunto. – Dizia Fran. – Se você souber o quanto esse garoto gosta de feijoada...

– O quanto, mais ou menos? – Pergunta Natsumi.

– Heh eu gosto tanto de feijão assim como o Endou e o Tenma gostam de futebol

– O FEIJÃO É TÃO GOSTOSO ASSIM? – Perguntaram Endou e Tenma em uníssono, fazendo todos no jantar rirem do ocorrido.

– Heh heh bem que poderia ter um restaurante brasileiro aqui na cidade, né não? – Sugere Eryk.

– Eu fiquei sabendo que inaugurou um no centro. – Informou Srtª Aki.

– É MESMO? – Pergunta Eryk animado – Cara, nós temos que ir para lá! Quando vocês provarem a nossa comida, Hmm... Vocês vão pirá! – Dizia Eryk com água na boca só de lembra.

Depois do jantar, Aki se retira para buscar a sobremesa para os convidados. Enquanto os mesmo só aguardavam.

– Tava tão bom...! – Dizia Kinako passando sua mão na barriga satisfeita. A turma inteira foi obrigada a concordar. Estava realmente delicioso.

– Ei gente! Eu duvido alguém acertar essa! – Nagazy pega dois pratinhos e coloca atrás da cabeça, fazendo lembrar orelhas de um camundongo. A sala ri novamente da palhaçada de Nagazy

– O que o seus pais fazem na vida Nagazy? – Pergunta Natsumi.

– O meus pais? Bom, o meu pai é um organizador de torneios. Seja juvenil ou profissional. E minha mãe...

– Sua mãe...? – Dizia Natsumi tentando fezer Nagazy completar a frase.

– Minha mãe... se foi.

Nagazy fica com um rostinho triste de repente. Ela não gostava de se lembra de sua mãe, devido as boas lembranças que voltavam, e isso só fazia a garota sentir saudades e ter uma vontade louca de retornar para aquela época. Da época que sua mãe estava viva.

– E-eu sinto muito... Eu não queria-

Tudo bem Natsumi... Sei que você não falou por mal... – Quando Nagazy percebe que a mesa ficou muda por causa dela, ela resolve animar - ... dessa vez! – Completou a frase encarando Natsumi com um sorriso sapeca

– D-dessa vez?

– É. Você vive falando de frescurites e chatices!

– Ah e lá vem você de novo! Me deixa em paz.

Algum tempo depois...

Após a sobremesa, todos foram para as suas devidas casas. Menos Eryk e Fran, que caminhavam juntos na rua.

– Tava tudo muito delicioso, não tava? – Pergunta Eryk para Fran.

– Umm? Oi?

– O que foi? Parecia distraída!

– Eu distraída? Não...! era só a sua imaginação.

– É a SUA imaginação pensar que me engana! – Eryk fala bem sério – O quê que tá pegando?

Fran hesita um pouco antes de falar, mais depois prossegue bem tranquila.

– Não é nada querido, não se preocupe. Tá bem? – Dizia Fran, tranquilizando Eryk.

– Hmm... Tá bem! – Eryk achou melhor deixar o assunto morrer ali, até chegarem em sua casa e se arrumam para, enfim, dormirem.

(...)

No lugar devastado pela escuridão. As pessoas de capuz vermelho e azul estavam aguardando a pessoa de capuz roxo até ela chegar.

– Não imaginei que a fenda se abriria tão depressa... – Dizia a pessoa de capuz roxo ao ver aquele cenário.

– Eu não disse que era para chama-la? – Dizia a pessoa de capuz azul.

– Quantas vezes eu já disse que ela viria por conta própria! – Falou a pessoa de capuz vermelho.

– Já temia que algo assim ocorreria. Mas isso não vai prejudicar nossos planos. Então não se preocupem – Garantiu a pessoa de capuz roxo.

– Então podemos começar? – Perguntou a pessoa de capuz azul.

– A-ainda não! Ele ainda não está pronto. Precisamos de tempo.

– E quanto tempo? – Pergunta a pessoa de capuz vermelho.

– O suficiente – Respondeu.

– E quanto a nós?

– Vocês fiquem de vigia, por favor. Se algo bem incomum acontecer entrem em contato.

– Certo. – Obedeceram, enquanto a pessoa de capuz roxo se retirava do local.

No dia seguinte...

No colégio Raimon, todos estavam se preparando para começar com os treinamentos de suas técnicas, até Endou se aproximar de Eryk e Tenma.

– Ei pessoal! Chegam ai! – Chamou Endou pelos dois. – Eu tenho uma sugestão de uma técnica combinada por nós três.

– Oba! É sério? – Pergunta Eryk empolgado.

– E que técnica é essa? – Pergunta Tenma.

– O nome da técnica é: “A Fênix”

Continua...